Paulo em Atenas: O Evangelho em um mundo pagão (At 17:16-34)

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INTRODUÇÃO

16-17 >> A idolatria ateniense
Atenas era o centro intelectual e cultural no mundo da época. De lá saía a base filosófica da sociedade. De lá vieram Platão e Aristóteles, os principais pensadores do mundo grego.
O interessante é perceber, que ao mesmo tempo em que era o centro intelectual do mundo, era também o ambiente mais idólatra pelo qual Paulo havia passado.
Paulo teve uma experiência rica em diversos contextos neste lugar. Ele passou primeiro pela sinagoga, depois foi à praça (ágora), e depois foi levado ao Areópago. Ele pôde ligar com diversas pessoas, em situações diferentes, mas a resposta para as questões de cada situação era só uma: o Evangelho.
Além disso, Paulo teve tanto uma reação de revolta e indignação, quanto foi paciente ao explicar a mensagem do Evangelho aos ignorantes. Isso é sabedoria. Não devemos cair nem na falsa tolerância, sendo pacientes demais com coisas absurdas, nem devemos ser dominados pela intolerância, nos tornando insensatos e impedindo que a mensagem do Evangelho chegue aos outros.
A revolta de Paulo foi por causa da idolatria abundante. Quando Paulo chegou em Atenas, ele viu um lugar de que foi dito: “Aqui existem mais deuses do que homens”. Eles possuiam um deus para cada necessidade, e eles buscavam representar esse deus através de imagens de escultura. Se você se indignar com alguma coisa, se revolte com a idolatria desse mundo, que abandonou ao único Deus verdadeiro para seguir a falsos deuses. Em outro lugar, o apóstolodiz que por trás de cada falso deus há um demônio. Aquelas pessoas eram adoradoras de satanás. Essa era a revolta de Paulo. Qual é a sua?
18-21 >> Os grupos opositores
Na época, havia dois grupos já antigos, e que ainda se destavam por sua filosofia de vida - os epicureus e os estóicos. Os epicureus eram os ateus, ou agnósticos da época. Eles negavam a existência ou o relacionamento de Deus, e enfatizavam o prazer. Para eles, o que importavam era a busca do prazer. Eram o que chamamos de hedonistas. Como diziam: “comamos e bebamos, porque amanhã morreremos”.
Os estóicos eram panteístas. Criam que Deus era algum tipo de força ou espírito unido à natureza. Para eles a existência era fatalista, quer dizer que tudo simplesmentes vai acontecer do jeito programado, e podemos ser indiferentes a tudo - “o que será, será”. Para os estóicos, o sofrimento e a algria, a riqueza e pobreza, podem ser encaradas sem muita emoção, porque as coisas simplesmente acontecem. Eram niilistas. Seus primeiros líderes se suicidaram
Enquanto um grupo não cria em Deus, ou cria num deus distante, ou não se relacionava com Deus, e enfativa o prazer, o outro grupo acreditava em um deus perto demais, de tal modo que podia ser confudido com a criação, e eram mais moderados e pessimistas.
O cristianismo, por sua vez, nos liberta destes extremos, e nos apresenta um Deus que é tanto transcendente, muito grande e santo, quanto imanente, muito próximo e gracioso. É um Deus que não está tão separado da criação a tal ponto de esquece-la e abandoná-la, mas que não está tão próximo a tal ponto de ser confundido com ela. É Deus imenso, que se tornou homem, para salvar aqueles a quem criou.
Estes grupos xingaram Paulo de tagarela (catador de sementes), que quer dizer plagiador. E, curiosos, queriam saber que “nova doutrina” era aquela que Paulo pregava. Eles chamam de “coisas estranhas”. Eles definitivamente não conheciam a Escritura, mas seu interesse não era salvífico. Eles gostavam de saber das novidades.
Aqui devemos refletir sobre a inferioridade e a carência das culturas deste mundo. Elas precisam ser mudadas, influenciadas pelo Evangelho. Por exemplo, o novo governo, proibiu o evangelismo entre os índios, para preseravar a cultura indígena. Mas como eles serão salvos?
