Temos nós pregado o Evangelho?
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Romanos 10. 14-15 “Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos são os pés dos que anunciam coisas boas!”
Dizem que Romanos é uma carta muito dificiu de entender.
Eu particulamente, tenho medo de pregar sobre romanos, ontem as 17h27, por exemplo, eu já tinha passeado pelos comentários de Hernades, Aldolf, Calvino, RC e nada.
Mas acabei descubrindo que isso não era uma coisa particulamente minha, dizem que desde dos tempos de Agostinho, os estudiosos se queixavam da dificuldade que era ler Romanos.
Simpliciano, era arguido por Agostinho sobre varios temas que estavam presentes em Romanos.
Ele lembrava que ele (Simpliciano) fazia as mesmas perguntas a Ambrosio.
Certa vez Ambrosio com toda a sua serenidade disse:
Meu filho, não há nada de errado com Paulo, não há nada de errado com Romanos, leia em voz alta que você vai enteder, o problema é que você não leu em voz alta!
Obiviamente que o problema de Romanos não será resolvido em voz alta.
Romanos não vai fazer sentido porque você leu Romanos, Romanos não vai fazer sentido porque você é um cara muito inteligente, por você saber grego, por que você sabe fazer exegesse biblica como ninguem.
Romanos não foi feito para exegetas, romanos não foi feito para literatos, romanos não foi escritos para homens inteligentes, romanos não foi feito para homens incriveis.
Romanos foi escrito para pecadores que clamam pela misericordia de Deus, romanos só faz sentido para pecadores.
Nossa dificuldade de ler e estudar Romanos é porque não temos consiencia do que somos!
A melhor maneira de interpretar romanos não é usando a mente para entender Romanos, mas usando a mente para reconhecer a sua natureza.
O texto de Romanos 10.14-15, Esta passagem é usada com freqüência como base para projetos missionários da Igreja, o que não deixa de ser apropriado, mas sua aplicação principal diz respeito à nação de Israel.
A mensagem veio tanto a judeus como a gentios; de fato veio primeiro aos judeus. Mas os judeus (na maior parte) não lhe deram ouvidos.
Basicamente o esquema da passagem é este — na passagem anterior, Paulo esteve dizendo que o caminho para Deus não é o caminho das obras e o legalismo – é o caminho da fé e confiança.
Há uma conexão mútua entre a vocação dos gentios e o ministério que Paulo exerceu entre eles, de sorte que a aprovação de uma coisa pressupõe a reprovação da outra.
Então era necessário que Paulo estabelecesse, além de qualquer dúvida, a vocação dos gentios, e ao mesmo tempo apresentasse uma razão para seu próprio esforço, e não parecesse estar dissipando a graça divina por subtrair dos filhos o pão a eles destinado por Deus e dá-lo aos cães.
Seu clímax significa de fato que tanto judeus quanto gentios, pelo próprio fato de invocarem o nome de Deus, declaram sua fé nele. Não pode haver genuína invocação do nome de Deus a não ser que tal invocação seja precedida por um correto conhecimento dele.
Além disso, a fé emana da Palavra de Deus. Mas esta em parte alguma é jamais pregada sem que o seja pela providência e determinação de Deus [speciali Dei providentia et ordinatione].
Portanto, a fé existe onde Deus é invocado; onde existe fé, ela é sempre precedida pela semente da Palavra; e onde houver pregação, a vocação divina se faz presente.
Onde sua vocação se faz eficaz e produtora de frutos, faz-se igualmente presente um claro e indubitável sinal da munificência divina.
Finalmente, deste fato estabelece-se que os gentios, a quem Deus admitiu à participação de sua salvação, não são excluídos do reino de Deus. Porque, como a pregação do evangelho é a causa da fé entre eles, assim também a missão de Deus, pela qual agradou-se em provisionar para sua salvação desta maneira, é a causa da pregação.
A única maneira de os judeus incrédulos serem salvos é invocando o Senhor!