FÉ PARA VENCER NA VIDA! Lucas 17.1-10

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Peça a Deus para aumentar a sua fé e você vencerá os embates de sua vida.

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Grande ideia: Peça a Deus para aumentar a sua fé e você vencerá os embates de sua vida.
Estrutura: Fé para não fazer o irmão vulnerável tropeçar (vv. 1,2), para perdoar o irmão que falha conosco (vv. 3.4) e para obedecer no que o Senhor determinou para nós (vv. 5-10).
Lucas, Volumes 1 e 2 A. Uma Advertência

Os fariseus tratavam com menosprezo os coletores e os pecadores que se reuniam em torno de Jesus (15.1,2). O rico ostentoso da parábola tratara Lázaro de forma semelhante (16.19–21). Esse tipo de atitude poderia facilmente causar dano espiritual às pessoas que eram negligenciadas ou desprezadadas. Jesus agora adverte seus discípulos a que não cometam pecado semelhante, isto é, no caso deles, que não sejam um motivo de tropeço para os desprezados que correram para o Salvador em busca de refúgio.

João 5.28–29 (NAA)
28 Não fiquem maravilhados com isso, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a voz dele e sairão: 29 os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo.
Cuide de seu irmão vulnerável. (vv. 1,2)
17.1-2: Ao ensinar os seus discípulos, Jesus mostra preocupação especial com os pequeninos.
(a) Lázaro era um “irmão vulnerável”:
Lucas 16.20–21 (NAA)
20 Havia também certo mendigo, chamado Lázaro, coberto de feridas, que ficava deitado à porta da casa do rico. 21 Este desejava alimentar-se das migalhas que caíam da mesa do rico, e até os cães vinham lamber-lhe as feridas.
(b) E o rico era uma “pedra de tropeço”:

σκάνδαλον -ου, τό; (skandalon), SUBS. escândalo. Equivalente hebraico: מוֹקֵשׁ (7), מִכְשׁוֹל (2), דֳּפִי (1), כֶּ֫סֶל 2 (1).

Uso do Substantivo

1. causa da armadilha ⇔ pecado — qualquer causa que resulte em (ou destina) uma pessoa a pecar; se, impedindo a ação justa ou promovendo o comportamento pecaminoso.

