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Transcript
ABERTURA:
Bom dia meus irmãos, graça e Paz!
Gostaria de agradecer ao Renato e ao Alan o convite para estarmos aqui hoje com vocês compartilhando a palavra do Senhor.
Essa é a segunda vez que estamos aqui, e se tiver uma terceira acho que posso reivindicar a minha musica no fantástico né?
Irmãos, abram ou acessem suas bíblias no evangelho segundo Marcos, no Capítulo 1, nós leremos dos versículos 40 ao 45. Não vamos ler por conta do tempo, mas Mateus 8 e Lucas 5, também trazem o relato do mesmo acontecimento.
Enquanto os irmãos abrem suas bíblias, eu gostaria de dizer que em vista de tudo isso que vivemos no ultimo ano, tenho a absoluta certeza que o texto que exporemos esta noite, ganha um novo colorido na nossa leitura, não porque o texto possua uma nova interpretação, mas porque a história desse personagem ganha uma nova roupagem, uma nova aplicação em nossas vidas, faz com que olhamos para ele de uma maneira muito mais empática, eu diria até Humana.
Marcos capítulo 1 do versículo 40 ao 45 diz o seguinte:
40 Aproximou-se dele um leproso rogando-lhe, de joelhos: Se quiseres, podes purificar-me. 41 Jesus, profundamente compadecido, estendeu a mão, tocou-o e disse-lhe: Quero, fica limpo! 42 No mesmo instante, lhe desapareceu a lepra, e ficou limpo. 43 Fazendo-lhe, então, veemente advertência, logo o despediu 44 e lhe disse: Olha, não digas nada a ninguém; mas vai, mostra-te ao sacerdote e oferece pela tua purificação o que Moisés determinou, para servir de testemunho ao povo. 45 Mas, tendo ele saído, entrou a propalar muitas coisas e a divulgar a notícia, a ponto de não mais poder Jesus entrar publicamente em qualquer cidade, mas permanecia fora, em lugares ermos; e de toda parte vinham ter com ele.
ORACAO
INTRODUCAO
No ultimo dia 05 de maio o diretor da OMS o Tedros Adhanon declarou o fim da fim da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) referente à COVID-19, que é o grau mais alto em relação na escala de interesse publico de uma doença ou ameaça sanitária. Fato é que depois de decorridos ai um pouco mais de três anos de covid, nós podemos hoje olhar para esse período em retrospectiva e tentar extrair alguma coisa boa deste período, se é que isso seja possível. Porque, certamente ele ficara marcado pro resto de nossas vidas, para algumas pessoas, apesar dos pesares, esses últimos três anos é possível que tenha sido, apesar de tudo, os melhores anos de suas vidas, como as famílias dos nossos irmãos Dimmi e Tais, e a família do nosso irmão Victor e Carol, que puderam desfrutar de presentes maravilhosos do Senhor, suas filhinhas tão desejadas.
Podemos citar a Andrea, que enfrentou um tratamento contra o câncer e mesmo em meio a todas as circunstancias, a cirurgia, a dificuldade de cicratizacao, longo período de internação, imunidade baixa, sessões de quimioterapia, ainda assim Deus a preservou, não permitiu que ela contraísse o covid, e não somente isso, o Senhor a curou de forma maravilhosa.
Mas infelizmente nem todos puderam desfrutar destes momentos de profunda alegria, pois afinal de contas ao redor do mundo, bilhões de pessoas precisaram cumprir um restrito isolamento social durante alguns meses, incapazes de ir trabalhar, incapazes de frequentar a escola, incapazes de se encontrar em locais públicos, incapazes de visitar umas às outras, separadas de seus entes queridos em suas horas de necessidade.
A verdade é que em momentos de perigo existencial, instintivamente desejamos estar perto de nossa família e amigos, segurar suas mãos e abraçá-los, mas por um tempo, fomos proibidos de fazê-lo, pois todo ato de contato físico - toda expressão de amor e compaixão física - poderia trazer risco de doença e morte.
Vimos amigos nossos, parentes distantes, parentes mais próximos serem atingidos por um furacão chamado SARS COVI 19. Alguns por conta do convívio diário com seus esposos/esposas tiveram seus casamentos abalados, outros como eu, tiveram suas vidas financeiras afetadas, pois viram suas rendas desaparecerem junto com seus empregos.
