De Volta para o Futuro 1 - Reconciliação

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Deus nos quer de volta

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De Volta para o Futuro 1 - Reconciliação

2Coríntios 5.16–21 ARA
Assim que, nós, daqui por diante, a ninguém conhecemos segundo a carne; e, se antes conhecemos Cristo segundo a carne, já agora não o conhecemos deste modo. E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas. Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus. Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.

O texto no verso 16 apresenta 3 vezes a palavra conhecemos, as palavras usadas no grego são diferentes, primeiro vem da raiz οἶδα (oida) e os dos próximos da raiz γινώσκω (gnosco)

O comentário Hagios de 2 corintios:

Antes conhecíamos a Cristo pelas luzes da nossa razão ou pela intuição do nosso espírito.

Agora, conhecemo-lo pela sua própria revelação.

Isso é comunhão.

Esse conhecimento pessoal e transformador de Cristo transforma nosso relacionamento com ele e com os outros.

O apóstolo admite haver um tempo quando tudo quanto ele sabia sobre Cristo era o que os outros homens diziam a seu respeito.

Entretanto, agora ele não o conhece mais assim

E Kistemaker nos diz:

Há uma diferença entre conhecer uma pessoa e compreender um fato.

O verbo conhecer no versículo 16a significa “conhecer (intimamente) [ou] ter um relacionamento [íntimo] com” alguém.

E é justamente aí que a Bíblia me diz no verso 17, que surge algo novo (não visto) — > Nova criatura e as coisa se fizeram novas (vezes)

O sentido apresentado aqui por Paulo não é uma mudança do passado da pessoa,

mas que mas, sim, mudança de sua posição em relação a Deus e ao mundo.

Estar em Cristo é participar antecipadamente da nova criação de Deus.

É ter um gosto antecipado da restauração de todas as coisas.

Não muda o passado, mas já nos leva para o futuro!

Deus faz uma nova criação (5.17), uma frase com fortes ecos de Isaías

Is 42.9

Isaías 42.9 ARA
Eis que as primeiras predições já se cumpriram, e novas coisas eu vos anuncio; e, antes que sucedam, eu vo-las farei ouvir.

65.17;

Isaías 65.17 ARA
Pois eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, jamais haverá memória delas.
A natureza aguarda sua transformação, mas os crentes são os primeiros frutos dessa transformação

A história já registrou muitos desastres de proporções gigantescas. Mas o maior desastre cósmico foi a Queda de nossos primeiros pais.

Ela afetou toda a criação e jogou toda a raça humana no abismo do pecado.

O pecado divide, desintegra e separa.

O pecado provocou um abismo espiritual, pois separou o homem de Deus.

Provocou um abismo social, pois separou o homem de seu próximo.

Provocou um abismo psicológico, pois separou o homem de si mesmo,

e provocou também um abismo ecológico, pois separou o homem da natureza, fazendo dele um depredador ou um adorador dessa mesma natureza.

O mundo está profundamente marcado pelas tensões do pecado.

O homem é um ser em guerra com Deus, consigo, com o próximo e com a natureza.

Nesse mundo empapuçado de ódio, ferido pelo pecado e distante de Deus, a reconciliação é uma necessidade imperiosa.

“E todas as coisas vêm de Deus.” Jamais pode alguém dizer que a renovação tem sua origem nos seres humanos, pois Paulo ensina claramente que Deus é o originador e fonte de renovação.

“Que nos reconciliou consigo por meio de Cristo.” Essa declaração estonteante revela o amor infinito de Deus.

Nós ofendemos a Deus violando as ordens dele e pecando contra ele.

Por conseguinte, a iniciativa de reconciliação deveria ter partido de nós, porque somos o ofensor, a parte que ofendeu.

Em vez disso, lemos que Deus, como parte ofendida, veio até nós para efetuar a restauração de relacionamentos.

A palavra grega katallassein, “reconciliação”, tem um rico significado.

O verbo allassein significa “mudar”.

No grego clássico, allassein era utilizado para expressar a mudança da forma, da cor e da aparência.

