Um corpo que abunda na obra do Senhor

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Notes
Transcript

Introdução

Existem dois extremos perigosos para a saúde da Igreja e que são largamente difundidos em nossos dias: o primeiro trata daquelas igrejas que vivem em ativismo sem devoção alguma, cheias de membros abençoados com os mais diversos dons, abraçando os mais diversos ministérios e em agendas repletas de eventos, mas que não vivem em devoção ao Cabeça da Igreja, seguindo os seus passos, pelo contrário, buscam apenas o entretenimento que a comunidade pode proporcionar; o outro extremo, tão perigoso quanto, são aquelas igrejas que vivem em total apatia, repletas dos famosos “membros de cadeira”, aqueles que são apenas frequentadores de cultos e não se dedicam em nada à obra de Deus, nem mesmo no que diz respeito aos dízimos e ofertas.
Seja qual for desses extremos que uma igreja esteja vivendo, isso dirá muito acerca de sua saúde espiritual, isso porque os dois extremos levam os indivíduos a viverem o engano de se julgarem corpo, quando na verdade vivem como membros alheios ao corpo de Cristo. Quantas pessoas têm vivido anos e anos de mero ativismo? E quantas pessoas têm vivido anos e anos de mero cumprimento de agenda?
A Palavra de Deus constantemente nos ensina que devemos viver como um corpo ligado diretamente ao Cabeça que é Cristo Jesus. Não devemos ser membros isolados, sem vida alguma, mas membros ligados ao Cabeça, diretamente direcionados por Ele para a edificação de todo o corpo. É sobre isso que a Palavra de Deus nos falará nessa noite, à luz do texto de Êxodo 31.1-11, de como ser corpo.

Contexto

O livro de Êxodo nos mostra como Deus libertou, com mão poderosa, Seu povo escolhido da escravidão no Egito, fez uma Aliança com ele e o tornou uma nação guiada e governada diretamente por Ele.
Dos capítulos 1 ao 18, vemos como Deus libertou seu povo da escravidão e o sustentou miraculosamente no deserto a caminho da Terra Prometida. A partir do capítulo 19 até o 24, vemos como Deus se direciona ao povo em Aliança e entrega a eles os “Dez mandamentos” e o conjunto de leis às quais o povo deveriam se submeter sob o governo divino. Após se apresentar como Libertador e como Legislador, agora Deus se apresenta como o Rei que habitará em meio ao Seu povo. O relacionamento que havia se perdido no Éden, é retomado agora como sombra da restauração completa e futura. Deus declara em Êxodo 25.8:
Êxodo 25.8 (ARA)
E me farão um santuário, para que eu possa habitar no meio deles.
É então que, do capítulo 25 até o 30, Deus detalha minuciosamente todo o projeto do santuário que o seu povo deveria construir para Sua habitação, detalhes que deveriam ser executados integralmente conforme descrito por Deus. Esse é o contexto do nosso texto, a convocação e o direcionamento dos artífices responsáveis pela obra do tabernáculo, o santuário de Deus no meio do Seu povo.

Divisão do texto

Êxodo 31.1-5 - Deus convoca
Êxodo 31.6 - Deus traz o auxílio
Êxodo 31.7-11 - Deus garante e executa Sua obra

Deus convoca (Êxodo 31.1-5)