17.1: pedras de tropeço. Em grego, skándalon (de onde se derivou a palavra portuguesa “escândalo”) significa “tropeço” ou “armadilha”, símbolo daquilo que incita ao pecado ou à perda da fé.
17.2: destes pequeninos. Aqui pode referir-se às crianças ou também aos discípulos de Jesus em geral.
Mateus 18.6 (NAA)
6 — E, se alguém fizer tropeçar um destes pequeninos que creem em mim, seria melhor para esse que uma grande pedra de moinho fosse pendurada ao seu pescoço e fosse afogado na profundeza do mar.
Marcos 10.14 (NAA)
14 Jesus, porém, vendo isto, indignou-se e disse-lhes: — Deixem que os pequeninos venham a mim; não os impeçam, porque dos tais é o Reino de Deus.
1Coríntios 8.9–13 (NAA)
9 Mas tenham cuidado para que essa liberdade de vocês não venha, de algum modo, a ser tropeço para os fracos. 10 Porque, se alguém enxergar você, que tem conhecimento, sentado à mesa no templo de um ídolo, será que a consciência do que é fraco não vai ser induzida a participar de comidas sacrificadas a ídolos? 11 E, assim, por causa do conhecimento que você tem, perde-se o irmão fraco, pelo qual Cristo morreu. 12 E, deste modo, pecando contra os irmãos, ferindo a consciência fraca que eles têm, é contra Cristo que vocês estão pecando. 13 E, por isso, se a comida serve de escândalo ao meu irmão, nunca mais comerei carne, para que não venha a escandalizá-lo.
(c) O ensino de Jesus é claro: o tropeço ao nosso próximo vulnerável é o mesmo que perder completamente o sentido da própria vida.
A referência de Jesus a uma mó — uma pedra de uma tonelada com um buraco no meio — pendurada no pescoço de qualquer um que tentasse minar a fé infantil de Seus filhos foi uma resposta aos fariseus que O haviam ridicularizado no capítulo anterior ( versículo 14). Se isso não soa como o gentil Jesus “manso e manso”, é porque Jesus também é o Bom Pastor que lutará ferozmente para proteger Seus cordeiros dos lobos que virão e tentarão destruir sua fé.
Courson, Jon, Jon Courson's Application Commentary (Nashville, TN: Thomas Nelson, 2003), p. 383
Lucas 16.14 (NAA)
14 Os fariseus, que eram avarentos, ouviam tudo isto e zombavam de Jesus.
(d) Me parece que o fio condutor dessas passagens ainda é o mesmo: “não podemos servir a dois senhores, a Deus e à riqueza”.
Lucas 16.13 (NAA)
13 Nenhum servo pode servir a dois senhores; porque irá odiar um e amar o outro ou irá se dedicar a um e desprezar o outro. Vocês não podem servir a Deus e à riqueza.
https://www.ultimato.com.br/conteudo/por-que-nao-podemos-servir-a-deus-e-ao-dinheiro?utm_source=akna&utm_medium=email&utm_campaign=Boletim-Ultimas-651-AB
Mamon é uma potestade e por isso Jesus deixa claro que não é possível servir a Deus e Mamon. Como podemos proteger o nosso coração diariamente dos esforços de Mamon? Sugiro quatro princípios bíblicos para blindar nosso coração:
Lembrarmos que somos mordomos e não donos.
Aquilo que temos são recursos dados por Deus para objetivos dados por Deus. O coração do mordomo não está no dinheiro, porque o dinheiro não é dele. O coração está em Deus, por que a Ele tudo pertence (Salmos 24:1). Exercitarmos o contentamento.
O contentamento não é o que teremos quando algo acontecer (futuro), mas o que experimentamos na provisão do pão nosso de cada dia (presente). O coração contente tem disposição de ser generoso ao invés de sempre desejar melhorar o seu padrão de vida. Aplicarmos a sabedoria bíblica.
A sabedoria bíblica é verdadeira, atemporal, transcendente e relevante. O coração que cultiva a sabedoria bíblica não precisa achar “jeitinhos” e nem apressar o resultado, e, portanto, é menos suscetível a corrupção.
Vivermos uma fé genuína em Deus.
A fé genuína em Deus é uma mão aberta, que permite Deus colocar e tirar o que Ele quiser, entendendo que tudo é um processo para amadurecer a soberania Dele em nossas vidas. O coração cheio de fé nos liberta da pressão do “aqui e agora” dos produtos financeiros, ampliando nossa perspectiva de Deus e visão do futuro. Adentremos o dia a dia desse mundo, controlado por Mamon, com corações fortalecidos para levar uma mensagem diferente sobre o dinheiro. Uma mensagem exatamente oposta ao desejo de Mamon de destruir a pessoalidade da criação, mas totalmente alinhada com os propósitos de Deus que em Cristo está reconciliando o mundo consigo e nos fazendo embaixadores dessa reconciliação.
Brian Heap é marido, pai, pastor, palestrante, fundador da O SUFICIENTE, sócio da Bridgen Planejamento Financeiro, membro de conselhos e aficionado por jogar tênis.
2. Perdoe o seu irmão falho. (vv. 3,4)
(a) Temos de estar atentos (“tenham cuidado”).

ter cuidado — estar em guarda, ser prudente ou cauteloso acerca de, ou estar em alerta.

