A GRAÇA QUE SE ALEGRA! (Parte 2) Lucas 15.11-31

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Deus se alegra em encontrar graciosamente quem está perdido em seu pecado.

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Grande ideia: Deus se alegra em encontrar graciosamente quem está perdido em seu pecado.
Estrutura: o filho perdido que saiu de casa (vv. 11-24) e o filho perdido que ficou em casa (vv. 25-31).
Destacando o fluxo do texto:
Cem ovelhas, uma se perde (1%), dez moedas, uma se perde (10%), dois filhos, ambos se perdem (100%).
A ovelha está perdida no deserto, a moeda está perdida em casa e os filhos, um se perde em uma “terra longínqua” e outro se perde dentro de casa.
Nos episódios da ovelha e da moeda, há a procura de quem perde (vv. 4,8), na dos filhos, o pai espera e anseia pelo encontro (vv. 20, 28).
Em todos os relatos há menção da palavra “alegria” e suas variações: vv. 5, 6, 7, 9, 10, 31.
"De fato, Mateus 13:34,35 resume a própria perspectiva nas parábolas e os seus valores verdadeiros em termos muito simples: “Jesus falou todas estas coisas à multidão por parábolas. Nada lhes dizia sem usar alguma parábola, cumprindo-se, assim, o que fora dito pelo profeta: ‘Abrirei minha boca em parábolas, proclamarei coisas ocultas desde a criação do mundo’.” Ele estava parafraseando Salmos 78:2-4, que descreve o propósito primário das parábolas como um modo de revelações, não obscurantismo. O único contexto no qual as parábolas disfarçam deliberadamente a verdade ou as enche de mistério é para o egoísta, hostil e descrente." (from "A parábola do filho pródigo" by John MacArthur, Bárbara Coutinho, Leonardo Barroso)
Mateus 13.34–35 (NAA)
34 Jesus disse todas estas coisas às multidões por parábolas e sem parábolas nada lhes dizia. 35 Isso aconteceu para se cumprir o que foi dito por meio do profeta: “Abrirei a minha boca em parábolas; publicarei coisas ocultas desde a criação do mundo.”
Lucas 15.2 NAA
Os fariseus e os escribas murmuravam, dizendo: — Este recebe pecadores e come com eles.
"Os fariseus, com certeza, teriam se indignado com o fato de Jesus acolher os excluídos da sociedade, mas a oposição deles nessa ocasião se intensificou por causa da coragem como Jesus expunha e condenava a hipocrisia deles. Os fariseus acharam, sem dúvida, que aquela seria uma oportunidade perfeita para deixar Jesus constrangido, para variar. Se essa era a estratégia deles, não poderiam estar mais enganados." (from "A parábola do filho pródigo" by John MacArthur, Bárbara Coutinho, Leonardo Barroso)
"A alegria permeia o restante de Lucas 15. O pastor que encontrou sua ovelha estava tão contente que deu uma festa para todos os seus “amigos e vizinhos” (v. 6). A mulher que procurou a moeda perdida até encontrá-la não pôde conter sua alegria, então ela também reuniu suas “amigas e vizinhas” (v. 9). Agora, o grato pai do Filho Pródigo estava transbordando tanto de alegria por ter recuperado o filho que promoveu a comemoração mais grandiosa possível e convidou a cidade toda. Por essa razão, não há dúvidas de que a alegria irreprimível de encontrar o que foi perdido é o tema recorrente de todo este capítulo." (from "A parábola do filho pródigo" by John MacArthur, Bárbara Coutinho, Leonardo Barroso)
O filho perdido que saiu de casa. (vv. 11-24)
(a) A história é envolvente: um pai, dois filhos e dois destinos. Ambos se perdem mesmo em um contexto de amor.
