Se creres, verás a glória de Deus

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Se creres, verás a glória de Deus

João 11.38–44 NVI
38 Jesus, outra vez profundamente comovido, foi até o sepulcro. Era uma gruta com uma pedra colocada à entrada. 39 “Tirem a pedra”, disse ele. Disse Marta, irmã do morto: “Senhor, ele já cheira mal, pois já faz quatro dias”. 40 Disse-lhe Jesus: “Não lhe falei que, se você cresse, veria a glória de Deus?” 41 Então tiraram a pedra. Jesus olhou para cima e disse: “Pai, eu te agradeço porque me ouviste. 42 Eu sei que sempre me ouves, mas disse isso por causa do povo que está aqui, para que creia que tu me enviaste”. 43 Depois de dizer isso, Jesus bradou em alta voz: “Lázaro, venha para fora!” 44 O morto saiu, com as mãos e os pés envolvidos em faixas de linho e o rosto envolto num pano. Disse-lhes Jesus: “Tirem as faixas dele e deixem-no ir”.

Introdução

Quero conversar com vocês apenas sobre a parte final da história da Ressurreição de Lázaro.
Ainda que seja um texto que já foi bastante pregado em nossos púlpitos, creio que ele pode nos instruir de uma maneira especial nessa noite porque o Espírito do Senhor é poderoso para isso.
E ainda mais em função do que temos vivido nos últimos dias como igreja.
Todos nós sofremos com a notícia que tivemos a uma semana acerca do falecimento do Vadinho. Ele era um irmão nosso, com um carinho especial por essa igreja e que nos deixou no domingo passado.
Naquele mesmo domingo bem cedo nós velamos a mãe do Pr. Janir, nosso companheiro no escritório regional. Hoje a tarde velamos o pai de um de nossos irmãos de Jales, e uma de nossas irmãs já bastante idosa está internada e com poucas expectativas de melhora por parte dos médicos.
E em momentos assim nós nos perguntamos muitas coisas, em função do lamento que sentimos que é natural diante dessas circunstâncias, e creio que esse texto de Jesus lidando com o falecimento de seu amigo Lázaro pode ser bastante instrutivo para nós como igreja.
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Sabemos que Lázaro era um amigo querido de Jesus, que o recebia sempre que Jesus passava por Betânia, ele e suas duas irmãs Marta e Maria.
O fato é que Lázaro adoece enquanto Jesus está trabalhando a alguns dias de viagem. Sabemos disso porque quando Lázaro está doente suas irmãs mandam avisar Jesus. Quando ele recebe a notícia ele fica mais dois dias onde estava até decidir ir para onde Lázaro estava. E quando ele chega lá, ele já havia morrido e sido sepultado a 4 dias.
O que justifica isso é que o tempo de caminhada do mensageiro e depois o tempo de caminhada de Jesus foi de alguns dias.
Depois de quatro dias do sepultamento então Jesus aparece. Ele fala com Marta e Maria e então começa o texto que lemos.

Ele se importa

Diante da aparente demora de Jesus naturalmente poderia ter se pensado que ele não se importava o suficiente com seu amigo, porque ele poderia ter evitado caso estivesse ali, conforme as próprias irmãs reconhecem.
Elas sabiam que Jesus tinha poder para curar Lázaro e evitar sua morte.
Convenhamos irmãos, essa é uma realidade que ao mesmo tempo que nos consola nos machuca profundamente.
Como é bom poder ter esse apego com Cristo quando algum familiar ou mesmo nós enfrentamos a infermidade. Poder contar que nosso Senhor é aquele que tem poder para nos curar e nos livrar da morte, como já fez em nossas vidas algumas vezes e também na vida de nossos irmãos. Nosso Deus é o Deus da cura. Ele é o médico dos médicos como costumamos dizer. Ele é aquele que dá jeito mesmo quando a situação é impossível ao olhar da medicina.
Mas e quando apesar de todos esses atributos de Jesus e todos os testemunhos que já ouvimos precisamos encarar o luto?
E quando nós servimos aquele que tem todo poder para curar mas ao invés da cura vem a morte?
Esse era o dilema das irmãs de Lázaro. Jesus poderia ter evitado a morte daquele homem, como já havia feito tantas outras vezes, mas não evitou.
Se ele poderia ter feito mas não fez, será que ele não se importava?
É muito difícil para nós encararmos uma realidade dessa.
Mas João nos conta algo preciso no versículo 28:
João 11.38 NVI
38 Jesus, outra vez profundamente comovido, foi até o sepulcro. Era uma gruta com uma pedra colocada à entrada.
Jesus estava "profundamente comovido".
Ainda que seu amigo não tivesse sido curado por Ele, Jesus se importava.
Por mais que a morte pudesse ter sido evitada sim por Jesus, Jesus, ele não estava indiferente com a situação. Ele olha para o túmulo e chora.
Ele está ali profundamente comovido.
Ele está ali lamentando.
Veja, esse é aquele que sabe de todas as coisas e sabe o que vai realizar a seguir, mas mesmo assim ele chora e se comove.
As vezes parece que Jesus está distante demais para chorar conosco, mas a verdade é que ele sofre quando nós sofremos. Ele fica enlutado quando nos enlutamos.

