JOÃO BATISTA E A MENSAGEM PARA O MUNDO
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No dia seguinte, viu João a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!
A humanidade já vivenciou várias catástrofes, que dizimaram milhares de vidas, trouxeram transtornos extremos e marcaram a história de forma cruel. Mas, em todas elas, o homem deu a volta por cima, e se reergueu. Os bombardeios atômicos em Hiroshima e Nagasaki em Agosto de 1945 por exemplo, foram devastadores para o Japão. Centenas de milhares de pessoas, animais e plantas desapareceram num piscar de olhos. Meses após os bombardeios, os efeitos da explosão mataram entre 90 e 160 mil pessoas em Hiroshima e quase a mesma quantidade em Nagasaki, e incontáveis óbitos foram registradas pelos anos que se sucederam devido aos efeitos radioativos. Incrivelmente o Japão se reergueu, tornando-se poucos anos depois a terceira potência na economia mundial. O homem deu a volta por cima.
A AIDS foi também devastadora nos anos 80. A medicina não sabia o que era aquela doença, e a tratavam como um “tipo raro de câncer”. Muitas mortes ocorreram e a doença não tinha cura. Mas as pesquisas evoluíram e o tratamento, antes usando um coquetel de 18 comprimidos, hoje usa-se apenas dois, e todos os tratamentos estão hoje disponíveis pelo SUS. O homem deu a volta por cima.
São vários os exemplos de destruições ocasionadas por guerras, desastres naturais ou doenças em que o homem consegue com sua força, sabedoria e capacidade sair vitorioso e recomeçar. Mas houve uma catástrofe que nenhuma tecnologia de ponta ou pesquisa científica conseguiu dar ao homem a condição de vencer. Uma catástrofe que veio mais arrebatadora que qualquer bomba atômica ou epidemia. Estou falando da catástrofe do PECADO. O efeito do pecado sobre a humanidade foi a morte. O homem tornou-se morto espiritualmente, andando “sob as inclinações da carne”, condenado e indesculpável em seus delitos.
O pecado é uma doença mortal e poderosa, que precisa ser tratada com seriedade e com remédio eficaz. Como temos encarado o pecado? Como uma gripe passageira ou como o câncer terminal que ele é? Como uma suave brisa ou como a tempestade impetuosa que ele é? Temos dado atenção a esse tema?
Nosso texto fala de um homem especial nas mãos de Deus, que pregou muito sobre o pecado, e tem muito a nos ensinar. Seu nome é João Batista.
1 - JOÃO BATISTA PROCLAMAVA SEM MEDO A VERDADE CONTRA O PECADO
João Batista era filho de Zacarias e Izabel, e foi “a voz do que clama no deserto” a preparar o caminho para o Cristo de Deus, profetizada por Isaías no cap40. Vivia nos desertos da Judéia e se estabeleceu por toda região do Rio Jordão. Tinha um comportamento estranho
Usava João vestes de pelos de camelo e um cinto de couro; a sua alimentação eram gafanhotos e mel silvestre.
Tinha uma mensagem dura contra o pecado. Lc3.7-8
Dizia ele, pois, às multidões que saíam para serem batizadas: Raça de víboras, quem vos induziu a fugir da ira vindoura? Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento e não comeceis a dizer entre vós mesmos: Temos por pai a Abraão; porque eu vos afirmo que destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão.
Tinha uma mensagem firme de arrependimento
Naqueles dias, apareceu João Batista pregando no deserto da Judeia e dizia: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus.
Eu vos batizo com água, para arrependimento; mas aquele que vem depois de mim é mais poderoso do que eu, cujas sandálias não sou digno de levar. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo.
Por pregar contra o pecado e advertir severamente as pessoas a se arrependerem e voltarem para Deus, João foi perseguido, preso e morto. João chamava o pecado pelo nome e não mascarava os erros do povo, nem das autoridades como Herodes Antipas. Como precisamos de pessoas como João hoje. Como a Igreja precisava ser como João hoje em dia.
2 - A IGREJA DE CRISTO DEVE PROCLAMAR SEM MEDO A VERDADE CONTRA O PECADO
Como João Batista, a Igreja de Cristo precisa ser estranha na perspectiva do mundo. Enquanto o mundo fala de prosperidade terrena, a Igreja fala de prosperidade eterna. Enquanto o mundo busca exaltação humana, a Igreja ensina humilhação e piedade. Enquanto o mundo trilha no caminho do pecado, a Igreja segue O verdadeiro caminho que é Jesus. As diferenças precisam fazer da Igreja um grupo estranho para o mundo, mas chegado a Deus.
