Marcos 6:14-29

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A Notoriedade de Jesus, O temor de Herodes e a Morte de João Batista:

Introdução
v.14-16: Herodes ouviu falar de Jesus e suspeita ser João, o Batista;
É interessante em que circunstâncias Herodes toma ciência dos feitos de Jesus Cristo. O primeiro detalhe que devemos observar é que: “alguns diziam”, algumas coisas. É importante perceber o que Herodes estava escutando, mas não como um comunicado que, ele por ser o monarca deveria saber. Era algo que chegava até seus ouvidos por terceiros, talvez até mesmo pelo que os servos diziam pelos corredores. Mas, com qual propósito isso acontecia?
Não sabemos ao certo. Mas esses alguns, diziam que aquele que estava realizando obras grandiosas poderia ser: 1º) “João Batista”, que teria ressuscitado dentre os mortos (que é para onde o nosso texto nos leva); 2º) “Elias” e/ou 3º) “Um profeta como os que existiram”. Os que afirmavam a terceira opção estavam mais próximos da verdade. Mas todos apenas especulavam.
Bom, mas o que o rei dizia? Ele dizia que era João Batista. O que o motivava a sustentar essa tese? Provavelmente o medo. O que nos leva a suspeitar que ele tinha um tom de temor nestas palavras? Bom, tudo começa pelo final do versículo 16, onde Marcos registra as palavras de Herodes, quando diz: “É João, a quem eu mandei decapitar, que ressurgiu”.
Se tivéssemos apenas estres os três versículos (14, 15 e 16) continuaríamos com um texto importantíssimo, sobre como o rei Herodes tomou ciência de Jesus, o Cristo e seu ministério. Mas Marcos não fica somente aí, ele nos oferece o pano de fundo, o porque Herodes tinha medo. Encontramos então, nos versículos que seguem, até o 29, o motivo deste medo:
v.17-29: O que acontecerá antes das palavras de Herodes? (v.16):
Primeiro precisamos entender o que João Batista fazia aqui, que o levou à morte. Ele como profeta, apontava o pecado dos homens e os chamava ao arrependimento. Portanto, quando tinha encontros com o rei, o chamava ao conserto. Pois o mesmo havia casado com Herodias, esposa de seu irmão Felipe, do qual tinha uma filha, personagem que aparece aqui. Como está escrito e proibido em Levítico 18:16, 20:21, João o acusava de casamento incestuoso. E nas palavras do ap. Paulo em Rm 7:2-3 ele vivia uma relação baseada em adultério.
As palavras de João Batista iam de encontro à Herodes, pois ele o acusava publicamente, os judeus conheciam a acusação do profeta para com o rei. Para Herodes eram palavras de um “homem justo e santo” (v. 20). Ele escutava e ficava perdido, mas o escutava de boa mente (de maneira voluntária). Ele tinha os ouvidos atentos as palavras deste servo de Deus.
Mas não era somente Herodes que escutava estas palavras. A outra pessoa envolvida na história ouvia à acusação, mas em seu coração surtia o efeito diferente, Herodias “o odiava, querendo matá-lo”, mas não podia fazê-lo. Porque? Bom, parece que o profeta tinha influência com o rei, pois o mesmo o mantinha em segurança (v. 20a). A única coisa que Herodias conseguiu com o rei, foi a prisão de João Batista.
Surgiria então o ensejo onde Herodias aproveitaria uma oportunidade para concluir seu projeto homicida.
Era aniversário do rei, e a filha de sua esposa (sua sobrinha, que segundo o historiador Josefo, chamava-se: Salomé) apresentou uma dança como presente para seu padastro. Herodes se agradou bastante deste momento. O que o levou a declarar à jovem: “Pede-me o que quiseres, e eu darei à você. Eu juro: se pedir, mesmo que seja metade do reino, eu darei a ti” (v. 22b-23).
O que ela pediria? Ela não sabia. Quem poderia ajudá-la com isso? Ninguém melhor que Herodias, sua mãe. Surgiu então a oportunidade que ela tanto esperou. Ela respondeu à filha: “Pede a cabeça de João Batista”. Apressadamente - o texto nos diz - ela foi e pediu, num prato, a cabeça do profeta.
O que aconteceu? O rei havia prometido diante de testemunhas. E ali estava Salomé, diante das mesmas testemunhas, exigindo o que lhe fora prometido. O rei então profundamente triste, enviou imediatamente o executor e o mesmo trouxe num prato, a cabeça do arauto de Deus, e logo a filha entregou à Herodias a cabeça daquele que a importunava.
O nosso texto tem muitos detalhes, mas se você dividir as “cenas” de forma correta, consegue perceber o que Marcos nos comunica aqui.
1ª CENA: O reino de Deus está avançando. Jesus Cristo continua ali, trabalhando, cumprindo à profecia, de forma graciosa: sarando enfermos, curando almas cativas e ressuscitando mortos;
2ª CENA: Herodes e Herodias, os monarcas. Se mereciam, pois preocupavam-se somente com o “umbigo” deles. Herodes, um homem que reconhece seu pecado, mas prefere abafar a verdade em cada momento que vem a tona. E Herodias, uma mulher que maquina a todo custo dar cabo da vida, daquele que aponta o seu erro. Estes são os monarcas aqui. Estão mergulhados de cabeça nas suas vidas, de forma tão egocêntrica, que ficam cegos para o que está acontecendo ao redor. E promovem injustiça por não cumprirem a função que lhes cabe.
