1 Co 14.1-25: A Edificação d Igreja é mais Importante que a Manifestação Espiritual

1 Coríntios: Maturidade Cristã   •  Sermon  •  Submitted   •  Presented
0 ratings
· 17 views

Paulo demonstra como o dom de profecia é superior ao dom de línguas por trazer edificação à igreja

Notes
Transcript

Introdução

A Cidade de corinto era uma cidade conhecida pela carnalidade, sexualidade, filosofia pagã e arrogância. A igreja vinha absorvendo essas características e confundiu a mensagem do evangelho com a filosofia humana, especialmente após o impacto de um excelente orador como Apolo. De modo que a igreja ficou dividida entre os líderes de acordo com suas preferencias pessoais.
O propósito da Carta é Desenvolver a Maturidade da Igreja de Corinto.

Desenvolvimento

Paulo incia a argumentação de que a Maturidade Espiritual é Expressa Pela Unidade [1.10-4.21].
Agora nesse segundo bloco ele dá Sequencia demonstrando como A Maturidade Espiritual é Expressa pela Unidade na Santidade e Testemunho [5.1-6.20].
Após falar a respeito da Unidade e Pureza da Igreja que revelam a maturidade, entramos em um grande bloco da argumentação de Paulo que é bem difícil de definir logicamente, visto que provavelmente foram questionamentos da igreja de corinto que demonstra que A Maturidade Espiritual não Busca o Bem-Estar Individual, mas Comum [7.1-14-40]
Iniciando com Orientações a Respeito do Casamento que Demonstram a Maturidade Espiritual [7.1-40] em seguida lida com a Unidade da Igreja e a liberdade ou os direitos [8-11] e inicia com a superioridade da Unidade em relação aos direitos, conhecimento e liberdade [8.1-13] e então Demonstra em seu Ministério os Direitos Cedidos em prol da Igreja e do Reino [9.1-27] e encerra esse bloco da unidade ao colocar o outro acima dos seus direito demonstrando que a Liberdade do Cristão não Produz Comunhão com os Demônios [10.1-11.1]
Paulo inicia agora um novo bloco do Capítulo 11 ao 14 em que lida com o culto público demonstrando que a Maturidade no Culto Público não é expressa pela autopromoção, mas submissão a tradição apostólica revelada [11.2-14.40]
Paulo nesse bloco vai lidar com o papel das mulheres em público e sua relação hierárquica que nada tem relação com valor ou dignidade, A ceia do SENHOR, Os dons Espirituais e as relações na igreja.
Assim Paulo começa Argumentando que a Maturidade Espiritual é expressa no culto publico por meio dos papeis dados por Deus e Submissão [11.2-16] em seguida demonstra que A Maturidade Espiritual é Expressa na Ceia por meio do Amor, Unidade e Temor [11.17-33].
Ainda falando a respeito do culto público ele inicia um bloco que destaca o papel da igreja como organismo vivo e o uso dos dos para a edificação do corpo e não ganhos pessoais [12-14]. Inicia esse bloco demonstrando que a Maturidade Espiritual é expressa no culto público por meio do conhecimento e uso adequado dos dons espirituais [12.1-11] em seguida ilustra o uso adequado dos dons ao descrever A Natureza da Igreja e os Dons [12.12-31], em seguida demonstra que a motivação que dá valor e significado aos dons é o amor [13.1-13]. Ao descrever a motivação amorosa dos dons Paulo inicia sua conclusão sobre os dons espirituais no culto público demonstrando como A Edificação da Igreja é mais Importante que as Manifestações Espirituais [14.1-25] e finaliza essa subdivisão do culto público orientando a respeito da Ordem no Culto Público [14.26-39]

Contexto

Paulo encerra no capítulo 14 o bloco do culto público (12-14) ao que tudo sugere o mau uso do dom de línguas era o grande problema dessa comunidade e que vinha gerando as divisões e dificuldade que forma lidadas ao longo da carta. Parece que o culto público é o ápice da solução para a igreja, se dedicar ao outro. Por isso o exercício dos dons, conhecimentos e estilo de vida tinha que pensar no irmão e não apenas em si.
No Capítulo 11 ao corrigir a Ceia do SENHOR Paulo sugere que as reuniões deles faziam mais mau do que bem, quando chegamos no capítulo 14 parece que a confusão é maior do que poderíamos imaginar a princípio, não apenas na Ceia, mas em toda a reunião havia disputas de espiritualidade, confusão quanto aos dons, desorganização e as mulheres assumindo um papel inadequado que elas não tinham fora da igreja e não deveriam ter dentro também.
O mais grave dessas manifestações espirituais era o fato de que não havia edificação da igreja, mas promoção pessoal demonstrando a falta de compreensão do que era ser igreja e do propósito dos dons, além da confusão gerada. Sendo assim Paulo não se opõe ao dom de línguas, mas o dom de línguas sem interpretação que era inútil para igreja porque ninguém compreenderia nada, por isso ele defende que o dom de profecia seja superior.
Inicia o texto ordenando que a igreja siga o caminho do amor e busque os melhores dons, principalmente o de profecia em seguida começa a explicar como fazer isso.

