O SENHOR do Egito - A Sexta Praga: Úlceras

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INTRODUÇÃO

Os rabinos escreveram num de seus antigos comentários: “Sobre ele [Faraó] e todos os semelhantes a ele está escrito: ‘Ainda que pises o insensato com mão de gral entre grãos pilados de cevada, não se vai dele a sua estultícia’, o que que significa: se você esmagar e castigar o insensato com os golpes de aflições e pragas e você lhe der alívio ao levantar o pilão do almofariz, sua insensatez não o abandonará, pois ele se esquece de todas as pragas. Era assim o ímpio Faraó. Quando recebia alívio entre cada praga esquecia-se das pragas”.
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Seguindo o padrão, a sexta praga, como a terceira, simplesmente começa, sem nenhum comunicado ao Faraó. Moisés vai adiante do Faraó, em ato simbólico, lança a cinza da fornalha (detalhe importante), para o ar. Milagrisamente, aquele pó se tornaria em uma doença terrível que se espalharia por todo os egípcios, contaminando homens e animais. Foi assim a sexta praga, por um ato milagroso, que espalhou tumores no egito. Qual é importância dessa praga?! Agora, uma doença atacaria, não só os animais, mas os egípcios.
O ser humano é muito materialista. O sofrimento físico costuma atrair a atenção das pessoas melhor do que qualquer outra coisa.
A Lei de Moisés falará sobre isso. Tudo o que está acontecendo é uma forma de Deus agir, que será repetida durante a história. E é assim de tal modo, que Deus colocou isso na lei, sob a forma de maldição pela quebra da lei (Dt 28:27O Senhor te ferirá com as úlceras do Egito, com tumores, com sarna e com prurido de que não possas curar-te”, e Dt 28:35O Senhor te ferirá com úlceras malignas nos joelhos e nas pernas, das quais não te possas curar, desde a planta do pé até ao alto da cabeça”).
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A sexta praga teve três resultados: 1) os deuses do Faraó foram humilhads; 2) os magos do Faraó foram humilhados; 3) e o coração do Faraó foi endurecido.
Primeiro sobre os deuses. Esses tumores era talvez furúnculos, grandes, doloridos, que se espalaharam pelo corpo inteiro, da cabeça aos pés. Provavelmente, mais uma vez, eles não conseguiram dormir, trabalhar, conversar, talvez eles pediram a morte. Como uma doença, certamente os egípcios recorreram aos seus deuses da medicina. Os Egípcios adoravam um deus chamado Amon Re, de quem os textos antigos descrevem como ‘aquele que dissolve os males e repele as doenças; um médico que cura’. Outros adoravam o deus Tot, que era o deus das artes terapêuticas. Outros adoravam a Imhotep como o deus da medicina. Mas a divindade mais popular era Sekhmet, cujos sacerdotes formavam uma das fraterniaddes médimas mais antigas da Antiguidade. A praga das úlceras representava um ataque a todos os deuses e deusas nos quais os egípcios confiavam como fonte de cura (Nm 33:4 “também contra os deuses executou o Senhor juízos”).
Hoje a gente transformou a medicina e a ciência em objeto de fé. Nos EUA os bilionário do vale do cilício investem milhões em cientistas que buscam a imortalidade. Hoje a ciência se tornou objeto de fé. Se tornou ‘cientificismo’, uma espécia de religião. O que a ciência diz é a verdade. Por exemplo: um determinado grupo afirma que a biologia apoia o fato de que não existem apenas dois sexos. Foi usando a ciência que Hitler estabeleceu a ideia de que existia uma raça superior (baseado do darwinismo). Não é porque a ciência em si é ruim, mas quando a transformamos em objeto de adoração, a gente traz juízo pra nós. Não é a medicina que a buscando, é apenas suprir nossos desejos. E não existe nada nesse mundo que seja tão bom que possa ser adorado, nem o amor. Como disse C. S. Lewis: “o amor torna-se um demônio no momento em que se torna um deus”. Quando a gente tenta transformar uma coisa boa em deus, ela se volta contra nós. “A medicina é um recurso maravilhoso, mas uma divindade ruim”.
Phillyp Ryken: “Os magos haviam usado suas ciências ocultas para imitar as pragas do sangue e das rãs, mas haviam sido incapazes de reproduzir a praga dos piolhos. Assim, precisamos dizer a seu favor que eles desistiram e reconheceram que havia mais poder no dedo mindinho de Deus do que em todos os seus feitiços e encantos. A quarta e aquinta pragas nem mesmo mencionam os magos. Supostamente, porém, estavam presentes - não para competir com Deus, mas simplesmente para testemunhar seu poder. Mas essa praga [aqui] era diferente. eles não só não conseguiram impedi-la e ram incapazes de imitá-la, mas eles mesmos foram afetados por ela”.
A humilhação dos magos foi tão grande que a doença os impedia de ter acesso à divindade deles. A derrota deles foi tão completa que o livro de Êxodo não os menciona mais. O verso 11 diz que eles “não puderam aparecer diante de Moisés”. Eles não aguentavam. Isso pode significar também algo espiritual mais proundo, além do fato de que eles estavam muitos doentes pra ficar ali. Eles também era incampazes de permanecer na presença do santo profeta de Deus. O Sl 1:5 “Por isso, os perversos não prevalecerão no juízo, nem os pecadores, na congregação dos justos”.
P. R.: “Isso era verdadeiro quanto aos magos de Faraó e será igualmente verdadeiro quanto a cada pecador que se recusa a confiar em Jesus Cristo para a sua salvação. Se não estivermos cobertos com sua justiça por meio da fé, jamais seremos capazes de permanecer na presença de Deus, pois a Bíblia profetiza uma nova epidemia da mesma doença que afligiu os egípcios. A praga das úlcera retornará no no juízo final: “Ap 16:2 “Saiu, pois, o primeiro anjo e derramou a sua taça pela terra, e, aos homens portadores da marca da besta e adoradores da sua imagem, sobrevieram úlceras malignas e perniciosas”.