Êxodo 31.1 (ARA)
Disse mais o Senhor a Moisés:
O primeiro versículo do nosso texto é curto e pode passar desapercebido aos olhos desatentos, entretanto, pelo menos dois ensinamentos ele nos traz. Primeiramente, precisamos observar que o versículo inicia com o termo “Disse mais”, um termo que é usado seis vezes nos capítulos 30 e 31, nos lembrando que o que será dito a seguir faz tanto parte das ordenanças de Deus para construção do Seu tabernáculo, quanto todas as demais. As palavras que serão ditas a seguir não se tratam apenas de uma convocação, mas de uma ordem inegociável do Rei dos Reis. O segundo ensinamento que extraímos desse curto versículo, e que nos prepara para o entendimento dos demais, é que a convocação ordenada a seguir é direcionada de Deus para Moisés, de Deus para o homem. Não se trata de uma convocação do líder Moisés, mas do Próprio Deus.
Êxodo 31.2 (ARA)
Eis que chamei pelo nome a Bezalel, filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá,
Deus inicia sua convocação ordenada deixando bem claro que “chamou pelo nome” a Bezalel, filho de Uri, filho de Hur. O termo utilizado para “chamei” é “qarati”, que tem o sentido de comunicado de exigência da presença de um indivíduo. Aqui, Deus, como Rei, exige nominalmente a presença de Bezalel na obra do seu tabernáculo. Da mesma forma que Deus havia decretado todos os mínimos detalhes do seu santuário, também decretou quem haveria de ser o responsável por sua construção. Na obra de Deus, não é o homem quem escolhe, nem convoca, é o Próprio Deus que escolhe individualmente quem o apraz e quando o Rei exige a presença de um servo em algum posto, não há possibilidade de recusa.
Êxodo 31.3 (ARA)
e o enchi do Espírito de Deus, de habilidade, de inteligência e de conhecimento, em todo artifício,
Deus continua então declarando que não apenas convocou a Bezalel, mas que lhe entregou tudo que necessitaria para executar a missão que lhe fora entregue. Deus convocou Bezalel e o encheu de Seu Espírito Santo. Pouco de declara acerca de Bezalel nas escrituras, limitando-se à sua genealogia e ao fato de ter sido o artesão chefe responsável pela construção do tabernáculo de Deus. Entretanto, ele é o primeiro indivíduo para o qual as sagradas escrituras declaram que fora enchido pelo Espírito Santo de Deus. Dentre tantos homens piedosos e proeminentes que o antecederam e o sucederam, o primeiro relato bíblico de um homem que foi cheio do Espírito Santo é para este cujas escrituras se limitam a poucas palavras.
Fato é que, no Antigo Testamento, geralmente a manifestação do Espírito de Deus no homem estava relacionada a alguma capacitação com propósito, sendo que aqui não trata-se de uma exceção: Bezalel foi chamado e cheio do Espírito Santo para executar obra do tabernáculo exatamente como ordenado por Deus. É importante entendermos que aqui Deus não está dizendo que o encheu de habilidade, inteligência e conhecimento, mas o encheu do Espírito Santo que o capacitou às demais coisas (Êx 35.30-31). Um homem pode ser cheio de habilidade, inteligência e conhecimento e fazer grandes feitos, mas somente um homem cheio do Espírito Santo de Deus pode ser cheio dessas coisas e direcioná-las ao cumprimento da vontade de Deus. Os dons são graça de Deus aos homens, mas somente o Espírito Santo pode direcioná-los para a Sua obra.
Êxodo 31.4–5 (ARA)
para elaborar desenhos e trabalhar em ouro, em prata, em bronze, para lapidação de pedras de engaste, para entalho de madeira, para toda sorte de lavores.
Para tudo que fora requisitado para a obra do templo, o Espírito Santo capacitara a Bezalel, é justamente a ideia que o termo “para toda sorte de lavores” traz, ou seja, Deus o capacitou para todo e qualquer tipo de trabalho manual necessário para a obra do tabernáculo. Sim, Bezalel havia recebido uma grande responsabilidade. O próprio Deus que derrotara todos os egípcios e seus deuses, o Rei dos Reis havia o chamado pelo seu nome, entretanto, apesar do peso que recebera, Deus lhe entregou todas as capacidades necessárias para suportá-lo.

Deus traz o auxílio (Êxodo 31.6)

