Repelente do Medo

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O amor lança fora o medo

1João 4.13–21 (ARA)
13 Nisto conhecemos que permanecemos nele, e ele, em nós: em que nos deu do seu Espírito. 14 E nós temos visto e testemunhamos que o Pai enviou o seu Filho como Salvador do mundo. 15 Aquele que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece nele, e ele, em Deus. 16 E nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor, e aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus, nele. 17 Nisto é em nós aperfeiçoado o amor, para que, no Dia do Juízo, mantenhamos confiança; pois, segundo ele é, também nós somos neste mundo. 18 No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo. Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor. 19 Nós amamos porque ele nos amou primeiro. 20 Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê. 21 Ora, temos, da parte dele, este mandamento: que aquele que ama a Deus ame também a seu irmão.

Introdução

Vamos começar o estudo do nosso texto de hoje a partir da bibliografia do seu autor: o apóstolo João.
1, 2, 3 João: Como Ter Garantia da Salvação (O Autor da Carta)
Primeiro, João era filho de Zebedeu e Salomé e irmão de Tiago. Seu pai era um empresário da pesca e sua mãe era irmã de Maria, mãe de Jesus. João era galileu e certamente deve ter crescido em Betsaida, às margens do mar da Galileia. Ele, à semelhança de seu pai, também era pescador.
Segundo, João tornou-se discípulo de Cristo. Inicialmente João era discípulo de João Batista, mas deixou suas fileiras para seguir o carpinteiro de Nazaré, o rabino da Galileia. Depois da morte de João Batista, João abandonou suas redes para integrar o grupo de Jesus permanentemente (Mc 1.16–20), tornando-se mais tarde um dos doze apóstolos (Mc 3.3–19).
Terceiro, João tornou-se integrante do círculo mais íntimo de Jesus. Ao lado dos irmãos Pedro e Tiago, João integrava esse grupo seleto que desfrutava de uma intimidade maior com Jesus. Eles acompanharam Jesus no monte de Transfiguração (Lc 9.28), na casa de Jairo (Lc 8.51), onde Jesus ressuscitou sua filha de 12 anos, e também no Jardim do Getsêmani, na hora mais extrema da sua agonia (Mc 14.33).
Desses três apóstolos, João é o único que encostou a cabeça no peito de Jesus e foi chamado de discípulo amado. No quarto evangelho, João se refere a si mesmo como: “discípulo”, “outro discípulo”, “o discípulo a quem Jesus amou”, “aquele que se reclinou sobre o peito de Jesus”. Esse foi o caminho mais modesto de João apresentar-se.
Quarto, João acompanhou o julgamento e a crucificação de Jesus. Enquanto os outros apóstolos fugiram, João, que era aparentado do sumo sacerdote, pôde estar presente no julgamento de Jesus (Jo 18.15,16) e em sua crucificação, quando assumiu a responsabilidade pela mãe de Jesus.
Sexto, João tornou-se uma das colunas da igreja de Jerusalém. Por volta do ano 40 d.C., quando Paulo e Barnabé subiram a Jerusalém, Tiago, Cefas e João eram considerados colunas da igreja de Jerusalém (Gl 2.6–10). Muito embora não tenhamos nenhum registro de milagre operado por ele, tinha a autoridade de dizer como Pedro ao paralítico: “Olha para nós” (At 3.4).
Sétimo, João passou seus últimos dias em Éfeso. É muito provável que João tenha fugido para Éfeso por volta do ano 68 d.C., antes da destruição da cidade de Jerusalém por Tito Vespasiano em 70 d.C. Dali ele foi banido para a Ilha de Patmos pelo imperador Domiciano, onde escreveu o livro de Apocalipse (Ap 1.9).
João morreu de morte natural, enquanto todos os outros apóstolos foram martirizados. Seu irmão Tiago foi o primeiro dos apóstolos a morrer enquanto João foi o último. De acordo com Irineu, o apóstolo João viveu “até o tempo de Trajano”. João morreu por volta do ano 98 d.C., durante o reinado do imperador Trajano (98–117 d.C.).
Vamos à divisão do texto:
Primeiro, a divisão do capítulo:
1. O verdadeiro cristão é conhecido por aquilo em que crer (1Jo 4.1-6)
2. O verdadeiro cristão é conhecido por amor (1Jo 4.1-12)
3. O verdadeiro cristão é conhecido por viver de acordo com o que ele crer (1Jo 4.13-21)
1. O cristão verdadeiro é conhecido por aquilo em que ele crê - 4.1-6
1João 4.1 (ARA)
1 Amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora.
(a palavra espírito, neste versículo, equivale a “ensinamento”)
2. O cristão verdadeiro é conhecido pelo amor - 4.7-12
1João 4.7 (ARA)
7 Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus.
3. O cristão verdadeiro é conhecido tanto por sua doutrina quanto por sua vida - 4.13-21
É sobre esta parcela do capítulo 4 de 1João que vamos nos debruçar durante esta mensagem.