(b) As relações humanas constituem grande desafio: “se o teu irmão pecar”, “se ele se arrepender”, “se pecar contra você sete vezes num dia e… sete vezes vier para… arrepender…”.
Provérbios 27.5 (NAA)
5 Melhor é a repreensão franca do que o amor encoberto.
Tiago 5.19–20 (NAA)
19 Meus irmãos, se alguém entre vocês se desviar da verdade, e alguém o converter, 20 saibam que aquele que converte o pecador do seu caminho errado salvará da morte a alma dele e cobrirá uma multidão de pecados.
(c) O desafio dos “setenta vezes sete”.
17.4: sete. Número que simboliza a perfeição; neste contexto, põe em destaque que a ação perdoadora não deve ter limites. Ao contrário, quer dizer que sempre devemos estar prontos a perdoar, assim como Deus perdoa, sem limite, todos os que se arrependem dos seus pecados.
Mateus 18.21–22 (NAA)
21 Então Pedro, aproximando-se, perguntou a Jesus: — Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes? 22 Jesus respondeu: — Não digo a você que perdoe até sete vezes, mas até setenta vezes sete.
Lucas, Volumes 1 e 2 A. Uma Advertência

Devem repreender o ofensor; se ele arrepender-se, devem estar prontos a perdoá-lo. Além disso, como na resposta à pergunta de Pedro, narrada em Mateus 18.21,22, também aqui Jesus ressalta que o espírito de amor perdoador não conhece fronteiras nem limitações. Portanto, o que Jesus quer dizer é “perdoe o arrependido sem jamais cessar”.

(d) E se o outro não se arrepender? Perdoe também.
Lou Priolo:
Se você não pode ignorar (Pv 19.11) ou cobrir com amor (1 Pe 4.8) a transgressão, você está obrigado, como cristão, a ir até seu irmão que pecou contra você e repreendê-lo. Às vezes é necessário ir até nosso irmão pecador e falar a ele sobre seu pecado com a intenção de ser capaz de conceder o perdão.
Provérbios 19.11 (NAA)
11 O bom senso leva a pessoa a controlar a sua ira; a sua glória é perdoar as ofensas.
1Pedro 4.8 (NAA)
8 Acima de tudo, porém, tenham muito amor uns para com os outros, porque o amor cobre a multidão de pecados.
Mateus 5.23–24 (NAA)
23 Portanto, se você estiver trazendo a sua oferta ao altar e lá se lembrar que o seu irmão tem alguma coisa contra você, 24 deixe diante do altar a sua oferta e vá primeiro reconciliar-se com o seu irmão; e então volte e faça a sua oferta.
(e) Aprendendo mais sobre o perdão bíblico:
Lou Priolo:
Quando você perdoa alguém, isso custo algo que é tremendamente caro. Custa o preço da ofensa que você perdoa! Mas o mais importante, é que o custo para você é mínimo quando comparado ao que custou ao Senhor Jesus para perdoar os seus pecados. É por isso que a falta de perdão é um crime tão odioso aos olhos dEle que é o juiz de toda a terra.
(f) Em suma, “perdão é fundamentalmente uma promessa”.
Jay Adamns:
Quando Deus perdoa Ele expressa sua opinião publicamente. Ele faz uma afirmação. Ele declara: “Eu… dos teus pecados não me lembro” (Is 43.25; veja também Jr 31.34). Isso não é maravilhoso? Quando Ele perdoa, Ele nos permite saber que não se ressentirá de nossos pecados. Se perdão fosse simplesmente uma experiência emocional, nós não saberíamos que fomos perdoados. Mas Deus seja louvado, e nós O louvamos, porque o perdão é um processo no qual, ao final, Deus declara que a questão do pecado foi tratada de uma vez por todas.
O que é essa declaração? O que Deus faz quando diz que nossos pecados estão perdoados? Deus faz uma promessa. Perdão não é um sentimento. Perdão é uma promessa.
3. Obedeça a Deus para fazer tudo isso. (vv. 5-10)
(a) Sentindo o peso dessa ordem, os discípulos pediram por “mais fé”.
Lou Priolo:
Você não se sentirá assim se aprender a pensar biblicamente sobre o assunto. Depois de perdoar, lembre-se de que você fez uma promessa ao seu ofensor. Não permita que aquele semente de mágoa se desenvolva em uma raiz de amargura ao alimentar em seus pensamentos. Ore por ele e coloque sua mente no padrão de pensamento de Fp 4.8
Filipenses 4.8 NAA
Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o pensamento de vocês.
COMENTÁRIO AFRICANO:
Jesus responde que fé não é uma mercadoria que possa ser medida ou possuída. Em vez de desejar “mais fé”, ou uma “fé poderosa”, o que Deus precisa é de uma fé pura e simples, isto é, com integridade.
(b) Jesus usa duas imagens para ilustrar a necessidade de se ter fé para vencer os embates da vida: o grão de mostarda e o servo que cumpre ordens.
Mateus 13.31–32 (NAA)
31 Jesus lhes propôs outra parábola, dizendo: — O Reino dos Céus é semelhante a um grão de mostarda, que um homem pegou e plantou no seu campo. 32 Esse grão é, na verdade, a menor de todas as sementes, mas, quando cresce, é maior do que as hortaliças, e chega a ser uma árvore, de modo que as aves do céu vêm se aninhar nos seus ramos.
(c) Cuidado com a amargura, “a raiz que contamina”.
Hebreus 12.15 (NAA)
15 Cuidem para que ninguém fique afastado da graça de Deus, e que nenhuma raiz de amargura, brotando, cause perturbação, e, por meio dela, muitos sejam contaminados.
Deuteronômio 29.18–19 (NAA)
18 Que entre vocês não haja homem, nem mulher, nem família, nem tribo cujo coração hoje se desvie do Senhor, nosso Deus, e vá servir os deuses destas nações. Que não haja entre vocês raiz que produza erva venenosa e amarga, 19 ninguém que, ouvindo as palavras desta maldição, se abençoe no seu íntimo, dizendo: “Terei paz, mesmo que eu ande na teimosia do meu coração”, pois isso destruiria a terra molhada com a seca.
John Piper:
Portanto, uma "raiz de amargura" é a pessoa ou doutrina na igreja que encoraja as pessoas a agirem presunçosamente e tratar salvação como coisa automática que não requer uma vida de vigilância na luta da fé e busca por santidade. Tal pessoa ou doutrina contamina muitas pessoas e pode levar à experiência de Esaú, que tratou levianamente sua herança e não pode arrepender-se no fim, e encontrar vida.
(d) O grão de mostarda: a menor de todas as sementes, a maior de todas as hortaliças.
Lucas, Volumes 1 e 2 A. Uma Advertência

