Uma aliança indissolúvel
A Missão do Rei • Sermon • Submitted • Presented
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Introdução
Introdução
Hoje falaremos sobre um tema importantíssimo para todos nós, sobre tudo cristãos - o casamento. Hoje meditaremos a luz de Marcos 10, nos doze primeiros versículos os ensinos de Jesus sobre casamento.
1 Saindo dali, Jesus foi para o território da Judeia e para além do Jordão. E outra vez as multidões se reuniram junto a ele, e, de novo, ele as ensinava, segundo o seu costume.
2 E, aproximando-se alguns fariseus, o puseram à prova, perguntando:
— É lícito ao marido repudiar a sua mulher?
3 Jesus respondeu:
— O que foi que Moisés ordenou a vocês?
4 Eles disseram:
— Moisés permitiu escrever uma carta de divórcio e repudiar.
5 Mas Jesus lhes disse:
— Foi por causa da dureza do coração de vocês que Moisés deixou escrito esse mandamento. 6 Porém, desde o princípio da criação, Deus os fez homem e mulher. 7 “Por isso o homem deixará o seu pai e a sua mãe e se unirá à sua mulher, 8 tornando-se os dois uma só carne.” De modo que já não são mais dois, porém uma só carne. 9 Portanto, que ninguém separe o que Deus ajuntou.
10 Em casa, os discípulos voltaram a fazer perguntas sobre esse assunto. 11 E Jesus lhes disse:
— Quem repudiar a sua mulher e casar com outra comete adultério contra aquela. 12 E, se ela repudiar o seu marido e casar com outro, comete adultério.
Jesus é questionando por alguns fariseus sobre casamento, mas não só sobre casamento, mas sobre casamento e divórcio. Não só sobre casamento e divórcio, mas recasamento para divorciados. Esse é um dos desafios de se pregar expositivamente versículo por versículo, um livro inteiro da bíblia, o desafio de ter que falar o que Deus falou sobre temas impopulares. Sim, esse é um tema impopular desde o tempo de Jesus, afinal de contas foi por denunciar o casamento ilegitimo do governante Herodes com a ex-mulher do seu irmão, que João Batista foi morto. Se era impopular naquele tempo, imaginem hoje em dia em que o divórcio se torna cada vez mais popular. Os numeros mais recentes que eu consegui achar sobre divórcio apontam uma realidade muito difícil, onde 10 em cada 24 casamentos acabam em divórcio. Em 2010 esse número era de 10 para cada 30 casamentos. O tempo médio de casamentos que acabam em divórcio que era de 15,9 anos, em 2021 caiu para 13,6 anos. Ou seja, o brasileiro está casando mais e mais rápido. Se considerar a média do tempo de duração entre casais que já se divorciaram, essa média cai para menos de 10 anos.
Aí você deve estar perguntando, porque esse tema é impopular, já que estamos entre cristãos? Infelizmente não. Estima-se que as médias a respeito de casamento e divórcio no Brasil são exatamente as mesmas fo contexto geral, o que piora se olharmos para a transição religiosa que o Brasil passa nas últimas décadas, onde se acredita em que em futuro não muito distante os evangélicos serão maioria no Brasil. Por isso, sou cético quando dizem que exsite um avivamento em curso no Brasil, porque o divórcio por exemplo embora não seja um único indicativo, mas é um dos indicativos que há algo de muito errado… Ao olharmos para o que Jesus diz sobre esse tempo, veremos que é contraditório o crescimento do número de cristãos com o crescimento do número de divórcios.
Olhando para o texto, precisamos entender primeiramente a motivação dos Fariseus em fazer essa pergunta para Jesus. Como está explícito, eles queriam colocá-lo a prova. Uma atitude parecida com a de Satanás no deserto com Jesus. Meditando no evangelho de Marcos ao longo dos últimos meses, já estamos familiarizados com a hostilidade dos Fariseus em relação a Jesus. A intenção era pegá-lo em uma armadilha, colocá-lo em evidência e, assim, desacreditar Jesus aos olhos do público, de modo que as multidões se afastassem dele. Eles estavam convencidos de que a pergunta que fizeram, não importava a maneira como fosse respondida, traria dificuldades para Jesus. Observe, divórcio sempre foi um tema sensível e impopular, mas mesmo assim Jesus não deixou de falar sobre ele. Para entender isso, os seguintes fatos têm de ser levados em consideração:
Entre os judeus, existia uma diferença de opinião a respeito do que Moisés tinha ensinado sobre a questão do divórcio. Moisés escreveu: Deuteronômio 24.1 “1 — Se um homem tomar uma mulher e se casar com ela, e se ela não for agradável aos seus olhos, por ter ele achado coisa indecente nela, e se ele escrever uma carta de divórcio e a entregar à mulher, e a mandar embora;” . Mas o que significa ächar uma coisa indecente"?. Existiam dois rabinos da época que tinham interpretações diferentes desse versículo, Shammai e Hillel.