Êxodo 31.6 (ARA)
Eis que lhe dei por companheiro Aoliabe, filho de Aisamaque, da tribo de Dã; e dei habilidade a todos os homens hábeis, para que me façam tudo o que tenho ordenado:
Deus então continua com sua convocação ordenada. Ele revela, no versículo 6, que “deu” Aoliabe, filho de Aisamaque, por companheiro de Bezalel. A NVI nos traduz esse versículo de forma que nos ajuda a compreendê-lo melhor:
Êxodo 31.6 (NVI)
Além disso, designei Aoliabe, filho de Aisamaque, da tribo de Dã, para auxiliá-lo. Também capacitei todos os artesãos para que executem tudo o que lhe ordenei:
Deus não só convocou e encheu Bezalel com Seu Espírito Santo, mas também providenciou alguém para auxiliá-lo em todo o trabalho que viria. Deus nunca levanta seus servos para trabalharem sozinhos ou isolados, mas sempre levanta aqueles que serão responsáveis pelo auxílio em toda a caminhada. Deus não convoca servos para serem super-heróis. Ele não tira as dificuldades e fraquezas da frente daqueles aos quais Ele enche de Seu Espírito, para que ninguém venha a se orgulhar, mas levanta servos piedosos para os auxiliar nas dificuldades do ministério proposto. Da mesma forma que Deus estabeleceu por nome a Bezalel para liderar a construção do tabernáculo, estabeleceu também por nome a Aoliabe para auxiliá-lo.
O versículo 6 segue então para um ponto que demanda nossa atenção: Deus diz que também deu “habilidade a todos os homens hábeis”. A pergunta que pode surgir é a seguinte: Deus até então chamou e encheu Bezalel de Seu Espírito, estabeleceu Aoliabe por seu auxiliar, mas agora ele diz que deu habilidade a outros homens, mas como Ele fez isso? Um passagem mais a seguir, de Êxodo 35.34-35, nos ajuda a responder esta pergunta:
Êxodo 35.34–35 (ARA)
Também lhe dispôs o coração para ensinar a outrem, a ele e a Aoliabe, filho de Aisamaque, da tribo de Dã. Encheu-os de habilidade para fazer toda obra de mestre, até a mais engenhosa, e a do bordador em estofo azul, em púrpura, em carmesim e em linho fino, e a do tecelão, sim, toda sorte de obra e a elaborar desenhos.
Deus não só capacitou a Bezalel e Aoliabe, mas os entregou corações dispostos a ensinar, a discipular outros homens quanto aos trabalhos que deveriam ser executados. O auxílio para a obra de Deus não viria apenas de Aoliabe, mas de todas as partes da congregação. Deus não concentra os dons em líderes ou pessoas específicas, mas para todos os seus servos. Deus não chama para sua obra estrelas, mas homens piedosos aos quais entrega um coração disposto a compartilhar os dons que receberam em prol de sua obra.
Outro pergunta que surge é a seguinte: se Deus declara que tais homens eram hábeis, por que precisaram ser ensinados nas habilidades requisitadas? O termo utilizado para “hábeis” aqui é “hakam-leb”, que tem o sentido de um coração sábio ou apto. Entretanto, outra pergunta surge: de que se trata essa sabedoria ou aptidão encontrada nos corações desses homens? Novamente, outra passagem nos ajuda a responder esta pergunta:
Êxodo 36.2 (ARA)
Moisés chamou a Bezalel, e a Aoliabe, e a todo homem hábil em cujo coração o Senhor tinha posto sabedoria, isto é, a todo homem cujo coração o impeliu a se chegar à obra para fazê-la.
A resposta à pergunta fica clara aqui. A sabedoria encontrada no coração desses homens era exatamente a disposição deles a “se chegar à obra para fazê-la”. Essa disposição do coração para a obra de Deus também vem do próprio Deus. Essa disposição de coração é em total prioridade à obra de Deus, seja no serviço, seja nas ofertas para viabilizar o serviço como nos mostra os versículos 20 a 29 do capítulo 35 de Êxodo:
