O evangelho do Reino: O cristão e as leis! | Mateus 5.43-48 - Parte 5

Quarta com Fé! - Sermão do Monte  •  Sermon  •  Submitted   •  Presented
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Transcript

Introdução!

O último exemplo de Jesus para nós em Mateus 5 fala a respeito do amor.
Não do amor que preguei no domingo, mas do amor ao próximo.
Acredito que hoje será quebrado alguns paradigmas, assim como foram quebrados durante a preparação dessa mensagem.
Nesse último exemplo, Jesus exige de nós um amor um pouco incomum até aquele momento.
Como sabemos mais uma vez estavam pervertendo as leis e aquilo que Deus havia estabelecido para o seu povo.
Escribas e fariseus interpretando as leis de forma errada.
Viemos de semana passada falando a respeito de vingança. Que nós não devemos nos vingar.
Que o nosso padrão precisa exceder.
Que o cristão realiza o inesperado, pois a graça nos habilita a isso.
Jesus nos ensina que devemos colocar de lado toda a maldade.
Agora em Mateus 5.43-48 vamos mergulhar em mais um ensino de Jesus para a nossa vida.
Ler o texto: Mateus 5.43-48.
Esse texto é a conclusão daquilo que vimos na semana passada a respeito da vingança.
Quando falamos de amar o próximo realmente é um mandamento e não um conselho.
Jesus não está aconselhando amar, mas dando ordem para isso.
Em Levítico 19.18 aprendemos que devemos amar o próximo.
Uma exigência um pouco radical, nada muito diferente daquilo que já vimos aqui nesse sermão do monte.
O tempo todo temos sido confrontados a olhar diferente para a forma que estamos vivemos e fazer os ajustes necessários pedidos pelo Senhor.
Na maioria das vezes quando termino de falar a respeito de uma seção do Sermão do Monte eu falo que não fácil, mas é algo orientado por Jesus e assim devemos fazer.
Realmente olhar para o que falamos até hoje, Jesus tem nos esticado e ensinado a ser cristãos melhores.
Ensino a respeito das bem-aventuranças, ser sal e luz, ensino a respeito da lei, da ira, adultério, divórcio, juramentos, vingança...
E hoje vamos olhar para esse texto que fala sobre AMAR OS INIMIGOS.
Que desafio. O que Jesus está querendo nos ensinar com isso.
O desejo original de Deus para nós é que amemos uns aos outros e inclusive nesse mundo caído, amemos os nossos inimigos.

O cristão e o amor ao próximo!

