COMO SE PREPARAR PARA A VOLTA DE CRISTO?

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O QUE VOCÊ FARIA SE SÓ LHE RESTASSE ESSE DIA?

Mateus 24.43—25.30
Conta-se a história de que certo dia, enquanto Martinho Lutero estava capinando seu jardim, um amigo veio visitá-lo e perguntou o que ele faria se soubesse que Cristo estava voltando naquele mesmo dia.
De acordo com a história Lutero teria respondido: “Simplesmente continuaria capinando meu jardim”.
Se eu fosse diagnosticado com uma doença terminal e tivesse apenas alguns meses de vida, com certeza eu passaria bem mais tempo colocando relacionamentos pessoais em ordem, até mesmo o relacionamento com Deus.
ME PARECE QUE É NESSAS HORAS QUE as prioridades de uma pessoa mudam.
Vivemos em uma época de grande interesse pela escatologia.
UM MONTE PESSOAS ESTABELECEM DATA PARA O FIM DO MUNDO.
FILMES sobre acontecimentos catastróficos iminentes que mudarão a face do nosso planeta, ou mesmo apenas pregadores cristãos bem intencionados que declaram solenemente ter praticamente certeza de que estamos vivendo na última geração.
Certa vez, Jesus pregou um sermão para seus discípulos justamente para tentar abrandar essa certeza.
Às vezes o chamamos de Discurso do Monte das Oliveiras; ele aparece em sua forma mais completa em Mateus 24 e 25.
Sua primeira seção principal abrange a maior parte do capítulo 24 e se encerra com uma declaração CATEGORICA, CONVICTA: “Mas sobre aquele dia e hora ninguém sabe, nem mesmo os anjos no céu, nem o Filho, mas apenas o Pai” (Mt 24.36).
Uma vez que não estamos em condições de saber o tempo do fim, não devemos gastar nosso tempo tentando PREDIZER.
Assim, Jesus passa a enfatizar no versículo 42 que devemos vigiar justamente porque não sabemos quando virá o fim.
Mas vigiar não significa tentar CORRELACIONAR o jornal do dia e passagens das Escrituras;
- Significa, isso sim, sempre estar alerta, sempre estar preparado, não importando quão perto ou quão distante estejamos do fim.
O restante do sermão de Cristo, que ocupa os versículos finais do capítulo 24 e todo o capítulo 25, desenvolve mais detalhadamente essa ideia.
A parte que queremos examinar hoje inclui quatro de uma série de cinco parábolas.
“A primeira parábola é a mais curta. Ocupa os versículos 43 e 44. “Mas entendam isto”, Jesus diz. Se o dono da casa soubesse a que horas da noite o ladrão viria, teria ficado vigiando e não deixaria sua casa ser arrombada. Da mesma maneira, vocês também devem estar prontos, porque o Filho do Homem virá em uma hora em que vocês não o esperam.”
- Essa primeira parábola, a mais curta da série de cinco parábolas de Jesus, destaca uma simples ideia: a total imprevisibilidade do momento do fim — da volta de Cristo.
(◕‿◕) Ele virá assim como vem um ladrão, como um gatuno que invade a casa de alguém, esperando pegar os moradores totalmente de surpresa.
E essa é, por sinal, a única ideia da analogia. Não se preocupe tentando descobrir o que Jesus, o ladrão, vem roubar de nós!
A comparação é simplesmente a imprevisibilidade do mo- mento: OU SEJA, a hora do fim do mundo é tão imprevisível quanto a hora da chegada de um ladrão.
A segunda parábola é um pouco mais longa.
Jesus prossegue nos versículos de 45 a 51: Quem é, então, o servo fiel e sábio a quem o senhor encarregou de, no devido tempo, dar comida aos servos da casa?
Bom será para aquele servo cujo senhor, quando voltar, o encontrar procedendo assim. Em verdade lhes digo: ele o encarregará de cuidar de todos os seus bens. Mas suponham que esse servo seja mau e diga para si mesmo: “Meu senhor está longe e demora”, e então comece a espancar seus conservos e a comer e beber com os bêbados. O senhor daquele servo virá em um dia quando esse não o espera e em uma hora que desconhece. Ele o cortará em pedaços e lhe designará um lugar com os hipócritas, em que haverá choro e ranger de dentes.