Êxodo 35.20–29 (ARA)
Então, toda a congregação dos filhos de Israel saiu da presença de Moisés, e veio todo homem cujo coração o moveu e cujo espírito o impeliu e trouxe a oferta ao Senhor para a obra da tenda da congregação, e para todo o seu serviço, e para as vestes sagradas. Vieram homens e mulheres, todos dispostos de coração; trouxeram fivelas, pendentes, anéis, braceletes, todos os objetos de ouro; todo homem fazia oferta de ouro ao Senhor; e todo homem possuidor de estofo azul, púrpura, carmesim, linho fino, pelos de cabra, peles de carneiro tintas de vermelho e peles de animais marinhos os trazia. Todo aquele que fazia oferta de prata ou de bronze por oferta ao Senhor a trazia; e todo possuidor de madeira de acácia para toda obra do serviço a trazia. Todas as mulheres hábeis traziam o que, por suas próprias mãos, tinham fiado: estofo azul, púrpura, carmesim e linho fino. E todas as mulheres cujo coração as moveu em habilidade fiavam os pelos de cabra. Os príncipes traziam pedras de ônix, e pedras de engaste para a estola sacerdotal e para o peitoral, e os arômatas, e o azeite para a iluminação, e para o óleo da unção, e para o incenso aromático. Os filhos de Israel trouxeram oferta voluntária ao Senhor, a saber, todo homem e mulher cujo coração os dispôs para trazerem uma oferta para toda a obra que o Senhor tinha ordenado se fizesse por intermédio de Moisés.
Deus requer disposição total de coração para a execução de sua obra, seja no ofertar, seja no servir. A oferta não exime do serviço, nem o serviço exime da oferta, mas o servo fiel tem o coração disposto pelo Espírito Santo a ofertar e servir na medida da necessidade e requisitos da obra de Deus. Um coração disposto é um coração grato e confiante em Deus e por isso se entrega completamente à Sua vontade.
Tempos depois dos relatos do nosso texto, parte da congregação dos israelitas intentaram contra essa disposição de coração. Já próximo de entrarem na Terra prometida, os filhos de Rúben e de Gade, acomodados com suas criações de gado, desejaram abster-se da responsabilidade do cumprimento da vontade de Deus em tomar a Terra Prometida entregando essa responsabilidade apenas às demais tribos. Com isso, Deus declara, através de Moisés, que eles estavam desanimando o coração dos filhos de Israel, ou seja, estavam tirando o ânimo, a disposição do coração deles em cumprir a vontade de Deus.
Números 32.1–7 (ARA)
Os filhos de Rúben e os filhos de Gade tinham gado em muitíssima quantidade; e viram a terra de Jazer e a terra de Gileade, e eis que o lugar era lugar de gado. Vieram, pois, os filhos de Gade e os filhos de Rúben e falaram a Moisés, e ao sacerdote Eleazar, e aos príncipes da congregação, dizendo: Atarote, Dibom, Jazer, Ninra, Hesbom, Eleale, Sebã, Nebo e Beom, a terra que o Senhor feriu diante da congregação de Israel é terra de gado; e os teus servos têm gado. Disseram mais: Se achamos mercê aos teus olhos, dê-se esta terra em possessão aos teus servos; e não nos faças passar o Jordão.
Porém Moisés disse aos filhos de Gade e aos filhos de Rúben: Irão vossos irmãos à guerra, e ficareis vós aqui? Por que, pois, desanimais o coração dos filhos de Israel, para que não passem à terra que o Senhor lhes deu?
Apesar da disposição de nossos corações para a obra de Deus, nos depararemos com aqueles intentam contra ela, aqueles que se acovardam, aqueles que se acomodam e aqueles regridem. Mas nós não somos destes, então cabe-nos manter um coração grato a Deus e totalmente dependente de Seu Espírito Santo, para perseverarmos em nossa disposição de coração.

