Superando a Incredulidade
A Missão do Rei • Sermon • Submitted • Presented
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Introdução
Introdução
Na última mensagem desta série aprendemos sobre o episódio em que Jesus foi transfigurando no alto do monte diante de Pedro, Tiago e João. Esse episódio foi uma imagem do Cristo glorificado, um ato do Pai reafirmando a divindade de Jesus diante de três dos seus discípulos. Nesse episódio também os discípulos contemplam Elias e Moisés ao lado de Jesus, testificando que estavam diante daquele que é o cumprimento da Lei da Profecia. Foi talvez a experiência máxima da glória de Deus. que privilégio aqueles homens tiveram, como deve ter alimentado e fortalecido a fé daqueles homens. Como nós dependemos de momentos em que podemos contemplar e experimentar da glória de Deus, mesmo que esses momentos não se comparem ao vivido por Pedro, Tiago e João. O alto do monte é espetacular, tanto que Pedro não queria descer, mas a caminhada cristã não é marcada somente de "alto do monte". Depois do alto do monte, eles tiveram que descer para o vale. E é no vale que nós veremos uma realidade que todos nós passamos, o contraste.
14 Quando eles se aproximaram dos outros discípulos, viram numerosa multidão ao redor deles e os escribas discutindo com eles. 15 E logo toda a multidão, ao ver Jesus, ficou surpresa e, correndo até ele, o saudava. 16 Então Jesus perguntou:
— O que é que vocês estão discutindo com eles?
17 E um, do meio da multidão, respondeu:
— Mestre, eu trouxe até o senhor o meu filho, que está possuído de um espírito mudo; 18 e este, sempre que se apossa dele, lança-o por terra, e ele espuma, range os dentes e vai definhando. Pedi aos seus discípulos que o expulsassem, mas eles não puderam.
19 Então Jesus exclamou:
— Ó geração incrédula, até quando estarei com vocês? Até quando terei de suportá-los? Tragam o menino até aqui.
20 E eles o trouxeram. Quando ele viu Jesus, o espírito imediatamente agitou o menino com violência, e, caindo ele por terra, revolvia-se espumando. 21 Jesus perguntou ao pai do menino:
— Há quanto tempo isso está acontecendo com ele?
O pai respondeu:
— Desde a infância; 22 e muitas vezes o tem lançado no fogo e na água, para o matar. Mas, se o senhor pode fazer alguma coisa, tenha compaixão de nós e ajude-nos.
23 Ao que Jesus respondeu:
— “Se o senhor pode”? Tudo é possível ao que crê.
24 E imediatamente o pai do menino exclamou:
— Eu creio! Ajude-me na minha falta de fé!
25 Vendo Jesus que muita gente estava se reunindo, repreendeu o espírito imundo, dizendo-lhe:
— Espírito mudo e surdo, eu ordeno a você: Saia deste menino e nunca mais entre nele.
26 E ele, gritando e agitando-o muito, saiu, deixando-o como se estivesse morto, a ponto de muitos dizerem:
— Morreu.
27 Mas Jesus, tomando-o pela mão, o ergueu, e ele se levantou.
28 Quando Jesus entrou em casa, os seus discípulos lhe perguntaram em particular:
— Por que nós não pudemos expulsá-lo?
29 Jesus respondeu:
— Esse tipo de espírito só pode ser expulso por meio de oração.
A vida é feita de altos e baixos, topo do monte, mas também o vale faz parte.
No alto do monte, vimos o Pai glorificando o Filho, no vale vemos um pai desesperado por causa do filho.
No alto do monte, o Reino de Deus em exposição, no vale o reino de Satanás em exposição.
No alto do monte, um filho radiantemente glorificado, no vale um filho terrivelmente endemoniado.
No alto do monte, o Pai horando Seu Filho, no vale um pai horrorizado com seu filho.
No alto do monte, uma visão gloriosa sobre o futuro, no vale uma lição sobre fé no tempo presente.
Enquanto o Reino de Deus não chega em sua plenitude nós viveremos o contraste entre a presença do poder de Deus e a presença do terror do pecado.
É interessante observarmos que se no Antigo Testamento, Moisés no monte Sinai recebendo a Lei era uma sombra de Jesus no Monte da transfiguração, ambos ao descerem se deparam com uma situação de incredulidade (a nação de Israel e os discípulos).
Por isso, o fracasso dos discípulos em libertar aquele menino nos leva a um questionamento: No capitulo 6 de Marcos, Jesus delegou autoridade para que os discípulos saissem em duplas curando e libertando pessoas, e eles foram bem-sucedidos nessa missão. O que mudou? Agora estavam em nove e não conseguriam ser bem-sucedidos com uma tarefa que no passado eles tinham conseguido realizar.