De acordo com Shammai e seus seguidores, a referência era ao adultério ou falta de castidade.
De acordo com Hillel e seus discípulos, o significado era mais amplo. Eles enfatizavam as palavras, “se ela não achar favor aos seus olhos” e, por isso, permitiam o divórcio pelas questões mais insignificantes, de modo que o marido podia rejeitar sua mulher se ela acidentalmente lhe servisse comida que estivesse levemente queimada, ou se, em casa, falasse tão alto que os vizinhos pudessem ouvi-la.
Se Jesus endossasse a interpretação mais conservadora, favorecida por Shammai, estaria desagradando os discípulos de Hillel. Além disso, parece que muitos – talvez até esses fariseus (cf. Mt 19.7) – concordavam com a interpretação liberal de Hillel. Além disso, se o Senhor se alinhasse com Shammai, os fariseus poderiam acusá-lo, embora injustamente, de ser inconsistente quando ele se associava com os pecadores e comia com eles.
No entanto, se Jesus endossasse a posição mais liberal – “vale tudo como motivo para o divórcio” – o que pensariam os discípulos de Shammai? Não seria ele acusado de frouxidão moral pelas pessoas mais sérias e conscientes? E o que as mulheres pensariam dele?
Jesus mostra que a essência da pergunta está errada. Por que toda essa conversa sobre a possibilidade do divórcio, como se dissesse, “se este casamento não der certo, posso me divorciar de minha esposa”? Por que não ir além de Deuteronômio 24, para a ordenança do casamento por parte de Deus, registrada em passagens como Gênesis 1.27 e 2.24? Por isso, Jesus começa falando sobre casamento, antes de falar do divórcio.
O Casamento
O Casamento
Enquanto os fariseus estavam inclinados a mergulhar no tema divórcio, Jesus estava focado no tema casamento. Se nós entendêssemos mais as bases bíblicas do casamento, teríamos menos divórcios. Nesse texto Jesus lança os quatro grandes pilares do casamento como instituição divina:
Em primeiro lugar, o casamento é heterossexual (10.6). Deus criou o homem e a mulher, o macho e a fêmea (Gn 1.27). O relacionamento conjugal só é possível entre um homem e uma mulher, entre um macho e uma fêmea biológicos. O casamento é entre um homem e uma mulher. Um foi feito para o outro e é adequado ao outro física, emocional, psicológica e espiritualmente. Somente a relação heterossexual pode cumprir os propósitos de Deus para a família.
É comum se ouvir hoje em dia dizer que Jesus não falou nada contra a homossexualidade. De fato ele não lou contra os gays, porém ele reconhece como relação conjugal o relacionamento entre homem e mulher.
Em segundo lugar, o casamento é monogâmico (10.7). Diz o texto bíblico: Por isso, deixará o homem a seu pai e mãe [e unir-se-á a sua mulher] (10.7). Não diz o texto que o homem deve unir-se às suas mulheres. Deus não criou mais de uma mulher para Adão nem mais de um homem para Eva.
Essa norma não foi apenas estabelecida na criação, mas também foi reafirmada na entrega da lei moral. A lei de Deus ordena: Não cobiçarás a mulher do teu próximo… (Êx 20.17). O uso do singular é enfático. Moisés não deu provisão à questão da poligamia. Os casamentos poligâmicos sempre foram marcados por muitos prejuízos e grandes desastres. O apóstolo Paulo afirma: Cada um [singular] tenha a sua própria esposa, e cada uma [singular], o seu próprio marido (1Co 7.2). Ao mencionar as qualificações do presbítero, Paulo adverte: É necessário, portanto, que o bispo seja […] esposo de uma só mulher… (1Tm 3.2).
