O Cordeiro de Deus
Pregações sobre João • Sermon • Submitted • Presented
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Transcript
Handout
Introdução
Introdução
Bom dia irmãos, os pastores iniciaram uma série de mensagens sobre o livro de João e eu também compartilharei algumas até que nossa EBD volte a tratar de um livro bíblico como tem sido costume.
Antes João explica quem ele não era, agora explica quem é Jesus, o verdadeiro Messias
O texto de hoje é João 1.29-34, onde João Batista descreve quem é Jesus! Como os irmãos devem se lembrar, semana passada o pastor Wagner pregou sobre a perícope anterior em que João Batista explica para os fariseus sobre quem ele não era, ele não era o Messias e seu ministério apontava para o Messias que viria após ele. E literalmente no dia seguinte, Jesus aparece vindo na direção de João e ele aproveita para agora explicar quem é o verdadeiro Messias, Jesus.
V 29
V 29
Explicação do Cordeiro, sempre bem conhecida
O termo que João Batista escolhe para definir Jesus é o “Cordeiro de Deus”. E é uma definição bem conhecida para aqueles cristãos que já são “velhos de casa”, mas sempre vale relembrarmos ou até aprendermos coisas novas de acordo com o que o Espírito Santo nos direcionar.
Quando pensamos em cordeiro no A.T, lembramos de algumas passagens e em como ele é utilizado, cronologicamente pensando a primeira passagem marcante está lá em GN22.8
Abraão e Isaque - antes da Lei - cordeiro morre no lugar de Isaque
Gênesis 22.8 (NAA)
“Abraão respondeu: — Deus proverá para si o cordeiro para o holocausto, meu filho. E os dois seguiam juntos.” GN 22.8
Onde antes mesmo da Lei estabelecida por Deus nos tempos de Moisés, o Cordeiro já era usado como holocausto. E quando Isaque pergunta para Abraão onde está o cordeiro, ele responde, “Deus proverá”, e é exatamente isso que acontece, Deus prove um cordeiro para morrer no lugar de Isaque. Depois podemos lembrar dos cordeiros que eram sacrificados nas ofertas diárias pelo perdão dos pecados. O cordeiro era morto para a purificação e perdão dos pecados do povo.
Cordeiros das ofertas diárias, ofertados pela purificação e pecado do povo
Levado ao matadouro manso, inocente, sem culpa, injustamente
Outra passagem clássica que trata do cordeiro é Isaías 53.7-8
Isaías 53.7–8 (NAA)
“Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca. Como cordeiro foi levado ao matadouro e, como ovelha muda diante dos seus tosquiadores, ele não abriu a boca.
Pela opressão e pelo juízo, ele foi levado, e de sua linhagem, quem se preocupou com ela? Porque ele foi cortado da terra dos viventes; foi ferido por causa da transgressão do meu povo.” Isaías 53.7-8
onde o profeta retrata o cordeiro como um “animal manso”, que assume a nossa culpa e é morto em nosso lugar, ali sim, já fazendo uma referência clara a Jesus.
Pensando nessas passagens, podemos entender que o simbolismo do cordeiro demonstra para nós um animal manso, que não fazia barulho, escândalo, inocente, sem culpa, sem falha, que morria no lugar daqueles que mereceriam.
Evidenciar o sacrifício e atitude de amor de Jesus (única religião em que o Deus se faz sacrifício pelos adoradores)
E quando olhamos para Jesus encontramos uma singularidade do cristianismo. Nenhuma outra religião o próprio Deus se faz sacrifício pelos seus adoradores. Em todas elas, seus deuses recebem os sacrifícios, mas na nossa não, o próprio Deus se fez sacrifício por amor a nós, não porque merecemos, mas porque Ele é amor.
Evidenciar a justiça de Deus (ira) sendo apaziguada pelo Cordeiro
Pecado é tão ruim, tão mau, tão maligno, tão repugnante para Deus que Ele precisou sacrificar seu Filho para nos livrar da condenação.
E essa é sempre a parte mais lembrada na referência ao Cordeiro de Deus, a mansidão, o sacrifício, o amor. E é tudo muito bonito realmente, chegando a nos constranger por tamanho amor. Só que muitas vezes esquecemos o motivo do sacrifício ser necessário. Jesus como Cordeiro de Deus, além de representar o amor infinito do Pai que deu seu próprio filho por nós, também demonstra a ira, a insatisfação, a incompatibilidade do Pai com o pecado. O pecado é tão mau, tão repulsivo, tão maligno aos olhos de Deus, que Ele precisou sacrificar o seu filho para nos livrar da condenação. Portanto precisamos enxergar os 2 lados do termo “Cordeiro”, o que nos revela o amor de Cristo, mas também o que nos revela a dureza e impacto do pecado sobre nossas vidas.
Verbo “tira” - Tira e coloca aonde? Em suas costas, recebendo o pecado por nós. Jesus não veio para esconder, encobrir, aceitar o pecado, veio para tirar!
“Aquele que não conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós, para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.” 2Co 5.21.
Além de explicar que Jesus é o Cordeiro de Deus, João Batista também revela o que o Cordeiro faz, “tira o pecado do mundo”. Sabendo do impacto que o pecado causa como já falamos, Jesus veio cumprir uma missão. Tirar esse pecado. E quando pensamos no verbo tirar, vem na cabeça “pegar de um lugar”, e logo sabemos que tirar o pecado de nós. Mas quando tiramos alguma coisa de um lugar, precisamos colocar em outro. E onde Jesus colocou? Nele mesmo!
