João e a habitação de Deus
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João e a habitação de Deus
João e a habitação de Deus
Texto base:
Texto base:
14 Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua glória, glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade.
Introdução:
Introdução:
Você já parou para pensar que Deus tem desejos?
Nós servimos a um Deus pessoal.
O verbo se fez carne
O verbo se fez carne
A intenção de Deus em ir até o povo
Deus ao longo de toda a narrativa bíblica sempre se dispôs a se relacionar com o ser-humano. Ele sempre procurou estar junto do homem.
1. Eden
Genesis é um livro importante para compreender o que João nos diz em seu Evangelho, especialmente o início de seus escritos.
Quando lemos “No princípio era aquele que é a Palavra” devemos nos lembrar diretamente de “No princípio criou Deus os céus e a terra”.
João está fazendo uma releitura de Gênesis 1 a partir daquilo que ele viveu e aprendeu de Cristo ao longo de sua caminhada com ele.
Ele então começa a nos explicar a relação de Cristo e o Deus criador de Gênesis: eles estava juntos lá, e mais, eles eram uma coisa só.
Mas se não bastasse isso, o apóstolo cita João Batista, dizendo que ele havia testemunhado da luz, e “estava chegando ao mundo a verdadeira luz, que ilumina todos os homens.”
Ele faz um anúncio: a luz está chegando.
No princípio de tudo Deus bradou: haja luz! E houve luz. E agora, a própria luz, a própria palavra, estava vindo ao mundo.
É como se João mexesse com o sentimento de qualquer judeu daquele tempo, que sonhava em se relacionar com Deus como Adão e Eva antes da queda, ter o privilégio de estar diante dele.
Deus caminhava pelo jardim, e conversava com Adão.
É até interessante pensar no fato de que Adão foi criado no sexto dia, e logo o dia se encerra e vem o sábado. Adão mal havia sido criado, e já chega o dia de descanso, para que Adão se relacionasse com Deus.
Deus cria o homem para se relacionar. O desejo dele é estar entre sua criação.
2. Tabernáculo
Vemos isso se repetindo mesmo depois do pecado, quando Deus estabelece seu tabernáculo, depois da saída do Egito. E passamos a compreender essa intenção de Deus em se relacionar com o povo no próprio significado da palavra “tabernáculo”, que quer dizer “Lugar da Habitação”. Deus estabelece seu lugar de habitação no meio do povo.
É uma imagem belíssima quando lemos em Números que o tabernáculo ficava no centro e o arraial dos hebreus ficava em volta. Era como se a habitação de Deus estivesse entre as habitações de seu povo.
Deus desejava isso. Ele a partir do tabernáculo restabelece em alguma medida aquela relação que tinha com o homem no Jardim.
E é exatamente a palavra “tarbernáculo” mas agora em grego que é usada por João para falar sobre a vinda de Cristo.
3. O Verbo
14 Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua glória, glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade.
João prepara todo o ambiente, fazendo menção de Gênesis para que todos compreendessem o que estava acontecendo ali. E agora ele diz que aquele Deus criador, referenciado aqui como Palavra ou Luz, agora tornou-se carne, e viveu/habitou/tabernaculou entre nós.
Mais uma vez, Deus estava no meio do povo. Mas agora era diferente, porque não era um tabernáculo, não era um simples passeio… Ele encarnou! Ele se tornou palpável. Sua glória era visível.
Esse Deus relacional, que deseja se relacionar com a humanidade desde o princípio, agora estava ali, como um homem, andando entre nós.
Movido por um profundo desejo de estar conosco, ele veio.
Mas de uma maneira surpreendente, o mundo não o reconheceu.
Os seus não o receberam
Os seus não o receberam
A rejeição do povo em estar com Deus
10 Aquele que é a Palavra estava no mundo, e o mundo foi feito por intermédio dele, mas o mundo não o reconheceu. 11 Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam.
Sua própria criação não o reconheceu. Ele estava no mundo. Tudo o que havia ao seu redor tinha sido planejado e executado por ele. Sem ele nada existiria. Mas mesmo assim, suas criaturas não o reconheceram.
Essa rejeição que João fala é descrita nos outros evangelhos através de alguns episódios na vida de Jesus.
Um exemplo acontece logo que Jesus nasce. Ele precisa ser colocado sobre uma manjedoura porque não havia lugar para ele e sua família na hospedaria.
Ele veio para o que era seu, mas os seus não o receberam.
Irmãos, pensa comigo na seriedade desse versículo de João.
Estamos percebendo como Deus ao longo de toda a história desejou se relacionar com o ser-humano, e quando ele se humilha, assume a forma de um servo, habita em figura humana, se torna carne e vive entre nós, tudo isso para restabelecer aquela relação perdida no princípio (perdida por nossa causa, inclusive, por conta do pecado), e então os que eram seus não o receberam.
E aqui nós temos uma primeira reflexão para nós. É indiscutível o desejo de Deus em estar no meio do seu povo, em manifestar sua presença e se relacionar conosco.
Mas será que nós o recebemos?
Será que temos o mesmo prazer em estar com Deus que ele tem em estar conosco?
Nossas atitudes será se demonstram nosso interesse em estar com o Senhor ou será que apenas evidenciam que queremos distância dele?
