Reunião de Oração 5ª feira santa

Semana santa  •  Sermon  •  Submitted   •  Presented
0 ratings
· 3 views
Notes
Transcript

Jesus chora

1. Ocultação da verdade
— Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque fechais aos homens o reino dos céus; pois nem vós entrais, nem aos que entrariam permitis entrar”. (Mt 23:13)
Não pregavam o arrependimento, instigavam as pessoas a buscarem bênçãos, mas não o Deus abençoador, evangelizavam com enfoque nos milagres, por distorcerem as escrituras e não ensinar adequadamente a palavra de Deus afastaram muitos dos caminhos da verdade, pois, dessa forma, o povo não crê no Deus vivo, mas nas vitórias advindas dEle, fechando as possibilidades da entrada no reino de Deus por falta de conhecimento.
2. Exploradores da fé das pessoas
— Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque devorais as casas das viúvas e sob pretexto fazeis longas orações; por isso recebereis maior condenação.” (Mt 23:14)
A expressão “devorar a casa das viúvas”, advém do fato que os fariseus as extorquiam e administravam suas propriedades. Naquela época, as viúvas eram mulheres frágeis, e para mascarar as más intenções, os fariseus faziam longas orações, para demonstrar uma piedade que não existia.
3. Evangelização adequada às próprias convicções
— Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque percorreis o mar e a terra para fazer um prosélito; e, depois de o terdes feito, o tornais duas vezes mais filho do inferno do que vós.” (Mt 23:15)
A missão dos falsos líderes não era propagar a palavra de Deus, mas o proselitismo religioso, ou seja, converter às pessoas utilizando-se das escrituras adaptadas às suas próprias convicções. A finalidade não era glorificar a Deus, mas, ser glorificado. Assim, seu falso ensino, ao invés de levar o pecador ao arrependimento, o fazia pecar ainda mais.
4. Induzem ao erro
— Ai de vós, guias cegos! Que dizeis: — Quem jurar pelo ouro do santuário, esse fica obrigado ao que jurou. Insensatos e cegos! Pois, qual é o maior; o ouro, ou o santuário que santifica o ouro?” (Mt 23:16-17)
O cristão deve honrar sua palavra, por isso, muitos líderes religiosos estimulavam as pessoas ao juramento, fazer declarações solenes a coisas que lhes dessem lucro, visavam o ganho pessoal. Eram “guias cegos” porque ensinavam que era errado jurar pelas coisas sagradas, mas recomendava o juramento por ouro, assim, o cristão não poderia se arrepender de sua palavra para que seu ganho não fosse comprometido.
5. Valorização das leis em detrimento das virtudes
—Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, e tendes omitido o que há de mais importante na lei, a saber, a justiça, a misericórdia e a fé; estas coisas, porém, devíeis fazer, sem omitir aquelas. Guias cegos! Que coais um mosquito, e engolis um camelo.” (Mt 23:23-24)
Os fariseus supervalorizavam os dízimos, eram exigentes quanto ao cumprimento da lei, todavia, manter as tradições tornaram-se mais relevantes que cultivar os frutos do espírito. Observe que Jesus não está condenado o dízimo, mas sua prática abusiva e uso indevido. Em síntese, Jesus quis dizer: continuem a dar o dízimo, mas antes de o dar, revista-se de fé, honra e misericórdia.
Atualmente, a busca pelo lucro, tem a tendência de ser uma das maiores formas de corrupção na igreja. Fé, misericórdia e ensino da palavra ficam em segundo plano, pois, para muitos, o que interessa mesmo é quantidade de cristãos que vão abrir a carteira.
6. Más intenções
— Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque limpais o exterior do copo e do prato, mas por dentro estão cheios de rapina e de intemperança. Fariseu cego! Limpa primeiro o interior do copo, para que também o exterior se torne limpo.” (Mt 23:25-26)
Os fariseus interpretavam as escrituras conforme seus próprios ensinamentos. Eram exigentes na prática das leis e tradições, mantinham uma aparência de pureza exterior, no entanto, no interior habitava as más intenções dos pensamentos e a impiedade do coração, eram como um objeto mal lavado, que por fora parece estar limpo, mas por dentro continua sujo. O que contamina o homem não é o que entra, mas o que sai do coração (Mt 15:17-19), não é o que está do lado de fora, mas o que está do lado de dentro. Assim, é preciso examinar a si mesmo (1 Co 11:28) e identificar o pecado (Sl 139:23-24), esvaziar-se (Fl 2:7), purificar o coração e renovar o espírito (Sl 51:10).
7. Vivendo de aparências
— Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas por dentro estão cheios de ossos e de toda imundícia. Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e de iniquidade.” (Mt 23:27- 28)
Jesus compara os fariseus a túmulos pintados de branco que mesmo estando aparentemente limpo, com uma lápide ornamentada, por dentro só tem podridão e odor. Os fariseus mantinham um perfil de honra e decência, contudo, neles não habitava o avivamento do Senhor.
Ser como um sepulcro caiado, é o mesmo que viver mascarado, aquele que “pousa” de bom cristão prega, canta, louva..., mas ao tirar a máscara a podridão exala o odor do pecado. Quando há um paradoxo entre ser e viver, é porque existe incoerência entre a maneira de agir e a palavra de Deus.
8. Perseguição ao povo de Deus
— Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque edificais os sepulcros dos profetas e adornais os monumentos dos justos, e dizeis: e tivéssemos vivido nos dias de nossos pais, não teríamos sido cúmplices no derramar o sangue dos profetas. Assim, vós testemunhais contra vós mesmos que sois filhos daqueles que mataram os profetas. Enchei vós, pois, a medida de vossos pais.” (Mt 23:29-32)
Os fariseus e escribas eram dissimulados, demonstravam apreço pelos profetas cuidando dos seus túmulos. Ao praticar falso senso de justiça, reconheciam que sobre seus descendentes há o sangue dos profetas. Jesus os condena porque eles carregavam no coração a mesma intenção de seus antepassados, de perseguir e matar os cristãos.
Mateus 23.37–39 BEARA
37Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes quis eu reunir os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, f e vós não o quisestes! 38Eis que a vossa casa g vos ficará deserta. 39Declaro-vos, pois, que, desde agora, já não me vereis, até que venhais a dizer: Bendito o que vem em nome do Senhor! h
Lucas 19.41 BEARA
41Quando ia chegando, vendo a cidade, q chorou r
Mateus: Jesus, o Rei dos Reis O Lamento de Jesus sobre Jerusalém (23.37–39)

