O antídoto contra o veneno do pecado (Mt 12:33-37)

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INTRODUÇÃO
Além da Maiara, tem mais alguém aqui que possui fobia de cobra, medo de cobra?
Quais são as características da cobra que mais produz pavor em uma pessoa? A picada? O barulho que ela faz, o guizo, o veneno? Lembrando que há cobras que não são venenosas. Eu diria que o veneno é uma das coisas mais perigosas, claro, nas cobras que possuem veneno.
Por quê? A picada dói, sangra, mas ela passa. O movimento, o barulho, podem assustar, mas não matam, mas o veneno se alastra no corpo e pode matar se não for utilizado um antídoto para frear o seu efeito.
A gente vê aqui Jesus chamando os Mestres da Lei, fariseus, de “raça de víboras”, João Batista também os chamou desta forma.
E por que será que fizeram esta declaração? E o que Jesus deseja ensinar a nós neste texto em questão? Qual é o antídoto contra o veneno desta raça de víboras que eram os fariseus?
O tema que eu trago aos irmãos é: O ANTÍDOTO CONTRA O VENENO DO PECADO.
Para entendermos de onde vem este veneno, devemos voltar lá para o Jardim do Éden:
Gênesis 3.13–15 ARA
13 Disse o Senhor Deus à mulher: Que é isso que fizeste? Respondeu a mulher: A serpente me enganou, e eu comi. 14 Então, o Senhor Deus disse à serpente: Visto que isso fizeste, maldita és entre todos os animais domésticos e o és entre todos os animais selváticos; rastejarás sobre o teu ventre e comerás pó todos os dias da tua vida. 15 Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.
Este texto relata o episódio da queda do homem, em que, primeiramente a Eva, dando ouvidos a Satanás, que apareceu para ela como uma serpente, comeu do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, depois ela o deu a Adão. Como sabemos de acordo com o texto, eles se envergonham, fogem de Deus e descobrem que estão nus, o que, antes, pela pureza dos seus corações, não acontecia.
A partir de então, o homem começou a produzir, de acordo com seu coração corrompido pelo pecado, frutos ruins, pois como está no v. 33 de Mateus 12:
Mateus 12.33 ARA
33 Ou fazei a árvore boa e o seu fruto bom ou a árvore má e o seu fruto mau; porque pelo fruto se conhece a árvore.
Dobradiça: Como um homem pode sair de uma situação de produzir frutos maus para dar início a uma caminhada gerando bons frutos?
1. MEDITANDO NA PALAVRA (Sl 1:2-3)
Salmo 1.2–3 ARA
2 Antes, o seu prazer está na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite. 3 Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será bem sucedido.
Explicação: A ideia de meditar que existe hoje está presente em outras religiões, como o budismo, por exemplo, traz o conceito de que a pessoa fica em silêncio, em um lugar tranquilo, sentada com as pernas cruzadas, a coluna reta, sempre de olhos fechados, a ideia é estar totalmente rexalado e despreocupado do que está ao seu redor. Envolve concentração e respiração profunda.
Para nós, cristãos, o conceito já existe há muitos séculos. Tem por definição o pensamento profundo de acordo com a leitura da Sagrada Escritura. Não é somente ler, mas receber no coração o ensino guiado pelo Espírito Santo para que assim haja transformação.
Aquele que medita na Palavra é nutrido com o que precisa para produzir frutos admiráveis, excelentes, dignos de aceitação diante de Deus, e não apenas isso, a sua folhagem não murcha, ou seja, esta árvore permanece bonita e frondosa. Quem não busca meditar e aprender apenas produz o fruto de uma árvore ruim: defeituoso, inútil, corrompido, deteriorado, estragado.
O salmista compara aquele que medita com uma árvore plantada junto à corrente de águas, o que nos leva a compreendermos que aquele que produz frutos ruins não busca ser nutrido como esta árvore junto às águas, águas estas que são o próprio Jesus Cristo quando diz em João 4 na sua conversa com a mulher samaritana.
Aplicação: Irmãos, não basta ler, é necessário buscar entendimento através da oração e da comunhão com Deus, é Ele quem dá o sentido profundo ao texto de tal forma que fala comigo e com você e revela aquilo que precisamos aprender.
Dobradiça: A meditação por meio da Palavra é fundamental, e o segundo antídoto que precisamos para vencer o veneno do pecado em nós é quando estamos:
2. NOS ARREPENDENDO DOS NOSSOS ERROS (Lc 3:7-9)
Lucas 3.7–9 ARA
7 Dizia ele, pois, às multidões que saíam para serem batizadas: Raça de víboras, quem vos induziu a fugir da ira vindoura? 8 Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento e não comeceis a dizer entre vós mesmos: Temos por pai a Abraão; porque eu vos afirmo que destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão. 9 E também já está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo.
Explicação: Perceba que João Batista, como falei no início, também chama seus ouvintes de “raça de víboras”. E ele também fala dos frutos bons, e que aquele que não produz estes frutos será como uma árvore cortada até a raiz com um machado.
