Exposição Ag 2.8-9
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Introdução
Introdução
Após o exílio babilônico, o povo de foi despertado a retornar ao seu território, reconstruir a cidade, com seus muros e o templo. Essa autorização havia sido dada por meio do rei Ciro, o qual enviou Zorobabel como governante de Judá, e Josué como sacerdote para conduzir a reconstrução. Tempos depois, um outro rei, Artaxerxes, interditou a obra de reconstrução. A essa altura, o templo, que aqui representa o lugar de adoração, ainda estava em ruínas. O tempo passa e o povo então se esfria no que diz respeito à reconstrução do templo, de modo que vem um outro rei - Dário, autoriza a retomada da obra do cidade/templo, mas o povo não retoma a construção do templo. O povo entendia que não deveria priorizar o templo naquele momento porque a profecia dos 70 anos de cativeiro se aplicava também ao templo. Então, como se passaram apenas 68 anos até aquele momento, a construção do templo não era uma prioridade. Mas, o povo estava equivocado em relação a isso, porque quando Deus despertou o rei Ciro anos antes para viabilizar a reconstrução, a ordem expressa foi a de reconstruir o templo, conforme 2Cr 36.22-23 e Ed 1.1-4. Assim, o povo deixou a reconstrução do templo de lado e começou a construir mansões para si mesmos. Já haviam se passados desesseis anos desde a autorização de Ciro até aquele momento, e aí Deus intervém, levantando os profetas Ageu e Zacarias, com o intuito de despertar o povo para a reconstrução do templo.
E Deus começa a exortação da seguinte forma Ag 1.1-4 “No segundo ano do rei Dario, no sexto mês, no primeiro dia do mês, veio a palavra do Senhor, por intermédio do profeta Ageu, a Zorobabel, filho de Salatiel, governador de Judá, e a Josué, filho de Jozadaque, o sumo sacerdote, dizendo: Assim fala o Senhor dos Exércitos: Este povo diz: Não veio ainda o tempo, o tempo em que a Casa do Senhor deve ser edificada. Veio, pois, a palavra do Senhor, por intermédio do profeta Ageu, dizendo: Acaso, é tempo de habitardes vós em casas apaineladas, enquanto esta casa permanece em ruínas?”
Des começa repreendendo o povo pela negligência na reconstrução do templo. A pergunta é intimidadora: “Como vocês conseguem dedicar tanto tempo em construir casas luxuosas para si, enquanto o Meu Templo está em ruínas?”. É muita presunção, pois foi justamente a idolatria pelo desejo do prórpio coração que levou aquele povo ao cativeiro e à derrota, e ali agora, em uma oportunidade de recomeço, eles estavam reicidindo no mesmo pecado. Nós precisamos vigiar constantemente nossas motivações, nossas prioridades, porque é muito fácil permanecermos com nossos ídolos do coração, até mesmo depois de uma disciplina da parte de Deus. O nosso coração é muito pior do que a gente imagina. Muitas vezes a gente não prioriza a vontade e os propósitos de Deus poara nossa vida, Deus nos disciplina de alguma forma, o sofrimento vem para nos consertar de alguma forma, e depois a gente pensa: “pronto, aprendi a lição, agora tudo vai fluir naturalmente para a glória de Deus”, e em tão pouco tempo estamos repetindo tudo novamente. Deus tenha misericordia de nós e nos desperte se isso está acontecendo conosco nesse momento!
A exortação continua Ag 1.5-11 “Ora, pois, assim diz o Senhor dos Exércitos: Considerai o vosso passado. Tendes semeado muito e recolhido pouco; comeis, mas não chega para fartar-vos; bebeis, mas não dá para saciar-vos; vestis-vos, mas ninguém se aquece; e o que recebe salário, recebe-o para pô-lo num saquitel furado. Assim diz o Senhor dos Exércitos: Considerai o vosso passado. Subi ao monte, trazei madeira e edificai a casa; dela me agradarei e serei glorificado, diz o Senhor. Esperastes o muito, e eis que veio a ser pouco, e esse pouco, quando o trouxestes para casa, eu com um assopro o dissipei. Por quê? —diz o Senhor dos Exércitos; por causa da minha casa, que permanece em ruínas, ao passo que cada um de vós corre por causa de sua própria casa. Por isso, os céus sobre vós retêm o seu orvalho, e a terra, os seus frutos. Fiz vir a seca sobre a terra e sobre os montes; sobre o cereal, sobre o vinho, sobre o azeite e sobre o que a terra produz, como também sobre os homens, sobre os animais e sobre todo trabalho das mãos”
Deus mostra ao povo aqui que o motivo da escassez, da falta que eles vivenciavam naquele momento era justamente por conta de não priorizar em suas vidas aquilo que para Deus era mais importante - a reconstrução do Templo. A obra de Deus precisava vir em primeiro lugar ali, e eles estavam negligenciando isso. Veja bem, longe de mim fazer uma leitura equivocada desse texto para induzir uma teologia da prosperidade. Como se o insucesso financeiro hoje esteja necessariamente ligado a um pecado espiritual. Não é nada disso. A questão aqui é que existe uma vontade plena de Deus para nossa vida, uma obra de Deus a ser feita através de nós e que deve ser priorizada, inclusive em relação aos nossos planos pessoais. Eu não estou dizendo que se você está tendo um insucesso em algo em sua vida é por conta de um pecado. Mas é fato que se eu e você estivermos negligenciando a obra de Deus através de nós, nós colheremos o insucesso, seja ele a curto, médio ou longo prazo. A reflexão aqui não é para eu e você buscarmos uma possivel causa para o fracasso, mas é buscar conhecer a vontade de Deus e qual a obra que Ele designou para nós esses dias, pois essa obra deve ser a nossa prioridade!