Alguns tiveram perdas pessoais, como a morte de algum amigo ou familiar. A verdade é que ninguém, absolutamente ninguém, pode dizer que passou por essa pandemia sem, que de alguma forma, tenha sido atingido.
A pandemia nos mostrou como nossos sistemas econômicos e políticas são frágeis. Ela nos ensinou algumas coisas que precisávamos, não descobrir, mas sermos lembrados, de que não só somos interdependentes uns dos outros, que somos iguais, essa doença não fez distinção de raça, cor, sexo, condição econômica. Ela também nos mostrou também o poder de adaptação do ser humano.
Novas maneiras de ensino, novas relações de trabalho surgiram, aprendemos a cultuar de uma maneira diferente, eu chamaria esta maneira de bíblica, pois as famílias se reuniam para o culto familiar, a semelhança dos primeiros séculos. De um modo geral, compreendemos que é possível sim, viver com menos do que achávamos que seria possível. E isso só nos mostra como Deus dotou o ser humano com a capacidade de se reinventar e de se adaptar.
Fomos confrontados com a incerteza da existência humana e a vulnerabilidade da vida. E não somente isso, ela nos mostrou o quanto estávamos equivocados quando nós acreditávamos sermos senhores dos nossos próprios destinos.
E tudo isso trouxe muita angústia, incerteza, ansiedade, temor, pois afinal de contas, quem pode dizer o que irá acontecer daqui a dois meses, um mês, uma semana, um dia, daqui 10 minutos? O mesmo diretor da OMS no dia que anuncio o fim da emergência do covid, ele também fez um alerta, dizendo que deveríamos esperar por outras pandemias mais letais do que essa.
Diante de um cenário tão dantesco, em meio a esse caos social, econômico, de saúde e porque não espiritual, podemos ter esperança? E essa esperança deve estar apontada para que direção, um medicamento? Na ciência? No sistema economico, politico?
Certamente no caso do covid, a vacina foi o mínimo para que pudéssemos de novo ver o sorriso das pessoas, podermos abraçar aqueles a quem amamos novamente, reestabelecer o mínimo de uma relação social. Mas e quando uma doença como essa acaba trazendo problemas que vão além do orgânico, físico, biológico? Que acaba trazendo sequelas psicológicas, sociais, econômicas e até espirituais, como lidamos com essas questões?
E podem ter certeza, todas essas sequelas ainda nos acompanharão por um longo tempo.
Imagine que você esta assistindo um filme no cinema com sua família e alguém começa a espirrar do seu lado, ou então que vocês estão em um restaurante e alguém começa a tossir. Essas situações que antes passariam desapercebidas por nós, que encararíamos com a maior naturalidade, de alguém tossindo ou espirrando em um ambiente fechado, hoje já não vai ser mais assim.
Nunca mais o espirro ou a tosse de uma pessoa dentro de um avião ou de qualquer outro ambiente fechado que seja, será a mesma coisa. Em situações como essa sempre ligaremos o sinal de alerta, desconfiado, lançaremos olhares de repreensão social, como já acontece hoje, pois parece que quem tosse ou espirra, perto da gente esta cometendo um crime, a gente acaba lançando um olhar meio que punitivo, quase que dizendo assim: você esta doente e esta no mesmo ambiente que eu? Ou alguma coisa parecida.
E quem tem renite alérgica como eu sabe bem do que estou falando.
Sabe aqueles carros com um adesivo de recém habilitado, em que o motorista já esta te alertando de que ele é iniciante, pois é, acho que quem tem renite alérgica, vai ter que começar a usar uma plaquinha pendurada no pescoço, meu espirro não é covid é alergia.
O fato é que, nem todas as doenças se curam com remédios e nem todas as doenças se evitam com as vacinas, porque como eu disse, há doenças, que trazem males sociais, econômicos e também espirituais.
E no texto que nós lemos nas três narrativas bíblicas, nós nos deparamos com talvez aquela doença que tem essa multidimensionalidade de aspectos, descritas nas escrituras sagradas, que toca em todas as áreas do ser humano.
E eu estou falando da lepra. Que hoje é chamada de Hanseniase.
LEPRA
A lepra era considerada no Antigo Testamento como a mais devastadora e letal doença, justamente por ter essa multidimensionalidade de sequelas, não só́ por causa do sofrimento físico, mas também pelas estritas leis de isolamento para o leproso.
