A10 - Eleição: Escolhidos por Deus
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O que vocês pensam sobre o tema da lição? Alguém aqui já tem uma ideia formada sobre sermos escolhidos por Deus?
O que vocês pensam sobre o tema da lição? Alguém aqui já tem uma ideia formada sobre sermos escolhidos por Deus?
Nesta aula, falaremos a respeito da doutrina da eleição e já quero estabelecer duas orientações para aproveitarmos esse tempo:
A doutrina da eleição é ampla e abrangente, então NÃO é nosso objetivo esgotar todos os detalhes e implicações dela. Precisaríamos de um curso de uma dezena de aulas para isso.
Trataremos de um assunto santo; então precisamos tirar as sandálias dos nossos pés para sondar um pouco do que o Senhor nos revela sobre o tema.
Quem inventou a doutrina da eleição?
Quem inventou a doutrina da eleição?
Agostinho de Hipona, conhecido universalmente como Santo Agostinho, foi um dos mais importantes teólogos e filósofos nos primeiros séculos do cristianismo, cujas obras foram muito influentes no desenvolvimento do cristianismo e filosofia ocidental.
João Calvino foi um teólogo, líder religioso e escritor cristão francês. Considerado como um dos principais líderes da Reforma Protestante, em particular na França, as ideias de Calvino tiveram uma grande influência não apenas sobre a teologia cristã, mas também sobre a vida social, a política e até mesmo o sistema econômico de diversos países, sendo amplamente consideradas como tendo possuído um forte impacto na formação do mundo moderno.
Martinho Lutero foi um monge agostiniano e professor de teologia germânico que tornou-se uma das figuras centrais da Reforma Protestante. Levantou-se veementemente contra diversos dogmas do catolicismo romano, contestando sobretudo a doutrina de que o perdão de Deus poderia ser adquirido pelo comércio das indulgências. Essa discordância inicial resultou na publicação de suas famosas 95 Teses em 1517.
Jacó Armínio foi um teólogo neerlandês da época da reforma protestante. Trabalhou em 1603 como professor de teologia na Universidade de Leiden, e escreveu muitos livros e tratados sobre teologia; sua visão tornou-se a base do arminianismo e do movimento neerlandês Remonstrante.
MAS A VERDADE É QUE NENHUM DESTES HOMENS FOI QUEM CRIOU A DOUTRINA DA ELEIÇÃO!!!
Efésios 1.3–14 (ARA): 3 Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo, 4 assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor 5 nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade, 6 para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado, 7 no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça, 8 que Deus derramou abundantemente sobre nós em toda a sabedoria e prudência, 9 desvendando-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo, 10 de fazer convergir nele, na dispensação da plenitude dos tempos, todas as coisas, tanto as do céu como as da terra; 11 nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade, 12 a fim de sermos para louvor da sua glória, nós, os que de antemão esperamos em Cristo; 13 em quem também vós, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa; 14 o qual é o penhor da nossa herança, até ao resgate da sua propriedade, em louvor da sua glória.
I. Considerações Iniciais
I. Considerações Iniciais
Lendo esse e outros textos que vamos ler a primeira conclusão a qual podemos chegar é que:
A doutrina da Eleição de pecadores para tornarem-se filhos de Deus e herdeiros da glória eterna é, em primeiro lugar, Bíblica!
Mt 22.14 “14 Porque muitos são chamados, mas poucos são escolhidos.”
Rm 11.5 “5 Assim também nos dias de hoje sobrevive um remanescente segundo a eleição da graça.”
1Co 1.27-28 “27 Pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes. 28 E Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são,”
Jo 15.16 “16 Não foram vocês que me escolheram; pelo contrário, eu os escolhi e os designei para que vão e deem fruto, e o fruto de vocês permaneça, a fim de que tudo o que pedirem ao Pai em meu nome, ele lhes conceda.”
Ef 1.4 “4 Antes da fundação do mundo, Deus nos escolheu, nele, para sermos santos e irrepreensíveis diante dele. Em amor”
1Ts 1.4 “4 Sabemos, irmãos amados por Deus, que ele os escolheu,”
1Pe 1.2 “2 eleitos, segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e a aspersão do sangue de Jesus Cristo. Que a graça e a paz lhes sejam multiplicadas.”
2Pe 1.10 “10 Por isso, irmãos, procurem, com empenho cada vez maior, confirmar a vocação e a eleição de vocês; porque, fazendo assim, vocês jamais tropeçarão.”
Embora este assunto gere dúvidas, não há necessidade de preocupação. O que queremos estudar é o ensino bíblico desse maravilhoso assunto e permitir que cada um chegue às suas conclusões ou reveja seus próprios conceitos. Se temos de ser bíblicos em nossa teologia, devemos incluir algo da doutrina de predestinação, porque a Bíblia – não Agostinho, nem Lutero, nem Calvino – apresenta claramente o conceito.
Não há nada na doutrina de predestinação ensinada por Calvino que não esteve primeiramente em Lutero, e não há nada na doutrina de predestinação ensinada por Lutero que não esteve primeiramente em Agostinho, e é seguro dizer que não há nada na doutrina de predestinação ensinada por Agostinho que não esteve primeiramente nos ensinos de Paulo. Esta doutrina tem suas raízes não em teólogos da igreja, mas na Bíblia, que a apresenta explicitamente.
O que a significa a eleição?
O que a significa a eleição?
A eleição pode ser definida como o ato eterno de Deus pelo qual Ele, em seu soberano beneplácito (consentimento/vontade), e sem levar em conta nenhum mérito previsto nos homens, escolhe um certo número deles para receberem a graça especial e a salvação eterna. Mais resumidamente, pode-se dizer que a eleição é o propósito de Deus de salvar certos membros da raça humana, em Jesus Cristo e por meio dele.