Ele faz o necessário

Mas ainda que ele possa se entristecer quando estamos entristecidos, ele não lida com isso da mesma forma que nós. Afinal, Jesus além de ser homem também é o próprio Deus. Ele é aquele que faz coisas que nós não podemos fazer.
Quando nós nos comovemos, não podemos fazer muito mais que isso.
Mas quando Jesus se comove, ele também é aquele que age.
João 11.39–42 NVI
39 “Tirem a pedra”, disse ele. Disse Marta, irmã do morto: “Senhor, ele já cheira mal, pois já faz quatro dias”. 40 Disse-lhe Jesus: “Não lhe falei que, se você cresse, veria a glória de Deus?” 41 Então tiraram a pedra. Jesus olhou para cima e disse: “Pai, eu te agradeço porque me ouviste. 42 Eu sei que sempre me ouves, mas disse isso por causa do povo que está aqui, para que creia que tu me enviaste”.
Jesus ordena que a pedra seja retirada. Algo absurdo, tendo em vista que ele havia sido sepultado a vários dias.
"Senhor, ele já cheira mal."
Mas Jesus não queria recuperar o tempo de velório que ele perdeu. Jesus ele queria muito mais que isso.
Ele estava ali preparando o milagre que iria realizar logo a diante.
Jesus está preparando o ambiente para que a ressurreição aconteça.
É importante termos em mente que a ressurreição de Lázaro não é simplesmente um exemplo do que Cristo pode fazer e que ele pode ressuscitar gente ainda hoje, ainda que possa fazer isso. Mas a ressurreição de Lázaro aponta para a ressurreição de Cristo depois da cruz. E todas essas ressurreições nos lembram do que Cristo fará no último dia.
E esse é um ensino precioso que Deus nos dá nessa noite.
Muitas vezes nós precisamos lamentar a morte de alguém que não daquela vez não foi curado por Jesus.
Mas apesar do que pode vir em nosso coração naquele momento, nós podemos ter uma certeza: Cristo já preparou o ambiente para a nossa ressurreição.
Como foi esse preparo? Não foi simplesmente dizendo que alguém tirasse a pedra. Custou mais que isso.
Custou tudo.
Para que o milagre da ressurreição pudesse chegar a cada um de nós e também a aqueles que já dormiram em Cristo, ele teve que fazer muito mais do que falar. Ele tem que morrer.
E ele morreu. Cristo passou pela morte.
Ele se importou o suficiente.
Ele morreu. E quando ao terceiro dia Ele ressuscita, nós todos podemos agora crer que um dia ressuscitaremos com ele!
Meu irmão, minha irmã, o que era necessário fazer já foi feito. Tudo já está preparado.

Ele brada diante da morte

E depois de fazer o que era necessário para que o milagre acontecesse, vem então a declaração poderosa de Jesus:
João 11.43 NVI
43 Depois de dizer isso, Jesus bradou em alta voz: “Lázaro, venha para fora!”
Jesus é aquele que brada diante da morte.

Ele tira as faixas

João 11.44 NVI
44 O morto saiu, com as mãos e os pés envolvidos em faixas de linho e o rosto envolto num pano. Disse-lhes Jesus: “Tirem as faixas dele e deixem-no ir”.
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