É muito possível que, à semelhança dos judeus, nós vivamos uma vida até aparentemente piedosa, mas no coração nós evitemos Cristo.
Quantas vezes Deus deseja falar conosco e nós não temos ouvidos a Ele? Quantas vezes Deus deseja uma relação verdadeira comigo e contigo e nós não temos tempo pra ele?
A impressão que dá é que nós não percebemos essa pessoalidade de Deus. Nós o tratamos como se fosse alguma coisa, e não alguém.
Deus quer se recebido por você, meu irmão. Deus quer se relacionar com você.
Ele deseja habitar entre nós. Ele deseja fazer parte.
Se você tiver consciencia real do seu pecado, da santidade de Deus e graça de Deus, você não vai ser capaz de tratar essa infomação como se fosse pouca coisa.
Nós é que devíamos estar implorando a Deus uma chance, e é Ele quem está à nossa procura, nos desejando.
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Essa intenção de Deus em estar com seu povo, em habitar entre o povo ganha agora uma nova camada.
Estejam onde eu estiver
Estejam onde eu estiver
A intenção de Deus em trazer seu povo
Agora nós saímos do capítulo 1 de João, onde vimos a intenção de Deus em habitar entre o povo, depois a rejeição do povo a Deus, e agora no capítulo 14 nós temos Cristo preparando lugar para nós habitarmos com ele.
2 Na casa de meu Pai há muitos aposentos; se não fosse assim, eu lhes teria dito. Vou preparar-lhes lugar.3 E se eu for e lhes preparar lugar, voltarei e os levarei para mim, para que vocês estejam onde eu estiver.
Esse Deus amoroso que deseja se relacionar conosco, mesmo diante da rejeição de muitos, ele continua se empenhando para termos comunhão com ele.
Agora, não mais é ele quem vem até nós, mas somos nós que vamos até ele. Hoje somos nós quem devemos recebê-lo, mas daqui a pouco, é ele quem nos leva para morar com ele.
1. Muitas moradas
Na casa de seu pai há muitos aposentos/moradas. Lá não vai ter problema de pessoas que não serão recebidas. Lá cabe.
Lá ninguém precisa dormir junto dos animais, porque há lugar na hospedaria.
Esse Cristo que deseja se relacionar conosco e que habitou entre nós nos garante que todos quantos crerem em Jesus e em sua salvação, terão lugar mara morar na casa de seu Pai.
Lá há muitas moradas.
2. Os levarei
Como já dissemos, agora não será mais ele quem vem habitar conosco. Ele vem apenas para nos levar. Nós é que iremos até ele, para habitarmos esse lugar que está sendo preparado pelo Senhor Jesus.
Nós seremos chamados. Nós iremos com ele.
3. Estejam onde eu estiver
Esse é o plano do Senhor.
Toda a história da redenção, que vai de Gênesis a Apocalipse aponta para esse momento.
É a restauração de todas as coisas. É esse ministério de reconciliação que Cristo realizou e ao qual somos chamados agora.
Todo o texto bíblico está nos contado uma única história: Deus deseja habitar conosco, ele deseja estar conosco, ele deseja se relacionar conosco.
O pecado criou uma separação entre nós e o Senhor, mas Ele tomou todas as providências necessárias para que nós pudéssemos retornar ao plano original.
A disposição do Senhor foi tanta em restaurar nosso relacionamento com ele, em criar um ambiente novamente de amor entre Ele e a humanidade que Cristo foi o sacrifício, seu sangue foi o preço pago para que hoje nós pudéssemos ser unidos a ele novamente.
Tudo o que o Senhor, nosso pai, quer, é que estamos onde ele estiver.
Aplicação:
Aplicação:
Saber de tudo isso com certeza deve orientar algumas coisas em nós.
Amor de Deus: Cremos que Deus deseja se relacionar conosco, como era no Éden, reforçado pelo tabernáculo, depois com a própria encarnação de Cristo, e realizado através de sua morte. Isso mostra o quanto somos amados pelo Senhor.
Talvez na sua experiência de vida você tenha se sentido sempre alheio aos seus relacionamentos. Quem sabe você tenha sentido o peso da rejeição e do desprezo. Preciso te dizer que aqui você diante de um Deus que não te rejeita jamais. Pelo contrário! Que se empenha ao longo de toda a história para que hoje você pudesse ter um relacionamento com ele.
Céu: Saber desse empenho de Deus em nos amar e estar conosco deve nos trazer uma esperança maravilhosa. Cristo veio, mas não somente isso, ele prometeu que voltaria e nos levaria para estarmos juntos dele. Deus possui uma casa com lugar para cada um de seus filhos, onde viveremos por toda a eternidade. Existe um céu diante de nós.
Culto: Mas Deus não deseja se relacionar conosco apenas na enternidade. Deus nos quer hoje! Ele te ama hoje, e é aqui e agora que ele espera receber seu amor. Nós devemos desejar pela presença de Deus. Devemos buscar estar onde ele está.
Devemos abrir nosso coração para ele, falarmos com ele, depositarmos nossa confiança nele.
Esse culto é um vislumbre da eternidade, meu irmão. Você está reunido com outros salvos para se relacionar com Deus. É isso que Deus tem para nós.
Viva sua vida hoje como se estivesse lá.
Busque a Deus.