A Edificação marca o Caminho do Amor e Define o Melhor Dom [1Co 14.1-5]

Paulo vem com frequência colocando o dom de línguas por último nas listas de dons, agora na conclusão desse trecho ele vai explicar o motivo. Os coríntios precisavam parar de brigar buscar os melhores dons e seguir o caminho do amor na compreensão do que é ser igreja [14.1].
De nada adianta um dom se ele não edifica a igreja, ele perde seu propósito, por isso eles precisavam compreender que independente do dom a igreja deveria ser edificada. Por isso o uso do dom de línguas sem interpretação ficava em segundo plano e não era tão relevante quanto o dom de profecia, afinal não havia edificação da igreja.
Aquele que fala em línguas fala em mistérios é um dom introspectivo e emocional que tem seu valor individual, mas não edifica a igreja se não for interpretado. Assim sem a interpretação parece ser um dom que edifica o indivíduo em sua relação de adoração com Deus, mas não a igreja então não é um dom para ser exercido no culto público, visto que não edifica a igreja.
No caso da profecia isso de fato ocorria, afinal a igreja era ensinada, consolada e exortada de forma a ser moldada e transformada a imagem de Cristo na medida em que os irmãos percebessem essas orientações que vinham por meio da profecia. Por isso a profecia no culto publico era superior ao dom de línguas sem interpretação, quem fala em línguas fala a Deus enquanto quem profetiza, profetiza aos homens.
Paulo destaca três resultados da profecia para a igreja que a distingue das línguas. A Edificação, Encorajamento e Consolação.
O problema para Paulo, não era o dom de línguas, mas o seu uso sem interpretação, afinal se não houver interpretação a igreja não é edificada, por isso o dom de profecia era superior o primeiro critério é a edificação da igreja.
Ainda que alguns comentaristas argumentem que a profecia seria o equivalente a nossa pregação ou ensino e não uma palavra recebida diretamente de Deus é bem difícil comprovarmos isso por meio da evidencia bíblica. Parece que a profecia até o cânon se encerrar era extremamente necessário e precisava ser avaliada e não podia ir contra a doutrina dos apóstolos.
Na descrição do texto parecem ser palavras breves e diretas de modo que três pessoas na hora do culto poderiam trazer essa palavra de Deus. Diferente de uma pregação ou ensino preparados de forma antecipada.
Parece ainda que hoje em dia ela não é tão crucial para igreja quanto era no primeiro século ainda que ocasionalmente possa ser necessária.
O Fato é que Paulo preferia que todos profetizassem ainda que tenha prazer que falem em línguas, ele não era contra o dom de línguas, mas compreendia que sem a edificação do corpo era um dom introspectivo e individual com seu lugar fora do culto público ou pelo menos sem interromper, diferente da profecia que por isso era superior, trazia a edificação do corpo.
Paulo não despreza o dom de línguas e quando interpretado serve de forma semelhante ao dom de profecia.

Interpretação das Línguas gera a Edificação da Igreja [1Co 14.6-19]

