Andar na Luz
Epistle of John • Sermon • Submitted
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· 11 viewsFazer o contraste dos falsos Mestres que viviam em pecado, mas diziam ser sem pecado.
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5 Ora, a mensagem que, da parte dele, temos ouvido e vos anunciamos é esta: que Deus é luz, e não há nele treva nenhuma.
Introdução
Introdução
1. Embora a carta não revele o seu autor, os pais da igreja atribuem ao apóstolo João. Ela provavelmente fora escrita em Éfeso entre os anos 80 e 95 d.C.
1. Embora a carta não revele o seu autor, os pais da igreja atribuem ao apóstolo João. Ela provavelmente fora escrita em Éfeso entre os anos 80 e 95 d.C.
2. João é conhecido como o “apóstolo do amor”, por seus textos enfatizar o amor. Ele mostra seu amor pelos seus destinatários no modo de tratá-los - “meus filhinhos, amados”.
2. João é conhecido como o “apóstolo do amor”, por seus textos enfatizar o amor. Ele mostra seu amor pelos seus destinatários no modo de tratá-los - “meus filhinhos, amados”.
3. Sua intenção é alertar os crentes que se sentiam confusos por causa das heresias que falsos mestres espalhavam sobre a vida cristã, ao afirmar que tinham comunhão com Deus, porém, viviam em desobediência. João também procura dar uma compreensão correta do pecado, da natureza de Deus e da obra de Cristo. Portanto vejamos…
3. Sua intenção é alertar os crentes que se sentiam confusos por causa das heresias que falsos mestres espalhavam sobre a vida cristã, ao afirmar que tinham comunhão com Deus, porém, viviam em desobediência. João também procura dar uma compreensão correta do pecado, da natureza de Deus e da obra de Cristo. Portanto vejamos…
I. Deus é Luz (v.5)
I. Deus é Luz (v.5)
1 John 1:5 (ARA) — 5 Ora, a mensagem que, da parte dele, temos ouvido e vos anunciamos é esta: que Deus é luz, e não há nele treva nenhuma.
1. A mensagem ἀγγελία (angelia) – isto é, o conteúdo que João transmite é a mensagem dada pelo próprio Jesus. Essa mensagem João ouviu do próprio Jesus.
1. A mensagem ἀγγελία (angelia) – isto é, o conteúdo que João transmite é a mensagem dada pelo próprio Jesus. Essa mensagem João ouviu do próprio Jesus.
2. A mensagem anunciada, ou declarada é esta: que Deus é luz, e não há nele treva nenhuma. Luz em grego é φῶς (phōs), tem o sentido da esfera dominada pela justiça, bondade e o conhecimento de Deus
2. A mensagem anunciada, ou declarada é esta: que Deus é luz, e não há nele treva nenhuma. Luz em grego é φῶς (phōs), tem o sentido da esfera dominada pela justiça, bondade e o conhecimento de Deus
3. Jesus ensinou que ele próprio era a luz do mundo (Jo 8.12; 9.5; 11:9–10) e que os crentes, por sua vez, eram a luz do mundo (Mt 5:14). A luz ilumina, traz o conhecimento da verdade, resplandece nas trevas da ignorância, iluminando as trevas dos corações humanos e difundindo a verdade de Deus.
3. Jesus ensinou que ele próprio era a luz do mundo (Jo 8.12; 9.5; 11:9–10) e que os crentes, por sua vez, eram a luz do mundo (Mt 5:14). A luz ilumina, traz o conhecimento da verdade, resplandece nas trevas da ignorância, iluminando as trevas dos corações humanos e difundindo a verdade de Deus.
4. João faz os contrastes entre opostos, inclusive entre luz e trevas. Deus e as trevas são absolutamente opostos. Qualquer um que tenha comunhão com Deus não pode estar em trevas. Além do mais, nada se pode ocultar d’Ele (cf. Ps 90:8), e sendo luz, Ele exige que Seu povo ande na luz (v.7). Deus é absolutamente santo, justo e puro. Não pode considerar nenhum tipo de pecado de modo favorável.
4. João faz os contrastes entre opostos, inclusive entre luz e trevas. Deus e as trevas são absolutamente opostos. Qualquer um que tenha comunhão com Deus não pode estar em trevas. Além do mais, nada se pode ocultar d’Ele (cf. Ps 90:8), e sendo luz, Ele exige que Seu povo ande na luz (v.7). Deus é absolutamente santo, justo e puro. Não pode considerar nenhum tipo de pecado de modo favorável.