12 >> A Condição cardíaca do Faraó
Aqui, pela primeira vez, a Bíblia diz explicitamente que quem endureceu o coração de Faraó foi Deus (Rm 9:17-18 “Porque a Escritura diz a Faraó: Para isto mesmo te levantei, para mostrar em ti o meu poder e para que o meu nome seja anunciado por toda a terra. Logo, tem ele misericórdia de quem quer e também endurece a quem lhe apraz”).
Aqui mais a gente se depara com o mistério da relação entre a soberania de Deus e a responsabilidade humana. Faraó endere o coração; Deus endureceu o coração do Faraó. A resposta pra isso é a seguinte: Apesar do Faraó endurecer seu próprio coração, pelo pecado do orgulho, e isso ser responsabilidade e será requerido dele no última dia, é verdade também que isso fazia parte do propósito de Deus, como ele já havia annunciado no início que seria assim. Isso não dizia respeito apenas ao Faraó Sl 105:25 “Mudou-lhes o coração para que odiassem o seu povo e usassem de astúcia para com os seus servos”. Provérbios 21:1 “Como ribeiros de águas assim é o coração do rei na mão do Senhor; este, segundo o seu querer, o inclina”. Deus é absolutamente soberano. É difícil pra nós entender, mas podemos crer e temer.
APLICAÇÕES
O uso correta das doenças. Vamos ver a vida de duas pessoas na Bíblia que ficaram muito doentes. A primeira é Jó: Jó 2:7-10Então, saiu Satanás da presença do Senhor e feriu a Jó de tumores malignos, desde a planta do pé até ao alto da cabeça. Jó, sentado em cinza, tomou um caco para com ele raspar-se. Então, sua mulher lhe disse: Ainda conservas a tua integridade? Amaldiçoa a Deus e morre. Mas ele lhe respondeu: Falas como qualquer doida; temos recebido o bem de Deus e não receberíamos também o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios”. Quando suportarmos sofrimento físico, devemos não endurecer nosso coração, mas aceitar a vontade de Deus.
A segunda é Davi. Sl 38:3-5 “Não há parte sã na minha carne, por causa da tua indignação; não há saúde nos meus ossos, por causa do meu pecado. Pois já se elevam acima de minha cabeça as minhas iniquidades; como fardos pesados, excedem as minhas forças. Tornam-se infectas e purulentas as minhas chagas, por causa da minha loucura”. Toda doença é uma oportunidade de renoar nosso arrependimento. Quando adoecemos, devemos examinar a nós mesmos, sondar nosso coração à procura de um pecado não confessado. Assim, Davi disse: Sl 38:17-18 “Pois estou prestes a tropeçar; a minha dor está sempre perante mim. Confesso a minha iniquidade; suporto tristeza por causa do meu pecado.”
P. R.: “Como Jó, devemos aceitar nossa doença como vontade de Deus. Nosso sofrimento é parte do seu plano soberano. Como Davi, devemos ver a nossa enfermidade como oportunidade de confessar nosso pecado. Nossa doença pode ser um ato de juízo de Deus ou não, mas se o for, certamente o merecemos e devemos renovar nosso arrependimento.
CONCLUSÃO (Oração de Blaise Pascal quando ficou doente):
Oh Senhor, cujo espírito é tão bom e gracioso em todas as coisas, e que és todo misericordioso, que não só as prosperidades, mas também as aflições que acontecem aos teus eleitos são os efeitos da tua misericórdia, concede-me a graça de não agir como um pagão na condição para a qual a tua justiça me trouxe; mas que, como um verdadeiro cristão, eu possa reconhecer-te como meu Pai e meu Deus em quaisquer circunstâncias em que eu seja colocado [...]
Tu me deste saúde para que eu a usasse servindo a ti; e eu a perverti num uso totalmente profano. Agora, tu me enviaste uma doença para a minha correção: que eu não a use igualmente para provocar-te por meio da minha impaciência. Se meu coração foi preenchido com o amor pelo mundo enquanto estive em posse da minha força, destrói meu vigor para promover a minha salvação [...]
Ó Senhor, que no momento da morte eu me encontre separado do mundo, despido de todas as coisas e sozinho em tua presença, para responder à tua justiça por todos os movimentos do meu coração: concede que eu possa considerar-me nessa doença, como que num tipo de morte, separado do mundo, despido de todos os objetos do meu afeto, colocado sozinho em tua presença, para implorar da tua misericórdia a conversão do meu coração; e para que, assim, eu receba o grande consolo de saber que tu estás me enviando agora um tipo de morte para a manifestação da tua misericórdia antes de me enviares a morte na realidade para a manifestação da tua justiça.
[...] Concede-me graça, o Senhor, para reunir teus consolos aos meus sofrimentos, para que eu possa sofrer como um cristão. Não oro para ser isentado da dor [...] mas oro para não ser entregue às dores da natureza sem o consolo do Teu Espírito. Concede, ó Senhor, que [..] eu possa me conformar à Tua vontade; e que mesmo doente como estou agora, eu possa glorificar-te em meus sofrimentos [...] Une-me a ti, preenche-me contigo e com teu Santo Espirito, para que, estando cheio de ti, não seja mais eu quem vive ou sofre, mas tu, ó meu Salvador, que vive e sofre em mim; que, tendo sido assim um pequeno compartilhador dos teus sofrimentos, tu possas encher-me completamente com [...] glória [...] Amém."
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