1 Co 13.1-13: O Amor é Superior as Manifestações Espirituais

1 Coríntios: Maturidade Cristã   •  Sermon  •  Submitted   •  Presented
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O Amor deve ser o norteador de qualquer manifestação sobrenatural

Notes
Transcript

Introdução

A Cidade de corinto era uma cidade conhecida pela carnalidade, sexualidade, filosofia pagã e arrogância. A igreja vinha absorvendo essas características e confundiu a mensagem do evangelho com a filosofia humana, especialmente após o impacto de um excelente orador como Apolo. De modo que a igreja ficou dividida entre os líderes de acordo com suas preferencias pessoais.
O propósito da Carta é Desenvolver a Maturidade da Igreja de Corinto.

Desenvolvimento

Paulo incia a argumentação de que a Maturidade Espiritual é Expressa Pela Unidade [1.10-4.21].
Agora nesse segundo bloco ele dá Sequencia demonstrando como A Maturidade Espiritual é Expressa pela Unidade na Santidade e Testemunho [5.1-6.20].
Após falar a respeito da Unidade e Pureza da Igreja que revelam a maturidade, entramos em um grande bloco da argumentação de Paulo que é bem difícil de definir logicamente, visto que provavelmente foram questionamentos da igreja de corinto que demonstra que A Maturidade Espiritual não Busca o Bem-Estar Individual, mas Comum [7.1-14-40]
Iniciando com Orientações a Respeito do Casamento que Demonstram a Maturidade Espiritual [7.1-40] em seguida lida com a Unidade da Igreja e a liberdade ou os direitos [8-11] e inicia com a superioridade da Unidade em relação aos direitos, conhecimento e liberdade [8.1-13] e então Demonstra em seu Ministério os Direitos Cedidos em prol da Igreja e do Reino [9.1-27] e encerra esse bloco da unidade ao colocar o outro acima dos seus direito demonstrando que a Liberdade do Cristão não Produz Comunhão com os Demônios [10.1-11.1]
Paulo inicia agora um novo bloco do Capítulo 11 ao 14 em que lida com o culto público demonstrando que a Maturidade no Culto Público não é expressa pela autopromoção, mas submissão a tradição apostólica revelada [11.2-14.40]
Paulo nesse bloco vai lidar com o papel das mulheres em público e sua relação hierárquica que nada tem relação com valor ou dignidade, A ceia do SENHOR, Os dons Espirituais e as relações na igreja.
Assim Paulo começa Argumentando que a Maturidade Espiritual é expressa no culto publico por meio dos papeis dados por Deus e Submissão [11.2-16] em seguida demonstra que A Maturidade Espiritual é Expressa na Ceia por meio do Amor, Unidade e Temor [11.17-33].
Ainda falando a respeito do culto público ele inicia um bloco que destaca o papel da igreja como organismo vivo e o uso dos dos para a edificação do corpo e não ganhos pessoais [12-14]. Inicia esse bloco demonstrando que a Maturidade Espiritual é expressa no culto público por meio do conhecimento e uso adequado dos dons espirituais [12.1-11] em seguida ilustra o uso adequado dos dons ao descrever A Natureza da Igreja e os Dons [12.12-31], em seguida demonstra que a motivação que dá valor e significado aos dons é o amor [13.1-13].