A lepra era considerada uma doença contagiosa que podia ser transmitida através do ar ou através do contato com algo que o leproso tocasse. Deste modo, havia instruções especificas e rigorosas contra a lepra a fim de proteger o povo.
Qualquer pessoa com suspeita de lepra deveria ser examinada por um sacerdote. Se o resultado fosse apenas um problema de pele superficial, a pessoa permanecia em quarentena por sete dias.
Se os sintomas se agravassem, outra semana de isolamento era necessária.
Após catorze dias, o sacerdote pronunciaria se a pessoa estava limpa ou impura.
Em alguns casos, os sintomas eram tão óbvios que um tempo de espera não era necessário, e a pessoa seria declarada impura.
Assim, qualquer pessoa com lepra era banida da sociedade e forcada a viver em uma colônia de leprosos fora da cidade, ele não teria mais contato com sua família. Estaria separado pra sempre de sua esposa, filhos e os únicos amigos de um leproso eram os outros leprosos. Eles também não poderiam ir ao templo para adorar ou oferecer sacrifícios a Deus.
Não eram autorizados a entrar em Jerusalém ou em qualquer outra cidade murada. Viviam isolados, sem família, amigos, ocupações ou esperança.
Se não bastasse tudo isso, a lei obrigava o leproso a andar com suas roupas rasgadas, cabelo desarrumado e ainda começar a gritar IMUNDO, IMUNDO, quando alguma pessoa saudável se aproximassem dele.
Se não bastasse tudo isso, a dor física e emocional, os líderes religiosos criavam regras que dificultava muito a vida dos leprosos. Uma das leis do Talmud dizia que a distância mínima que alguém podia ficar de um leproso era 2 metros. Mas, se estivesse ventando, a distância mínima era cerca de 45 metros.
Assim era a vida de um leproso, um morto vivo, esperando apenas a morte para dar fim a uma vida de sofrimento e desesperança.
Será que podemos imaginar a vida de um leproso? Viver no seu dia a dia, isolado das pessoas que você ama permanentemente, sem poder abraçar, pois tudo aquilo que um leproso tocava ficava contaminado. Imagine você sendo impedido de ir ao templo, cultuar a Deus? Guardada as devidas proporções, qualquer semelhança não é mera coincidência.
Foi por isso que disse no começo do culto, que jamais olharemos para esse texto com o mesmo olhar de antes da pandemia.
Nos relatos que nos lemos em Mateus 8, Marcos capitulo 1 e Lucas 5, nós vamos encontrar a história de um leproso, dentre outros que Jesus curou, mas este é o único que esta registrado nos três Evangelhos.
Quando então você acaba comparando os evangelhos percebe que este milagre na realidade é o sexto de uma sequência que Jesus tinha realizado.
E um milagre meus irmãos, nunca é um fim em si mesmo, Jesus nunca curou, operou um milagre, sinal ou prodígio em que este não tivesse um objetivo, que não era o de meramente satisfazer o desejo das pessoas, nem mesmo de atrair uma espécie de onda de popularidade.
Os milagres de Jesus revelavam o domínio completo de Jesus sobre todos os seres e poderes do universo, visíveis e invisíveis, físicos e espiri­tuais.
Os elementos da natureza, os demônios, as enfermidades e a morte se curvam diante da palavra de Jesus. Os milagres eram como que placas de sinalização que apontavam, que demonstravam de que de fato o reino de Deus havia irrompido na terra através do Emanuel, do Deus conosco, como que dizendo: vejam é por aqui que vocês vão para encontrar o Reino de Deus e sua salvação.
Diante de tudo isso então, eu gostaria de destacar três lições do nosso texto hoje a noite.
A primeira delas é:
A ATITUDE DO LEPROSO
O texto nos diz no versículo 2 que ele se aproximou de Jesus.
Aquele leproso ao se aproximar de Jesus estava quebrando não só um paradigma da sociedade, mas diante do seu desespero e de sua esperança, estava desobedecendo a uma ordem expressa da lei, que como vimos prescrevia que ele deveria gritar que era leproso.
Veja que o texto prossegue e Mateus nos diz que ele adorou Jesus de joelhos, Marcos nos diz que ele rogou a Jesus, também de joelhos e Lucas diz que o leproso prostrou-se em terra.