Vamos começar com QUARTO afirmações contundentes do apóstolo João:

Primeira: “No a mor não existe medo” - 1Jo 4.18a;
Segunda: “o perfeito amor lança fora o medo” - 1Jo 4.18b;
Terceira: “o medo produz tormento” - 1Jo 4.18c
Quarta: “aquele que teme não é aperfeiçoado no amor” - 1Jo 4.18d;

Este sentimento de insegurança, medo e pavor está relacionado ao Dia do Juízo

1João 4.17 (ARA)
17 Nisto é em nós aperfeiçoado o amor, para que, no Dia do Juízo, mantenhamos confiança; pois, segundo ele é, também nós somos neste mundo.

Qual o instrumento que o amo usa para lançar fora todo o medo?

I - Apropriação das verdades bíblicas acerca da obra consumada de Cristo Jesus:

Primeira: Novo Nascimento
1João 4.7 (ARA)
7 Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus.
Segunda: Penhor do Espírito
1João 4.13 (ARA)
13 Nisto conhecemos que permanecemos nele, e ele, em nós: em que nos deu do seu Espírito.
Efésios 4.30 (ARA)
30 E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção.
Terceira: A Encarnação do Verbo
1João 4.9 (ARA)
9 Nisto se manifestou o amor de Deus em nós: em haver Deus enviado o seu Filho unigênito ao mundo, para vivermos por meio dele.
1João 4.14 (ARA)
14 E nós temos visto e testemunhamos que o Pai enviou o seu Filho como Salvador do mundo.
Quarta: A Obra Consumado do Cordeiro
1João 4.10 (ARA)
10 Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação (aplacar a ira da parte ofendida) pelos nossos pecados.
Quinta: Não nos apaixonamos de Deus, Ele se apaixonou por nós primeiro
1João 4.10 (ARA)
10 Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados.
1João 4.16 (ARA)
16 E nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor, e aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus, nele.
II - Vivendo a ortopraxia do amor
1, 2, 3João: Como Ter Garantia da Salvação (Um Verdadeiro Cristão é Conhecido Tanto pela Doutrina Como pela Vida (4.13–21))

1. Impossibilidade de ordem lógico-espiritual

1João 4.20 (ARA)
20 Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê.
É impossível amar ao Deus invisível sem amar o irmão visível. Não há amor no plano vertical quando não há amor no plano horizontal. Nosso amor endereçado ao céu é inconsistente se ele não é demonstrado na terra. Nosso amor a Deus é uma mentira se ele não puder ser demonstrado ao irmão. Provamos nosso amor a Deus a quem não vemos quando amamos os irmãos a quem vemos.
Toda pretensão de amar a Deus é ilusão, se não vier acompanhada por um amor altruísta e prático por nossos irmãos (3.17,18). Obviamente é mais fácil amar e servir a um homem visível do que ao Deus invisível, e se falhamos na tarefa mais fácil, é absurdo pretender ter sucesso na mais difícil.
Concordo com John Stott quando diz que o perfeito amor, que lança fora o medo, lança fora o ódio também.
Nesta carta o apóstolo João desmascarou aqueles que professavam ser salvos e viviam de forma incompatível com essa confissão. Aqueles que alegavam conhecer a Deus e ter comunhão com ele, mas andavam nas trevas da desobediência, estavam mentindo (1.6; 2.4). Aqueles que alegavam possuir o Pai, mas negavam a divindade do Filho, estavam mentindo (2.22,23). Aqueles que alegavam amar a Deus, mas estavam odiando os irmãos, também estavam mentindo (4.20).
O amor a Deus e aos irmãos não pode ser desconectado (4.21). “Ora, temos, da parte dele, este mandamento: que aquele que ama a Deus ame também a seu irmão.” O mandamento do amor provém do próprio Deus. O amor a Deus e ao irmão é um único mandamento. Este mandamento não pode ser desdobrado nem dividido. É impossível deixar de amar o irmão e ainda assim continuar amando a Deus. As duas tábuas da lei são a única e a mesma lei. Nosso amor a Deus deve ser provado pelo nosso amor aos irmãos.

Conclusão

O repelente do medo é o amor.
O medo produz tormento e evidencia uma amor ainda em formação, imperfeito.
O medo produz tormento e evidencia uma amor ainda em formação, imperfeito.
Alcançados pelo amor de Deus, somos apresentados em fé as verdades profundas da:
1. encarnação de Jesus;
2. sua obra redentora;
3. habitação do Espírito;
3. regeneração (novo nascimento);
4. o Dia do Juízo não nos provoca medo, pavor, mas expectativa de plena redenção;
5. O cristão não precisa temer o julgamento futuro, pois Cristo já foi julgado por ele na cruz (Jo 5.24; Rm 8.1). Para o cristão, o julgamento não é futuro, mas sim passado. Seus pecados já foram julgados na cruz e jamais serão usados para condená-lo outra vez. Não é preciso temer o passado, pois “Ele nos amou primeiro”. Não é preciso temer o presente, “pois o perfeito amor lança fora o medo”.
Deus abençoe sua vida, em nome de Jesus.
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