"Essa família era totalmente desequilibrada. Embora o pai fosse um homem amoroso, generoso e gentil, que dava presentes em abundância para seus filhos, ambos se importavam mais com a riqueza do pai do que com o pai em si. Um era um pecador flagrante, rebelde e ímpio; o outro era um pecador religioso com uma aparência superficial de respeitabilidade. Nenhum dos dois filhos tinha algum respeito autêntico pelo pai, e nenhum dos dois retribuía seu amor ou mostrava algum interesse em um relacionamento com ele. A bem da verdade, ambos os filhos odiavam o pai e se odiavam." (from "A parábola do filho pródigo" by John MacArthur, Bárbara Coutinho, Leonardo Barroso)
(b) O pedido do filho mais novo é desonroso e imoral: “Pai, quero o senhor me dê a parte dos bens que me cabe”.
(c) O pai atende o pedido e opta em não desmoralizar o filho diante da sociedade, ele apenas “reparte os bens entre os filhos”.
(d) O filho mais novo, saiu para um lugar onde, ele acreditava que a influência do seu pai não iria chegar, era uma “terra distante”.
Henri Nowen:
Abandono o lar toda vez que deixo de crer na voz que me chama de Amado e sigo outras que oferecem múltiplos caminhos para que eu encontre o amor amor que tanto procuro.
(e) Ele vive de “forma desenfreada”, esse é o sentido do termo “pródigo”.
(f) Mas uma “grande fome” chega àquela terra. Pensemos nesse fato: a fome aperta o estômago, expõe uma das necessidades mais básicas, mas mesmo assim o filho mais novo não reconhece seu real estado.
(g) Essa parte da história fala da decadência de quem permite-se ser possuído pelo orgulho: prefere depender dos estranhos do que dos conhecidos, negação das suas raízes familiares e desejos não satisfeitos.
(g) Nesse quadro exposto houve um sincero arrependimento. Pela primeira vez em sua vida o jovem “caiu em si”. O homem sem Deus é um tolo!
"Todo pecado envolve precisamente esse tipo de rebelião irracional contra um pai celestial amoroso. O maior mal do pecado não está no fato de que ele é uma transgressão da Lei — embora certamente o seja (1João 3:4). Mas o verdadeiro mal do pecado está em sua natureza como uma afronta pessoal a um bom e gracioso Legislador. Nosso pecado é uma violação calculada e deliberada do relacionamento que temos com nosso Criador." (from "A parábola do filho pródigo" by John MacArthur, Bárbara Coutinho, Leonardo Barroso)
Longe de uma mera mudança de ideia ou um exercício intelectual, o arrependimento genuíno sempre se demonstra no enfraquecimento da obstinação do pecador. O pecador que tentou desesperadamente se esconder de Deus agora o busca com diligência. Além dessa característica, toda a dor no mundo é só remorso sem significado." (from "A parábola do filho pródigo" by John MacArthur, Bárbara Coutinho, Leonardo Barroso)
(h) Ele recita sua declaração de fé, mas ele foi interrompido pela graça extravagante do seu pai, que não mediu esforços (nesse sentido ele foi “pródigo” também!).
Tim Keller:
O termo "pródigo" não significa "rebelde", mas, de acordo com o Dicionário Merriam-Webster, "perdulário inconsequente". Significa gastar até não sobrar nada. Desse modo, o termo é apropriado para descrever tanto o pai quanto o filho mais novo da história. As boas-vindas do pai ao filho penitente foi, de fato, negligente, uma vez que ele se recusava a "reconhecer" ou a aponar os pecados do filho, ou mesmo a exigir uma reparação.
(i) Aquele jovem teve sua honra (“melhor roupa”), autoridade (“anel no dedo”) e liberdade (“sandálias nos pés”).
