EBD 19/03/2023 - ROMANOS 14 - 15.13
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EXPOSIÇÃO DE ROMANOS 14. 1 - 15.13
EXPOSIÇÃO DE ROMANOS 14. 1 - 15.13
Acolhei ao que é débil na fé, não, porém, para discutir opiniões. Um crê que de tudo pode comer, mas o débil come legumes; quem come não despreze o que não come; e o que não come não julgue o que come, porque Deus o acolheu. Quem és tu que julgas o servo alheio? Para o seu próprio senhor está em pé ou cai; mas estará em pé, porque o Senhor é poderoso para o suster.
Um faz diferença entre dia e dia; outro julga iguais todos os dias. Cada um tenha opinião bem definida em sua própria mente. Quem distingue entre dia e dia para o Senhor o faz; e quem come para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e quem não come para o Senhor não come e dá graças a Deus. Porque nenhum de nós vive para si mesmo, nem morre para si. Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. Quer, pois, vivamos ou morramos, somos do Senhor. Foi precisamente para esse fim que Cristo morreu e ressurgiu: para ser Senhor tanto de mortos como de vivos. Tu, porém, por que julgas teu irmão? E tu, por que desprezas o teu? Pois todos compareceremos perante o tribunal de Deus. Como está escrito:
Por minha vida, diz o Senhor, diante de mim se dobrará todo joelho, e toda língua dará louvores a Deus.
Assim, pois, cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus.
Não nos julguemos mais uns aos outros; pelo contrário, tomai o propósito de não pordes tropeço ou escândalo ao vosso irmão. Eu sei e estou persuadido, no Senhor Jesus, de que nenhuma coisa é de si mesma impura, salvo para aquele que assim a considera; para esse é impura. Se, por causa de comida, o teu irmão se entristece, já não andas segundo o amor fraternal. Por causa da tua comida, não faças perecer aquele a favor de quem Cristo morreu. Não seja, pois, vituperado o vosso bem. Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo. Aquele que deste modo serve a Cristo é agradável a Deus e aprovado pelos homens. Assim, pois, seguimos as coisas da paz e também as da edificação de uns para com os outros. Não destruas a obra de Deus por causa da comida. Todas as coisas, na verdade, são limpas, mas é mau para o homem o comer com escândalo. É bom não comer carne, nem beber vinho, nem fazer qualquer outra coisa com que teu irmão venha a tropeçar [ou se ofender ou se enfraquecer]. A fé que tens, tem-na para ti mesmo perante Deus. Bem-aventurado é aquele que não se condena naquilo que aprova. Mas aquele que tem dúvidas é condenado se comer, porque o que faz não provém de fé; e tudo o que não provém de fé é pecado.
Ora, nós que somos fortes devemos suportar as debilidades dos fracos e não agradar-nos a nós mesmos. Portanto, cada um de nós agrade ao próximo no que é bom para edificação. Porque também Cristo não se agradou a si mesmo; antes, como está escrito:
As injúrias dos que te ultrajavam caíram sobre mim.
Pois tudo quanto, outrora, foi escrito para o nosso ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança. Ora, o Deus da paciência e da consolação vos conceda o mesmo sentir de uns para com os outros, segundo Cristo Jesus, para que concordemente e a uma voz glorifiqueis ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.
Portanto, acolhei-vos uns aos outros, como também Cristo nos acolheu para a glória de Deus. Digo, pois, que Cristo foi constituído ministro da circuncisão, em prol da verdade de Deus, para confirmar as promessas feitas aos nossos pais; e para que os gentios glorifiquem a Deus por causa da sua misericórdia, como está escrito:
Por isso, eu te glorificarei entre os gentios e cantarei louvores ao teu nome.
E também diz:
Alegrai-vos, ó gentios, com o seu povo.
E ainda:
Louvai ao Senhor, vós todos os gentios, e todos os povos o louvem.
Também Isaías diz:
Haverá a raiz de Jessé, aquele que se levanta para governar os gentios; nele os gentios esperarão.
E o Deus da esperança vos encha de todo o gozo e paz no vosso crer, para que sejais ricos de esperança no poder do Espírito Santo.
Mas, agora, vos escrevo que não vos associeis com alguém que, dizendo-se irmão, for impuro, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com esse tal, nem ainda comais.
Matthew 18:15 (ARA)
Se teu irmão pecar [contra ti], vai argui-lo entre ti e ele só. Se ele te ouvir, ganhaste a teu irmão.
Paulo declara que há homens fracos na fé. E ele apresenta duas razões: 1)Não descobriram o significado de liberdade cristã. 2)Não se libertaram da crença na eficácia das obras.
Paulo nos ordena que acolhemos essas pessoas e não as cerquem e ataquem com contínuas críticas.
Diante dessas pessoas devemos evitar três atitudes:
3.1 Devemos evitar atitude de irritação.
3.2 Devemos evitar a tentativa de ridicularizar.
3.3 Dvemos evitar a atitude de desdém.
4. Antes de deixar este versículo, devemos fazer notar que há outra tradução perfeitamente possível. "Recebam ao fraco na fé, mas não o introduzam diretamente numa discussão de questões que só podem criar dúvidas."
5. Bem pode ser que nossa época seja muito afeita a discutir por discutir. É sempre fatal dar a impressão de que o cristianismo consiste só em uma série de questões em debate.
6. Existiam no mundo antigo muitas seitas e religiões que observavam as mais estritas leis alimentares. Os próprios judeus as possuíam.
