O evangelho do Reino: O cristão e o seu tesouro! | Mateus 6.19-21

Introdução

Na última quarta-feira falamos sobre o JEJUM.

Definimos o que é jejum: uma abstinência voluntária de alimento como um exercício religioso.

E fomos caminhando no ensino de Jesus a respeito desse assunto.

Vimos que não pode ser por imposição de alguém, mas tem que ser voluntário.

Vimos também que existem alguns propósitos e que a sua maioria encontramos no antigo testamento.

E chegamos até o novo vendo essa prática sendo exercitada pelas pessoas e que o próprio JESUS não condena.

Jesus recomenda ter um cuidado e sempre relacionado a questão do “aparecer”, do “ser visto”.

Não jejuamos para fazer propaganda de como nós somos espirituais, mas jejuamos com o propósito de nos humilharmos diante da soberania do nosso Deus.

Após Jesus ensinar sobre ESMOLA, ORAÇÃO E JEJUM, depois de ouvirmos no sermão de Jesus sobre estas práticas e que elas devem ser feitas no secreto.

Totalmente longe dos reconhecimentos humanos, nós iremos caminhar para o ensino do TESOURO.

Ele nos traz ensinamentos de onde devemos acumular tesouros. Jesus vai nos ensinar onde deve estar a ênfase da nossa vida. Só tem 2 ênfases colocadas por JESUS, céu ou terra.

Ler o texto: Mateus 6.19-21.

O cristão e o seu tesouro!

Temos aqui algumas chaves que vão nos abrir algumas portas.

Antes precisamos olhar para o texto e entender de uma forma geral o que JESUS está falando.

Ele traz o ensinamento de o quão absurdo é alguém acumular para si coisas da terra, que são perecíveis.

Porque enquanto ele faz isso, busca acumular as coisas da terra, ele perde de vista as riquezas do céu que são imperecíveis.

Os tesouros da terra, Jesus vai dizer, que são fadados a se deteriorar ou acabar.

Para mostrar isso Jesus faz a comparação: dizendo que aquilo que a gente acumula aqui é destruído pela traça, ferrugem ou que algum ladrão pode roubar.

A traça e a ferrugem são processos que levam a desvalorização dos tesouros terrenos. Fazem com que esses tesouros percam seu valor e deixam de servir a seus propósitos.

Quanto aos ladrões roubarem, Jesus tinha em mente as casas com parede de adobe (uma parede fraca - escavar) onde ladrões poderiam facilmente fazer uma abertura e roubar os tesouros mal guardados.

É isso que JESUS tem em mente quando prega essa mensagem, não só Ele, mas os seus ouvintes sabem que os tesouros devem ser guardados em lugares seguros.

Então chegamos a conclusão que os tesouros da terra são aqueles que se corrompem, que perdem a utilidade, que são vazios, que podem ser roubados.

Podemos fazer uma comparação e olhar para a nossa vida. Até o homem mais forte do mundo com o passar do tempo vai se desgastando.

Vai dizer que já passou dos 50 não sente o peso da idade?!

O salmista no Salmo 103.15-16 vai dizer:

Psalm 103:15–16 NAA

15 Quanto ao ser humano, os seus dias são como a relva. Como a flor do campo, assim ele floresce; 16 mas, soprando nela o vento, desaparece e não conhecerá, daí em diante, o seu lugar.

Quando chega o nosso dia e hora, tudo aquilo que a gente acumulou, juntou aqui na terra, talvez o que depositou toda a esperança vai junto.

A um ditado popular que fala que o que ganhamos aqui não levamos no caixão, realmente é verdade.

O que estamos construindo? Onde estamos acumulando os nossos tesouros?

E Jesus vira a chave, se Ele fala para não acumular tesouro na terra, existe um lugar onde você pode acumular o seu tesouro.

Jesus diz: “ajuntem tesouro no céu”. Os tesouros do céu são completamente diferentes dos tesouros da terra.

Bençãos que nos foram reservadas no céu, com um caráter celestial, mas que nós já conseguimos desfrutar no já e agora.

Desfrutamos do tesouro do PERDÃO do Senhor.

Falamos bastante sobre isso na oração do Pai Nosso (Mateus 6.14).

Outro tesouro celestial são as orações respondidas.

Temos a certeza que Deus nos ouve e nos responde.