Essa segunda parábola vislumbra duas possíveis situações que envolvem o servo principal de um senhor ausente.
O administrador descobre que seu senhor está voltando para casa mais cedo do que esperava que voltasse.
O que o senhor encontrará esse servo fazendo?
Atuando como um bom administrador ou abusando de sua liberdade e negligenciando suas responsabilidades?
Muitas pessoas, incluindo cristãos, deixam para mais tarde levar a sério o chamado de Deus para a sua vida, pressupondo que sempre haverá tempo suficiente para isso.
Mas, na verdade, nunca estaremos certos disso. Se a volta de Cristo parece irreal demais para levar em consideração, com certeza as notícias diárias de acidentes, doenças, catástrofes naturais e até mesmo mortes prematuras deveriam nos impedir de supor que estaremos necessariamente vivos amanhã.
🎅UM RABINO ENSINAVA AOS SEUS DISCIPULOS; “Arrependam-se um dia antes de morrer”. Quando indagado sobre como saberiam qual seria esse dia, ele respondeu: “mais uma razão” para “arrependerem-se hoje, caso vocês morram amanhã”.
Se você nunca confiou em Jesus como seu Senhor, como seu Senhor soberano, e jamais aceitou a dádiva gratuita da salvação que vem com essa fé, hoje é o dia para assumir esse compromisso.
➡️ Se você tem um negócio inacabado com Deus no que diz respeito a responder ao chamado dele para a sua vida, mesmo que isso signifique uma mudança de padrão de vida, ou se, o relacionamento com alguém, em especial com membros da família, não é o que poderia ser e você está se recusando a responder de modo consciente ao chamado ou às ordens de Deus.
Então hoje é o dia para tomar providências para começar a obedecer.
(⁠+⁠_⁠+⁠)Enquanto estivermos vivos, existem possibilidades de arrependimento, de restauração, de recuperação. Mas um dia será tarde demais, e esse dia pode vir mais cedo do que imaginamos.
E, se a reconciliação com Deus é a questão crucial que estamos evitando, então apenas a perspectiva assustadora de castigo eterno nos aguarda.
¯⁠\⁠_⁠(⁠ ͡⁠°⁠ ͜⁠ʖ⁠ ͡⁠°⁠)⁠_⁠/⁠¯ Essa pequena parábola termina com aquilo que é, sem dúvida, uma metáfora, mas a realidade ali descrita é sufi- cientemente assustadora: “Ele o cortará em pedaços e lhe designará um lugar com os hipócritas, em que haverá choro e ranger de dentes” (v. 51).
🕍 A terceira parábola, sobre as dez damas de honra em Mateus 25.1-13, inverte o enredo.
Dessa vez, o personagem central, um noivo, permaneceu sem retornar por mais tempo do que o esperado.
⚓Jesus continua seu sermão em Mateus 25.1: Naquela época o reino dos céus será como dez virgens que apanharam suas lâmpadas e saíram para se encontrar com o noivo.
⚓Cinco delas eram insensatas, e cinco eram prudentes. As insensatas apanharam suas lâmpadas, mas não levaram óleo algum consigo. Mas as prudentes levaram, junto com suas lâmpadas, óleo em vasilhas.
🗣️O noivo estava demorando para chegar, e todas elas ficaram com sono e adormeceram. À meia-noite o grito ressoou: “O noivo chegou! Saiam para encontrá-lo!”. Então todas as virgens acordaram e prepararam suas lâmpadas.
As insensatas disseram às prudentes: “Deem-nos um pouco de seu óleo; nossas lâmpadas estão apagando”. “Não”, elas responderam. “Talvez não haja o suficiente para nós e para vocês. Em vez disso, vão àqueles que vendem óleo e comprem um pouco para vocês mesmas.” Mas, enquanto foram comprar o óleo, o noivo che- gou.
As virgens que estavam prontas foram com ele ao banquete de casamento. E a porta foi fechada. Mais tarde as outras também vieram. “Senhor! Senhor!”, elas disseram. “Abra a porta para nós!”.
Mas ele respondeu: “Em verdade lhes digo que não as conheço”. Portanto, vigiem, porque vocês não sabem o dia ou a hora.
