A Ressurreição é Fundamental para a Esperança Cristã [1 Co 15.20-28]

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Paulo destaca a importância da ressurreição para a esperança cristã.

Notes
Transcript

Introdução

Captação

Certa vez um arqueiro experiente convidou seu aluno para assistir a uma demonstração. Ao chegarem diante de uma árvore, o arqueiro pegou uma flor e a colocou em um dos galhos da árvore. Em seguida pegou o arco e flecha e posicionou-se a uma distância de cem passos da árvore. Amarrou uma venda nos olhos e perguntou ao aluno:
— Quantas vezes você já me viu praticar este esporte?
— Todos os dias — respondeu o discípulo.— E sempre o vi acertar na rosa a uma distância de trezentos passos, mas nunca vendado.
De olhos vendados, o arqueiro esticou o arco e disparou. A flecha nem sequer atingiu a árvore, passando longe do alvo, a uma distância constrangedora.
— O senhor errou! — espantou-se o discípulo. — Achei que queria me mostrar o poder de sua experiência! Ao que o arqueiro respondeu:
— Eu lhe dei aqui a lição mais importante sobre o poder do pensamento! Quando desejar uma coisa, concentre-se nela: ninguém jamais será capaz de atingir um alvo que não consegue ver.

Cristo Ressurreto é a Fonte e o Modelo da Nova Criação

Contexto

Durante todo livro temos visto os desafio de Paulo diante dos coríntios com divisões, pecados, imoralidade e arrogância. Paulo encerra a carta corrigindo a doutrina que é o centro da fé cristã e era negada por parte da igreja em corinto.
No capítulo 15 inicia destacando que a ressurreição é real e foi testemunhada por diversas pessoas, algumas que poderiam confirmar essa realidade e que esse é a essência do evangelho, Cristo ressuscitou!
Em seguida abre um parentese e demonstra como é absurdo negar a ressurreição e que negar a ressurreição dos mortos, seria semelhante a negar o evangelho e a pregação e a fé seriam inúteis.
Agora retoma o tema da ressurreição como fundamental para o evangelho, em especial, nossa esperança demonstrando que não existe consumação do plano redentor a parte da ressurreição.

Cristo é as primícias [15.20]

Paulo já inicia o texto com um tema extremamente relevante que ele vai desenvolver melhor a partir do verso 35. A ressurreição não de Cristo não é qualquer ressurreição. Ele não foi apenas revivido, mas restaurado com um corpo glorificado sendo as primícias indica que ele é o primeiro de uma nova era quando institui o seu reino.
As primícias eram uma linguagem comum no mundo antigo acostumado com a agricultura. Significa os primeiros frutos de uma colheita indicando o que outros texto confirmando que Cristo é o “primeiro” de “muitos irmãos”.
Cristo inaugura o reino, uma nova era em que o reino de Deus invade o reino das trevas. Há aqui a evidencia de uma verdadeira batalha espiritual até a consumação do plano de redenção em que Cristo recupera a soberania mediada perdida em Adão e devolve a Deus restaurando não apenas a humanidade, mas toda a criação.
Essa Consumação se completa na medida em que Cristo reinar de modo definitivo e o pecado for absolutamente eliminado por meio da ressurreição dos santos com o corpo glorificado.

Cristo o Modelo da Humanidade Restaurada [15.21-23]

Não há como não percebermos a relação com a criação. Aqui é a primeira vez que Paulo utiliza o paralelo de Cristo com Adão. O texto mais conhecido é o de Romanos 5.
Paulo tem em mente a história da redenção revelada nas escrituras e que terá sua conclusão no retorno glorioso de Cristo.
O primeiro Adão tinha a responsabilidade de ser a imagem e semelhança de Deus, seu representante e governante da criação, ele falhou em sua tarefa entregando essa autoridade e trazendo as consequências do pecado, a morte. De igual forma Israel deveria ser a luz das nações, a nação santa, povo escolhido que apontaria para Deus e a redenção da humanidade, mas de forma semelhante a Adão falhou em sua tarefa.
O segundo Adão, Cristo, o varão perfeito, cumpre o seu papel de forma extraordinária. Ao fazer o paralelo, Paulo destaca a humanidade de Cristo para se identificar com o ser humano o suficiente para exercer o seu papel e lembra que da mesma forma que o pecado entra pelo primeiro Adão a Ressurreição dos mortos também é introduzida por um só homem!
Paulo liga a Ressurreição de Cristo que impulsiona a ressurreição do crente, que era negada pelos coríntios, como o grande evento da esperança cristã. E ainda deixa claro a ordem desses eventos. Primeiro Cristo, a Primícia, Ressuscita e inaugura o reino e o governo de Cristo que deveria ter sido realizado pelo primeiro Adão ou pela nação escolhida. Depois de um período de conflito entre os reinos de Deus e das trevas, Cristo consuma o seu reino e de modo semelhante a sua ressurreição os crentes são ressuscitados para uma nova era no reino de Deus. Da mesma forma como todos morreram em Adão, os crentes serão vivificados em Cristo.