Outro tesouro: Saber que o nosso nome está registrado no céu.

Outro tesouro: Saber que temos um morada no céu, temos um destino. (João 14.2-3 - Na casa de meu pai ha muitas moradas).

Outro tesouro: A plena paz em Cristo (João 14.27 - deixo-vos a paz)

A lista é muito extensa. Podemos olhar para as bem-aventuranças e ver os tesouros celestiais.

Olha quanta coisa nós podemos buscar acumular

Esses tesouros citados por último são a prova da traça, ferrugem e de furto.

Esses tesouros são tesouros com a duração eterna e com um brilho que não apaga.

Um ensino claro, mais uma vez, que a nossa pretensão de acumular alguma coisa deve ser no ETERNO.

Jesus com todo o seu amor pelos ouvintes explica que se temos que acumular alguma coisa em algum lugar é no céu que devemos pensar.

Aqui está um dos maiores segredos da vida. Algo simples e que se aplicarmos vamos viver bem.

E diante dessas palavras de Jesus podem ficar algumas perguntas...

Será então que é errado buscar a provisão para as necessidades futuras?

Será então que é errado buscar ser um empresário de sucesso?

Será então que todos os ricos devem ser considerados condenados por Deus?

A resposta para todas as perguntas é NÃO.

Não é errado buscar provisão para necessidades futuras; não é errado buscar melhorias na vida; não é errado ser rico.

Deus não condenou José por aconselhar Faraó a armazenar grão para o futuro. (Genesis 41.33-36)

Muito menos Salomão estava errado ao utilizar a formiga como um exemplo de trabalho e de se preparar para o futuro. (Provérbios 6.6;30.25)

Abraão era “MUITO RICO” (Genesis 13.2) e isso não o impediu de ser chamado de amigo de Deus. (Tiago 2.23); José de Arimateia foi um rico que seguiu a Jesus. (Mateus 27.57)

Veja quantos exemplos de pessoas que foram bem sucedidas na palavra de Deus.

Pessoas essas que foram fiéis a Deus.

A sua posição, os seus bens não o impediram disso.

Podemos acumular riquezas? Sim, mas é um habito cheio de perigos espirituais.

O dinheiro pode ser uma benção se bem utilizado.

Se o dinheiro não é um fim em si mesmo, mas sim um meio para alcançar um fim; ou seja...

Abençoar pessoas, socorrer os necessitados, estimular a obra do evangelho, seja aqui ou pelas nações (Adotando missionários).

Usando todos os recursos, riquezas, usando o dinheiro para a glória de Deus.

Jesus faz o contrabalanço de um e outro. Tesouros da Terra e Tesouros do Céu, advertindo que temos que buscar o tesouro do céu.

Se o nosso verdadeiro tesouro for na terra, se realmente os nossos esforços totais forem para o que pertence a terra (dinheiro, fama, popularidade, prestígio, poder.) então o nosso coração será completamente absorvido pelas coisas do mundo.

Agora se o nosso verdadeiro tesouro for no céu, se fizermos do reino de Deus o nosso tesouro, se deixarmos Deus ser o soberano em nossa vida em todas as esferas e áreas, podemos dizer que o nosso coração pertence a Ele.

Uma frase que me fez pensar muito é uma de Paul Washer.

Foi um divisor de águas tanto para a minha vida.

Quando a li pela primeira vez me arrancou reflexões.

“Me diga o que ocupa a sua mente e te direi quem é o seu Deus.” - Paul Wahser

Onde estamos colocando todos os nossos esforços? Onde estamos colocando todo o nosso coração?

São coisas simples, mas que são determinantes.

O que tem ocupado a nossa mente e coração?

Temos nos preocupado com qual tesouro? Da terra, do céu?

Onde estamos depositando o nosso tesouro?

O v.21 do texto vai dizer que onde estiver o nosso tesouro, ali estará também o nosso coração.

Onde tem colocado o seu tesouro? Se está colocando na terra - o seu coração está no mundo.

Se está colocando no céu, o seu pensamento está na eternidade.

O coração não pode estar nos 2 lugares ao mesmo tempo, no céu e na terra.

Que possamos colocar o nosso tesouro no céu, em Jesus, nas coisas do alto para que a traça e a ferrugem não destrua e nem o ladrão o roube.