Dessa vez, o problema não é a volta surpreendentemente rápida do personagem central, mas sua surpreendente demora.
Nessa parábola, cinco das dez damas de honra não estão preparadas para o período em que terão de esperar o noivo vir com a noiva do local da festa de casamento, a fim de serem escoltadas até a casa dele, onde acontecerá a noite de núpcias.
Há várias ideias em que poderíamos nos concentrar, caso estivéssemos considerando apenas essa única parábola.
Mas a ideia central que surge ao considerar a série de cinco parábolas decorre do choque quando as cinco damas de honra insensatas finalmente chegam e desco- brem que estão excluídas para sempre da celebração.
Ainda que a vida e o mundo pareçam durar para sempre, vem chegando o dia quando não haverá mais segundas oportunidades para endireitar nossa vida do ponto de vista espiritual.
Assim, o último versículo dessa parábola, Mateus 25.13, repete os pensamentos de 24.42, com que começamos: “Vigiem, porque vocês não sabem o dia ou a hora”.
Há aqueles que não estão preparados para uma vida interrompida prematuramente; há outros que não estão preparados para uma longa caminhada.
🙆 Talvez a ideia de vida cristã que lhes foi passada seja a de uma vida fácil ou promissora, e eles não conseguem suportar as crises e o sofrimento que com frequência caracterizam a vida, até mesmo dos crentes, neste mundo caído.
🚦Talvez sejam como o velocista que tenta correr uma mara- tona — um grande entusiasmo inicial, MAS que leva rapidamente ao esgotamento e ao abandono da corrida.
Quaisquer que sejam os fatores, a ideia de Jesus continua sendo que precisamos estar preparados para a possibilidade da prolongada demora do fim desse mundo tal como o conhecemos, ou para a possibilidade de essa vida ser mais difícil do que esperávamos.
Acredito que isso abrange todas as possibilidades lógicas e deve acabar de uma vez por todas com conjecturas que cristãos fazem sobre o tempo do fim.
Também vale a pena assinalar que o homem na Parábola do Servo Fiel e Infiel, em Mateus 24.45-51, é descrito como servo tanto quando está procedendo mal como quando está procedendo bem.
Na primeira parte do capítulo 25, as mulheres prudentes e as insensatas são igualmente designadas como damas de honra, e na próxima passagem que abordaremos — a Parábola dos Talentos — veremos que os três homens com quem o senhor conversa são chamados de servos.
Nessas parábolas, todos os personagens subordinados são retratados como se fossem povo de Deus.
Como isso é possível?
No Discurso do Monte das Oliveiras, os ouvintes de Jesus se restringem aos Doze, mas esse grupo ainda inclui Judas, o qual em breve revelará que nunca foi um discípulo verdadeiro.
EU ENTENDO QUE É PARA QUE TODOS CHEGUÉM A UMA COMPREENÇÃO QUE NÃO EXISTE UM RELACIONAMENTO COM DEUS COM PENDÊNCIAS.
Com base em uma pesquisa feita há uns poucos anos, George Barna sugeriu que uma em cada três pessoas que vão regularmente à igreja decidirá em algum momento parar de vez de frequentá-la.¹
Pelo menos algumas delas serão de igrejas evangélicas e terão professado explicitamente a fé em Cristo.
É claro que alguns desses indivíduos serão cristãos verdadeiros que, em desobediência às Escrituras (Hb 10.25), simplesmente abandonaram a comunhão com os irmãos.
🗣️Interessante comparar Mateus 25.12, em que o noivo diz: “Em verdade lhes digo que não as conheço”, com as palavras parecidas de Jesus no Sermão do Monte, em Mateus 7.21-23.
➡️ Ali Jesus ressalta que mesmo pessoas que o têm chamado de Senhor, que têm profetizado, expulsado demônios ou realizado outros milagres em seu nome, não se mostrarão necessariamente seus verdadeiros seguidores.
🗣️ Em Mateus 7.23 Jesus conclui seus comentários com a predição: “Então lhes direi claramente: ‘Nunca os conheci. Longe de mim, vocês que praticam o mal!’”.
➡️ Na Parábola das Dez Damas de Honra, as palavras são simplesmente: “Não as conheço”. “Na verdade, nunca cheguei a conhecê-los”. ⚔️A apostasia têm pela frente uma eternidade de sofrimento e castigo; daí as repetidas e enérgicas advertências por todas as Escrituras contra abandonar a fé.