Em outros termos, nenhuma tarefa designada pelo Senhor, inclusive que uma amoreira seja arrancada e plantada no mar, lhes seria impossível conseguir, desde que vocês permaneçam em confiante contato com Deus.

Assim também uma semente de mostarda, embora seja tão pequena, em virtude de seu contato vital e ininterrupto com seu ambiente nutritivo, cresce e cresce até chegar a ser uma árvore tão grande que as aves do céu vêm e fazem ninhos em seus ramos. Cf. Mateus 17.20.

Mateus 17.20 (NAA)
20 Jesus respondeu: — Por causa da pequenez da fé que vocês têm. Pois em verdade lhes digo que, se tiverem fé como um grão de mostarda, dirão a este monte: “Mude-se daqui para lá”, e ele se mudará. Nada lhes será impossível.
(e) O servo que cumpre ordens, se faz inútil quando só faz aquilo que se espera dele.
Lucas, Volumes 1 e 2 B. A Parábola

O servo descrito nessa parábola só faz o que lhe é ordenado fazer, e o espírito de um escravo tomou posse dele. Todo o dia ele esteve arando e tomando conta de ovelhas. Ao voltar do campo, seu patrão lhe ordena que o sirva, enquanto ele, o senhor, está comendo e bebendo. O servo ouve dele: “Quando eu tiver terminado, você pode comer”. O servo obedece. Faz exatamente o que lhe foi dito que fizesse, nem mais nem menos. Por que ele o faz? Provavelmente porque não quer perder seu emprego. Afinal de contas, ele tem de comer. E assim, de má vontade, ele termina seus afazeres. Somos culpados de exagero quando imaginamos esse servo como um frio calculista, que olha de soslaio de vez em quando para ver como o fazendeiro está indo, se está ou não terminando sua refeição?

