Felicidade segundo o Reino de Deus
Aos pés de Jesus • Sermon • Submitted • Presented
0 ratings
· 8 viewsNotes
Transcript
Introdução
Introdução
Talvez você já tenha ouvido pregações de diversos pastores. Alguns mais eloquentes, mostrando mais conhecimento, outros mais simples, com aquele arroz com feijão tão importante. O fato é que com seus perfis diferentes, somos formados pela pregação desses pastores, ajudando-nos na caminhada cristã.
Agora, imagine como seria aprender do próprio Jesus. Se a cada domingo, ou pelo menos em uma oportunidade, pudéssemos sentar aos seus pés para ouvi-lo. Quais seriam suas palavras? Quão rico seria seu ensino? Infelizmente não podemos saber exatamente seu tom de voz, seus trejeitos, talvez alguma mania. Mas existe algo que podemos saber: suas palavras. Jesus pregou várias vezes em sinagogas e também em meio às multidões que buscavam cura. Não temos todos essas pregações. Mas os evangelhos nos contam de pelo menos 5 discursos ou sermões. O principal deles e mais longo é o chamado Sermão da Montanha. Três capítulos extremamente ricos, onde Jesus quer nos ensinar coisas tão preciosas. E é sobre esse sermão mais importante que trataremos nas próximas semanas.
Contextualização
Contextualização
John Stott diz que “o tema essencial de toda a Bíblia, desde o começo até o fim, é que o propósito histórico de Deus é chamar um povo para si mesmo; que este é um povo “santo”, separado do mundo para lhe pertencer e obedecer; e que a sua vocação é permanecer fiel à sua identidade, isto é, ser “santo” ou diferente em todo seu pensamento e em todo o seu comportamento”.
Em Êxodo, depois de redimir o povo de sua escravidão no Egito através de Moisés, Deus reivindica sua posição de Senhor do seu povo e propõe as leis da aliança firmada com Israel no monte Sinai. Um povo que seria diferente das outras nações, guardando os seus estatutos e juízos. Porém, o povo se afundou em idolatria e desejou reis como as outras nações. Deus foi paciente e misercordioso com seu povo por muitos anos. Porém, séculos depois, esse povo foi ao exílio.
Isso se relaciona diretamente com o que acontece no Sermão do Monte, contigo no evangelho de Mateus, logo no início do ministério de Jesus, depois do seu batismo e tentação. Jesus começa a anunciar as obras novas de que o reino de Deus, há muito prometido no Antigo Testamento, estava agora às portas, sendo Ele quem o inauguraria.
O primeiro versículo que lemos diz: “Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte” (v. 1). Aqui, podemos ver Jesus como o novo Moisés, que que sobe o monte para estabelecer aos discípulos como é a vida do Reino. Assim como haviam as 12 tribos, Jesus chama 12 apóstolos que formariam o núcleo no novo Israel. Como veremos a frente, Cristo cita diretamente a Lei, dando sua própria interpretação autorizada, o será chamado por Ele de seu “jugo”, ou seja, sua interpretação, que distoa da interpretação dos fariseus. Agora, seus discípulos seu submeterão ao seu jugo como deveriam ter se submetido a Lei. Jesus assenta na posição de Rabi ou Legislador, mostrando a verdadeira Lei de Deus. Cristo também é o verdadeiro Cordeiro Pascal, que foi morto para redenção e o novo Êxodo para a vida transformada do seu povo.
Assim, temos no Sermão da Montanha o momento que Jesus se coloca em uma posição muito importante para nós. Se temos uma admiração por Jesus, que é o Bom Pastor que dá a vida pelas suas ovelhas, não temos como não prestar atenção em suas palavras. Seria incoerente esperarmos salvação dEle e não termos disposição para aprender o que Ele diz e praticar o que ouvimos.
As bem-aventuranças
As bem-aventuranças
O trecho inicial desse sermão de Jesus é um dos mais conhecidos da Bíblia. As chamadas bem-aventuranças trazem um conteúdo simples e ao mesmo tempo extremamente rico. Trata especialmente a respeito do caráter do discípulo de Jesus. Não são 8 grupos separadas, mas 8 qualidades que devem caracterizar todos os discípulos, tal como o fruto do Espírito, descrito por Paulo.
É interessante como Jesus inicia com algo tão básico para o ser humano. A expressão “Bem-aventurados”, no grego, makarios, significa não apenas “feliz”, mas