6.1 Levítico 11 dá uma lista dos animais que se pode come e dos que não se podem.
6.2 Uma das seitas judias mais estritas eram os essênios: Eles em suas comunidades, realizavam comidas comunais para as quais se banhavam e usavam objetos especiais. As comidas eram especialmente preparadas por sacerdotes, e, a menos que essas comidas estivessem assim preparadas não as comiam.
6.3 No mundo pagão, os pitagóricos tinham suas próprias leis distintivas sobre comidas: Pitágoras ensinava que a alma de um homem era uma deidade caída que tinha ficado confinada em um corpo como em uma tumba. Cria na reencarnação através da qual a alma podia habitar num homem, num animal, ou numa planta, numa cadeia interminável de seres. A libertação dessa cadeia, achava-se mediante a absoluta pureza e a disciplina; e esta disciplina incluía o silêncio, o estudo, a autocontemplação e a abstenção de toda carne.
7. Paulo estabelece um princípio: Ninguém tem o direito a criticar o servo de outro em assuntos que tenham de visão ampla ou restrita de certa aplicação teológica.
8. "Rogo-lhes pelas vísceras de Cristo", disse Cromwell aos rígidos escoceses de seus dias, "que pensem que é possível que estejam equivocados."
9. Devemos eliminar da comunidade da Igreja tanto a censura como o menosprezo. Devemos deixar a Deus o juízo de outros, e buscar só simpatias e entendimentos.
10. Referenciar Gl 4. 10-11
Guardais dias, e meses, e tempos, e anos. Receio de vós tenha eu trabalhado em vão para convosco.
11. Referenciar Col 2.16-17
Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados, porque tudo isso tem sido sombra das coisas que haviam de vir; porém o corpo é de Cristo.
12. Os judeus tinham feito uma tirania do sábado, rodeando-o de um matagal de regras e regulamentos e proibições.
13. Paulo nunca teria negado que o dia do Senhor é um dia precioso e que, com efeito, na prática, é o dia que deve ser ofertado a Deus, mas teria insistido igualmente em que, nem sequer o dia do Senhor deve converter-se numa tirania, e muito menos transformar-se em um fetiche; não é o dia que devemos adorar, mas Àquele que é Senhor de todos os dias.
14. Paulo insiste numa coisa. Qualquer que seja o curso que alguém escolha, deve fazê-lo com plena convicção. Suas ações devem ser ditadas, não pelo costume, muito menos pela superstição, mas sim pela convicção. Não devemos fazer coisas simplesmente porque outros as fazem, e simplesmente porque seja "o que se faz". Não devemos fazê-las porque, no íntimo de nosso coração, estamos governados por um sistema de tabus semi supersticiosos. Devemos fazê-las por ter meditado e ter alcançado a convicção de que ao menos para nós, são o que corresponde fazer.
15. O conselho de Paulo é muito claro. É um dever cristão pensar em tudo, não como nos afeta, mas também como afeta a outros. Agora, notemos que Paulo não diz que devamos sempre deixar que nossa conduta seja dominada e ditada pelas opiniões, ou até os preconceitos de outros; há questões que são essencialmente questões de princípios, e nelas a pessoa deve escolher seu próprio caminho. Mas há muitas coisas que são neutras ou indiferentes; há muitas coisas que não são em si mesmos nem boas nem más; há muitíssimas coisas que são realmente prazeres e passatempos, hábitos e costumes, que a pessoa não precisa fazer, a menos que queira.
16. Paulo termina, pois, reafirmando a meta do cristão dentro da congregação.
(a) Existe a meta da paz;
(b) A meta da edificação;
16. Tem conselhos para o homem de sólida fé. Aquele que tem uma fé sólida, sabe que as comidas e bebidas não fazem diferença alguma. Compreendeu o princípio da liberdade cristã. Sendo assim, então, que essa liberdade seja algo entre ele e Deus. Alcançou esse estágio da fé; e Deus sabe bem que o tem feito. Mas essa não é uma razão pela qual ele possa lançar essa liberdade na cara do que ainda não a obteve.
17. A pessoa pode chegar à conclusão de que sua liberdade cristã lhe dá perfeito direito a fazer um uso razoável do álcool. E, no que respeita a ele, pode ser um prazer perfeitamente seguro, e não corre perigo alguém. Mas pode ser que um jovem que o admire, observe-o e tome como exemplo. E pode também ser que este jovem seja uma dessas pessoas para quem o álcool é algo fatal, e àquelas que que uma pequena quantidade afeta muito.
18. Pensando nisso, podemos remeter a responsabilidade de um adulto que tem liberdade de fazer algumas coisas, mas sabe que não deve ser incentivado a fazer um menor, pois ainda não tem a maturidade suficiente e aquilo que é banal para o adulto pode ser letal para o menor.
19. Se a pessoa crer, no fundo de seu coração, que algo é mau, se não puder livrar-se do sentimento certo de que é algo proibido, então, se o fizer, para ele é pecar. Uma coisa neutra só se torna boa, quando se faz por fé, com a real e pensada convicção de que é o que corresponde.
20. A comunidade cristã deveria estar marcada pelo estudo das Escrituras; e deste estudo das Escrituras o cristão tira estimulo.
21. A esperança cristã não é a esperança no espírito humano, na bondade humana, na resistência humana, nos interesses humanos; a esperança cristã é esperança no poder de Deus.
22. Quando o Senhor da glória escolheu servir a outros em vez de agradar-se a si mesmo, assentou o modelo que deve aceitar todo aquele que busca ser seu seguidor.