O Julgamento e a Ressurreição

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João 5.19-29.
Jesus havia acabado de curar um paralítico que há 38 anos se arrastava em busca de milagres, mas como fez isso em um sábado, os líderes religiosos de Jerusalém o estavam condenando.
Jesus explica o motivo pelo qual Ele curou no sábado:
Jo 5.17 - Mas ele lhes disse: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também
E agora Jesus começa uma explicação melhor sobre sua relação com o Pai.
Os judeus O estavam condenando por que Ele disse ser igual a Deus, e agora Jesus aprofunda mais essa afirmação – EU SOU DEUS.
Eu sou Deus e estou intimamente ligado a Deus, Nós somos um e não podemos fazer nada separado. Tudo o que o Pai faz eu faço.
Interessante notar que o verbo fazer aqui é usado 3 vezes no versículo 19, e em todas elas, está no presente.

O Filho não faz nada sozinho, mas faz aquilo que vê o Pai fazendo.

Jesus está conectado ao Pai, mesmo enquanto estava na Terra continuava sendo um com o Pai.
É extraordinário observar a interação entre as pessoas da Trindade, Jesus acabará de mostrar que Ele e o Pai são um, mas ao mesmo tempo revela sua submissão ao Pai, eu só faço o que Ele me autoriza a fazer, a submissão voluntária do Filho ao Pai, mesma essência, mesmo poder, mesmo patamar, porém com submissão voluntária.
Quantas vezes eu mesmo tenho problemas com isso, a submissão, por me considerar superior a alguém não considero ou mesmo reluto em sua liderança, e Cristo mesmo sendo Deus, era submisso, e cada um na Trindade sabe muito bem qual é o Seu papel.
Por isso a perfeita harmonia entre as três pessoas, a perfeição de Deus.
Isso pode ser um exemplo dentro de meus relacionamentos de amizade, de trabalho e principalmente dentro de meu relacionamento conjugal. Somos todos iguais, mas para que haja perfeita harmonia, nos submetemos de bom grado a nossos papeis, para que a glória de Deus seja vista através disso.
O Pai mostra ao Filho em Sua unidade na Trindade, todas as coisas, e revela Seu plano ao Filho e dessa interação coisas grandiosas aparecerão. Um paralítico havia acabado de ser curado, mas Jesus está afirmando que coisas maiores do que essas virão, pois o Pai ainda havia muito a revelar através do Filho.
Jesus explica quais são essas coisas grandiosas que virão – O Ressuscitar e o Julgar.
Ambas os conceitos estão interligados aqui na fala de Jesus, O ressuscitar dos mortos, capacidade que somente Deus tem em fazer, é passado para o Filho esse poder (Ef 2.1,4-5). Os líderes Judeus se dividiam em relação a ressurreição, os fariseus acreditavam que isso era possível, mas somente por ato divino, enquanto os saduceus (grande parte do sinédrio) não cria na ressurreição, nem de que Deus interviria de tal forma com os seres humanos.
Jesus está aqui afirmando o poder de ressurreição de Deus, e não somente isso, está afirmando que como Deus, Ele mesmo possui tal poder, o que no versículo 24 fica claro que Ele está falando da ressurreição do espírito (antes morto em pecado). Por isso os dois conceitos estão intimamente ligados, pois não crer em Jesus é continuar morto e passível do Juízo que vem.
Quanto ao juízo, não havia divisões entre os judeus, Deus era o considerado o Justo Juiz, e mais uma vez Cristo está tomando para si um atributo divino, dizendo: “Eu tenho o mesmo poder de Julgar que o Pai, Ele me concedeu isso”. E o critério para o Seu julgamento é o crer ou não crer em suas Palavras. Esse critério serve ao mesmo tempo para julgar como para ressuscitar.
Porém ambos os textos possuem uma dualidade temporal, ambos já aconteceram no ministério de Cristo e ainda aconteceram no Juízo Final.

A dualidade da Ressurreição:

Esse conceito apresentado por Cristo de ressurreição e do poder de fazer tal feito que Ele recebeu de Deus pode ser encarado de duas formas – A ressurreição durante Seu ministério (Sua própria e a nossa com Ele) e a Ressurreição futura (Eternidade em Cristo).
A primeira parte da ressurreição dita por Cristo aqui se cumpriu com a Sua própria ressurreição, ao vencer levar sobre si o castigo que nos era merecido e, após isso, vencer a morte e ressuscitar, Ele abriu a porta a nós para fazer o mesmo com Ele.
O texto de Ef 2.1-10 é bem claro quando mostra a condição do homem caído (morto) e a condição do homem regenerado em Cristo (vivo). Por isso Cristo afirma que o Pai (o gerador da vida) concedeu ao Filho o poder de gerar vida também, e o Filho tem poder de vivificar a quem Ele quiser (Jo 5.21).
Mas no final desta perícope se pode observar que Cristo não estava falando somente deste conceito, nos versículos 28 e 29 vemos Cristo aplicando o Seu ensino sobre a ressurreição à escatologia, onde aqueles que morreram, mas praticaram o bem (entenda-se que aqui não estamos falando de boas obras, mas sim de viver de acordo com a Palavra), esses serão ressurretos para a vida eterna, já os que não fizeram o bem, o serão para o Juízo, lincando aqui novamente os dois conceitos (Vida e Julgamento).

A dualidade do Julgamento:

O conceito de Julgamento passa pelo mesmo critério de dualidade temporal, algo que já aconteceu no ministério de Cristo e algo que ainda acontecerá no julgamento final.
Deus deu a Cristo o poder e a autoridade para julgar, julgamento este que envolve condenação, e essa condenação já foi lavrada sobre todos os que não creem em Cristo, João já havia abordado isso em seu Evangelho, Em Jo 3.16-21 pode-se observar a mesma construção de ideias, mostrando que por Seu amor Deus enviou o filho ao mundo para o salvar, quem crer no Filho será salvo, mas que não crer JÁ ESTA CONDENADO (Jo 3.18), o texto é bem claro em dizer que o julgamento é imediato, não é somente futuro, pois aqueles que rejeitam a Cristo automaticamente abraçam o mundo, as trevas.
Ao mesmo tempo este julgamento de Cristo também ocorrerá no Dia do Juízo Final, onde o julgamento final trará todos perante o Tribunal de Cristo, aqueles que em vida tiverem recebido a condenação por negar a Cristo, agora receberão a condenação final, e ela vira na forma de um castigo eterno no inferno.
Logo, Cristo possui em si o poder de dar vida e julgar a vida, crer em Cristo é ressuscitar e ser inocentado do julgamento, não crer em Cristo é morrer e ser culpado.
Cristo mostra nesta fala o propósito de Sua vinda ao mundo, veio para salvar e para julgar, os discípulos ainda não entendiam por completo esses conceitos, muito menos o povo judeu, mas Jesus já estava trabalhando na mente deles este conceito, que alcançaria seu ápice em Sua morte e ressureição, mas que mesmo assim os discípulos só entenderiam depois da chegada do Espírito Santo que abriria o entendimento deles para tudo isso.
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