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Concluídas estas considerações, temos um problema apresentado no texto, dentre tantos. Problema este advindo da queda (do pecado), sendo portanto fruto do mesmo:
Este problema surge então quando alguém não gosta da verdade de Deus.
Perceba o caso de Herodias x João Batista - Herodes estava entre eles, ouvindo João Batista e sua “esposa”. Ele protegia João, porque? Tinha temor, certo respeito pelo profeta. Logo mais, esse respeito seria testado; há verdade neste sentimento?. Nós sabemos o que a história nos diz, e de forma bem clara a resposta é: NÃO. pois no fim ele se rendeu ao pecado em seu coração e a pressão que sua esposa fazia.
Herodias de todas as formas queria silenciar João Batista. Talvez ela tenha desfrutado de um dia de felicidade quando ele fora encarcerado a mando de Herodes. Mas depois tenha percebido que aquela posição favorecia mais o profeta do que a si mesma. Pois o rei o mantinha seguro e ela não poderia fazer-lhe mal.
Bom, no fim desta história aparentemente o mal triunfou sobre o bem. A injustiça sobre a justiça. O pecado sobre o Reino de Deus. Mas não foi assim. A resposta à esse mal veremos logo mais.
Mas, parece que não é diferente hoje, conseguimos ver isso lá fora. O mundo militando contra o Reino de Deus. Pessoas que tem seus pecados expostos, de maneira correta, em “verdade e amor”, mas não aceitam isso. Pois elas querem um mundo encantado.
Quando a cortina desse teatro secular é levantada - as vezes isso acontece - à moralidade mundana, que é rasa, fica exposta. As máscaras caem ao chão. E então os valores do Reino de Deus se chocam com os valores seculares. O que acontece então? O mundo se levanta contra a igreja. Querem calá-la. Amordaça-la. Limitar sua ação. Talvez até consigam num momento, uma aparente “vitória”, como tenha cogitado Herodias. Podem até fazer festa, mas esse não é o fim.
Aqueles que vivem no mundo, debaixo do governo do príncipe deste século, não conseguem ver o que acontece debaixo do seu nariz. Eles são míopes. Como tolos, repetem o mantra no seu coração: “não há Deus”. Pra ver se cola. Mas nós sabemos que não.
A despeito do que homens poderosos podem sonhar, Cristo está agindo.
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A despeito disso, Jesus Cristo continua agindo. Esta é a resolução deste problema.
Perceba o que está acontecendo ao redor dessa história. Jesus envia seus doze discípulos, de dois em dois para expandir a missão que havia começado. Que é: alcançar os perdidos.
Enquanto estes poderosos estavam preocupados com seu próprio nariz, com a sua miserável vida - lembramos aqui de Herodias que preocupou-se tanto ao ponto de cometer o pecado do homicídio. Os discípulos avançavam o Reino de Deus.
Enquanto eles pensavam: vamos calar a voz deste homem que nos faz coçar os ouvidos. Vamos silenciá-lo para sempre. Outros estavam proclamando “ao povo que se arrependesse” (v. 12). Assim como este irmão fazia.
Ele não depende de homens para redimir pecadores. Ele faz isso sozinho, convencendo-o do “pecado, da justiça e do juízo”. “Mas pastor, ele nos chamou para proclamar a boa nova de salvação!”. Isso é fato. Mas outro também: se você não o fizer, ele os substitui por pedras que clamam.
O Reino de Deus não para. Não porque a Igreja não para. Mas porque aquele que iniciou isso no Gênesis, encerrará a história na eternidade!
Ele continuará agindo até a consumação dos séculos!
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Assim aconteceu que aqui. Um servo foi silenciado, mas tantos outros continuaram o serviço. Como você responderá a esta verdade no texto?
Em países na africa, na ásia, no oriente, muitos cristão são perseguidos. São silenciados de várias formas, chegando ao ponto de: serem encarcerados ou mortos.
No Brasil, hoje, a Igreja vive de especulação. “Olha, logo mais irão nos calar!”; “Dentro de pouco tempo não poderemos mais declarar nas ruas que somos cristãos!” etc. Se você olha o hoje com essa ótica, não consegue ver a grande oportunidade que ainda existe: pregar o evangelho livremente.
Você ainda pode falar, mas não o faz, pois se preocupa mais em discutir quando o filtro que silenciará os cristãos surgirá. Meu irmão, essa não é a resposta certa a verdade apresentada no texto. Você deve responder com comprometimento evangelístico! Cumprindo a grande comissão, que já nos é apresentada dos versos 1-13 deste capítulo. Como vimos domingo passado.
O Senhor nos convida a agir, independe do que esteja acontecendo nas “esferas de poder público”. Imagina se os discípulos tivessem esperado isso para obedecer Jesus, quando este os enviou de dois em dois.
Como você responderá então, a esta verdade encontrada no texto?
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