"Qual era a mensagem? Precisamos nos lembrar mais uma vez de que se trata de uma imagem da graça extravagante de Deus, que triunfa sobre todo tipo de pecado imaginável. Deus salva os pecadores — incluindo os piores. E quando o faz, instantaneamente eleva o pecador recém-renascido a uma posição de privilégio e bênção que excede qualquer coisa que poderíamos pedir ou pensar (cf. Efésios 3:20)." (from "A parábola do filho pródigo" by John MacArthur, Bárbara Coutinho, Leonardo Barroso)
(j) E o banquete?
"Em outras palavras, a comemoração aqui é pelo pai, e não pelo filho. O banquete, na verdade, honra o pai. Foi o pai que devolveu ao filho sua vida e seus privilégios. Foi o pai que o perdoou, o restaurou à condição de filho, deu-lhe a liberdade verdadeira e o cobriu com demonstrações de amor. Assim, aquele pai, que aparentemente não sentia nenhuma vergonha, deu uma festa para que pudesse compartilhar a alegria de sua bondade com todo mundo. Esse tipo de alegria é contagioso, estimulante, renovador e cheio de glória. É uma imagem majestosamente adequada da alegria celestial." (from "A parábola do filho pródigo" by John MacArthur, Bárbara Coutinho, Leonardo Barroso)
2. O filho perdido que ficou em casa. (vv. 25-31)
(a) Enquanto isso…o filho mais velho estava no campo (alheio ao que estava acontecendo em sua própria casa).
Os corações de ambos os irmãos eram iguais. Ambos os filhos se ressentiam pela autoridade do pai e buscavam maneiras de escapara dela. Ambos desejavam uma posição em que pudessem dizer ao pai o que fazer. Em outras palavras, ambos se rebelavam- ainda que um tenha feito isso ao ser muito mau, e o outro ao ser extremamente bom. Ambos estão distantes do coração do pai; ambos são filhos perdidos.
(b) Ele indaga uma criança serva, acerca do que estava acontecendo: “que festa é essa?”.
(c) Você acha que tudo se tratou apenas do “bezerro gordo”? Claro que não: o coração daquele filho não estava na casa de seu pai, embora o seu corpo lá estivesse.
(d) Ele se “indignou e não queria entrar”. Logo, os fariseus e escribas se identificaram com esse ponto na história.
Tim Keller:
Não, os ouvintes inaugurais não se derramaram em lágrimas ao ouvir a história, mas se sentiram, antes, atingidos em cheio, ofendidos e enfurecidos. O propósito de Jesus consistia não em aquecer os corações, mas em desfazer a divisão existente. Com essa parábola, Jesus desafio aquilo que quase todos sempre pensaram a respeito de Deus, do pecado e da salvação. A história revela a teimosia autodestrutiva do irmão mais novo, mas também condena veementemente o estilo de vida do irmão mais velho. Jesus está dizendo que tanto o religioso quanto o descrente estão espiritualmente perdidos, que ambos os estilos de vida são um beco sem saída e que todo e qualquer pensamente que a raça humana teve em relação a como se ligar a Deus, até então, fora mero engano.
Mateus 21.28–32 (NAA)
28 — O que vocês acham? Um homem tinha dois filhos. Chegando-se ao primeiro, disse: “Filho, vá hoje trabalhar na vinha.” 29 Ele respondeu: “Não quero ir.” Mas depois, arrependido, foi. 30 Dirigindo-se ao outro filho, o pai disse a mesma coisa. Ele respondeu: “Sim, senhor.” Mas não foi. 31 Qual dos dois fez a vontade do pai? Eles responderam: — O primeiro. Então Jesus disse: — Em verdade lhes digo que os publicanos e as prostitutas estão entrando no Reino de Deus primeiro que vocês. 32 Porque João veio até vocês no caminho da justiça, e vocês não acreditaram nele; no entanto, os publicanos e as prostitutas acreditaram. Vocês, porém, mesmo vendo isso, não se arrependeram depois para acreditar nele.
(e) A fala do filho mais velho foi tocantemente triste: “Faz tantos anos que sirvo o senhor...”.