A palavra katallassein, no grego secular comum, adquire o sentido quase técnico de trocar dinheiro ou mudar por dinheiro.

Depois, katallassein passou a significar especialmente a mudança da inimizade em amizade.

No Livro Caminho a Cristo

Cristo estabeleceu uma ponte sobre o abismo criado pelo pecado, de modo que os anjos podem manter a comunicação com a humanidade. Cristo faz a conexão entre a humanidade caída, fraca e desamparada e a fonte do poder infinito. CC 15

Nos tempos apostólicos, os judeus acreditavam que o homem tinha de iniciar a reconciliação com Deus, principalmente por meio da oração e da confissão de pecado.

Por exemplo, o escritor de 2Macabeus usa o verbo reconciliar quatro vezes, mas todas elas na voz passiva.

Mostram que os homens rogam a Deus para que Deus seja reconciliado com eles.

Em contraste, o Novo Testamento ensina que Deus nos restaura a si “colocando-nos em relacionamentos certos com ele”.

Deus é o sujeito e nós somos o objeto sempre que o verbo reconciliar está na voz ativa.

A principal palavra hebraica para “reconciliar” é kippär (“encobrir, purificar, expiar”).

Não é com Deus que precisa acontecer algo. Seu não ao pecado é inalterável.

Pelo contrário, é no ser humano que o pecado precisa ser “coberto” ou “lavado” e “expiado”, para que possa persistir perante Deus.

A isso corresponde a mensagem das testemunhas de Cristo no NT.

Não é Deus quem foi “reconciliado” com o mundo ou da parte do mundo, como se ele fosse culpado pela cisão entre si e mundo por causa de sua irreconciliabilidade anterior.

Não, agora se realizou o que na antiga aliança acontecia apenas de maneira alusiva ou imperfeita por intermédio de sacrifícios sangrentos de animais.

Agora Deus “nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo”, de forma eficaz e real.

NO DTN ...

Não devem permanecer à sombra da cruz, mas à sua luz salvadora. Abram a alma aos brilhantes raios do Sol da Justiça. Corações limpos pelo preciosíssimo sangue de Cristo, na plena consciência de Sua presença, se bem que invisível, devem-Lhe ouvir as palavras: “Deixo-vos a paz, a Minha paz vos dou: não vo-la dou como o mundo a dá”. João 14:27. DTN 466.3

Ray Stedman, descrevendo o ministério da reconciliação, destaca nove pontos importantes:

1) origina-se em Deus, e não no homem (5.18);

2) é uma experiência pessoal (5.18); 3)

3) compreende todo o universo (5.18,19);

4) elimina a condenação (5.19); 5)

5)é entregue pessoalmente (5.19); 6)

6) é investida de autoridade (5.20); 7)

7) é aceita voluntariamente (5.20);

8) realiza o impossível (5.21);

9) é experimentada a cada momento (6.1,2).273

A reconciliação é uma necessidade vital

porque existe uma barreira alienadora entre o homem e Deus,

as nossas transgressões.

A reconciliação é exatamente a remoção dessa barreira.

o homem precisa se reconciliar com Deus porque todo o impulso do seu coração é contra Deus.

Por natureza, somos filhos da ira.

A inclinação da nossa carne é inimizade contra Deus.

A vida que vivemos à parte de Deus é marcada pela cegueira e pela rebelião. Sem Cristo, o homem está cego, perdido, cativo e morto em seus delitos e pecados.

O homem está no reino das trevas, na potestade de Satanás, na casa do valente, seguindo o curso deste mundo, fazendo a vontade da carne, andando segundo o príncipe da potestade do ar (Ef 2.1–3).

Como o filho pródigo, o homem rompeu com o Pai e foi para um país distante.

Somos reconciliados com Deus ou perecemos eternamente.

Voltamo-nos para ele ou não há esperança para a nossa alma.

O perdão, a reconciliação com Deus, não nos é concedido, como recompensa por nossas obras, não é outorgado em virtude dos méritos de homens pecadores, mas é uma dádiva feita a nós, a qual tem na imaculada justiça de Cristo o fundamento de Sua disposição. MDC 115.1

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