O fracasso nunca é divertido, a derrota não é algo que nos deleitamos. Pelo contrário, pode ser algo doloroso e vergonhoso. Mas a questão é como você lida com ele. O fracasso pode transformar você em alguém amargo, ou melhorar você.
O fracasso pode ser uma excelente oportunidade para reconhecer áreas que você precisa melhorar. O contraste entre fracasso e sucesso em uma mesma área foi uma grande oportunidade de aprenizado dos discípulos. Jesus dá o diagnóstico, a incredulidade ocasionou o fracasso. E a incredulidade aqui não está na completa ausência de fé, mas na qualidade desta fé. Somos salvos porém ainda pecadores, e por isso nosso coração é vacilante. Mas Deus nos ensina como devemos superar a incredulidade através desse episódio na vida de Jesus, dos discípulos e daquele pai e filho.
Dependência
Dependência
A fé que vence a iincredulidade não é auto-suficiente, mas dependente. Não é uma fé em si mesmo, mas uma fé totalmente dependente de Deus, que reconhece a nossa incapacidade de vencer e depende totalmente de Deus.
Ao chegar no vale após aquela experiência sobrenatural e gloriosa, vemos os discípulos no vale fracassados e cercado pelos escribas além da criança ainda endemoniada e seu pai desesperado. Sem dúvidas, os escribas estavam zombando dos discípulos por terem fracassado na libertação do menino. O fracasso dos discípulos era uma "prato cheio" para os escribas questionarem a autoridade de Jesus.
Quando somos criticados pelas nossas falhas, precisamos também depender de Jesus, olhando para o Cristo que não falha. Além disso, devemos incentivar os nossos críticos a agir como a multidão no versículo 15 que diante da incapacidade dos disípulos se maravilhou com Cristo ao chegar, ao invés de ficar criticando o fracasso dos nove.
Os nossos criticos podem apontar nossas falhas com muita precisão, mas nunca conseguirão fazer isso com Cristo, lembre-se disso. Dependa de Cristo que é aquele que não falha.
Esse texto nos mostra também a nossa dependência de Cristo contra os poderes do mal e nos traz algumas certezas:
Os demônios são reais, e não criaturas mitol;ógicas, Jesus claramente acredita neles.
Os demônios tentam infligir a morte, e são capazes sim de trazer sofrimento físico. Aquele menino apresentava sintomas parecidos com epilepisia,
Em nossa própria força somos impotentes contra as forças do mal.
No verso 19 vemos Jesus diagnosticando a razão do fracasso dos discípulos, ele os chama de geração incrédula. Mas Jesus não é como os críticos desse mundo, ele dá o diagnóstio enquanto os outros só querem evidenciar o fracasso, mas também dá a solução. O problema foi a increduidade. Mas como assim os discípulos eram incrédulos? Teriam os discipulos se tornado céticos descrentes de uma hora para outra? A incredulidade dos discípulos estava no fato de que após o sucesso que tiveram curando e libertando pessoas, passaram a confiar em si mesmos ao invés de confiar no Senhor. Por isso, a segunda característica da fé que supera a incredulidade é a direção.
Direção
Direção
Em Hebreus 11.6 está escrito: “6 De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que recompensa os que o buscam.”
O quanto de fé é preciso para você agradar a Deus? Qual deve ser o tamanho desta fé? Jesus em outro momento fala que uma fé do tamanho de um grão de mostarda pode produzir coisas maravilhosas. A chave não é o tamanho da fé, mas a direção, não está na força que essa fé tem, mas na pessoa em quem ela está. Se você tem muita fé em você mesmo, você não tem nada. Se você tem muita fé em algum recurso que você tem, você não tem nada. Se você tem muita fé em qualquer outra pessoa do presente ou do passado (como algumas religiões acreditam), você não tem nada. Mas um pouco d fé em Jesus é suficiente, é isso que Jesus fala ao comparar a nossa fé a um grão de mostarda. Ele não está dizendo que a nossa fé Nele não precise ser desenvolvida, claro que precisa, mas todos os começos são pequenos e necessários para um objetivo. Se você precisa fazer uma viagem de 1000km rumo ao Sul e começa a dirigir rumo ao norte e andar 800km, você vai ter andado muito, porém quem ando 100 metros rumo ao sul, embora tenha andando menos, está no caminho certo e muito mais próximo do alvo do que aquele que percorreu uma longa distância.
23 Ao que Jesus respondeu:
— “Se o senhor pode”? Tudo é possível ao que crê.
24 E imediatamente o pai do menino exclamou:
— Eu creio! Ajude-me na minha falta de fé!