Existem dois fundamentos para essa atitude. O primeiro é pensar que todo caminho leva a Deus. Não precisamos pregar Jesus, porque eles já têm os deuses deles. O outro fundamento é o ódio ao Deus verdadeiro. Os adoradores de falsos deuses, odeiam o verdadeiro Deus. Isso porque Deus não aceita concorrência. É um Deus zeloso, que tem ciúmes do seu povo. Além disso, ninguém mais é digno de receber adoração além do Senhor.
Isso nos leva à conclusão de que essa falsa tolerância, que é antiga mas é moderna, é na verdade idólatra. Isso é tão claro, que o evangelho está sendo proibido em vários lugares, a Bíblia está sendo tirada de bibliotecas públicas, mas a cultura e a religião africana, o islamismo e o secularismo estão sendo disseminados. O cristianismo está sendo combatido. Isso é novo?! Claro que não. É tão antigo quanto Adão e Eva.
22-23 >> Paulo no Areópago
Paulo foi levado ao Areópago (Câmara municipal). Era o lugar onde ocorriam julgamentos cíveis e também se discutiam assuntos de impacto social. Paulo foi levado para falar diantes dos filósofos, formadores de opinião, além do povo que estava ali.
E Paulo, com paciência e inteligência, explicou que aquelas pessoas eram “acentuadamente religiosas”. O cristisnimo, desde de seu berço, se demonstra uma fé racional, e não superticiosa e cega. Na verdade a superstição e cegueira está nos inteletuais e formadores de opinião deste mundo. Naqueles que acusam exatamente assim o cristianismo. Eles na verdade são acentuadamente religiosos.
Havia tantos deuses que o atenienses resolveram fazer um altar “AO DEUS DESCONHECIDO”. A ideia é que nenhum deus fosse esquecido. E se houvesse algum deus que não estivesse recebendo honra entre eles, ele poderia encontrar ali naquele altar o seu lugar.
O apóstolo usou isso como ponto de contato. Ele reconheceu diante deles que, ironicamente, de fato existia um Deus que eles não conheciam. E era exatamente esse Deus que eles adoravam sem conhecer. E era esse Deus que Paulo estava anunciando.
O que Paulo está nos ensinando, é que é impossível negar ao Deus verdadeiro completamente. Que de alguma forma eu sei que Ele está lá, apesar de não conhecê-lo. Você pode chamar de força cósmica, espírito cósmico, energia do universo etc., e prestar algum serviço a Ele. O problema é que essa adoração sem conhecê-lo por sua Palavra, em Cristo Jesus, não é válida. Deus é reconhecido na sua Criação, mas ele só pode ser adorado genuinamente e de maneira salvífica através de Cristo e de Sua Palavra. Sem o Evangelho, eles estavam perdidos. É por isso que Paulo prega! (Rm 10:13-15Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos são os pés dos que anunciam coisas boas!”)
24-31 >> A apologética de Paulo
Paulo passa, então, a explicar quem é esse Deus que os pecadores não conhecem. E ele enumera aqui pelo menos 4 características deste Deus verdadeiro.
Ele é o Criador. Ele fez tudo o que existe, e não habita em santuários feitos por mãos humanas, nem é servido por mãos humanas como se de alguma coisa precisasse… Deus não pode ser contido, está em todo lugar, não possui limites em sua natureza e vontade. “Segundo o dr. Marshall W. Nirenberg, prêmio Nobel de Biologia, em cada corpo humano adulto há 60 trilhões de células vivas. Em cada célula há 1,70 metro de fita DNA, contendo a programação genética de todo nosso ser, como cor do cabelo, cor dos olhos, da cútis, tamanho, temperamento e outras características”.