Jesus não veio para encobrir, esconder, para desculpar ou muito menos aceitar o pecado. Ele veio para tirar o pecado de nossas vidas. Ele se sacrificou por nós para tirar o pecado de nossas vidas! Precisamos dar valor a isso e considerarmos o pecado tão ruim, tão sujo, tão maligno quanto Deus considera!
- “Todo o pecado” (de todo o mundo) - Todos os pecados, não importa o que tenha feito. O sacrifício do Cordeiro é suficiente para todos, porém eficiente para alguns
Verbo no presente, “esta tirando continuamente”
O verbo também está no presente e diz que “tira”, que “está tirando” continuamente o pecado de todos nós. E qual pecado? TODOS, Jesus tem poder e morreu para nos livrar de todos os pecados! Irmão, não importa qual o seu pecado, o Cordeiro de Deus te libertou dele na cruz! Não importa o que seja, quantas vezes você o comete, a vontade que tem de cometê-lo novamente, você já foi liberto dele pelo Cordeiro de Deus que morreu no seu lugar! O que você precisa fazer é reconhecer a malignidade dele e o que ele causa na sua vida e se arrepender! E quem? O pecado do mundo! De todas as pessoas! Não importa o quão ruim você se considera ou o quão afastado possa estar de Deus, ou aquela pessoa por quem você ora possa estar! O sacrifício do Cordeiro é suficiente para todo o mundo! Infelizmente alguns não reconhecem a necessidade desse sacrifício e arrependimento e acabam não sendo libertos dele. E caso esse seja o seu caso você está tendo aqui hoje mais uma oportunidade de reconhecer que precisa desse sacrifício e dessa libertação!
V 30-31
V 30-31
Reconhecimento do papel que devemos cumprir aqui na terra
1º - Importância de Jesus em nossas vidas
Nesses dois versículos João Batista reconhece o papel que ele deseja cumprir e estas diante de Jesus.
- Primeiro ele reconhece a importância de Jesus e dele, reconhece que Jesus é mais importante do que ele. Isso parece óbvio, mas quando estamos no nosso dia a dia, clamando a Deus pelas nossas necessidades, muitas vezes nos esquecemos e nos colocamos como mais importantes do que Deus. Buscamos a Ele somente para pedir coisas, colocando-O como nosso servo. E se não somos atendidos ainda ficamos bravos por acharmos que merecíamos mais ou que não merecíamos passar pelo o que estamos passando. Por isso é sempre bom mantermos o sacrifício do Cordeiro vivos em nossa mente, lembrando que tudo o que somos e temos é pela misericórdia Dele, se não estaríamos condenados ao inferno presos aos nossos pecados.
2º - Falava de Jesus “sem conhecê-lo” e seu ministério/vida era conduzida de forma que Jesus fosse manifestado para aqueles que o viam/seguiam
- Segundo, ele cumpre o seu propósito aqui na terra que é glorificar e apontar para o Messias. João deixa claro que Jesus era aquele de quem ele falava e aquele pelo qual ele fazia o que fazia (batizar com água), para que fosse manifestado em Israel. Ou seja, João Batista falava de Cristo e através do seu ministério e vida, apontava para a manifestação de Cristo. É exatamente isso que precisamos fazer em nossas vidas como um todo, devemos apontar e direcionar as pessoas para Cristo através da capacidade que Ele nos deu. Todo o A.T é um esboço que aponta para Cristo, a vida de João Batista é vivida como esboço que aponta para Cristo, ele mesmo reconhece que não conhecia Jesus como Deus até que o Espírito Santo se manifestou nele, mas sabia que o Messias viria, e que ele devia levar as pessoas a enxergarem isso.
João Batista tinha como esboço a vinda de Cristo, da mesma forma temos como um esboço a segunda vinda e devemos apontar para ela.
Agora nós já temos o esboço da primeira vinda de Cristo pronto, já sabemos como foi e o que ocorreu. A segunda parte do esboço ainda esta sendo desenhada, que é a segunda vinda Dele, e assim como João Batista fez, devemos viver nossos dias aqui na terra apontando e trabalhando para a sua manifestação final, esse é o propósito da nossa vida!
V 32-34
V 32-34
Aqui João demonstra a autoridade de Cristo, mudança no termo do “Cordeiro de Deus” para o “Filho de Deus”
O único que tem poder para batizar com o Espírito Santo no “momento da conversão”
Nesses últimos versículos vemos João Batista mostrar a autoridade de Cristo mudando o termo como classifica Jesus. Declara que Jesus é o único que possui o poder de batizar com o Espírito Santo (no momento da salvação) e também o declara Filho de Deus, coigual, a mesma essência do Pai. O Cordeiro manso, sofredor, que foi humilhado e morto injustamente pelos nossos pecados, aqui já muda de patamar e é declarado como o Filho de Deus, filho esse que se assenta a destra do pai. E para terminar, queria deixar o texto de apocalipse para vocês.
De Cordeiro sofredor para Filho de Deus que está sentado a destra do pai, governando o Reino dos Céus, que é digno de todo poder e honra
Apocalipse 5.6–13 (NAA)
Onde digno é o Cordeiro que foi morto e agora está ao lado do Pai. Que possamos viver nossa vida relembrando a importância desse sacrifício, levando a sério a luta contra o pecado, e vivendo os nossos dias apontando para Cristo, como João batista fez. Deus abençoe a todos.