Palavra de Deus nosso Alimento

João 1,14

14 E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos sua glória, a glória que o Filho único recebe do seu Pai, cheio de graça e de verdade.

Bíblia Ave-Maria, 216a ed (São Paulo, Brasil: Editora Ave-Maria, 2021), Jo 1.14.

A Palavra é Pão da vida A catequese bíblica deste domingo nos fala sobre a Eucaristia como Mesa da Palavra. Na primeira parte do discurso sobre o Pão da Vida, Jesus fala do pão descido do céu. Esse pão é autêntico. Traz o selo de Deus. É um pão que admoesta, ensina. Esse pão é a Palavra de Deus. Por isso, é um pão comido quando a Palavra é acreditada. Está escrito nos profetas: “Serão todos discípulos de Deus. Todo aquele que escuta o que diz o Pai e aprende vem de mim. Asseguro-vos: aquele que crê tem vida eterna. Eu sou o pão da vida!”. Santos Padres, como São Jerônimo, diziam que a Palavra de Deus proclamada na liturgia é corpo autêntico de Cristo. Come-se este pão quando a pessoa crê na palavra, a medita, dela se apropria. A primeira parte da celebração eucarística já tem muito que ver com o Pão do céu, que se faz Palavra. Esse Pão tem de ser acolhido como alimento que vem de Deus, não como simples palavra humana. A homilia deve honrar o Corpo de Cristo que é a Palavra, e não deslocar esse Corpo para colocar sobre a mesa outras palavras. A homilia não deve suplantar a força da Palavra de Deus, mas servi-la humildemente. Porque a Palavra já é em si mesma uma espada de dois gumes, capaz de penetrar no mais profundo da alma. Nós todos, fiéis, temos de acolher a Palavra com fé absoluta, não só como ideias ou relatos, mas como autêntico alimento, terapia, energia transformadora.

José Cristo Rey García Paredes, A Liturgia da Palavra Comentada: Anos A, B e C, trans. José Joaquim Sobral (Sao Paulo: Editora Ave-Maria, 2011), 313.

A Palavra de Deus, proclamada simultaneamente em tantos lugares da terra, é alimento para a humanidade peregrina. Deus está cada dia nos ensinando. Suas palavras têm energias purificadoras, restauradoras, sonoras, que são excepcionais. A Palavra sempre é adequada para o momento em que vivemos. Arranca-nos de nossas trevas. A palavra “comida”, assimilada no coração, nos faz ver o invisível, sentir o inalcançável. Aquele que era a Palavra disse um dia: “Eu sou o pão que desceu do céu”. Quem acolhe a Palavra sabe muito bem que tem futuro. Por isso, não cessemos de proclamar a Palavra, de distribuir a Palavra pelo mundo. Porque a Palavra nas mãos de alguém é o melhor presente, o melhor remédio, a melhor garantia.