Gosto da definição do Pr. Sproul, que explica que a eleição, que diz respeito a Deus escolher certas pessoas em Cristo para serem adotadas na família de Deus ou, em termos simples, serem salvas. À luz de um ponto de vista bíblico, Deus tem um plano de salvação em que, desde toda a eternidade, ele escolheu pessoas para serem adotadas em sua família.
Verdades sobre a eleição em que precisamos crer
Verdades sobre a eleição em que precisamos crer
Rm 11.5 “5 Assim também nos dias de hoje sobrevive um remanescente segundo a eleição da graça.”
A eleição é uma escolha graciosa. Como pecadores, não merecemos a graça divina.
Ef 1.4-5 “4 Antes da fundação do mundo, Deus nos escolheu, nele, para sermos santos e irrepreensíveis diante dele. Em amor 5 nos predestinou para ele, para sermos adotados como seus filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o propósito de sua vontade,”
Ef 1.9 “9 Ele nos revelou o mistério da sua vontade, segundo o seu propósito, que ele apresentou em Cristo,”
Fp 2.13 “13 porque Deus é quem efetua em vocês tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade.”
Não fomos salvos por causa de qualquer obra feita por nós, mas “segundo o seu beneplácito”.
Ef 1.4; 2Ts 2.13 “13 Mas devemos sempre dar graças a Deus por vocês, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus os escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade.”
A eleição é uma escolha eterna. Paulo diz que foi “antes da fundação do mundo”, de toda a eternidade, por isso é imutável.
Aspectos importantes
Aspectos importantes
“Se Deus me elegeu e isso não pode mudar, posso viver pecando e me arrepender no final?”
A fé na eleição deve ser vista sempre juntamente com a insistência bíblica sobre a responsabilidade do ser humano diante do chamado de Deus no Evangelho.
Mt 23.37 “37 — Jerusalém, Jerusalém! Você mata os profetas e apedreja os que lhe são enviados! Quantas vezes eu quis reunir os seus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, mas vocês não quiseram!”
Hb 12.25 “25 Tenham cuidado e não se recusem a ouvir aquele que fala. Pois, se os que se recusaram a ouvir quem divinamente os advertia na terra não escaparam, muito menos escaparemos nós, se nos desviarmos daquele que dos céus nos adverte.”
Enfatizar apenas um desses aspectos claros da Escritura e desprezar completamente o outro é separar o que o próprio Deus juntou.
“Saber que Deus me elegeu muda minha vida em quê?”
A eleição é uma verdade prática. Como todas as verdades bíblicas, a Eleição tem como propósito o bem e o crescimento do povo de Deus. A eleição jamais deve ser vista como uma licença para pecar e viver de forma imoral. Pelo contrário, o objetivo da eleição está em Ef 1.4 “(…) sermos santos e irrepreensíveis diante dele” .
“Com base em que Deus elegeu?”
A Bíblia é clara em afirmar que a eleição de Deus não está condicionada a algo que fazemos, mas apenas aos propósitos e conselhos de Sua própria vontade.
Ef 1.5 “5 nos predestinou para ele, para sermos adotados como seus filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o propósito de sua vontade,”
Ef 1.11 “11 Em Cristo fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade,”
“Ficar questionando a Deus e enfrentar alguém que pensa diferente de mim sobre o tema da eleição tem algum proveito?”
A Bíblia não só não discute o tema, mas nos proíbe de discutí-lo: “Ele [Deus] tem misericórdia de quem quer e endurece a quem quer. Então me dirás: Por que Deus se queixa ainda? Pois, quem pode resistir à sua vontade? Mas quem és tu, ó homem, para argumentares com Deus? Por acaso a coisa formada dirá ao que a formou: Por que me fizeste assim?” (Rm 9.18–20).
Conclusões
Conclusões
Curtis Vaughan cita a conhecida a advertência de Spurgeon aos seus ouvintes: “Ninguém poderá julgar-se eleito de Deus, a menos que tenha a convicção de estar em Cristo. Não imagineis que alguma espécie de decreto firmado no mistério da eternidade salve as vossas almas, a menos que creais em Cristo. Não imagineis que sereis salvos mesmo que não tenhais fé. Essa é a mais abominável e maldita heresia que tem arruinado milhares. Não tomeis a eleição divina como uma espécie de travesseiro para dormirdes sossegado, porque podereis perder-vos!”
João Calvino, que é frequentemente considerado o principal defensor da doutrina da eleição e predestinação, disse que essa doutrina é tão misteriosa que precisa ser tratada com cuidado e humildade, porque pode ser facilmente distorcida ao ponto de obscurecer a integridade de Deus. Se abordada de maneira errada, a doutrina pode fazer Deus parecer um tirano que brinca com suas criaturas, que lança os dados, por assim dizer, com respeito à nossa salvação. Distorções desse tipo são muitas, e, se você tem dificuldade com esta doutrina, não está sozinho. Por outro lado, creio que vale a pena nos empenharmos para compreendê-la, porque, quando mais sondamos esta doutrina, tanto mais chegamos a ver a magnificência de Deus e a doçura de sua graça e misericórdia.
A verdade é que a doutrina da eleição aparece em toda a Escritura e deve ser sempre introduzido com a finalidade prática para fomentar:
segurança (não presunção)
santidade (não apatia moral)
humildade (não orgulho)
testemunho (não preguiça)
Mas não há nenhuma explanação detalhada da eleição dada por Deus, senão o próprio amor de Deus. Ele nos escolheu porque Ele nos ama, e Ele nos ama porque nos ama! Deus não nos ama porque somos amáveis, mas somente porque Ele é amor. E com este mistério temos que ficar satisfeitos.