Quando então nos juntamos as três narrativas e pintamos o quadro geral, descobrimos que aquele leproso se prostra diante de Jesus, completamente entregue com seu rosto no chão, vulnerável, e isto era um ato de adoração, simbolizando que Jesus não era somente superior a ele, mas que também Jesus era digno de adoração, respeito, honra reverencia, aquele Leproso não ousou nem mesmo levantar seus olhos diante de Jesus, e isso nos ensina meus irmãos que toda adoração, implica em humildade, em auto humilhação, somos levados a reconhecer a nossa finitude, nossa limitação, que do pó viemos e ao pó tornaremos, e que melhor simbolismo não seria o de se prostrar com a boca no pó?
Aquele homem, portanto, reconheceu Jesus, não como um grande rabino, não como um grande Mestre da Lei, não como um provável líder político e religioso em ascendência, mas reverenciou-o como o verdadeiro Deus encarnado, como o Verbo que veio habitar entre os homens cheio de graça e de verdade, como o Único e Soberano Senhor.
Ele estava ciente de que se encontrava na presença do Senhor Todo-Poderoso.
Ao adorar o Filho de Deus, aquele leproso depositava toda a sua confiança e esperança em Jesus.
Depois de se prostrar e adorar ao Senhor, aquele homem faz uma suplica a Jesus, e está ai no na parte final do versículo 2:
Senhor, se quiseres, podes purificar-me.
Note que uma vez que aquele leproso reconhece Jesus como Deus, ele não tem absolutamente nenhuma dúvida quanto ao poder de Jesus, pelo contrário, Ele sabia que Jesus podia curá-lo, mas não tinha certeza se o Mestre estava disposto a curá-lo.
Pelo contrário, ele estava se submetendo à vontade soberana de Jesus.
Como já mencionei, à medida que um milagre não é um fim em si mesmo, mas é um sinal que aponta para o Reino do Senhor e sua glória, o Senhor curar, fazer uma maravilha, não está na esfera de Ele poder ou não poder, mas na esfera do seu querer.
É por isso que somos ensinados a quando orarmos, reconhecer isso, dizendo Senhor que não se seja feita a minha, mas a Tua vontade.
Diante de um mundo em caos, de cabeça pra baixo devido a pandemia, e de tantas outras doenças que existem, nós louvamos a Deus pela vida dos nossos médicos, dos nossos enfermeiros, cientistas e todos os profissionais da saúde, pela capacidade que o Senhor dotou esses homens e mulheres, que não só se desdobraram na luta contra esse vírus, mas muitos deram suas vidas para que outras vidas fossem salvas.
Em um tempo recorde, nossos cientistas desenvolveram uma vacina, e não ninguém virou em jacaré não. Mas ainda assim meus irmãos, a ciência tem suas limitações de descobertas e produções cientificas. Como eu disse devemos sim confiar e proclamar a ciência como um dom, como graça comum derramada sobre a humanidade por um Deus bondoso e gracioso, mas ao invés de propalarmos ciência, ciência, ciência, deveríamos estar fazendo como aquele leproso, se tu quiseres pode me purificar, se tu quiseres podes amanha nos curar, mesmo sem vacina ou remédio. O que não podemos fazer é transformar a Ciência em um Deus, como fizeram o racionalismo e o iluminismo, excluindo Deus da equação.
Porque em última instancia quem cura é Deus, pois se tu quiseres poderás nos curar, mas se ainda não estivermos prontos para compreendermos a lição e o sinal que essa pandemia nos traz, ela continuara e como disse o diretor da OMS, outras virão meus irmãos, pois é possível que para cumprir um proposito maior, para produzir dependência, adoração e fé em nós, mesmo Deus podendo curar ele não queira.
A segunda lição é:
A RESPOSTA DE JESUS
O texto segue e no versículo 3 encontramos a resposta de Jesus ao clamor daquele homem
E Jesus, estendendo a mão, tocou-lhe, dizendo: Quero, fica limpo!
Esta também é a maneira como Lucas descreve a resposta de Jesus, mas em Marcos encontramos uma palavra que faz toda a diferença:
Jesus, profundamente compadecido, estendeu a mão, tocou-o e disse-lhe: Quero, fica limpo!
Jesus estava profundamente compadecido, porque ele via aquele homem na sua integral necessidade, porque não era apenas a saúde daquele homem que Jesus estava reestabelecendo, eram relações sociais, a possibilidade daquele homem novamente adorar no templo, daquele homem voltar a conviver com sua família e em sociedade.