Ele é Provedor. Deus não precisa de nada, mas é Ele quem dá tudo o que nós precisamos: “vida, respiração e tudo mais”. Além disso, “nele vivemos, nos movemos e existimos”. Deus não apenas nos criou, mas ele nos sustenta. Se Deus parar de falar, deixamos de existir. Por uma ordem nosso coração bate, nossos pulmões se movimentam num ato reflexo, nosso cérebro funciona, nosso sangue circula.
Ele é Soberano. Deus é o Senhor de tudo. Se nos criou, é o dono de nossa vida. Isso é de tal forma, que ele “fixou os tempos previamente estabelecidos e os limites de nossa habitação”. Isto é, como Deus limitou os tempos e dividiu as terras do povo de Israel (Dt 32:8), ele fez isso com todas as nações. Nada está fora do lugar. E todos devem satisfação de suas vidas a ele.
Ele é o Salvador e o Juiz do mundo. Esse Deus Criador, Governador Soberano, ordena que todos se arrependam de seus pecados (30-31) e creiam no Filho de Deus, que morreu mas ressuscitou de entre os mortos, para que tenham vida. Sem isso não há salvação. Um dia, esse Homem, Jesus, que veio uma vez para morrer pelo pecador, virá uma segunda, para julgar de uma vez por todas. E todos nós, ricos e pobres, de todas as etnias, com todas as circunstâncias, iremos estar diante do Deus todo poderoso, Senhor e Criador dos céus e da terra, e ele separará o joio do trigo, os bodes das ovelhas, e trará uns ao seu ceio, aos novos céus e nova terra, e os outros serão lançados no lago de fogo e enxofre que arde pelos séculos dos séculos. Esse juízo ocorrerá em determinado dia, no futuro. Mas ele pode ser definido agora, pela escolha que vocês. A quem você serve? Não diga que você é independente, e não serve a nenhum deus, pois isso não existe. Você está prestando devoção a alguém, e se não for ao Senhor Jesus, você está perdido. Se arrependa para ser salvo!
John Stott diz que Paulo destaca três considerações imutáveis a respeito do juízo: a) O juízo será universal — Deus há de julgar o mundo. Os vivos e os mortos, os grandes e os pequenos, todos serão incluídos; ninguém escapará. b) O juízo será justo: Deus há de julgar com justiça. Todos os segredos serão revelados. Não haverá possibilidade de erro judicial. c) O juízo está definido, pois o dia já foi marcado e o juiz foi escolhido: embora não saibamos o dia, já sabemos quem é o Juiz. É próprio Senhor Jesus.
Ainda Stott é assaz oportuno quando escreve:
Aprendemos de Paulo que não podemos pregar o evangelho de Jesus sem a doutrina de Deus, ou a cruz sem a criação, ou a salvação sem o juízo. O mundo de hoje precisa de um evangelho maior, o evangelho completo das Escrituras, que Paulo, mais tarde, falando aos presbíteros de Éfeso, chamaria de todo o desígnio de Deus.
32-34 >> Os grupos diantes do Evangelho
Exatamente vemos qual a situação geral do mundo. Há três grupos de pessoas:
Os que creram. Estes são os que foram salvos, como Dionísio e Dâmaris. Eles se jutaram a Paulo. Ele se juntaram à Igreja.
Os que zombaram. Estes são os inimigos, que desprezam o Evangelho, odeiam a igreja e tem prazer em desobedecer a Deus. São indiferentes às coisas de Deus.
Os indecisos. Aqueles que deixaram para ouvir mais tarde. Que esperam para outra hora. Que adiam o tempo da salvação. Se você é um indeciso, saiba que a sua indecisão já uma decisão. Que você decidiu não decidir . O que significa adiar a decisão mais importante da sua vida se não fazer pouco caso de Deus e de Sua Palavra?! Lembre-se do que Jesus disse - quem não é por ele é contra ele, e quem com ele não ajunta, espalha. Enquanto não estivermos com Cristo, somos seus inimigos. No fim, há apenas dois grupos. Os que creem e os que não creem. Os que obedecem, e os que não. Em qual grupo você está?! Arrependa-se hoje e entrega-se a Jesus!
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