Jesus inicia no v.43 como tem feito das últimas vezes dizendo: “ouviram o que foi dito:”...
Aqui Jesus estava falando a respeito dos ensinamentos dos escribas e fariseus.
Como vimos, a lei tinha ensinado ao povo a amar o próximo (Levítico 19.18).
Jesus diz nessa parte inicial que os escribas e fariseus estavam ensinando ao povo uma lei e não só isso, começaram a complementar.
A lei era para amar o próximo, só que Jesus acrescenta o que estava sendo falado na época.
Amar o próximo e odiar o inimigo.
Além de retirar o “ a ti mesmo” eles incluíram na lei o ódio ao inimigo.
Em nenhuma parte do antigo testamento conseguimos encontrar alguma lei ou ordem semelhante a essa.
Então diante dessa ênfase temos mais um desvio da parte dos escribas e fariseus sobre a lei de amar o próximo.
Quando lemos o texto de Êxodo 23.4-5.
Exodus 23:4–5 NAA
4 — Se você encontrar desgarrado o boi ou o jumento do seu inimigo, leve-o sem falta de volta para ele. 5 Se você vir prostrado debaixo da sua carga o jumento daquele que odeia você, não o abandone, mas ajude o dono a erguer o animal.
Aqui a orientação a respeito do inimigo parece exatamente o contrário do que estavam ensinando os escribas e fariseus.
Com isso iam sendo criados muros de separação entre as pessoas.
E a vinda de Jesus foi justamente para a destruição desse muro que separava as pessoas.
Tanto de Deus como o do próximo.
O amor de Jesus invadiu as fronteiras raciais, nacionais, partidárias, etárias, sexuais...
Jesus vem rompendo com todo a separação que existia devido a interpretação errada de uma lei.
Jesus é o nosso melhor exemplo.
Jesus orienta e expõe para o povo que existia um entendimento errôneo a respeito da lei.
O ensinamento não era para amar o próximo e odiar o inimigo, mas amar o próximo como a ti mesmo.
Tertuliano (Um dos pais da igreja - viveram após os apóstolos) vai dizer que o Cristão não deve fazer mal nem mesmo ao seu inimigo.
Com certeza quando ele fala isso ele está diante desse texto de Mateus 5.43-48.
O ensinamento de Jesus a respeito do amor ao próximo.
O v.43 Jesus expõe o ensinamento errado dos escribas e fariseus.
O v.44 Jesus, como sempre vem fazendo na exposição, lança o “eu porém lhes digo”.
Com isso Ele diz para aquele povo e pra gente.
Não tem os ensinamentos dos escribas e fariseus, esquece tudo e fica ligado no que eu vou dizer.
Aqui ele introduz um novo conceito a respeito do que estava sendo ensinado.
Jesus não fala só em amar o próximo, mas vai além, amem os seus inimigos e orem pelos que perseguem vocês.
O amor que Jesus está dizendo pra gente aqui não é apenas um sentimento, mas deve comprovado com uma atitude.
Seguindo essa ordem provamos realmente que entendemos os ensinamentos de Jesus.
Porque amar os inimigos e orar pelos que nos perseguem fala não de um ato natural.
Mas prova a graça sobrenatural que recebemos em Deus.
Por nós mesmos não vai rolar...
Imagina a cara do povo...
Imagino que ao receberem essa informação, essa nova interpretação, esse novo ensinamento o povo deve ter ficado doido.
Pois o que Jesus estava falando de algo que eles nunca tinham escutado.
Talvez o seu questionamento era: será que realmente é possível amar os inimigos?
Depende por quais principios de reino estavam vivendo.
Se no reino deste mundo - é impossível amar o inimigo e orar pelos que perseguem.
Mas se olharmos para o Reino de Deus - é possível, Jesus fez isso na cruz do calvário.
Jesus apresenta aqui uma revolução moral.
O que antes estava sendo ensinado, agora é o reverso.
Agora é o contrário...
Que desafio para os seguidores de Jesus.
Um novo ensino, mas que não contradizia a Lei.
Êxodo 23.4-5 - diz que devemos dar assistencia ao inimigo. Foi o texto que lemos a pouco por aqui.
Agora aqui em Mateus Jesus muda, ao invés de assistencia devemos AMAR.
Não só isso, mas orar pelos que perseguem...
Essa oração deve ser para que esses inimigos e perseguidores encontrem-se com Jesus Cristo.
A nossa oração tem que ser para que essas pessoas parem de perseguir e encontrem a salvação que está disponível em Jesus.
A reação contra os inimigos e perseguidores deve ser amor e oração.
O v.45 é o testemunho de vida a respeito do “amar o inimigo e orar pelos que perseguem”.
A demostração de que somos filhos.
O que nos assemelhamos com o nosso pai celeste?
Se as vezes não somos capazes de demonstrar misericórdia e bondade com os outros?
Onde está a evidência que somos novas criaturas? Bíblia enorme, jargão evangélico, ir todos os dias na igreja...