Contexto

Os Corintios eram extremamente arrogantes como temos visto sistematicamente, de modo que além de deturparem a Ceia do SENHOR ainda usavam dons ou manifestações espirituais como meio de criar divisões ou destaque no ambiente eclesiástico. É Provável que o mesmo grupo que dividia por conta de filosofias, orgulho, imoralidade, processos civis para ganhar vantagem, idolatria e Ceia do SENHOR usavam o exercício de dons, especialmente o de línguas para serem admirados e ganharem evidência. Bem provável que esse grupo seja de pessoas respeitadas no meio da comunidade, pois tinham condições de excluir outros grupos distintos.
As divisões e rivalidades no meio dessa igreja eram muitas: Líderes, filosofias, homens e mulheres no culto com uso do véu, ricos e pobres e agora até mesmo a posse de determinados dons espirituais.
Assim era necessário que Paulo evidenciasse a consciência de corpo e comunidade, afinal todos os crentes tinham recebido capacitações específicas que visavam a edificação do corpo e a unidade, pois tinham sua origem no mesmo espírito. Assim ao invés de cultivar a divisão precisavam cultivar a unidade por meio de relacionamentos profundos, amorosos e responsáveis destacando a unidade e diversidade do corpo por meio do Espírito.
Paulo demonstra no Bloco de 12-14 que o amor é o principal elemento da fé cristã e não suas manifestações elemento que vem sendo desenvolvido em toda a carta (Abrir mão de direitos ou a espera de todos na ceia por exemplo) e agora de modo mais específico nas reuniões o amor deveria ser mais evidente do que as manifestações em especial aquelas que demonstravam a arrogância e as divisões.
Este é um capítulo fundamental para a doutrina da igreja. Ele nos ensina a riqueza da diversidade na unidade, a importância de cada membro, a inclusividade do Corpo de Cristo.
Ribeiro, Olavo. 1 Coríntios: Comentário Exegético (p. 422). Edição do Kindle.
Esse capítulo estabelece as bases sobre os dons e a igreja que junto com o capítulo 13 a respeito do Amor vão combater os excessos que ficam mais claros no capítulo 14.
No capítulo 13 observando o contexto em que ele é colocado na carta fica evidente que Paulo deseja dar um encerramento na questão das divisões dos coríntios ao demonstrar que uma igreja madura é uma igreja que ama, em especial no contexto do culto público (12-14).
Assim Paulo nesse capítulo demonstra que o amor é superior as manifestações espirituais e filosofias que os coríntios tanto valorizavam e que este deve ser a referencia.
Alguns estudiosos afirmam que o capítulo 13 poderia ser pulado e o argumento dos dos estaria completo, mas parece que Paulo repete o processo do bloco 8-10 que o ministério do apóstolo server de modelo para abrir mão dos direito, aqui o amor é a referencia do uso maduro dos dons.
O Fato do capítulo ser autoria de Paulo ou não é irrelevante para o geral da carta o fato é que se encaixa perfeitamente independente da autoria, Paulo usa de forma adequada. Usar esse texto para uma autoria tarde deixa de fazer sentido pela forma como se encaixa na igreja de corinto no primeiro século.

O Amor é Superior porque dá Motivação, Significado e Valor das Manifestações Espirituais ou Atos de Bondade [13.1-3]

Paulo já introduz deixando claro que o elemento que os coríntios mais admiravam ou esperavam para valorizar ou evidenciar um indivíduo não teria a menor relevância sem o amor.
Ele faz essa demonstração por meio de hipérboles para enfatizar. Ainda que haja debates se essa língua dos anjos seria uma língua distinta da humana ou específica dos seres angelicais que se manifestava no culto isso de fato não é importante para o argumento de Paulo. Ele utiliza uma série de hipérboles:
Usar a Língua de homens e anjos (Todas as línguas possíveis imagináveis)
Fale em nome de Deus (Profecia), conheça todos os mistérios e conhecimento, fé que move montanhas (Manifestações Sobrenaturais)
De tudo aos pobres, corpo queimado (Sacrifício pessoal)
Sem amor nada dessas ações teria qualquer significado ou valor tudo seria em vão, o fato do substantivo “amor” vir primeiro na frase grega evidencia a enfase de Paulo no amor. Olhando o contexto e as características, fica claro que o amor descrito que marcava a igreja madura era o amor que vinha de Deus.
Parece que Paulo não segue uma logica de categorias, mas do menos importante (linguas) ao mais importante (Sacrifício altruísta)
As expressão sino que ressoa tem uma tradução difícil e imprecisa (pode ser bronze ou metal), mas o significado não há duvida, o dom sem amor é como um som vazio, sem significado.
Quanto aos termos parece que Paulo não está preocupado em definir e distinguir cada um ou mesmo separar em blocos precisos, mas o geral aponta para o propósito. Usa Hipérboles para deixar claro superioridade do amor.
Aqui percebemos que Paulo já está lidando com boa parte dos problemas que ele combateu na carta, o amor demonstraria a maturidade da igreja na medida em que ele se tornasse a motivação e referencia do uso adequado dos dons evitando as divisões evidenciadas até mesmo na ceia do SENHOR!
Digno de nota o fato de que o amor para Paulo não é um dom ou uma capacidade, mas um caminho a ser percorrido por todo o cristão maduro e um caminho mais excelente do que qualquer manifestação espiritual [12.31]

O Amor é Superior porque Aprofunda os Relacionamentos [13.4-7]

Em seguida demonstra que o amor une os relacionamentos da igreja ao invés de dividir, lidando com outros problemas que ele tentou corrigir na igreja como as divisões, processos e acepção de pessoas.
Cada elemento aqui descrito como característico desse amor que é superior as manifestações ataca diretamente um problema que Paulo corrigiu na carta:

É paciente – O problema dos processos judiciais diante de pagãos.

É amável – O problema de carnes sacrificadas a ídolos.

Não é invejoso – A busca de superioridade por meio do uso dos dons.

Não é arrogante – A busca de superioridade por meio de discórdias.

Não é orgulhoso – Exibir riquezas na Ceia do Senhor; véu.