O lamento de Jesus sobre Jerusalém (23.37–39)

Depois que Jesus descreve e condena os falsos líderes religiosos, passa a um pungente lamento sobre a cidade de Jerusalém. Tom Hovestol é oportuno quando diz que a forma com que Jesus encerra esse assunto é muito apropriada, pois o conclui com lágrimas, e não com escárnio; com choro, e não com açoitamento. As denúncias feitas por Jesus partiram seu coração. Ele queria ajuntar esses fariseus debaixo de suas asas e cobri-los com seu amor. Ele só queria que eles fossem honestos consigo mesmos e vissem a depravação de seu ser e a necessidade que tinham, para que buscassem a mensagem da graça e uma vida autêntica, em vez de uma religiosidade doentia.

Destacamos dois pontos a seguir.

Em primeiro lugar, um lamento profundo de Jesus (23.37). Esse transbordamento de dor é endereçado a Jerusalém, o símbolo do espírito da nação inteira. A Jerusalém que eles chamavam de santa, Jesus chama de assassina de profetas. A Jerusalém que eles exaltavam, Jesus diz que apedrejava os que a ela eram enviados. A Jerusalém que Jesus quis tantas vezes acolher sob suas asas, como uma galinha ajunta os seus pintainhos, expulsou Jesus para fora de seus muros e o crucificou no topo do Calvário.

Há ternura na linguagem figurada da galinha e seus filhotes. Jesus suportaria o fragor da tempestade na cruz para oferecer a eles proteção eterna. Entretanto, eles não quiserem. A responsabilidade dos judeus pela sua sorte é atribuída diretamente a eles mesmos com a expressão final e vós não o quisestes!

Em segundo lugar, uma profecia dramática de Jesus (23.38,39). Toda a casa dos judeus foi desolada quando Jesus se retirou deles; e o templo, a santa e bela casa, tornou-se uma desolação espiritual quando Cristo finalmente o deixou. Jerusalém foi longe demais para ser resgatada da destruição que buscou para si mesma, diz Spurgeon. A rejeição do reino da graça implica a exclusão do reino da glória. Os judeus, tão arrogantes e soberbos ao rejeitarem Cristo, o Messias, veriam sua casa ficar deserta. Eles, que rejeitaram o convite da graça encarnado na pessoa de Jesus em sua primeira vinda, só voltariam a vê-lo no julgamento final, em sua gloriosa segunda vinda, quando então seria tarde demais! Quando uma nação ou um homem persiste em rejeitar Cristo, o fim é inevitável. Sua casa ficará deserta. Deus já não habita mais ali: essa é a desgraça final.

Soa, então, terrível esta frase: Tendo Jesus saído do templo ia-se retirando (24.1).

Related Media
See more
Related Sermons
See more