25 Vendo Jesus que muita gente estava se reunindo, repreendeu o espírito imundo, dizendo-lhe:
— Espírito mudo e surdo, eu ordeno a você: Saia deste menino e nunca mais entre nele.
26 E ele, gritando e agitando-o muito, saiu, deixando-o como se estivesse morto, a ponto de muitos dizerem:
— Morreu.
27 Mas Jesus, tomando-o pela mão, o ergueu, e ele se levantou.
A incredulidade é expressa quando eles de alguma forma duvidam que o Senhor poderia fazer. Quando Jesus questiona no versículo 23 a pergunta "Se o Senhor pode?" expõe que de alguma forma os discípulos esrtavam tão confiantes em si mesmos que é como pensassem "Jesus, não sei se o Senhor vai conseguir, porque nós já fizemos de tudo e não conseguimos. Mas será que não por vezes fazemos os mesmos, tentamos algo pelas nossas forças e depois de fracassarmos, de estarmos sobrecarregados, pedimos a Deus sem confiar que Ele pode fazer porque nós não conseguimos?
Quando Jesus diz que tudo é possível ao que crê, Ele não está dizendo que o problema está na habilidade divina em realizar algo, mas a incredulidade humana em uma fé que não está direcionada em Deus.
Por outro lado vemos o pai do menino endemoniado reconhecendo a sua incredulidade. Uma fé verdadeira passa por um coração humilde que reconhece que não podemos nada sem Deus. Mas nosso coração incrédulo por vezes usa Deus como um meio, como alguém que alimenta uma fé em você mesmo. por isso por vezes o fracasso é pedagógco, porque ele tem o poder de destruir nosso orgulho e realinhar a nossa fé. Sabe o que é pior, tem muita gente pregando um falso evangelho que só alimenta a incredulidade, porque alimenta uma fé na capacidade humana, etá direcionada no homem e não em Cristo. Deus é apenas um canal de persuação para uma fé baseada no homem. Por isso, no final desta passagem Jesus dá a solução para a incredulidade, que é a terceira e última característica de uma fé que supera a incredulidade.
Oração
Oração
O que faltou para os discípulos? Oração. Jesus afirma isso no versículo 29.
Os discípulos falharam muito, foi público, foram ridicularizados, a falha lançou dúvidas sobre Jesus e sua missão. Eles perguntam a Jesus o motivo do fracasso, o coração deles estava cheio de auto-confiança por realizações do passado. O fracasso deve nos levar a questionamentos honestos, isso é bom. Por isso Jesus diz que faltou oração.
Jesus não está dizendo que na expulsão de um determinado tipo de demônio exige oração, e outros não, ou menos oração. Jesus está falando sobre este tipo de espírito, o espirito maligno, assim como ao entrarmos em qualquer campo de batalha espiritual confiando na nossa própria força, orgulho e auto suficiência, teremos perdido a batalga antes mesmo dela começar. Não só contra demônios, mas qualquer tipo de conflito espiritual exige oração. A oração verdadeira tira nosso eu do centro, e coloca Jesus. Basta olhar para a oração que Jesus ensinou.
A fé preenche a lacuna ente a onipotência de divina e a fraqueza humana, essa fé é fortalecida por meio da oração.
Não superamos a incredulidade sem oração. A oração é uma das disciplinas espirituais mais difíceis, talvez por isso não etamos experimentando coisas maiores em missões e nas nossas igrejas locais. Por que nossas orações por vezes são egoístas e baseadas em realizações pessoais e passageiras. O caráter da oração deve ser humildade, honestidade, esperança e missão. E tem uma palavra que deve resumir nossas orações: humildade. Tudo depende de Jesus. Se ele agir, estou liberto, se ele não agir estou perdido. A fé expressa em oração deve ser: Senhor não quero que seja de outra maneira, a não ser da sua maneira.
Conclusão
Conclusão
Por isso eu gostaria de concluir perguntando a você:
Como a sua autossuficiência tem expressado orgulho, ao invés de através de uma oração humildade expressar “fé, confiança e dependência”?
As lições aprendidas no fogo do fracasso podem nos ferir, mas podem nos ferir de uma maneira boa se nos levarem a Jesus, e isso certamente aumentará a nossa fé e nos levará a humilhadade em oração. Hoje não temos Jesus conosco em carne, mas pelo dom da oração. O Senhor está apenas a uma palavra, a um pensamento, de distância. Lembre-se do que Jesus disse a Tomé em João 20.29:
“Porque você me viu, você acreditou. Bem-aventurados os que crêem sem ver”.
Portanto, que hoje a sua oração seja: Nós cremos, Senhor. Ajude-nos em nossa incredulidade. Dá-nos o escudo da fé com o qual poderemos extinguir todas as flechas inflamadas do maligno. Você crê nisso?