UM CLAMOR EM DIAS DIFÍCEIS

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Creio que todos vivemos dias difíceis, todos, sem exceção.
Tanto pastores, missionários, cristãos, ateus, budistas, ou de qualquer religião e até mesmo políticos, governantes, professores, médicos, psicólogos, psiquiatras, dentistas, advogados, ladrões, bancários, brasileiros, japoneses, brancos, pretos, pardos, baixos, altos, magros, gordinhos, ricos, pobres, iletrados e analfabetos, todos, sem exceção, passam por dias difíceis.
Aqui não é diferente, encontramos nesse salmo um Rei, que estava enfrentando grande perseguição e esses dias estavam sendo muito difíceis para ele.
Esse salmo foi composto por Davi, quando este estava fugindo de Saul, outro Rei que estava em busca de matá-lo. Encontramos aqui um homem perseguido por seus inimigos, abandonado pelos seus amigos e que estava dentro de uma caverna em perigo.
Temos aqui um homem cansado, sem forças para lutar, emocionalmente fraco, psicologicamente também, temos um homem que estava cheio de angústia, um homem que estava no sofrimento.
Temos aqui uma das maiores autoridades do povo de Deus em estado de necessidade de ajuda, de uma ajuda urgente.
Temos aqui:
UM CLAMOR EM DIAS DIFÍCEIS
E esse salmo pode ser dividido claramente em duas partes:
Um homem pedindo socorro (V.1-4)
1- Ao SENHOR ergo a minha voz e clamo,com a minha voz suplico ao SENHOR. 2- Derramo perante ele a minha queixa,à sua presença exponho a minha tribulação. 3- Quando dentro de mim me esmorece o espírito,conheces a minha vereda.No caminho em que ando,me ocultam armadilha.4- Olha à minha direita e vê,pois não há quem me reconheça,nenhum lugar de refúgio,ninguém que por mim se interesse.
Não temos qualquer homem pedindo socorro, mas, é o rei Davi. Queridos, não há ninguém que não precise de socorro, não há ninguém que não precise de ajuda, que não passe por dias difíceis, e quando esse dia chega, não dá outra, precisamos clamar, precisamos clamar, e esse é o clamor do salmista, os dias difíceis tinham chegado na vida de Davi, e esse grande rei diz:
Ao Senhor ergo minha voz e clamo, com minha voz suplico ao SENHOR.
Todos nós já passamos por dias assim como Davi passou, e são dias de tribulação, são dias de escuridão e de muito medo. E em circunstâncias assim, clamamos nem que seja por nossa mãe, mas, nós clamamos.
E Davi não é diferente, aqui temos um homem clamando, mas, ele não clama a qualquer um, mas, Davi clama ao SENHOR.
Davi dá enfase aqui no seu clamor, e deixa claro que faz isso em voz alta, ele suplica com sua voz, ele clama com a sua voz dentro da caverna.
Apesar de estar só, ele em alta voz clama a Deus, e sua voz ressoa na caverna. E ele se derrama diante do Senhor falando as suas queixas.
Não porque está com raiva de Deus, mas, ele simplesmente está tendo um diálogo real e sincero com Deus sobre tudo que está acontecendo E assim, ele expõe as suas tribulações aquele que ouve atentamente a nossa queixa.
E então, o Salmista expõe tudo isso dizendo:
V.3-4: Quando dentro de mim me esmorece o espírito, conheces a minha vereda. No caminho em que ando, me ocultam armadilha. 4- Olha à minha direita e vê, pois não há quem me reconheça, nenhum lugar de refúgio, ninguém que por mim se interesse.
Temos aqui o rei Davi em desespero, por isso ele diz que dentro dele me lhe esmorece o espírito. Como se Davi dissesse que estava sendo esmagado por seus inimigos.
E encontramos em sua fala dizendo que sabe que seus inimigos já planejaram contra ele e já lhe armaram uma cilada (armadilha) com o fim de prendê-lo.
Contudo, porém, todavia, apesar disso, ele reconhece que seus caminhos são conhecidos de seu Deus.
O discuso muda aqui, notamos que Davi começa a falar sobre a esperança em meio aos dias difíceis.
A palavra “Vereda” provavelmente signifique “saída de sua angústia”.
Quando Davi olha para sua direita, o lugar do ajudante está vazio (v. 4).
Davi está dizendo que a sua direita, que é um lugar onde sempre teria alguém, um amigo, conselheiro de confiança, Davi diz que está sem ninguém.
E não há ninguém que perceba a sua situação exceto o Senhor, o que fica quando outros ajudantes falham e vão embora.
Ninguém se importa com sua vida. Seu clamor angustiado: “Não há […] ninguém que por mim se interesse” é uma acusação séria contra uma sociedade egoísta e despersonalizada e, nos dias de hoje, talvez contra a igreja em sua passividade em sua falta de interesse pelo outro e que muitas vezes, nem a igreja tem sido o refúgio dos crentes e muito menos dos descrentes.
Temos aqui um clamor de um homem em dias difíceis.
Um homem encontrando a resposta do seu pedido de socorro (V.5-7)
5- A ti clamo, SENHOR,e digo: tu és o meu refúgio,o meu quinhão na terra dos viventes. 6- Atende o meu clamor,pois me vejo muito fraco.Livra-me dos meus perseguidores,porque são mais fortes do que eu. 7- Tira a minha alma do cárcere,para que eu dê graças ao teu nome;os justos me rodearão,quando me fizeres esse bem.
Em termos humanos, Davi não tem onde se refugiar.
E o que resta-lhe apenas voltar-se para o SENHOR, seu refúgio fiel e seu abençoador quinhão na terra dos viventes.
Davi reconhece aqui que ele está inseguro sem o SENHOR, reconhece que sem Deus não existe amparo e confiança ou segurança.
V.6
A urgência da situação é clara à luz da série de clamores: “Escuta … resgata … livra-me” (vs. 6,7).
A “prisão” não tem o sentido de uma metáfora para solidão e desespero que este homem estava passando.
E ele pede socorro porque está fraco e reconhece que sem Deus não há salvação desse cárcere, e reconhece que seus perseguidores são mais fortes.
E diante disso, Davi pede que Deus o resgate de imediato, pois está no limite. Uma vez que seus perseguidores se encontram em posição de vantagem, pede ao Senhor que vire o jogo.
V.7
Davi finaliza dizendo que se Deus agisse em resposta a sua oração, então o louvor virá em seguida. Ainda que atualmente separado dos companheiros crentes, o livramento trará consigo comunhão renovada e louvor.
Quando Deus o livrar do cárcere do exílio, Davi demonstrará toda a sua gratidão. E até os fiéis se reunirão em torno dele para saudá-lo com ações de graças porque o Senhor foi bom para com ele nos dias difíceis.
Nas palavras de Clarke: “Quem não é capaz de nos proteger em nossa dificuldade pode, ainda assim, participar de nosso triunfo”.
APLICAÇÕES:
Todos passamos por dias difíceis, não sinta vergonha disso, nem se sinta mais fraco, ou mesmo menos crente;
Os dias difíceis são permitidos por Deus para nos ensinar;
Nos dias difíceis precisamos se lembrar que Jesus está conosco, nos ouvindo, cuidando de nós e pronto para nos socorrer;
Nos dias difíceis, clame! não deixe de clamar, o clamor faz parte da natureza humana, e o clamor a Deus é o clamor correto nos dias difíceis.
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