(Êx 12:1-28) A Primeira Páscoa

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INTRODUÇÃO

1-14 >> A Primeiar Páscoa
Calendário. Uma nova história e um novo início. Recriação.
O Primeiro mês do ano. “Na Bíblia hebraica, o fim cronológico de ambos os confinamentos, no Egito e na Babilônia, é no primeiro mês”: Esdras 7:9 “pois, no primeiro dia do primeiro mês, partiu da Babilônia e, no primeiro dia do quinto mês, chegou a Jerusalém, segundo a boa mão do seu Deus sobre ele.”
Refeição. “Em Êxodo 12.1–20, o Senhor, iniciando no versículo 4, usa “comer” 13 vezes e outras cinco vezes na instrução sobre a Páscoa, nos versículos 43–49. Comer o quê? Como se preparar para comer? O que fazer com o resto do que foi comido? Com quem comer? Com que velocidade comer, devagar ou rapidamente? Que pratos acompanham o prato principal? O que vestir para comer? O Antigo Testamento raramente separa adoração de alimentação. Refeição é algo que vem depois da adoração. A refeição é uma parte integral da adoração.” - Victor Hamilton
O pai, cabeça do lar, escolhia o cordeirinho [ou cabrito] no décimo mês para a sua casa. Todos deveriam se alimentar e nada devia sobrar, caso sobrasse devia ser queimado. O animal devia ser macho, de um ano, sem defeito [a oferta devia ser a melhor que podiam oferecer]. Depois de 4 dias, no décimo quarto dia, o animal devia ser sacrificado. O seu sangue devia ser passado em cima, nos lados, e talvez embaixo também. A carne então era assada e comida, acopanhada de pães asmos e ervas amargas. Todos deveriam estar calçados, com seu cajado, prontos para irem embora. Essa é a Páscoa.
As ervas amargas os lembravam de comos os egípcios ‘fizeram amargar a vida com dura servidão, em barro, e em tijolos, e com todo o trabalho no campo’ (1.14). O pão sem fermento os lembraria de como tiveram de fugir às pressas. Comeram a primeira Páscoa de pé, prontos para sair do Egito a qualquer momento. E não haveria restos.
Isso era feito pq ‘O Destruidor’ passaria por sobre as casas de todas as famílias para matar o filho mais velho de cada uma dessas famílias. Isso foi feito pra punir os pecados, para mostrar que todos eram pecadores...
É interessante que antes daqui, houve um outro momento em que um cordeiro foi oferecido, foi quando Abraão ia sacrificar seu filho Isaque em Gênesis 22, mas um cordeiro foi morto no seu lugar. Agora, um cordeiro é oferecido pelas famílias. Em Levítico, Deus manda que o Sumo Sacerdote faça expiação pelos pecados da nação, oferecendo uma vez ao ano um animal Lv 16:15-16 “Depois, imolará o bode da oferta pelo pecado, que será para o povo, e trará o seu sangue para dentro do véu; e fará com o seu sangue como fez com o sangue do novilho; aspergi-lo-á no propiciatório e também diante dele. Assim, fará expiação pelo santuário por causa das impurezas dos filhos de Israel, e das suas transgressões, e de todos os seus pecados. Da mesma sorte, fará pela tenda da congregação, que está com eles no meio das suas impurezas.”
P.R.: “Existe uma progressão óbvia aqui, pois o cordeiro passa a servir como representante de grupos de pessoas cada vez maiores. No princípio, Deus providenciou um cordeiro para uma pessoa. Assim, Abraão ofereceu um carneiro no lugar de seu filho, Isaque. Depois, Deus forneceu um cordeiro para uma casa. Isso aconteceu na primeira Páscoa, quando cada família da pa comunidade da aliança ofereceu seu próprio cordeira a Deus. Em seguida, Deus providenciou um sacrifício para toda a nação. No Dia da Expiação, um único animal expiava os pecados de todo Israel. Finalmente veio o dia em que João Batista ‘viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo’!” (Jo 1:29). Deus estivera planejando isso desde o início: que um Cordeiro morresse por um mundo. Pela sua graça, ele providenciou um cordeiro - o Cordeiro que foi abatido desde a Criação do mundo (Ap 13.8 “e adorá-la-ão todos os que habitam sobre a terra, aqueles cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo.”)
Esses cordeiros então que vieram antes, no AT eram Tipos. O grande motivo também pelo qual aqueles cordeiros deviam ser “sem defeito”, é porque Cristo deveria ser assim: 1Pe 2:22 “o qual não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca;” Hb 4:15 “Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado.” Jo 19:6 “Ao verem-no, os principais sacerdotes e os seus guardas gritaram: Crucifica-o! Crucifica-o! Disse-lhes Pilatos: Tomai-o vós outros e crucificai-o; porque eu não acho nele crime algum.” Hb 9:14 “muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo!”.