II. Quem Anda na Luz não tem Comunhão com as Trevas (vv.6, 7)
II. Quem Anda na Luz não tem Comunhão com as Trevas (vv.6, 7)
1 John 1:6 (ARA) — 6 Se dissermos que mantemos comunhão com ele e andarmos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade.
κοινωνία (koinōnia) Comunhão - significa compartilhar intimamente a luz da presença de Deus. Nada fica escondido no esplendor da revelação divina. Em Deus não há nenhuma treva e não é preciso esconder nada.
1. “Se dissermos que” - João está a demonstrar uma atitude de falsa confiança que havia nos falsos mestres. Eles alegavam estar em comunhão com Deus, enquanto andavam em trevas.
1. “Se dissermos que” - João está a demonstrar uma atitude de falsa confiança que havia nos falsos mestres. Eles alegavam estar em comunhão com Deus, enquanto andavam em trevas.
2. A fim de ter comunhão com Deus, o cristão não pode esconder nenhum pecado. Assim como não é impossível estarem presentes ao mesmo tempo num cômodo da casa, luz e trevas não podem coexistir na vida de uma pessoa.
2. A fim de ter comunhão com Deus, o cristão não pode esconder nenhum pecado. Assim como não é impossível estarem presentes ao mesmo tempo num cômodo da casa, luz e trevas não podem coexistir na vida de uma pessoa.
3. A palavra grega para andar é περιπατέω (peripateō), e tem o sentido de comportamento ou maneira de como se vive.
3. A palavra grega para andar é περιπατέω (peripateō), e tem o sentido de comportamento ou maneira de como se vive.
4. σκότος (skotos) andar nas ‘trevas` - Quem anda nas trevas não está em comunhão com Deus. Quem afirma que mantém comunhão com ele e costuma andar nas trevas, esse não foi salvo.
4. σκότος (skotos) andar nas ‘trevas` - Quem anda nas trevas não está em comunhão com Deus. Quem afirma que mantém comunhão com ele e costuma andar nas trevas, esse não foi salvo.
5. A Palavra “verdade” é usada para designar o caminho revelado por Deus no seu Filho Jesus Cristo e que leva à vida eterna (cf. Jo 1:14,17; 14:6).
5. A Palavra “verdade” é usada para designar o caminho revelado por Deus no seu Filho Jesus Cristo e que leva à vida eterna (cf. Jo 1:14,17; 14:6).
1 John 1:6–7 (ARA) — 7 Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.
1. Se alguém anda na luz, então pode ter comunhão com o Senhor Jesus e com seus irmãos e irmãs em Cristo.
1. Se alguém anda na luz, então pode ter comunhão com o Senhor Jesus e com seus irmãos e irmãs em Cristo.
2. Se está na luz, é membro da família de Deus. Se está nas trevas, não tem nada em comum com Deus, pois nele não há nenhuma treva. Aqueles que andam na luz, isto é, os cristãos, mantêm comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado. O perdão de Deus se baseia inteiramente no sangue que seu Filho derramou no Calvário. O sangue de Cristo proporciona a base justa para Deus perdoar os pecados. Seu sangue tem poder duradouro; nunca deixará de ser eficaz para nos purificar.
2. Se está na luz, é membro da família de Deus. Se está nas trevas, não tem nada em comum com Deus, pois nele não há nenhuma treva. Aqueles que andam na luz, isto é, os cristãos, mantêm comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado. O perdão de Deus se baseia inteiramente no sangue que seu Filho derramou no Calvário. O sangue de Cristo proporciona a base justa para Deus perdoar os pecados. Seu sangue tem poder duradouro; nunca deixará de ser eficaz para nos purificar.
III. Quem Anda na Luz reconhece e Confessa seus Pecados (1Jo 1:8-2:2)
III. Quem Anda na Luz reconhece e Confessa seus Pecados (1Jo 1:8-2:2)
1João 1:8 (ARA) — 8 Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós.
ἁμαρτία (hamartia) pecado (ato) — um ato ou sentimento que transgride algo proibido ou ignora algo exigido pela lei ou caráter de Deus; seja em pensamento, sentimento, discurso ou ação.
1. Temos uma natureza pecaminosa
1. Temos uma natureza pecaminosa
Os Falsos Mestres alegavam que não tinham pecado nenhum e não poderiam pecar (v.8). Acreditavam que para ter comunhão com Deus, uma pessoa não podia ter pecados, o que os levava a dizerem que eles não pecavam.
Ainda hoje existem pessoas que dizem que o pecado é apenas uma doença, ou fraqueza, devida à hereditariedade, ao ambiente, à necessidade ou a coisas tais, de modo que é o destino do homem e, portanto, não é uma falta sua. Tais pessoas só fazem enganar-se a si mesmas.