Qual a solução para dar bons frutos, de acordo com João Batista? É se arrepender, é olhar para dentro de si e avaliar quais tem sido as suas práticas e obras durante a vida. É entender que, se não está praticando o que é bom e útil, está agindo como uma cobra que espalha seu veneno, que no caso, são as palavras, o que Jesus condena no v. 34 de Mateus 12:
Mateus 12.34 ARA
34 Raça de víboras, como podeis falar coisas boas, sendo maus? Porque a boca fala do que está cheio o coração.
Se a cobra está cheia de veneno, o coração do homem mau transborda em maldade e faz com que seus lábios despejem palavras más. E Jesus respondeu isto logo após os fariseus o acusarem de expulsar um demônio de um homem que cego e mudo, que depois de curado, tornou a falar e ver.
Eles são como víboras espalhando o veneno que são as mentiras. Esta geração de judeus pertencentes ao movimento farisaico é geração que propaga suas más palavras, seu veneno, por onde passa. Ou seja, o coração daqueles homens está cheio de mentiras e julgamento precipitado. Em João 8:44, vemos o que Jesus afirma aos fariseus:
João 8.44 ARA
44 Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira.
Aplicação: Qual o caminho para se arrepender e entender o que está errado dentro do coração? Primeiramente, saber que o coração precisa ser guardado e protegido:
Provérbios 4.23 ARA
23 Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem as fontes da vida.
O coração é o local de onde saem nossos pensamentos, nossas vontades, emoções, e o entendimento do certo e do errado. É no coração que tomamos as decisões, que julgamos o que deve e o que não deve ser feito ou dito.
Continuando no texto de Mateus 12, outra figura que Jesus usa para ensinar é o tesouro:
Mateus 12.35 ARA
35 O homem bom tira do tesouro bom coisas boas; mas o homem mau do mau tesouro tira coisas más.
O que representa um tesouro? Jesus está mostrando que é o que de mais valioso a pessoa possui, é o que mais se considera e deposita em um local reservado a fim de preservar, cuidar. É por isso que Jesus também afirma em Mateus 6:21:
Mateus 6.21 ARA
21 porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração.
O que significa? É no coração que guardamos o que temos de mais precioso. O que nós temos considerado como sendo de maior valor e mais precioso?
Será que conhecemos a Deus, de fato e de verdade? Este mundo vive espalhando este veneno do pecado e isso se alastra até mesmo dentro da igreja. A mentira, a falsidade, o julgamento, a fofoca, se isto está no nosso coração, será que não estamos sendo como uma árvore má dando frutos maus?
Dobradiça: Irmãos, se precisamos recorrer à prática da meditação nas Escrituras e nos arrependermos dos nossos pecados. Após o arrependimento, precisamos viver:
3. RECONHECENDO A JESUS COMO SENHOR E SALVADOR (Mt 12.36-37)
Mateus 12.36–37 ARA
36 Digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no Dia do Juízo; 37 porque, pelas tuas palavras, serás justificado e, pelas tuas palavras, serás condenado.
Explicação: O que é uma palavra frívola? É uma palavra inútil, que não produz nada de bom, que não acrescenta. Palavras frívolas e inúteis são ditas por quem possui um coração cheio de maldade e falsidade.
Jesus fala que prestaremos conta destas palavras no Dia do Juízo, quando Deus fará o papel do reto Juiz que vem para julgar os bons e os maus.
Somente Jesus é quem reorienta nosso coração, nos purifica e faz com que sejamos guardados:
1João 1.5–9 ARA
5 Ora, a mensagem que, da parte dele, temos ouvido e vos anunciamos é esta: que Deus é luz, e não há nele treva nenhuma. 6 Se dissermos que mantemos comunhão com ele e andarmos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade. 7 Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado. 8 Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós. 9 Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.
É isto o que precisamos. Olhar para Jesus e confessarmos os nossos pecados constantemente, não apenas uma vez, mas todos os dias estamos suscetíveis ao erro.
Naquele Grande Dia, haverá dois tipos de pessoas: as justificadas e as condenadas. E quais palavras preciso proferir para ser justificado e não condenado? Vamos ler Romanos 10:9-10:
Romanos 10.9–10 ARA
9 Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. 10 Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação.
Com a boca, confessar a Jesus como Senhor e com o coração, crer que Ele ressuscitou dentre os mortos, pois se Ele ressuscitou, nós também ressuscitaremos. Esta é a promessa!
Um coração que crê, consequentemente, irá resultar em uma boca que confessa, mas não somente confessa, vive tendo a Jesus como Senhor.
Quais palavras tem saído dos nossos lábios? São palavras de louvor, bênção, oração a Deus? São palavras agradáveis ou que trazem vergonha? Deus tem Se agradado de nós?
Que, em nossos corações, busquemos este antídoto contra o veneno do pecado: Que tenhamos bem firme o desejo de meditarmos na Sua Palavra dia após dia, reconhecermos nossos pecados, nos arrependermos e confessarmos a Jesus como nosso Senhor e Salvador.
Que Ele nos capacite a vivermos assim sempre!
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