Em seguida ele demonstra o meio pelo qual o dom de línguas no culto público pode gerar a edificação, por meio da interpretação este elemento no culto público não pode faltar. Parece que a manifestação de línguas sem interpretação era um fascínio dos coríntios que buscavam grandes manifestações e não se preocupavam com todos. Então Paulo precisa desenvolver melhor e com mais clareza conceitos que ele introduziu.
Argumenta basicamente que ninguém tira proveito do que não pode compreender, sendo assim a compreensão é necessária para o exercício do dom no culto público.
As imagens que Paulo utiliza aqui são bem relevantes. De que adiantaria o próprio Paulo que falava em línguas ir e falar em línguas sem que os outro compreendessem? Não seria melhor apenas cinco palavras compreensíveis para trazer doutrina, consolo, revelação ou conhecimento?
A seguir utiliza a ilustração de instrumentos musicais que precisam de harmonia e que as pessoas compreendam o significado de seu toque, em especial no caso da trombeta que anuncia guerra. Aqui destaca que a falta de compreensão não é apenas inadequado, mas também perigoso para o exército e isso acontece na vida da igreja de igual modo.
Encerra esse trecho afirmando que ouvindo sem compreensão é semelhante a um estrangeiro, aqui usa a expressão bárbaro, alguém sem instrução, não civilizado e tido como violento para o império romano, uma expressão bem significativa para os coríntios.
Assim ele desafia os coríntios ansiosos ou entusiasmado por manifestações espirituais que compreendessem a espiritualidade na igreja não tem a ver com grandes manifestações, mas com o amor, edificação da igreja, entendimento e altruísmo. A forma deles fazerem isso é crescendo nos dons que edificam a igreja e não que apenas pudessem trazer um benefício pessoal ou prazer.
Continua explicando que por isso aqueles que oram em línguas deveriam orar para que pudessem interpretar, afinal sem a interpretação não haveria utilidade para esse dom na igreja semelhante as ilustrações anteriores e ainda seria perigoso, se considerarmos a ilustração da trombeta de guerra. Fica evidente que Paulo não se opõe ao dom nem o proibi, mas valoriza que haja a interpretação e a edificação de toda a igreja
Paulo afirma ainda que quando se ora em língua o espírito ora, mas a mente não produz, aqui o sentido de espírito é o próprio espírito humano de quem ora e destaca o papel de adoração pessoal no orar em línguas que não produz edificação pública. E que ele mesmo se orgulha de orar em línguas, mas que no culto público prefere falar de modo inteligível para a edificação da igreja, afinal os não instruídos não compreenderiam nem mesmo esse ato pessoal de gratidão ou adoração, os não instruídos provavelmente era qualquer um que não orasse ou compreendesse o dom de línguas.
Encerra o argumento de que as línguas precisavam ser interpretadas com seu próprio exemplo pessoal de que prefere falar cinco palavras inteligíveis do que línguas que não são compreendidas, apesar de falar mais em línguas que todos os coríntios.

O Dom de Línguas julgamento e Escândalo aos Descrentes e a Profecia Edificação [1Co 14.20-25]

Paulo introduz com um tom ameno apesar de pesado ao introduzir com a expressão irmãos, mas com o complemento deixe de pensar como crianças no modo de pensar e hajam como adultos. Essa imagem de crianças é recorrente aos coríntios imaturos e eles deveriam abrir mão de seu direito, falar em línguas sem interpretação, ou buscar a interpretação para que a igreja fosse edificada e as línguas não se tornassem um meio de autopromoção.
A maturidade está em abrir mão de sua imagem ou direitos em prol da igreja para edificação do corpo este era um dos principais desafios dos coríntios, além disso ser adulto se relacionava com perceber o potencial negativo do dom de línguas nos descrentes.
Da mesma forma como o caso de Israel as línguas estrangeiras sem compreensão para Israel foi um julgamento, as línguas estranhas sem interpretação seria uma condenação aos descrentes porque poderia representar um obstáculo a fé.
Já a profecia tem um efeito semelhante ao da pregação da Palavra de Deus [Hb 4.12] ao confrontar o coração pecaminoso e produzir potencialmente o arrependimento.
Em resumo apesar das dificuldades dos detalhes da argumentação de Paulo de modo geral podemos dizer que as línguas sem interpretação produzem confusão, julgamento e afastam os descrentes da fé ao mesmo tempo que não edificam os crentes, enquanto a profecia edifica os crentes e pode produzir arrependimento e salvação.

Princípios Eternos

Busque o caminho do amor e edificação ao exercer seus dons
De nada adianta ter um dom especial e não fazê-lo em amor para a edificação do corpo
As manifestações espirituais são bem vindas desde que produzam edificação
A Edificação do corpo é o que determina o valor dos dons no culto público
Nem todo dom deve ser exercido durante o culto público
A local adequado para o dom de línguas sem interpretação como meio de adoração ou relação especial entre o crente e Deus
Se houver línguas no culto público é necessário que haja interpretação
Dom de profecia tem os mesmo efeitos da pregação da palavra de modo que edificam a igreja e podem produzir salvação do descrente
O dom de línguas sem interpretação produz condenação e pode afasta o descrente da fé

Deve-se Manifestar no Culto Público os Dons que Edificam o Corpo

Desafio

Orar para que Deus desenvolva os dons necessários para a edificação do corpo o culto público
Related Media
See more
Related Sermons
See more