Em terceiro lugar, o casamento é monossomático (10.8). Jesus prossegue, e diz: e, com sua mulher, serão os dois uma só carne (10.8). As palavras hebraicas homem e mulher (ish e ishá) revelam que os dois foram feitos complementarmente um para o outro. O propósito de Deus é que no casamento o homem e a mulher se tornem uma só carne, numa intimidade tal que não pode ser separada. A união entre marido e mulher não é apenas emocional e espiritual, mas também e, sobretudo, física. Por isso, o sexo que antes e fora do casamento é uma proibição divina (1Ts 4.3–8), no casamento é uma ordenança (1Co 7.5). Para solteiros, uma proibição, para casados, uma ordenança. O sexo é um presente de Deus para os casais (Hb 13.4). O sexo nos foi dado como uma grande fonte de prazer (Pv 5.15–19) e não apenas para a procriação (Gn 1.28).
A união conjugal é a mais próxima e íntima relação de todo relacionamento humano. A união entre marido e mulher é mais estreita do que a relação entre pais e filhos. A bíblia não diz que somos uma só carne com nossos filhos, mas com nosso cônjuge. Os filhos de um homem são parte dele mesmo, mas sua esposa é ele mesmo. O apóstolo Paulo diz:
Assim também os maridos devem amar a sua mulher como ao próprio corpo. Quem ama a esposa a si mesmo se ama. Porque ninguém jamais odiou a própria carne; antes, a alimenta e dela cuida, como também Cristo o faz com a igreja (Ef 5.28,29).
João Calvino afirma que o vínculo do casamento é mais sagrado que o vínculo que prende os filhos aos seus pais. Nada, a não ser a morte, deve separá-los.
Em quarto lugar, o casamento deve ser indissolúvel (10.9). Jesus concluiu o assunto com os fariseus, afirmando que o casamento não é apenas heterossexual, monogâmico e monossomático, mas também indissolúvel. O evangelista Marcos registra: “Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem” (10.9). O casamento deve ser para toda a vida. É uma união permanente. No projeto de Deus, o casamento é indissolúvel. O casamento é indissolúvel porque foi Deus quem o instituiu e o ordenou. O casamento é uma aliança entre um homem e uma mulher tendo Deus como testemunha dessa aliança (Ml 2.14).
O Divórcio
O Divórcio
A conversa que se desenrola agora não é mais com os fariseus, mas com os discípulos; não mais em um lugar aberto, mas dentro de casa. O contexto nos indica que os discípulos tinham uma visão bastante liberal sobre a questão do divórcio, pois quando Jesus falou sobre a infidelidade conjugal como a única cláusula de exceção para o divórcio, os discípulos reagiram com uma profunda negatividade em relação ao casamento, de acordo com o que está relatado em Mateus (Mt 19.10).
O evangelista Marcos omite a cláusula de exceção para o divórcio, registrada em Mateus 19.9 “9 Eu, porém, lhes digo: quem repudiar a sua mulher, não sendo por causa de relações sexuais ilícitas, e casar com outra comete adultério.”
Contudo, certamente, essa omissão não muda o conteúdo do ensino de Jesus sobre o assunto. A grande ênfase de Jesus é que o divórcio e o novo casamento, sem base bíblica, constituem-se adultério.A omissão de Marcos certamente ocorre pelo fato de ele estar escrevendo aos romanos, que não conheciam a lei de Moisés sobre o divórcio. William Hendriksen, escrevendo nessa mesma trilha de pensamento, diz:
Por que essa diferença entre Mateus e Marcos? Resposta: Mateus estava primariamente escrevendo para os judeus, entre os quais a rejeição de um marido pela sua esposa era tão rara que a lei não provia qualquer orientação para essa possibilidade. No entanto, mesmo entre os judeus, ou entre aqueles que tinham relações próximas com eles, essas rejeições do marido por parte da esposa não eram inteiramente desconhecidas.
Da mesma forma que, somente Marcos entre os evangelistas fala da mulher também tomando iniciativa do divórcio. Possivelmente, porque Marcos está escrevendo para os romanos e na sociedade romana uma mulher poderia iniciar o divórcio.
