O SENHOR do Egito - A Quarta Praga: Moscas
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INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
Spurgeon: “Quando agrada a Deus humilhar por meio dos seus juízos, nunca lhe faltam recursos: ele pode usar leões ou piolhos, fomes ou moscas. No arsenal de Deus há armas de todo tipo, desde estrelas em suas órbitas a lagartas em seus hospedeiros.”
20-21 >> O Padrão de Deus e a quarta praga
O ciclo se repete. O Senhor ordena que Moisés encontra o Faraó, pela manhã, no rio. A ordem é a mesma: “Deixe o meu povo ir, para que me adore.
O que deve ser sempre lembrado é isto: Que tudo o que Deus faz é pelo seu povo, para sua glória. Se o mundo sofre, é pq tem se oposto ao povo de Deus. E a razão da libertação é a adoração ao SENHOR Deus vivo e verdadeiro.
Phillyp Ryken: “Esse é também o grande propósito da salvação em Jesus Cristo. O Êxodo do Egito revela o padrão da sua redenção. Até que o Espírito de Deus venha nos libertar, continuamos cativos por Satanás, que nos mantém escravizados em nossos pecados.”
A quarta praga anunciada é um enxame. No original é apenas uma palavra que traduzimos por “enxame”. Provavelmente significa um enxame de moscas. O Salmo 78:45: “Enviou contra eles enxames de moscas que os devorassem e rãs que os destruíssem.” Eram insetos que devoravam, talvez “moscas de gado”. Essa única palavra traduzida por ‘enxame’ literalmente é “mistura”. Alguém pode sugerir que a mistura sera de vários insetos. Mas um comentarista diz que é bem provável que a ideia da mistura seja a de que a quantidade era moscas era tanta que o enxame parecia como um único animal, como uma nuvem.
É importante lembrar que os egípcios também adoram um falso deus chamado Belzebu, que significa Senhor das moscas.
22-23 >>
Algo novo é acrescentado nessa praga. É dito que Deus separa a terra de Gósen, onde seu povo vivia, do restante do Egito. O milagre era não apenas o enxame de moscas, mas o fato de que as moscas obedeceriam ao Senhor e iriam só em um determinado lugar. Deus protegeria o seu povo do enxame.
Deus faz uma distinção notória entre os povos. Deus separa o seu povo. Phillip Ryken diz:
Por que Deus fez essa distinção? Obviamente, Faraó recebeu exatamente o que merecia. A pergunta é: o que os israelitas tinham que lhes garantiu a salvação? É uma pergutna difícil porque os israelitas não eram melhores do que os egípcios. Como vimos, demoraram para aceitar o plano de Deus para a sua libertação. Ao priemiro sinal de dificuldade, eles acusaram o Deus de moisés por todos os seus problemas. À meidade que a história continuar, descobriremos que os israelitas eram um povo rebelde e idólatra que merecia ser punido tão severamente quanto os egípcios. Por que, então, Deus os salvou? Por que ele não afligiu a terra de Gósen do mesmo modo que afligiu a terra do Egito? A resposta é simplesmente que apesar de os israelitas terem sido um povo pecaminoso, eles eram, mesmo assim, o povo de Deus. Deus não se cansou de dizer a Faraó: “Deixa ir o meu povo”.
Dt 7:7-9 “Não vos teve o Senhor afeição, nem vos escolheu porque fôsseis mais numerosos do que qualquer povo, pois éreis o menor de todos os povos, mas porque o Senhor vos amava e, para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão poderosa e vos resgatou da casa da servidão, do poder de Faraó, rei do Egito. Saberás, pois, que o Senhor, teu Deus, é Deus, o Deus fiel, que guarda a aliança e a misericórdia até mil gerações aos que o amam e cumprem os seus mandamentos;”
Então a grande razão disso estava pura vontade de Deus! “E você saiba que eu sou o SENHOR no meio desta terra”. Deus RESOLVEU amar um povo para sua glória. Para manifestar o seu amor e misericórdia fazendo um aliança com um povo que escolheu para si.