A Finalidade da Consumação é a Restauração da Criação [15.24-28]

Após definir a ordem da ressurreição Paulo esclarece a esperança cristã da restauração de todas as coisas.
Após a ressurreição dos crentes virá o fim, em que Cristo vitorioso entrega o reino de Deus ao Pai. O governo que estava nas mãos de Adão e foi entregue no pecado é restaurado em Cristo. Por isso é necessário o período de morte, ressurreição e conflito espiritual, Cristo está manifesta o seu reino em nosso tempo até que na consumação ele conquista e destrua (palavra igual ao do primeiro capítulo em que a sabedoria do mundo é destruída) todo domínio, poder e autoridade.
Paulo deixa claro que Cristo na consumação vai ser vitorioso espiritualmente e governará absolutamente. Isso é relevante a uma igreja que queria adequar o evangelho ao mundo para parecer mais palatável. Assim ele lembra que Cristo não negocia com o reino do mundo ou com as trevas, mas vai destruir essa era decaída destruindo até o último inimigo a morte!
Quando olhamos para a história e a ficção há de diversas formas a tentativa de adiar ou eliminar a morte, mas isso nunca é alcançado. As escrituras nos mostram que a morte é a consequência do pecado. Na consumação e vitória definitiva de Cristo e do Reino de Deus os seres espirituais e e governos do mundo são destruídos e a morte é vencida pela ressurreição de um corpo glorificado.
Parece que nesse tempo a igreja precisa aprender a ser vitoriosa sobre o mundo não quando tem um político, poder ou influência. Mas quando a ressurreição é a grande esperança de vitória que vence os principados, potestades, autoridades e até mesmo a morte! O poder do evangelho não está na conquista do mundo, mas quando os cristãos vivendo a fé no evangelho e esperança na consumação do reino vivenciam esse reino de modo poderoso onde Deus lhes permite, de modo que a sabedoria humana seja “destruída” e o poder o evangelho que é loucura impacte na medida em que Cristo Reina por meio da igreja que espera a sua consumação definitiva.
O período de conflito é necessário, porque Deus vai colocar essas autoridades e oposição debaixo dos pés de Cristo o homem perfeito e obediente, mais uma vez um contraste com Adão. Tudo estará debaixo do governo de Cristo, toda a criação seja física ou espiritual então Cristo, ao contrário de Adão e de Israel, se submete a Deus ao invés de se rebelar, entrega o Reino e Governa em obediência ao Pai com a finalidade de que Deus seja tudo em todos!
Pai ser tudo em todos não é uma afirmação panteísta, mas indica que seja absoluto em toda a criação. Assim a queda não afetou apenas a humanidade, mas toda a criação. Do mesmo modo a consumação não restaura apenas a humanidade, mas a criação será absolutamente redimida. Sendo necessário o Reino Físico de Cristo no que chamamos de Milênio com a batalha final e definitiva antes de entregar o reino completamente ao pai.

Princípios Eternos

Cristo é o molde da Nova Criação
Cristo é a Fonte e a Referência de todas as coisas
Toda a humanidade se identifica com Adão e toda a Criação sofre com as consequências do pecado
Aqueles que se identificam com Cristo experimentarão da Ressurreição a Semelhança de Cristo
Ordem da Nova Criação é sua Inauguração com Cristo, os últimos dias da batalha entre os reinos, Ressurreição dos crentes com corpo glorificado e a Consumação do Reino de Deus e Restauração da Criação
Cristo não está preocupado com governos humanos ou entidades espirituais, tudo isso será eliminado e substituído pelo Reino de Deus com a criação absolutamente restaurada
Quando vivemos o Reino de Cristo vivemos como Cristo
Esperança do Cristão na guerra espiritual do nosso tempo é a consumação do Reino e Restauração da Criação
A Ressurreição venceu o maior dos adversários, a morte que é consequência da queda, e impactou toda a criação
Assim como a queda danifica a criação a consumação vai restaurar
Cristo consuma o reino e governa, como Adão deveria ter feito e entrega o reino ao pai restaurando o ideal da criação
Deus governará em todos absolutamente após a consumação completa
Os detalhes das ultimas coisas não são claros, muita coisa é especulação, mas não podemos perder de vista o essencial. Cristo retorna em poder e glória e restaura a criação cumprindo o plano da redenção e criação perfeita, como foi projetado no início.

Cristo Ressurreto é a Fonte e o Modelo da Nova Criação

Desafio

Avalie se vive como alguém que aguarda o Reino de Deus ou como mais um escravo do reino das trevas
Ore para que Deus molde a semelhança de Cristo e seu Reino na esperança da Ressurreição e restauração da criação
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