O povo então responde à exortação do SENHOR com obediência Ag 1.12-15 “Então, Zorobabel, filho de Salatiel, e Josué, filho de Jozadaque, o sumo sacerdote, e todo o resto do povo atenderam à voz do Senhor, seu Deus, e às palavras do profeta Ageu, as quais o Senhor, seu Deus, o tinha mandado dizer; e o povo temeu diante do Senhor. Então, Ageu, o enviado do Senhor, falou ao povo, segundo a mensagem do Senhor, dizendo: Eu sou convosco, diz o Senhor. O Senhor despertou o espírito de Zorobabel, filho de Salatiel, governador de Judá, e o espírito de Josué, filho de Jozadaque, o sumo sacerdote, e o espírito do resto de todo o povo; eles vieram e se puseram ao trabalho na Casa do Senhor dos Exércitos, seu Deus, ao vigésimo quarto dia do sexto mês.”
É interessante aqui que, quando o povo ouve e identifica a voz de Deus através do profeta, o povo teme a Deus. E isso é interessante porque a profecia genuína gera justamente isso - temos a DEUS. Quando Deus fala, quem é de Deus ouve e teme! O coração é tocado, as motivações erradas são corrigidas, as prioridades são reorganizadas. E quando há esse alinhamento, o próprio Deus se encarrega de renovar o animo do seu povo. Veja que quando o povo reage em obediência Deus prontamente fala: Eu sou convosco! E nada disso é mérito humano, é o próprio Deus que desperta o coração daqueles que são Dele e ouvem a Sua Palavra. Se eu e você somos de Deus, meu irmão, a Palavra de Deus nos desperta, ao ouvir a Palavra nós não ficamos do mesmo jeito!
E Deus continua a falar com o seu povo Ag 2.1-8 “No segundo ano do rei Dario, no sétimo mês, ao vigésimo primeiro do mês, veio a palavra do Senhor por intermédio do profeta Ageu, dizendo: Fala, agora, a Zorobabel, filho de Salatiel, governador de Judá, e a Josué, filho de Jozadaque, o sumo sacerdote, e ao resto do povo, dizendo: Quem dentre vós, que tenha sobrevivido, contemplou esta casa na sua primeira glória? E como a vedes agora? Não é ela como nada aos vossos olhos? Ora, pois, sê forte, Zorobabel, diz o Senhor, e sê forte, Josué, filho de Jozadaque, o sumo sacerdote, e tu, todo o povo da terra, sê forte, diz o Senhor, e trabalhai, porque eu sou convosco, diz o Senhor dos Exércitos; segundo a palavra da aliança que fiz convosco, quando saístes do Egito, o meu Espírito habita no meio de vós; não temais. Pois assim diz o Senhor dos Exércitos: Ainda uma vez, dentro em pouco, farei abalar o céu, a terra, o mar e a terra seca; farei abalar todas as nações, e as coisas preciosas de todas as nações virão, e encherei de glória esta casa, , diz o SENHOR dos Exércitos. 8 Minha é a prata, meu é o ouro, diz o SENHOR dos Exércitos”
Um mês depois de retomar a construção, o povo já estava desanimado novamente. Sabe porquê? Porque começou a lembrar de como era o primeiro tempo. Na cabeça deles, eles não conseguiriam construir um templo à altura do primeiro. O templo de Salomão era suntuoso, irmãos, era luxuosíssimo. O primeiro templo foi construido com toneladas e mais toneladas de ouro e prata! Era algo tão marcante para aquele povo, que muitos que contemplaram em vida choravam só de lembrar (Ed 3.12-13). Então, o povo começou a pensar, nós não somos capazes de refazer algo tão glorioso, e isso gerou um desânimo assustador e paralisante. Mas diante desse quadro de expressa limmitação da mentalidade humana, diante de uma constatação humana limitada de impossibilidade, Deus então diz: vocês estão enganados! Vocês que pensam que essa casa não será gloriosa! A glória dessa casa em seu último estado será maior que no primeiro estado. Não são duas casas, é uma casa em dois momentos distintos. E não era só por uma questão de ouro e prata. Esse novo templo, além de receber as riquezas terrenas (prata e ouro) das nações, receberia também a maior glória manifesta de toda a existência - JESUS CRISTO. A rtestauração aqui não é só uma questão física, material, A glória do último estado é superior porque o relacionamento com Deus depois de Cristo é muito superior ao relacionamento antes de Cristo.