Seja como for, cremos que Robertson, Word Pictures, Vol. II, p. 227, interpretou corretamente a parábola quando afirma: “O espírito de escravo não obtém promoção na vida dos negócios nem no reino de Deus”. Naturalmente, o senhor desse servo que calculava friamente nem mesmo pensaria em “servir” a tal servo.

Lucas 12.37 (NAA)
37 Bem-aventurados aqueles servos a quem o senhor, quando vier, encontrar vigilantes. Em verdade lhes digo que ele há de cingir-se, dar-lhes lugar à mesa e, aproximando-se, os servirá.
Depois de encorajar Seus discípulos a falar palavras de fé, Jesus volta e os lembra de que eles são servos. Acredito que é exatamente aqui que o movimento radical “Nomeie/Reivindicar Confissão” erra muito o alvo. Perderam a compreensão de que, embora haja poder na palavra falada, ela está sempre ligada à servidão. Grande parte do ensinamento “Nomeie/Reivindicar” é baseado em uma mentalidade de “Dê-me os bens”, enquanto uma apropriação correta de fé e autoridade está apenas incorporada em uma mentalidade de “faça de mim um servo”. A árvore arrancada e a montanha movida estão sempre no contexto de meu serviço ao Rei e de ver Sua vontade ser feita - não em meu luxo ou prosperidade pessoal. Se você perder este ponto, você se encontrará errando em sua compreensão do que é a fé. Jesus deu Seu ensinamento sobre a fé não no contexto de conseguir uma casa maior, mas no de perdoar os outros.
Courson, Jon, Jon Courson's Application Commentary (Nashville, TN: Thomas Nelson, 2003), p. 385
4. Outras aplicações:
(a) Deus nos chama a andarmos com paciência com os irmãos mais fracos e a jamais sermos “pedras de tropeço” na vida destes. “Ame ao seu próximo como se fosse você”.
1Coríntios 13.4–7 (NAA)
4 O amor é paciente e bondoso. O amor não arde em ciúmes, não se envaidece, não é orgulhoso, 5 não se conduz de forma inconveniente, não busca os seus interesses, não se irrita, não se ressente do mal. 6 O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. 7 O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
A MENSAGEM:
O amor nunca desiste. O amor se preocupa mais com os outros que consigo mesmo. O amor não quer o que não tem. O amor não é esnobe, Não tem a mente soberba, Não se impõe sobre os outros, Não age na base do “eu primeiro”, Não perde as estribeiras, Não contabiliza os pecados dos outros, Não festeja quando os outros rastejam, Tem prazer no desabrochar da verdade, Tolera qualquer coisa, Confia sempre em Deus, Sempre procura o melhor, Nunca olha para trás, Mas prossegue até o fim.
(b) Precisamos de fé para fazermos além daquilo que se espera de nós. Seremos “servos inúteis” se obedecermos apenas ao que nos é possível. O servo de Deus supera as expectativas de seu senhor.
Nos versículos 7–10, Jesus lembra aos discípulos que eles são servos e, como tal, têm certos deveres. Naqueles dias, um mestre era dono de seus servos. Há momentos em que é essencial puxar a classificação. Você está em um barco pela primeira vez com crianças pequenas e diz: “Use seu colete salva-vidas”. Eles podem protestar, mas o pai não se importa em ser ditatorial se a vida da criança estiver em jogo. “Ouça”, você diz, “eu sou sua mãe [pai]. Use seu colete salva-vidas. Jesus está dando esse tipo de ordem na questão do perdão.
Sua capacidade de perdoar a mesma pessoa sete vezes ao dia é a chave para sua sobrevivência espiritual. Mas se você não perdoar, também vai sofrer fisicamente. Você pode até morrer prematuramente. Os médicos dizem-nos que há provas concretas de que rancores e ressentimentos são a causa de grande parte das nossas doenças: cancros, doenças cardiovasculares, artrite, enxaquecas. Nossa saúde está diretamente relacionada à nossa capacidade de perdoar. A sinceridade da pessoa que pede perdão não tem nada a ver com a nossa resposta. Jesus diz para perdoar por nós mesmos.