Sendo próxima de Deus, a Igreja deve pregar com ousadia a verdade do Evangelho. Como João Batista, a Igreja precisa exercer a voz profética e denunciar sem medo o pecado que tem devastado nosso mundo. A Igreja precisa chamar o pecado pelo nome. Chega de chamar o mentiroso de “inconsistente” ou que “faltou com a verdade”. Chega de chamar o adultério de “aventura”. Chega de chamar as impurezas sexuais que rondam nossa mente de “fantasias”. Chega de suavizarmos o pecado. É hora da Igreja ser como João e pregar o pleno arrependimento: “ARREPENDEI-VOS, POIS ESTÁ PRÓXIMO O REINO DOS CÉUS”.
Em um mundo que impera o relativismo, ou seja, que questiona as verdades, a Igreja precisa continuar pregando a verdade inquestionável que a Palavra aponta: JESUS É O ÚNICO CAMINHO DA VERDADEIRA VIDA. FORA DELE NÃO HÁ SALVAÇÃO. SÓ ELE PODE NOS LIBERTAR DAS CORRENTES DO PECADO. Foi isso que João reconheceu ao ver Jesus.
3 - JESUS É A VERDADE A SER PROCLAMADA SEM MEDO CONTRA O PECADO
No dia seguinte, viu João a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!
Imaginem a surpresa extremamente agradável de João ao contemplar, vindo ao seu encontro, O Deus encarnado, o Filho Amado que o Pai tinha todo o prazer; Aquele que João não era digno de desatar-lhe as correias das sandálias, O que estava no princípio com Deus, O que todas as coisas foram feitas por intermédio Dele, e, sem Ele, nada do que foi feito se fez; Aquele que a vida estava Nele e a vida era a luz dos homens. Imaginem a alegria de João ao vir Jesus.
João vê Jesus e faz com que a atenção de todos se voltem para Ele: “Vejam! O Cordeiro de Deus, que está tirando o pecado do mundo!”
Vejam! Essa interjeição faz o povo saber que a verdade contra o pecado está ali. O Cordeiro pode ter levado o povo a pensar sobre o Cordeiro Pascal, o que era oferecido na festa da Páscoa, ou ao Cordeiro sacrificado diariamente, mas nós sabemos que ali se cumpria a profecia de Isaías: Isaías 53.6-7
Isaías 53.6–7 (ARA)
Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o Senhor fez cair sobre Ele a iniquidade de nós todos. Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, Ele não abriu a boca.
Jesus deu Sua vida, como Cordeiro no matadouro, para vencer o pecado por nós. O pecado nos aprisionou e nos fez andar desgarrados, praticando todo tipo de obras más possíveis. Mas o Pai fez cair sobre o Filho Jesus o pecado de todos nós. Ele se entregou voluntariamente, teve o corpo desfigurado pelos açoites por nossa causa, e derramou o Seu sangue na Cruz para remissão de nossos pecados. Pelas Suas pisaduras nós fomos curados. A solução para o pecado do homem é ARREPENDER-SE E SE ENTREGAR AO CORDEIRO DE DEUS QUE TIRA O PECADO DO MUNDO. O mundo aqui não significa salvação universal, mas que a salvação do pecado é oferecido não somente ao povo de Israel especificamente, mas a todas as tribos, povos e raças que receberem Jesus como Salvador.
João 1.11–12 (ARA)
Veio para o que era Seu, e os Seus não O receberam. Mas, a todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome;
CONCLUSÃO
João Batista foi um homem diferenciado em seu tempo, destemido na proclamação da verdade contra o pecado. Sejamos como Igreja de Cristo diferenciados e destemidos na proclamação da verdade contra o pecado. Claro que isso nos trará muitas complicações, como trouxe a João, mas essa proclamação deve ser feita, custe o que custar.
A proclamação da Igreja é sobre a verdade sem talvez que é Jesus. Ele é o Cordeiro de Deus, e todos que receberem Seu sacrifício em seus corações, têm vida eterna. Receba Jesus em seu coração hoje, e viva de forma diferenciada e destemida, para Sua glória, até Sua vinda. Maranata!