Deus garante e executa Sua obra (Êxodo 31.7-11)

Êxodo 31.7–11 (ARA)
a tenda da congregação, e a arca do Testemunho, e o propiciatório que está por cima dela, e todos os pertences da tenda; e a mesa com os seus utensílios, e o candelabro de ouro puro com todos os seus utensílios, e o altar do incenso; e o altar do holocausto com todos os seus utensílios e a bacia com seu suporte; e as vestes finamente tecidas, e as vestes sagradas do sacerdote Arão, e as vestes de seus filhos, para oficiarem como sacerdotes; e o óleo da unção e o incenso aromático para o santuário; eles farão tudo segundo tenho ordenado.
Nosso texto finaliza então com a declaração de tudo o que esses homens fariam: tudo aquilo que Deus já havia requisitado para o seu santuário e para o serviço que seria prestado nele. Entretanto, não somente executariam tudo o que Deus havia requisitado, mas exatamente da forma como Ele havia requisitado.
Deus finaliza então com uma afirmação clara: “eles farão tudo segundo tenho ordenado”. E por que havia essa garantia irrevogável de que certamente cumpririam a vontade de Deus? Porque toda a obra que executariam era alicerçada o Próprio Deus:
Foi Deus quem convocou Seu servo, não foi um homem;
Deus encheu Seu servo com o Seu Espírito Santo, capacitando-o em tudo que precisaria para a Sua obra;
Foi Deus que estabeleceu um auxiliador para o Seu servo;
Foi Deus quem dispôs o coração dos seus servos a discipular outros;
Foi Deus quem deu sabedoria ao coração da congregação para terem um coração disposto a ofertar e a servir na obra requerida.
Desse modo, foi Deus quem começou, sustentou e finalizou a obra, sendo que para isso, utilizou-se dos seus servos como instrumentos fiéis em suas mãos. É nisso que estava sustentada tão grande garantia. A obra não estava alicerçada na vontade de homem, mas na vontade do Próprio Deus.

Conclusão e aplicações

Irmãos, todo o nosso texto é envolto pelo propósito da vontade de Deus para a construção do Seu Tabernáculo, uma sombra que apontava para algo muito maior, apontava para o próprio corpo de Cristo, a Sua Igreja. Da mesma forma que Deus ordenou e capacitou seus servos no passado para a construção do Tabernáculo, também ordena e capacita seus servos hoje na edificação de Sua Igreja:
1Coríntios 15.58 (ARA)
Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão.
Me dirijo agora àqueles que têm sido levantados em algum dom específico:
Primeiramente, avalie-se constantemente a si mesmo. Que o seu dom esteja sendo utilizado pelo direcionamento do Espírito Santo, não por qualquer tipo de vaidade que habite em Seu coração. Lembre-se, você pode estar executando grandes coisas com os dons que Deus lhe deu, mas não estar direcionando ao cumprimento da vontade de Deus. Avalie o propósito presente em Seu coração e veja se é a edificação da Igreja ou a sua própria glória;
Segundo, para aqueles que estejam se sentindo, ou venham a se sentir, sobrecarregados, lembre-se, Deus não chamou nenhum membro para ter função fora do corpo, isolado. Ele sempre levanta e capacita servos auxiliadores da sua obra. Olhe à sua volta, discipule, ensine, livre-se de qualquer senso egoísta que te faça concentrar as responsabilidades apenas em você mesmo. Lembre-se, Deus não chamou nenhum super-herói para agir só, mas chamou um corpo para agir como corpo;
Lembrem-se, a verdadeira sabedoria da obra de Deus é ter um coração disposto a ofertar e servir na edificação e às necessidades do Corpo de Cristo.
Agora, me dirijo àqueles que ainda não se encontraram no serviço da obra do Senhor:
Primeiramente, clame a Deus para que o Seu Espírito Santo te dê um coração disposto a ofertar e a servir, só Ele pode fazê-lo;
Olhe para as necessidades do Corpo de Cristo, primeiramente das pessoas e depois da igreja como instituição. Tenha um olhar sensível a essas necessidades e encontre nos dons que Deus te agraciou uma forma de supri-las;
Avalie o seu coração. Não continue acomodado achando que, por haver servos fiéis que dispõem o seus corações no serviço e entregam aquilo que para você é o suficiente, você não tem responsabilidade alguma no serviço. Você tem responsabilidade no corpo de Cristo e, em não a assumir, você estará intendendo contra a diposição de coração dos seus irmãos.
Por fim, lembrem-se, o serviço não exime a oferta, nem a oferta o serviço. Oferte para que o serviço possa ser executado e sirva para que a oferta seja útil à obra do Senhor.
Na obra do Senhor, só existem dois possíveis grupos de servos: os fiéis, que estão entre aqueles com o coração disposto a ofertar e servir com o que for necessário para a edificação da Igreja; e os infiéis, que estão entre aqueles com o coração acovardados e acomodados espiritualmente. Que estejamos no primeiro grupo, daqueles que, como corpo, abundam na obra do Senhor para a edificação de Sua Igreja, até que Ele retorne e nos encontre como servos fiéis.
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