Aprofundando esse tema, vemos o que Deus continua nos ensinando sobre esse tema. Paulo escrevendo a igreja de Corinto vai afirmar o seguinte:
8 E aos solteiros e às viúvas, digo que lhes seria bom se permanecessem no estado em que também eu vivo. 9 Mas, se não conseguem se dominar, que se casem; porque é melhor casar do que arder em desejos.
10 Aos casados, ordeno, não eu, mas o Senhor, que a mulher não se separe do marido. 11 Mas, se ela se separar, que não se case de novo ou que se reconcilie com o seu marido. E que o marido não se divorcie da sua esposa.
12 Aos outros, digo eu, não o Senhor: se algum irmão estiver casado com uma mulher não crente, e esta concorda em morar com ele, não se divorcie dela. 13 E se uma mulher estiver casada com um homem não crente, e este concorda em viver com ela, que ela não se divorcie do marido. 14 Porque o marido não crente é santificado no convívio da esposa, e a esposa não crente é santificada no convívio do marido crente. Se não fosse assim, os filhos de vocês seriam impuros; porém, agora, são santos. 15 Mas, se o não crente quiser separar-se, que se separe. Em tais casos, não fica sujeito à servidão nem o irmão, nem a irmã; Deus chamou vocês para viverem em paz. 16 Pois você, ó mulher, como sabe se salvará o seu marido? Ou você, ó marido, como sabe se salvará a sua mulher?
O desejo de Deus para casamentos problemáticos é sempre reconciliação. O desejo de Deus para os separados no casamento é que se reconciliem ou permaneçam separados.
A deserção de um cônjuge incrédulo permite o divórcio e, ao que nós vemos, concede essa permissão para um novo casamento.
Algumas observações básicas sobre divórcio e novo casamento a partir de uma pesquisa das Escrituras: Nosso objetivo deve ser ser bíblico e não emocional. Devemos também enfatizar a prevenção e não ser reacionários. Este último é difícil, especialmente para aqueles que experimentaram de alguma forma a dor do divórcio.
Um homem unido a uma mulher por toda a vida é a perfeita vontade de Deus para todo casamento (Gn 2:18-25). Deus odeia o divórcio (Ml 2:13-16). O desejo de Deus é que os casamentos problemáticos sejam sempre reconciliados. O divórcio nunca é ordenado ou desejado por Deus, mas é uma concessão que o Senhor dá, que às vezes é sábia (1 Cor 7:10-11).
Acredito que o divórcio pode ser biblicamente permitido nos casos de imoralidade sexual, deserção por um incrédulo ou se o divórcio foi pré-conversão (2 Coríntios 5:17 - Nova criatura). Onde a reconciliação não for possível, a permissão para casar novamente no Senhor pode ser permitida nesses casos. Mas elmbre-se, a impossibilidade de reconciliação é um sinal da indisponibilidade em perdoar. Até mesmo diante da traiçã, a vontade de Deus não é o divórcio, mas o perdão. Essa reconciliação exige dos dois, da parte ofendida a disposição de perdoar e da parte ofensora o arrependimento genuíno. Quando não existem esses dois elementos, o divórcio ainda assim não se torna uma ordenança, mas uma concessão e jamais uma manifestação da vontade de Deus.
Mas infelizmente, hoje em dia nós não sabemos lidar com problemas e acabamos duvidando da providência de Deus e tomamos decisões equivocadas. Essas decisões tem consequências terríveis, e a tomamos porque cedemos a uma cultura do "eu", onde tudo que importa é "eu preciso ser feliz'". Essa é uma mensagem retrógrada aos olhos da cultura.Não estou falando que você não vai ser feliz em seu casamento, mas que a felicidade está em encontrar prazer nas coisas eternas, e o único caminho para felicidade está em glorificar a Deus na restauração do seu casamento problemático. Mesmo que a cultura te diga o contrário, filosofias humanistas e até mesmo correntes da psicologia falem o oposto, não se dobre a essa vozes. Olhe para Jesus, olhe para a cruz e reflita o evangelho no seu casamento, em resposta a o que Deus fez por você em Jesus Cristo.
Essa mensagem é para casados e solteiros.