Não, só isso não é a demonstração que somos novas criaturas.
Devemos mostrar AMOR pelas pessoas.
A atitude de amar seus inimigos e orar por eles mostra de qual pai nos somos filhos.
Pastor, Jesus era diferente mesmo, não vou conseguir chegar no padrão dEle. Devemos tentar em todo o tempo.
Temos um exemplo na palavra de Deus além de Jesus.
Estevão
Olha o que segundos antes de morrer.
Acts 7:60 NAA
60 Então, ajoelhando-se, gritou bem alto: — Senhor, não os condenes por causa deste pecado! E, depois que ele disse isso, morreu.
Após ser apedrejado, olha o que esse homem de Deus diz...
Amor aos inimigos e oração pelos que o perseguem.
Então em vez de imitar os inimigos e perseguidores, iremos imitar a Deus nosso Pai.
Que a ousadia de usar o “tal pai, tal filho” que é conhecido por pais e filhos andarem iguais...
Que nós sejamos assim também nas atitudes.
Que ao olharem para nós possam ver Jesus em nossas atitudes.
Jesus continua argumentando a respeito de amar os inimigos.
O v.46-47 Jesus fala a respeito de 2 classes bem conhecida do povo judeu.
Os publicanos e gentios.
Nenhum deles bem visto pelo povo judeu.
Publicanos - Contratados pelos romanos para recolherem os impostos.
Gentios - Todos os que não eram judeus. Considerado pelos judeus como imundos.
Então Jesus nesses versículos está dizendo que todo aquele que se recusa a amar seus inimigos e perseguidores se poem no mesmo nível moral e espiritual desse grupo de pessoas (publicamos e gentios).
Jesus estava dizendo que qualquer um consegue amar aqueles que os amam. Difícil mesmo é amar os que contrariam...
Jesus estava ensinando que devemos exceder a normalidade.
Amar somente aquele que nos amam qualquer um faz, por isso devemos ser diferentes...
O v.48 Jesus coloca o nível de padrão para qualquer um que estivesse pensando o contrário.
Jesus carimba o seu sermão com esse padrão de perfeição.
O nosso exemplo é Jesus e os seus ensinamentos da palavra de Deus.
Quando Jesus que devemos ser perfeito como é o nosso pai, Ele está dizendo que temos que ser diferentes do mundo.
Que a nossa diferença é ser servo/amigo de Deus.
Jesus não está dizendo de alguma forma que vamos atingir a perfeição mora nesta vida, mas Ele se refere a maneira como devemos viver.
Sobre o nosso padrão de vida.
Sobre o reflexo que temos que ter do Pai nesse mundo.
Ninguém é perfeito que não deseja ser mais perfeito, e a perfeição é trabalhada na medida em que buscamos mais a perfeição.
Enquanto mais buscamos de Deus mais vamos sendo aperfeiçoados.
Devemos olhar o contexto que esse versículo está inserido.
A palavra perfeito aqui não quer dizer que somos impecáveis.
Devemos sim buscar não pecar.
Mas o texto está fazendo um apontamento a respeito do amar os inimigos e orar pelos que o perseguem.
Então a perfeição aqui é trabalhada no sentido de obediência a palavra de Deus.
Obediência ao direcionamento e ensino de Jesus.
Então a perfeição aqui é a maturidade espiritual.
Essa maturidade nos leva a imitar Jesus Cristo em ações, palavras, gestos, atitudes...
Amando os inimigos e buscando os que nos perseguem.
Devemos lutar por essa perfeição, para alcançar essa maturidade, pra buscar esse entendimento.
A marca da perfeição no cristão está no seu amor que não é determinado pelo objeto que é amado.
Essa marca fala que o amor do cristão não requer ser amado primeiro para poder amar.
Que busquemos a perfeição em Deus!
Que a nossa busca sempre seja em agradar a Deus.
A busca pela perfeição na vida cristã é uma incessante busca por obedecer os ensinamentos de Jesus.

Conclusão!

O sermão do monte fala a respeito dos ensinamentos de Jesus.
A forma como devemos viver a vida, ser pessoas melhores...
O que Jesus expõe aqui realmente muitas vezes contraria o nosso eu, e se isso está acontecendo, amém.
A palavra de Deus gera isso em nós um incomodo.
Falar sobre amar os inimigos e orar pelos que perseguem nos tiram da zona de conforto.
Nos levam a compreender o amor de Deus pela humanidade.
Existe uma ordem de Jesus sobre amar o inimigo e orar pelo que persegue e assim devemos fazer.
Procurar viver isso.
Como disse: fácil? Não! Possível? Sim!
Pois através desse amor vão conseguir nos ver como realmente filhos.
Quando as pessoas nos olharem precisam perceber em nossas atitudes a semelhança com o nosso Pai.
E Jesus termina dizendo: Sejam perfeitos como o é perfeito o Pai.
Devemos buscar a perfeição em Deus e assim vamos adquirindo uma maturidade e vamos colocando em prática o seu amor.
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