"Ao fim de todos os detalhes coloridos, das guinadas chocantes da história, das características de interesse humano e até mesmo da pungência da redenção do Pródigo, a parábola se resume a isto: é uma chamada urgente a um despertar por parte dos escribas, fariseus, sacerdotes e de qualquer outra pessoa religiosa que seja hipócrita e moralista." (from "A parábola do filho pródigo" by John MacArthur, Bárbara Coutinho, Leonardo Barroso)
(f) E o final da história?
"A parábola foi um convite primeiramente para eles abandonarem o orgulho e o moralismo e se reconciliarem com o modo de salvação de Deus. Contudo, além disso, o mesmo princípio se aplica a todos também — a pecadores como o Filho Pródigo; a hipócritas, como o filho mais velho; e a muitos tipos de pessoas por aí. Assim, todos os que ouvem a história escrevem seus finais de acordo com a maneira como reagem à gentileza de Deus para com os pecadores." (from "A parábola do filho pródigo" by John MacArthur, Bárbara Coutinho, Leonardo Barroso)
3. Outras aplicações:
(a) O amor de Jesus deixa o rebelde se afastar, espera o arrependido voltar e celebra a nova vida de quem estava morto em seus pecados. Esse é o resumo do evangelho.
Lucas 19.8–10 (NAA)
8 Zaqueu, por sua vez, se levantou e disse ao Senhor: — Senhor, vou dar a metade dos meus bens aos pobres. E, se roubei alguma coisa de alguém, vou restituir quatro vezes mais. 9 Então Jesus lhe disse: — Hoje houve salvação nesta casa, pois também este é filho de Abraão. 10 Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido.
(b) A religião moralista é uma desgraça. Não podemos viver um relacionamento com Deus em que a celebração de Sua alegria não seja uma constante.
Henri Nowen:
A comemoração faz parte do Reino de Deus. Deus não só oferece perdão, reconciliação e cura, como deseja que aqueles a quem esses dons são conferidos os recebam como uma fonte de alegria. Em todas as três parábolas narradas por Jesus para explicar porque ele come com os pecadores, Deus se rejubila e convida outros para que com ele se rejubilem. “Alegrai-vos comigo”, diz o Pastor, “achei a ovelha que estava perdida”. “Alegrai-vos comigo”, diz o Pastor, “achei a ovelha que estava perdida”. “Alegrai-vos comigo”, diz a mulher, “achei a dracma que estava perdida”. “Alegrai-vos comigo”, diz o pai, “este meu filho estava perdido e foi encontrado”.
Todas essas vozes são as vozes de Deus. Deus não deseja guardar para si mesmo sua alegria. Deseja que todos dela participem. A alegria de Deus é a dos anjos e dos santos; é a alegria de todos os que pertencem ao Reino.
Ilustr.:
Lançada em dezembro de 2017 e produzida por meio de financiamento coletivo, a série do serviço de streaming narra toda a história e trajetória de Jesus Cristo
Por Thiago Bayer, para o TechTudo 03/01/2023 01h01 Atualizado há 2 meses The Chosen é uma série dramática, disponível na Netflix, Globoplay e no app The Chosen de forma gratuita, que faz a releitura de uma grande narrativa religiosa. Lançada em 2019, a obra foi produzida por meio de uma campanha de financiamento coletivo que arrecadou mais de 10 milhões de dólares a partir de 19 mil investidores. Nela, a história de Jesus Cristo é contada a partir de relatos bíblicos daqueles que foram escolhidos por ele, como seus apóstolos. Segundo produtores, a série, com três temporadas por enquanto, já foi vista por mais de um 400 milhões de pessoas.
Cena dublada do episódio 1 da 2ª Temporada de The Chosen, onde os discípulos narram acontecimentos para João, o discípulo amado.
JOÃO: Eu estava no círculo mais intimo dele. Ele me amou.
MARIA: Ele amou todos vocês, você só sente a necessidade de falar mais sobre isso.
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