Solteiros, essa mensagem tabém é pra você, saiba que não passar pela dor do divórcio passa primeiramente pela escolha de quem você vai casar. Case-se com alguém que ame mais a Jesus do que você. Isso é o que importa, todas as outras coisas de nada valem se não houver isso. Vocês se tornarão uma só carne, e como cumprir o propósito de Deus de glorificar a Deus se unindo a alguém que não vive para isso. Não tem como glorificar a Deus com a vida pela metade.
Casados, está tudo bem? Conserve seu casamento, previna para que você não precise agir de forma reativa a uma crise e talvez até passar pelo divórcio. Mas se o seu casamento não está bem e talvez você esteja talvez aqui nessa noite pensando em desistir, busque ao Senhor e peça para ele tirar esse sentimento no seu coração e busquem juntos em Deus uma restauração. Se você buscar a Deus em oração, ele nunca vai falar que você deve se divorciar.
Divorciados, Deus também está cuidando de você…
O Evangelho
O Evangelho
Eu não quero soar duro demais, sobretudo para você que passou pela terrível experiência do divórcio. O divórcio é sempre doloroso, até mesmo para casamentos ruins, para a parte afetada. Gosto da ilustração onde se pegam duas folhas e colam uma na outra a ponto de parecerem uma só, a tentativa de descolar uma da outra sempre vai deixar ambas destroçadas. Talvez você seja a parte ofendida, foi traído ou abandonado, ou passou por essa experiência antes da sua conversão ou em um tempo onde a sua compreensão sobre esse tema tão importante não estava claro. O Evangelho é a cura. É a cura para divorciado, é a cura para casamentos em crie e é o caminho também para casamentos saudáveis não entrem em crises e que solteiros pautem suas escolhas sobre sua vida conjugal.
O casamento e algo tão importante, que ele é a imgaem da união entre Cristo e sua igreja. Em Cristo nós temos uma união, uma aliança indissolúvel, onde não há concessões para corações duros já que ele nos amou de uma forma que as vezes nós não conseguimos amar outra pessoa que se uniu a nós. Caminhando para conclusão eu gostaria de citar uma história registrada no Antigo Testamento:
A mensagem de Deus por meio de Oseias era que o povo de Deus era prostituído: “Vai, toma uma mulher de prostituições e terás filhos de prostituição; porque a terra se prostituiu, desviando-se do Senhor” (Os 1.2). Então, Oseias, o profeta, casou-se com Gômer, a mulher promíscua. Não é uma história feliz. Gômer acabou abandonando Oseias e seus três filhos por outro homem. O que Deus, então, mandou que Oseias fizesse? “Vai outra vez, ama uma mulher, amada de seu amigo e adúltera, como o Senhor ama os filhos de Israel, embora eles olhem para outros deuses” (Os 3.1).
Assim, Oseias comprou de volta sua esposa, pagando o “preço da noiva”, dado de costume à família que era deixada por uma mulher quando ela se casasse. Aqui, nós vemos uma noiva que havia abandonado sua família; mas Oseias a comprou de volta e a levou para casa.
Era uma imagem de Deus e do evangelho; ele mesmo nos diz. É assim a misericórdia de Deus. Deus nos criou, Ele tem o poder legal de nos possuir, mas nós nos prostituímos, e Deus nos comprou de volta.
Eu sou Gômer. Você é Gômer. Nós somos Gômer — adúlteros espirituais. Mas, desde o princípio, Deus tinha o plano de nos comprar de volta, e esse plano se cumpriu. O Deus que nos amou, nos redimiu e nos comprou de volta por meio do sangue de Cristo. Nós, seu povo redimido, somos vistos finalmente como a noiva de Cristo e, um dia, receberemos “linho finíssimo, brilhante e puro” para nos vestir para o casamento (Ap 19.7-8).
Conclusão
Conclusão
Como é Deus? Olhe para Jesus. Olhe novamente para Jesus, que está de pé diante daquela mulher que foi flagrada em adultério. Jesus tem misericórdia dela. Ele a conclama a deixar seu pecado. Ele veio redimi-la daquele pecado, mediante seu sacrifício na cruz em seu favor. Na verdade, ela merece a morte. Mas essa não é a história toda. Toda mulher e todo homem merecem a morte — o salário de nosso pecado. A esperança das Escrituras, para toda mulher e todo homem, é que Jesus veio nos oferecer misericórdia. Por meio da fé em sua morte em nosso lugar, recebemos perdão pleno e uma nova vida nele. Essa é a história completa.