Uma das maiores tragédias dessa pandemia foi a possibilidade de você ter alguém que você ama, de sair de casa para ir ao hospital e precisar ser internado e a partir dai nem ela e nem você terem mais contato, e essa pandemia nos disse, aproveita, aproveita, porque pode ser a ultima oportunidade de você estar com quem você ama, de prioridade ao que de fato é importante, não deixe para depois, porque o depois pode não acontecer.
Estamos vivendo uma vida tão intensa, frenética, alguns em busca de ganhar cada vez mais dinheiro, outros em busca de reconhecimento acadêmico e então se jogam nos livros, outros buscam crescimento profissional, alguns fama e reconhecimento nos meios digitais, outros buscam o shape perfeito.... e para isso investimos dinheiro, esforço, tempo.... e toda essa busca é saudável, mas nada disso deve ser nossa prioridade, que devem ser o Senhor e nossa família.
A situação daquele leproso compadeceu o coração de Jesus, sua alma se entristeceu ao ver a miséria daquele homem, miséria física, social, espiritual.
Jesus então tocou o homem leproso. Jesus tocou o intocável e curou o incurável.
Jesus poderia ter curado o leproso sem tocá-lô, mas, para o enorme choque daqueles que presenciavam o encontro, Jesus tocou o homem doente.
É interessante que a palavra “tocar” (em grego) significa muito mais do que tocar no braço de alguém. Na verdade ela, implica um contato firme entre dois objetos. Jesus provavelmente foi o primeiro não leproso a tocar aquele homem desde o dia em que descobriu a doença.
E eu tenho plena certeza de que o toque de Jesus, na verdade foi um abraco! Abraços que curam.
Tem um poema do Sergio Fornasari que diz o seguinte:
Tem abraços que curam, tem aqueles que duram. Tem alguns que nos confortam, tem aqueles que fazem falta. Tem abraço com amor, tem aquele que acabam com a dor. Tem abraço com carinho, tem aquele bem juntinho. Tem abraço de amigo, hoje é tudo que preciso!
Tem alguém aqui que é do mundo fitinis? Ontem eu estava assinstindo um podcast de um infleuencer deste meio, o Renato Cariani, e ele estava entrevistando o cantor Lucas Lucco, e o Lucas estava contando das suas experiências em relação ao episódios que ele tem desde a adolescência com a bipolaridade e com a depressão. E ele disse que teve um dia em que ele já estava trancado no quarto de hotel a três dias, quando chega o seu medico, outro influencer do mundo fitinis, o Paulo Muzi, e o lucas disse que o Paulo entrou no quarto, abraçou o Lucas e aquela gesto, aquele ato foi sufuciente para que depois de três dias ele pudesse sair daquele quarto e logico né, ir ora academia do hotel e pagar o Leg day....
Abracos que curam.... Abracos que curam....
Jesus então, abraca aquele homem e o cura.
Algo extraordinário então acontece, ainda que exista uma pequena diferença nas traduções, os três evangelistas utilizam a mesma expressão no grego para demonstrar o resultado do toque de Jesus.
E esta ai na parte final do versículo 3,
E imediatamente
A cura foi instantânea. Não foi necessário nem mesmo um período de recuperação ou repouso. Aquele que estava desfigurado foi instantaneamente transformado em um homem em plena saúde, Suas feridas desapareceram.
Ele agora poderia ser tocado e tocar os outros.
Se tu quiseres Senhor: Cristo quis, ordenou e realizou tudo.
E a terceira lição é a ordem que Jesus dá aquele homem
A ORDEM DE JESUS:
E por fim, Jesus dá duas ordens expressas a aquele homem, esta ai no versículo 4 do texto de Mateus.
Disse-lhe, então, Jesus: Olha, não o digas a ninguém, mas vai mostrar-te ao sacerdote e fazer a oferta que Moisés ordenou, para servir de testemunho ao povo.
Depois de curar o homem leproso, Jesus lhe deu duas ordens: Uma negativa “não dizer nada a ninguém” e uma positiva “apresentar-se ao sacerdote”.
Antes mesmo de se apresentar à família e aos amigos e contar-lhes sobre o milagre, aquele homem deveria se apresentar ao sacerdote em Jerusalém. O sacerdote depois de examiná-lo reconheceria que o homem estava curado. Em seguida, ele deveria oferecer uma oferta de acordo com a Lei de Moises, para que então pudesse ser declarado puro e ser recebido de volta no convívio social e religioso da comunidade.
