A DIFERENÇA ENTRE CONFIAR NAS RIQUEZAS E CONFIAR EM DEUS - Salmo 49

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INTRODUÇÃO

Este salmo, que não tem o padrão de livramento da morte iminente ou lamentos individuais, mas apresenta de maneira proverbial o destino comum da morte, partilhado pelos sábios e tolos, pelos justos e ímpios; e que os ricos não levarão consigo para a tumba as riquezas que acumularam em vida
Contendo essas lições muito práticas sobre vida e morte, encaixa-se perfeitamente na categoria de um poema didático ou de sabedoria. Em alguns lugares, soa muito semelhante a certas porções de Jó, Provérbios e Eclesiastes — contém advertências para os ricos e famosos, além de palavras de conforto para os pobres. Essas mensagens atemporais do AT suportam muitas passagens do Novo Testamento, como a acusação sobre o rico tolo em Lucas 12:13-21 ou o rico e Lázaro em Lucas 16.

I. UM CHAMADO A ATENÇÃO (V.1-4)

A mensagem é para todos os povos e indivíduos, para pequenos e grandes, ricos e pobres. São palavras de sabedoria vindas de um coração discernente. Os filhos de Corá sondam a desigualdade comum da vida e, quando chegam a uma conclusão, cantam ao som da harpa.
V.4 — Uma parábola ou um provérbio é uma expressão típica da sabedoria popular, daquela que o AT, especialmente no livro de Provérbios, oferece exemplos muitos bons. Trata-se de sentenças ou máximas fundamentadas na experiência e expressas em forma poética. Essas máximas servem de orientação prática para a vida.
Decifrarei o meu enigma ao som da harpa: Pode-se explicar o sentido desta frase à luz de 2Rs 3.14-15: por meio de uma música suave, o profeta se prepara para receber de Deus a revelação de uma mensagem, que, por sua vez, ele comunicará depois aos demais.

II. A INUTILIDADE DAS RIQUEZAS EM RELAÇÃO A MORTE (V.5-12)

V.5-6 — Não há motivo para o povo de Deus se preocupar com os dias da tribulação, quando os opressores andam à espreita e os perseguidores os cercam com suas tramas perversas. Os inimigos confiam no ouro e no poder que ele confere; vangloriam-se de sua afluência.
V.7-9 — Ninguém, a despeito de seus recursos, é capaz de escapar da morte, a qual é inevitável (Hebreus 9:27). Essa passagem indica a segunda morte do inferno para cada um (cf. Apocalipse 20:11-15), ex- ceto para aqueles que, pela fé, arrependeram-se de seu pecado e receberam o único resgate adequado: aquele pago pelo Senhor Jesus Cristo com sua morte na cruz (cf. Mateus 20:28; 1Pedro 1:18,19).
v.10-12 — Todos terão um inevitável encontro com a morte: sabios, estultos, ricos e pobres. Tudo que se ajunta aqui fica para outras pessoas. Atentiva de deixar um legado é pura vaidade e ostentação (v.12).
Esse refrão (cf. v. 20) é o ponto principal do salmo. Cf. o mesmo conceito em Eclesiastes 3:19. Enquanto o homem e a fera morrem, o espírito do homem vive eternamente, mas as feras não têm vida após a morte.
Eclesiastes 3.19 ARA
Porque o que sucede aos filhos dos homens sucede aos animais; o mesmo lhes sucede: como morre um, assim morre o outro, todos têm o mesmo fôlego de vida, e nenhuma vantagem tem o homem sobre os animais; porque tudo é vaidade.

II. O CONTRASTE ENTRE OS QUE CONFIAM EM RIQUEZAS E OS QUE NÃO CONFIAM DEUS (V.13-20).

V.13-14 — Tal é o destino daqueles que cometem a estultícia de confiar em sua riqueza, e não em Deus. Vivem na insensatez, como se nunca fossem morrer. Contudo, a morte é certa, e, quando acontece, parentes e amigos citam as palavras de profunda sabedoria do falecido. Destinados inevitavelmente a deixar o corpo terreno, são como ovelhas cujo pastor implacável, a morte, as conduz à cova.
V.15 — A diferenferença dos que confiam em Deus é de uma salvação além sepultura: Deus vai remir a alma (ser) da morte.
Encontramos aqui um dos poucos vislumbres da ressurreição no AT. Em termos gerais, os escritores do AT revelam concepções bastante indefinidas da morte e do além. Aqui, porém, o salmista expressa a certeza de que Deus remirá sua alma do poder da morte, ou seja, livrará sua alma do estado desencarnado e a reunirá ao corpo ressurreto. Quando diz: “ele me tomará para si”, emprega o mesmo termo usado nas ocasiões em que Deus recebeu Enoque e Elias.
V.16-19 — Portanto, não há necessidade nenhuma de o justo se perturbar ao ver o ímpio se enriquecer e sua casa se tornar cada vez mais adornada e luxuosa. Esta terra é o único céu que ele desfrutará! Em morrendo, nada levará consigo de sua riqueza. Irá para a sepultura de mãos vazias, sem nenhum esplendor para acompanhá-lo. Em vida, acredita que nada pode privá-lo de sua felicidade e as pessoas o elogiam por seu sucesso. Em algum momento, contudo, perecerá como seus antepassados e dividirá com eles a noite longa e escura.
V.20 — Não há meio de o homem se agarrar às honrarias e riquezas terrenas. A morte é tão inevitável para ele quanto para os animais, que perecem. (Eclesiastes 5:15; 1Timóteo 6:6,7)
Eclesiastes 5.15 ARA
Como saiu do ventre de sua mãe, assim nu voltará, indo-se como veio; e do seu trabalho nada poderá levar consigo.
1Timóteo 6.7 ARA
Porque nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele.
Mas e quanto ao justo, tambem não vai morrer? Sim, todos morreremos, se o Senhor não voltar antes. Todavia, o salmo enfatiza que os perversos deixam toda a sua riqueza para trás, enquanto os justos vão desfrutar a recompensa eterna de riqueza infinita (Fp 3.20-21
Filipenses 3.20–21 ARA
Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória, segundo a eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si todas as coisas.
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