CONCLUSÃO:
Como, então, devemos viver?
Se o fim pode chegar a qualquer momento, e não devemos tentar prevê-lo, o que somos chamados a fazer?
Essa pergunta nos leva à conhecida Parábola dos Talentos, em Mateus 25.14-30, que diz:
Porque o reino dos céus é como um homem que saiu de viagem para um país distante, chamou seus servos e lhes entregou seus bens. E a um deu cinco talentos; a outro, dois; e a outro, um; a cada um de acordo com suas diversas habilidades; e logo saiu de viagem. Então o homem que havia recebido os cinco talentos foi e fez negócios com eles, e ganhou mais cinco. Da mesma maneira, aquele que havia recebido dois talentos ganhou mais dois. Mas o homem que havia recebido um talento saiu, cavou na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor. Depois de muito tempo, o senhor desses servos voltou e acertou contas com eles. E assim chegou o que havia recebido cinco talentos e trouxe outros cinco, dizendo: “Senhor, entregaste-me cinco talentos; eis que ganhei mais cinco”. Disse-lhe o seu senhor: “Muito bem, servo bom e fiel; sobre o pouco foste fiel, sobre o muito te colo- carei. Entra no regozijo de teu senhor”. Chegou também o que havia recebido dois talentos e disse: “Senhor, entregaste-me dois talentos; eis que ganhei mais dois”. Disse-lhe o seu senhor: “Muito bem, servo bom e fiel; sobre o pouco foste fiel, sobre o muito te colocarei. Entra no regozijo de teu senhor”. Então, chegou o homem que havia recebido um talento, e disse: “Senhor, eu sabia que és um homem severo, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste. E tive medo, saí e escondi o seu talento na terra. Eis aqui o que é teu”. Respondeu-lhe o seu senhor: “Servo mau e preguiçoso! Sabias que eu ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei. Devias, portanto, ter investido meu dinheiro com os banqueiros, e então, na minha vinda, eu teria recebido o que é meu com juros. “Tomai dele o talento e dai-o ao que tem dez. Por- que a todo aquele que tem será dado, e terá em abun- dância; mas o que não tiver, até o que tem lhe será ti- rado. E lançai o servo inútil nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger dos dentes” (KJV).
Mais uma vez, temos uma parábola com um senhor ausente. Mas nesse caso a hora de sua volta não é a questão.
- Pelo contrário, a questão é a administração fiel pelos seus servos.
- Servos diferentes recebem diferentes quantidades de talentos “cada um de acordo com suas diversas habilidades” (v. 15).
Os dois primeiros saem e obtêm diferentes quantias em razão das suas diferentes habilidades e das diferentes quantidades que têm para trabalhar (v. 16,17).
Ainda assim, ambos são elogiados com palavras idênticas quando o senhor volta para acertar contas (cp. os v. 19-21 com 22,23).
- Em contrapartida, um dos servos não faz nada com seu talento, exceto enterrá-lo, o que curiosamente era uma antiga maneira de proteger bens valiosos. Mas quando o senhor o confronta, ele é condenado para sempre com um linguajar muito severo (cp. o v. 18 com 24-30).
Nossa palavra “talento” vem, aliás, do uso do termo grego talanton nessa passagem.
No mundo romano do primeiro século, um talento era a moeda de mais alto valor, o equivalente a vinte anos de trabalho recebendo salário mínimo.
Contudo, por mais que fiquemos animados com esse aparente modelo de investimento capitalista, aqui Jesus não está ensinando teoria econômica!
Pelo contrário, como em todas as suas parábolas, Jesus está usando imagens familiares para representar simbolicamente uma verdade espiritual.
Tudo o que Deus nos concede — nossos bens, capacidades, oportunidades, tempo, circunstâncias, SOBRETUDO A SALVAÇÃO EM CRISTO — Ele nos ordena que administremos bem.
Se formos bons administradores de tudo o que Deus nos tem concedido, estaremos preparados para a volta de Cristo e para o juízo final que ela traz. ⁠Viva como se Cristo tivesse sido crucificado ontem, houvesse ressuscitado hoje e fosse voltar amanhã.
Martinho Lutero
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