Este ato serviria de testemunho aos sacerdotes, que seriam obrigados a reconhecer que aquele era o messias prometido e de que Jesus era Deus
O final da história deste homem leproso somente Marcos nos conta:
Mas, tendo ele saído, entrou a propalar muitas coisas e a divulgar a notícia, a ponto de não mais poder Jesus entrar publicamente em qualquer cidade, mas permanecia fora, em lugares ermos; e de toda parte vinham ter com ele.
O final, portanto, é que aquele homem acaba desobedecendo a Jesus
Imagine você, depois de tanto tempo de sofrimento, depois de vários anos vivendo no anonimato e depois de receber uma cura tão extraordinária, como não falar sobre o que aconteceu? Certamente, o desejo daquele homem era contar a todos sobre o que Jesus realizara em sua vida. Era dizer a todos sobre a maneira como Jesus se compadeceu de sua dor e como restaurou a sua saúde.
O ex-leproso desobedeceu a Jesus e proclamou sua cura livremente. Sua desobediência é compreensível - quem não seria inclinado a fazer o mesmo? Mas isso não o isenta. Ele deveria ter obedecido a Jesus.
Pela desobediência daquele ex-leproso acontece uma ironia que só marcos registra, nós dissemos no começo da pregação, que quando uma pessoa era diagnosticada com lepra , ela era excluída da sociedade e passava a viver fora da cidade, agora a situação se inverteu, quem que teve que ficar agora fora da cidade, porque não podia entrar pois causava tumulto e ajuntamento social? Jesus.
Aqui alguns estudiosos, veem um simbolismo, daquilo que é chamado de sacrifício vicário de Jesus, que é quando ele assume o papel do pecador. O leproso estava fora e veio para dentro, e Jesus que estava dentro teve que sair para fora.
Eu que era pecador me tornei Santo em Cristo, e o Cristo que era Santo recebeu sobre si o pecado que era meu.
CONCLUSAO
Eu gostaria de concluir dizendo que :
O que estamos vivendo hoje irmãos não é, ou não deveria ser novidade para nós cristãos. O senhor Jesus no sermão escatológico de Mateus 24 , já nos prevenia de que o que vivemos hoje seriam sinais de sua iminente vinda
E por mais que isso possa nos chocar, a esperança de um mundo de paz, sem enfermidades, sem dor, livre de sofrimento, que foi realidade em Gênesis 1, só será restabelecido novamente quando houver novos céus e nova terra
Porque na realidade, o Covid é apenas uma das pandemias que vivemos, quantas pessoas são mortas de forma violenta no mundo todos os anos, quantas mulheres abortam e matam seus filhos de forma perversa, num mundo rico e globalizado milhões de pessoas morrem de fome pela ganancia humana, isso tudo é resultado de um mundo caído e danificado.
Estas situações deveriam nos lembrar daquilo que o apostolo Paulo escreve em filipenses capitulo 3, versículos 20 e 21, que diz que:
Mas a nossa pátria está nos céus, e de lá aguardamos ansiosamente a volta do Salvador, o Senhor Jesus Cristo. Ele tomará nosso frágil corpo mortal e o transformara num corpo glorioso como o dele.
Por mais horrível que essa pandemia ela foi, e o horror que ela produziu no mundo, existe uma doença muito mais mortal que a COVID, uma doença muito mais horrível que infectou a humanidade, e que tem implicações não só para este tempo, mas também para a eternidade, e essa doença se chama: Pecado.
Todos nós nascemos pecadores, e a semelhança da Lepra,
O pecado tornou o homem imundo, impuro diante de Deus.
O pecado separou o homem do seu relacionamento com Deus
O pecado deixou marcas e deformidades profundas na mente, na alma, no corpo.
Todavia, Deus em Sua graça providenciou um caminho de salvação por meio de Jesus Cristo.
Você que está nos assistindo nesta noite, assim como aquele homem leproso, já recebeu o toque da graça do Senhor?
Se sua resposta foi sim, glorias a Deus pela sua vida, mas se sua resposta foi não, eu te convido nesta noite, a ter a mesma atitude daquele leproso, reconhecer Jesus como senhor e Salvador de nossas vidas, e ser abraçado por Ele.
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