2. Devemos confessar nossos pecados
2. Devemos confessar nossos pecados
1 John 1:9 (ARA) — 9 Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.
Contrariamente João descreve que se confessarmos nossos pecados, recebemos um perdão que procede da natureza de nosso Deus, visto ser Ele fiel e justo (v.9). Por ele somos justificados, somos declarados justos perante Deus.
3. Todo homem peca
3. Todo homem peca
1 John 1:10 (ARA) — 10 Se dissermos que não temos cometido pecado, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós.
Os Falsos Mestres alegavam que não haviam cometido pecado. Com efeito, essa pretensão de afirmar que não cometeu pecado faz de Deus um mentiroso ψεύστης (pseustēs) porquanto, fora de passagens específicas da Palavra de Deus, todo o modo de o Senhor tratar com o homem implica em este ser pecador que precisa de salvador. Negar isto é rejeitar a palavra de Deus.
Dizer que não cometemos pecado não é apenas uma deliberada mentira (v.6), ou ser iludido (v.8), mas realmente acusar a Deus de mentir, fazê-lo mentiroso e revelar claramente que a sua palavra não está em nós, porque a Sua Palavra declara muitas vezes que o pecado é universal, e a palavra do Evangelho, que é evangelho de salvação, claramente presume a pecaminosidade do homem.
4. Mas se pecarmos
4. Mas se pecarmos
a) Temos um Advogado
a) Temos um Advogado
1 John 2:1 (ARA) — 1 Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo;
παράκλητος (paraklētos) exortador; confortador, estar ao lado (Ex: do Espírito Santo) – esta é palavra usada por João para advogado – como uma pessoa que age como porta-voz ou representante, especialmente perante um juiz em uma corte.
b) Jesus pagou o preço em nosso lugar
b) Jesus pagou o preço em nosso lugar
1 John 2: 2 (ARA) — 2 e ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro.
ἱλασμός (hilasmos) – propiciação ou satisfação - A ideia é aplacar a ira de Deus. A ideia dessa passagem é que Jesus propicia a Deus com relação a nossos pecados.
João acrescenta que Cristo é o sacrifício suficiente não somente pelos nossos próprios pecados, mas ainda pelos do mundo inteiro.
IV. Quem Anda na Luz guarda os Mandamentos do Senhor
IV. Quem Anda na Luz guarda os Mandamentos do Senhor
1 John 2: 3 (ARA) — 3 Ora, sabemos que o temos conhecido por isto: se guardamos os seus mandamentos.
A Palavra-chave aqui certamente é Obediência.
Só conhece γινώσκω (ginōskō) a Deus quem guarda τηρέω (tēreō) os seus mandamentos ἐντολή (entolē). Estes versículos são, sem dúvida, dirigidos aos gnósticos que professavam possuir um conhecimento superior de Deus, mas demonstravam pouco interesse em guardar os mandamentos do Senhor.
1 John 2:4–5 (ARA) — 4 Aquele que diz: Eu o conheço e não guarda os seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade. 5 Aquele, entretanto, que guarda a sua palavra, nele, verdadeiramente, tem sido aperfeiçoado o amor de Deus. Nisto sabemos que estamos nele:
Quando guardamos a sua palavra, o amor de Deus cumpre seu objetivo e finalidade, a saber, produzir em nós obediência a Deus.
Conclusão
Conclusão
1 John 2:6 (ARA) — 6 aqueles que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como ele andou.
Andar como Cristo andou denota que a vida cristã deve assinalar-se pela comunhão constante com Deus, o que tanto caracterizou a vida de nosso Senhor.
A evidência da comunhão do cristão com Deus não é uma vida sem pecados, mas sim uma vida de obediência. O que inclui confissão de pecados e ser santo.
Referências Bibliográficas
Referências Bibliográficas
KISTEMAKER, S. J. (2006). Comentário do Novo Testamento: Tiago e Epístolas de João. São Paulo, SP, Brasil: Cultura Cristã.
RICHARDS, L. O. (2012). Guia do Leitor da Bíblia: uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. Rio de Janeiro, RJ, Brasil: CPAD.
STOTT, J. (1982). As Epístolas de João Introdução e comentário (1ª ed.). São Paulo, SP: Vida Nova.
Brannan, R., ed. (2020). In Léxico Lexham do Novo Testamento Grego. Lexham Press.
MacDonald, W. (2011). Comentário Bíblico Popular: Novo Testamento (2a edição, p. 958). Mundo Cristão.