Não é rude – Rejeição dos irmãos mais pobres na Ceia do Senhor.

Não busca os próprios interesses – Uso imaturo da liberdade; carnes; maus líderes.

Não se ira facilmente – Invejas e discussões; processos.

Não guarda rancor dos erros – Processos.

Não se alegra com o mal – O problema do incesto e da imoralidade.

Alegre-se com a verdade – Incesto; as chamadas coisas lícitas.

Suporta todas as coisas – A questão da autorrestrição; processos.

Sempre crê – Desconfiança mútua; processos.

Sempre espera – A questão da disciplina na igreja e seu fruto.

Sempre persevera – Abrir mão de privilégios em favor dos irmãos.

Desse modo Paulo deixa claro que esse amor é superior porque elimina o grande problema dos coríntios promovendo a unidade e não divisões por causa de filosofias, capacidades ou problemas que viessem a aparecer entre eles.

O Amor é Superior porque é Permanente [13.8-13]

Se não bastasse o amor ser superior as manifestações espirituais ou desenvolver os relacionamentos então Paulo demonstra que o amor é superior a tudo o que os coríntios valorizavam porque ao contrário dos dons, conhecimentos ou manifestações ele permaneceria para sempre.
As profecias desaparecerão junto com línguas e o conhecimento, afinal esses elementos temos a manifestação em parte porque o que temos nesse momento é incompleto no plano eternos de Deus. Há aqui um debate quanto ao que é o perfeito o imperfeito desaparecerá.
A Escritura é o perfeito de modo que os dons já cessaram
Cristo é o perfeito de modo que os dons ainda permanecem
A favor da primeira opção há um fator gramatical que o perfeito está no gênero neutro e Cristo estaria no masculino, sendo assim a escritura se encaixaria melhor com essa estrutura. Entretanto os elementos ao final do texto de ver face a face e conhecimento pleno (13.12) enfraquecem essa ideia
A favor da segunda opção é que estaria se referindo a volta de Cristo ou consumação do reino (o fim) que também poderia ser usado o gênero neutro e não necessariamente a Cristo e essa possibilidade se encaixa melhor no contexto dos coríntios e expectativa do retorno de Cristo tanto no final desse bloco quanto o final da carta no capítulo 15.
Assim o amor é superior porque ele é permanente até o fim desse século quando a profecia, línguas e conhecimento não serão mais necessários, apenas o amor desfrutado desde a eternidade na trindade até a eternidade na consumação da história.
Parece que as línguas dos anjos não é uma preocupação doutrinária e que esse dom, seja qual for, vai cessar, esse fato colabora com uma hipérbole, afinal se os anjos falam uma língua especial essa deve permanecer, mas a manifestação nos crentes vai cessar.
Finalmente Paulo encerra ilustrando a sua ideia. Quando era menino agia de modo geral como menino, como homem deve deixar as coisas de menino para trás. Afinal nesse momento conhecemos em parte, mas na consumação do Reino tudo será revelado de forma plena, ou seja, assim como as coisas de menino são deixadas para trás com a revelação completa na eternidade os dons são deixados para trás e o que permanece é a fé, a esperança e amor, mas o amor é o mais importante porque é o único que permanece.
A ilustração do espelho segue a mesma direção, ao destacar que hoje vemos em parte como crianças, por isso os dons são necessário e temporais, mas na eternidade veremos face a face, como adultos então os dons são desnecessário e apenas o amor permanece.
A fé não é mais necessária na eternidade quando vermos Deus face a face e tivermos todo conhecimento revelados, a esperança não é mais necessária quando aquilo que esperamos tiver se concretizado, mas o Amor permanece é permanente e desfrutaremos plenamente dele na eternidade.
Assim fica evidente que o que deve marcar uma igreja não é as manifestações dos dons, a importância dos membros, ou a sabedoria (filosofias humanas) de seus membros, mas o amor que transforma relacionamentos e permanece até a eternidade, diferente dos outros elementos.
Assim o amor resolveria a questão das divisões que Paulo vem lidando em toda a carta e permaneceria até a eternidade que será melhor desenvolvida no capítulo 15, demonstrando a atitude de alguém que deixou de ser menino e agora é um homem maduro e compreende a maior das virtudes o amor.

Princípios Eternos

Amor deve motivar meus dons e ministérios
Amor motiva minha atuação como igreja e cristão no mundo
Amor elimina diferenças nos relacionamentos cristão
Amor é permanente
Amor é a principal marca de uma igreja porque vai permanecer eternamente
Amor marca uma igreja e um cristão maduro

Igreja Matura é Marcada Pelo Amor Sobrenatural e Eterno

Desafios

Orar para que esse amor seja desenvolvido na igreja
Buscar meios de expressar esse amor a outros membros da igreja
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