Outra coisa importante sobre essa distinção era o que ela significava na prática para o povo de Deus. Assim como Deus um dia fez separação entre luz e trevas na criação, ele faz separação entre seu povo e outro povo. Spurgeon disse:
Deus sempre estabelece uma distinção entre Israel e o Egito. Ele fala dos israelitas constantemente como “meu povo”; dos egípcios, fala a Faraó como sendo “teu povo”. Há uma distinção contínua e eterna que pode ser observada na Palavra de Deus entre a semente escolhida da promessa e o mundo. O grande objetivo da interfer~encia com o Egito era reunir seu Israel e tirá-lo do meio dos egípcios. Amados, tenho a convicção de que é exatamente isso o que Deus está fazendo no mundo agora. Talvez por muitos anos ainda, Deus reunirá seus eleitos entre as nações da terra, da mesma maneira como reuniu seu Israel do meio dos egípcios. O Egito ainda é o Egito, o mundo ainda é o mundo e tão mundano como sempre foi, e o propósito de Deus parece ser tirar dele os seus elitos por meio do ministério que ele agora exerce. Na verdade, a Palavra que o SENHOR está falando agora ao mundo inteiro com a autoridade solene de um mandado imperial é esta: “Assim diz o SENHOR: Deixa ir o meu povo, para que me sirva”.
25-28 >>
O Faraó dessa vez nem chama seus magos. Já parece bem mais do que evidente que ele podia derrotar o poder de Deus. Mas ainda assim ele age com malícia, e ordena que o povo sacrifique mas sem sair do Egito. Ao que Moisés responde prontamente, que devia ser como Deus havia dito.
Phillyp Ryken diz: “Assim como Deus tirou Israel da casa da escravidão, ele tira também a igreja da prisão do pecado - não só pela metade, mas completamente. Algumas pessoas estão interessadas em se tornar religiosas sem se tornar cristãs”. Spurgeon diz:
A exigência de Deus não é que seu povo tenha um pouco de liberdade, um pouco de descanso em seu pecado, não, mas que ele deve sair diretamente do Egito. Cristo não veio para o mundo apenas para tornar nosso pecado mais tolerável, mas para nos libertar completamente dele. Ele não veio para tornar o inferno menos quente, ou o pecado menos condenável, ou os nossos desejos menos poderosos; mas colocar um distância grande entre todas essas coisas e o seu povo e realizar uma libertação plena e completa. Cristo não vem tornar as pessoas menos pecaminosas, mas para fazer com que elas abandonem totalmente o pacdo - não para torná-las menos miseráveis, mas para acabar totalmente com suas misérias e para dar-lhes alegria e paz na fé nele. A libertação precisa ser completa; caso contrário não é libertação alguma.
Depois de Moisés retrutar, o Faraó diz: tudo bem, mas não vá muito longe. No capítulo 10, verso 10 e 11, o Faraó abre mais e diz: “vá, mas não todo”, Êx 10:10,11 “Não há de ser assim; ide somente vós, os homens, e servi ao Senhor; pois isso é o que pedistes. E os expulsaram da presença de Faraó.”
E no verso 24 ele diz: “Vá, mas deixem os rebanhos” (Êx 10:24 “Então, Faraó chamou a Moisés e lhe disse: Ide, servi ao Senhor. Fiquem somente os vossos rebanhos e o vosso gado; as vossas crianças irão também convosco.” ). Mas nada disso era o que Deus havia determinado. Não adianta negociar com Deus, não era o que Ele queria. Ele queria tudo. Mudança total. Abandono completo.
Hernandes Dias Lopes diz assim:
Se o Faraó dizia “Não vá, fique” - O Egito era a terra da servidão e eles deveriam ir embora. Não basta levantar altares a Deus. É preciso sair do Egito!