Assim, Jesus foi crucificado na época da Páscoa - a Paixão de Cristo! Esse é da Ceia, que é celebrada junto da Páscoa: Mt 26:17 “No primeiro dia da Festa dos Pães Asmos, vieram os discípulos a Jesus e lhe perguntaram: Onde queres que te façamos os preparativos para comeres a Páscoa?” Mt 26:26-28 “Enquanto comiam, tomou Jesus um pão, e, abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai, comei; isto é o meu corpo. A seguir, tomou um cálice e, tendo dado graças, o deu aos discípulos, dizendo: Bebei dele todos; porque isto é o meu sangue, o sangue da [nova] aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados.”
P.R.: “Uma vez que o cordeiro havia sido escolhido, ele era mantido dentro de casa durante quatro dias, um período durante o qual a família o alimentava, cuidava dele e brincava com ele. Durante esse breve período, a família se identificava com o cordeiro a ponto de quase se tornar parte da família. Então ele era abatido, o que era um ato sujo e sangrento. O cabeça do lar segurava o cordeiro em seus braços, puxava sua cabeça para trás e cortava sua garganta. “Por que, papai?”, perguntavam as crianças. Seu pai lhes explicava, então, que o cordeiro era um substituto. O primogênito não teve de morrer porque o cordeiro havia morrido em seu lugar”.
Por que o sangue?! (v. 13: “O sangue vos será por sinal…) P. R.: “Os filhos de Deus foram salvos pelo sangue do cordeiro. A morte os ignorou. A razão pela qual a morte os ignorou foi que eles se encontravam sob o sangue. Quando Deus chegava ao lar de um israelita, ele podia ver o sangue na porta. Quando olhava para ele, era como se dissesse: ‘Alguém morreu nesta casa. A penalidade foi executada’. O sangue era uma propiciação - ele desviava a ira de Deus.”
Rm 5:9 “Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira.” Ef 1:7 “no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça,” Hb 13:12 “Por isso, foi que também Jesus, para santificar o povo, pelo seu próprio sangue, sofreu fora da porta.” 1Pe 1:18-19 “sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo,” 1Jo 1:7 “Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.” Hb 9:22 “Com efeito, quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e, sem derramamento de sangue, não há remissão.”
15-28 >> A Festa dos Pães sem Fermento
A Festa dos pães asmos era celebrada durante a semana que seguia à Páscoa. O Pão sem fermento “simbolizava a fuga do Egito; tiveram de partir com tanta pressa que não tiveram tempo para deixar a massa crescer... A Páscoa e a Festa dos Pães Asmos estão intimamente associadas uma à outra. Não são duas festas separadas, mas uma celebração de uma semana inteira. No restante do AT, essa festa é, às vezes, chamada de Páscoa e, às vezes, de Festa dos Pães Asmos, mas cada um dos termos pode se referir à clebração como um todo”.
Livrar-se do fermento tinha ainda outro significado. “Somos salvos para sermos santificados… A Festa dos Pães Asmos nos lembra daquilo que Deus quer que façamos uma vez que fomos salvos, e isso é viver uma vida santificada, liberatando-nos cada vez mais do pecado”. O fermento é um símbolo apropriado para o pecado por causa do modo como ele cresce e se espalha. Quando fermenta, ele penetra toda a massa. O pecado funciona da mesma forma. O pecado sempre tenta estender sua influência corruptiva para toda a vida de uma pessoa. Por isso Deus nos salva para nos santificar. “Deus não queria apenas tirar seu povo do Egito, ele queria o Egito do seu povo”.
1Co 5:6-8 “Não é boa a vossa jactância. Não sabeis que um pouco de fermento leveda a massa toda? Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento. Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado. Por isso, celebremos a festa não com o velho fermento, nem com o fermento da maldade e da malícia, e sim com os asmos da sinceridade e da verdade.” Lc 12:1 “...Acautelai-vos do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia.” 2Tm 1:9 “que nos salvou e nos chamou com santa vocação...”
P.R.: “Existe algum pecado que você decidiu tolerar? Você está alimentando alguma mágoa particular ou alimentando um prazer secreto? Existe algo que você decidiu não ser problema tomar para si apesar de não pertencer a você? Você acredita que preocupação e impaciência não são pecados, mas apenas maus costumes? Existe alguma área na sua vida em que você decidiu não ser problema ser indisciplinado? Talvez você acredite que seja apenas um pequeno pecado. Talvez você diga a si mesmo de vez em quando que você tratará disso quando começar a fugir do seu controle. Se for isso que você estiver fazendo, então você correndo um grande peerigo espiritual, pois o pecado é como o fermento: uma vez que ele entra em sua vida, continua crescendo e se espalahando até corromper tudo. Antes que isso aconteça, a Palavra de Deus tem algo muito simples e muito direto a dizer sobre o pecado: “Livre-se dele!”. Só indo até a cruz, ao Cordeiro imolado, confiando em sua morte substitutiva e no poder da sua ressurreição é que você encontrará força, motivação e descanso. Amém!
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