O grande psiquiatra suíço, Carl Jung, falou sobre nossa necessidade de perdoar nosso pior inimigo – nós mesmos. “E se eu descobrisse que o mais insolente de todos os ofensores, o próprio inimigo – estes estão dentro de mim … que eu sou o inimigo que deve ser amado? E então? Alguém disse que quando aprendemos a amar a nós mesmos, a humanidade perdeu outro problema e o mundo descobriu um novo amigo. Portanto, perdoe a todos, inclusive seu pior inimigo, que possa estar dentro de você.
Devemos então, antes de tudo, viver no nível do perdão para a sobrevivência básica. Em seguida, precisamos viver no nível da gratidão.
Larson, Bruce, e Lloyd J. Ogilvie, Luke, The Preacher's Commentary Series (Nashville, TN: Thomas Nelson Inc, 1983), XXVI, 249
Ilustr.:
Victoria Ruvolo pode falar sobre a dor aleatória. Em uma noite de novembro, em 2004, essa nova-iorquina de 44 anos estava dirigindo, voltando para sua casa em Long Island. Tinha acabado de assistir ao recital da sobrinha e estava pronta para relaxar no sofá, na frente da lareira. Ela não se lembra de ter visto o Nissan prata se aproximando do leste. Ela não se lembra do garoto de dezoito anos inclinando-se para fora da janela, segurando um peru congelado. Ele jogou-o no para-brisa dela. A ave de nove quilos atravessou o vidro, entortou a direção e estraçalhou o rosto dela como um prato de jantar no concreto. A violenta brincadeira a deixou na UTI, lutando pela vida. Ela sobreviveu, mas somente depois que os médicos colocaram fios em sua mandíbula, prenderam um dos seus olhos com película sintética e colocaram pinos de titânio em seu crânio. Ela não consegue se olhar no espelho sem se lembrar da dor.
Aceitar a graça é aceitar o compromisso de dá-la.
Victoria Ruvolo fez isso. Nove meses depois da desastrosa noite de novembro, tendo o rosto com pinos de titânio, ela ficou frente a frente com o transgressor no tribunal. Ryan Cushing não era mais o garoto metido, atirador de peru, em um Nissan. Ele tremia, amedrontado e arrependido. Para a cidade de Nova York, ele se tornara o símbolo de uma geração de garotos fora de controle. As pessoas encheram a sala para vê-lo receber sua merecida punição. A sentença do juiz os deixou com raiva — somente seis meses atrás das grades, cinco anos de condicional, aconselhamento e serviço à comunidade. A corte veio abaixo. Todos contestaram. Todos, exceto Victoria. A pena reduzida fora ideia dela. O garoto caminhou até ela e ela o abraçou. À vista de todo o júri e da multidão, ela o abraçou com força, alisou o cabelo dele. Ele chorou e ela falou: “Eu o perdoo. Quero que sua vida seja a melhor possível.”
Ela deixou que a graça moldasse sua resposta. “Deus me deu uma segunda chance na vida e eu estou passando-a adiante”, diz ela sobre sua dádiva.“Se não tivesse deixado aquela raiva para trás, eu seria consumida por essa necessidade de vingança. Perdoá-lo me ajuda a seguir em frente.”
Esse infortúnio levou-a à sua missão: ser voluntária no departamento de condicional da cidade. “Estou tentando ajudar os outros, mas sei que, pelo resto de minha vida, serei conhecida como ‘A Mulher do Peru’. Poderia ter sido pior. Ele poderia ter jogado um presunto. Eu seria a Senhorita Porca!”
Victoria Ruvolo sabe como encher uma bacia.
Lucado, Max. Graça ( pp. 54-55, pp. 58-59). Thomas Nelson Brasil. Edição do Kindle.
João 13.14–15 (NAA)
14 Ora, se eu, sendo Senhor e Mestre, lavei os pés de vocês, também vocês devem lavar os pés uns dos outros. 15 Porque eu lhes dei o exemplo, para que, como eu fiz, vocês façam também.
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