Se o Faraó diz: “Vá, mas não vá tão longe” - [Essa é] A tese é que se pode servir a Deus e também satisfazer-se no Egito; levantar altares a Deus e também voltar ao Egito para usufruir suas vantagens; viver com o coração dividido. Mas a vida com Deus exige consagração plena.
Se o Faraó dizia: “Vá, mas nem todos” - O faraó sugeriu que culto a Deus não tinha atrativos para os jovens e que eles deveriam ficar no Egito, onde os prazeres eram mais vibrantes. Hoje, muitos jovens abandonam as fileiras da fé para retroceder aos prazeres transitórios do pecado. Não caia nessa artimanha do diabo.
Se o Faraó dizia: “Vá, mas deixem os rebanhos” - Muitos querem adorar a Deus, deixando seus bens no Egito. Não podemos separar o culto que prestamos a Deus dos bens que possuímos, pois onde estiver o nosso tesouro, aí também estará nosso coração. Um coração aberto a Deus terá sempre um bolso aberto a serviço de Deus.
29-32 >>
Mais milagre é realizado. Quando Deus tira a praga. O Deus que fere é o Deus que cura. Você deve lembrar disso nas aflições. As pessoas falam muito do diabo, e têm tanto medo do diabo que lhe concedem um poder que na verdade é concedido por Deus. Quando a aflição vem não é ao diabo que nós vamos recorrer, mas a Deus. Ele é o que retira a praga, e isso também é um milagre.
Além disso devemos notar mais uma vez a malícia e orgulho do Faraó. O interessante é que Deus atende a oração de Moisés e retira a praga do Egito. Mas o problema do Faraó não era as moscas, era o seu próprio coração. Ele abusa da graça de Deus. Ele abusa da oração da igreja. “Ore por mim...”. Não devemos baratear a graça de Deus, abusar da sua vontade. Usá-lo como um pedaço de coisa que vai tirar o nosso incomodo. Devemos servi-lo completamente. É para isso que ele nos cura! Foi pra isso que ele nos salvou!
APLICAÇÃO
Assim como tudo coopera para o bem dos que amam a Deus - TUDO! - assim também Deus pode usar tudo, qualquer coisa, para julgar. Não depreze nada, não seja indiferente nunca, vigie sempre, e honre a Deus em tudo, porque como Deus usa tudo a nosso favor, e como devemos usar tudo para sua glória, ele pode também usar tudo para nos disciplinar. Eu não sei exatamente para que as moscas servem, mas uma coisa eu sei, elas serviram pra castigar uma nação!
Deus faz distinção entre o seu povo e o povo do mundo. Como essa distinção é vista na sua vida? Como você se diferencia do mundo? Será que você tem sacrificado ao Senhor no Egito? ou não tão ditante assim do Egito… ou ainda, não tem oferecido tudo ao Senhor e tem deixado algumas coisas para o Egito, para Belzebu? Não é como Deus quer. Deus quer santidade pessoal e completa. Toda a sua vida para a glória dele.
Muita gente só procura Deus nos momentos difíceis. Quando a aflição eles dizem “orem por mim”. Pior, isso é feito de maneira impessoal. Muitas são incapazes de orar por si só. Quando a aflição desaparece elas também também desaparecem. Lembre-se disso: A oração é capaz de revelar a qualidade da sua fé. Se ela é falsa ou verdadeira. Se ela é fraca ou forte. O quanto você ora? Todos os dias? um dia sim e um dia não? Só nos domingos? Só nas refeições? A Palavra nos ensina a orar sem cessar, dia e noite, na aflição e na alegria. Ore mais! de manhã, de tarde e de noite. Separe um momento com Deus. Mas que ainda esse momento não baste. Ore anets das refeições, ore nos cultos dométicos, ore antes de tomar uma decisão, ore na igreja e fora da igreja. Ore por si, por sua família, pelos outros. Ore pela igreja, pelo trabalho, pelo país, ore sem cessar. Essa é inclusive uma das distinções dos crentes. Deus vai usar a oração para distingui-lo do Egito. Nós somos um povo que ora.