Viver ou Morrer: Para a Glória de Deus
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Introdução
Introdução
Essa semana acompanhei o Pastor Adriano no vélorio e cremação de um rapaz. A morte não é algo natural da nossa vida, não faz parte do curso original de Deus. Por isso sentimos, mas agora, somos obrigado a conviver com a dor, separação, tristeza. Os cristãos e não cristãos estão sujeitos a morte, a diferença que o cristão tem dentro de si uma viva esperança, sabendo que essa vida não tem um ponto final, mas continua na eternidade com o nosso Deus. Paulo nos ensina em Rm 8.18 que os nossos sofrimentos hoje não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós, ou seja, o nosso encontro com Deus para a eternidade será tão glorioso, que o sofrimento e a dor que passamos será bem pequena.
Por isso, a nossa vida é para a glória de Deus. 1Co 10.31 “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus.” Quer na vida, quer na morte, que seja para a Glória de Deus! Paulo nos ensina isso aqui nesses versículos, que...
(Proposição) Deus quer ser o Seu Senhor, pois toda glória deve ser dada a Ele.
3 Princípios
I- Morrer e estar com Cristo (v. 21-23)
I- Morrer e estar com Cristo (v. 21-23)
Talvez um dos principais problemas da morte é que as pessoas não sabem o que vai acontecer quando os seus olhos fecharem para sempre. De fato, não ter a certeza da eternidade é algo assustador, pois não é apenas por algumas horas ou dias, é para sempre. Nós não temos dimensão do que seja isso. Porém, os cristãos sabem como será a sua eternidade, se ela foi firmada em Cristo Jesus. Jesus morreu por nós e nos deu a vida eterna, Ele morreu para que tivéssemos vida.
No versículo 21, Paulo quer mostrar que tanto na vida, quanto na morte é Cristo. Se eu vivo a minha vida aqui, é pela causa de Cristo. Se eu morro, é lucro também, porque vou estar com Cristo, logo, não há um momento ruim, ou um momento em que eu não esteja com Cristo. Jesus é o sujeito da frase, na vida ou na morte. A Palavra de Deus revela que aquele que está em Cristo, passou da morte para a vida. Por isso, é preciso estar em Jesus porque Ele é o caminho, a verdade e a vida. Quem crê nele ainda que morra, viverá.
Paulo continua mostrando que o morrer não é o fim da nossa caminhada, mas o início de uma jornada celestial. Ele usa um termo que a tradução da ARA trouxe “incomparavelmente melhor”, a NVI traz “muito melhor”. E o sentido é esse, de que não há nada comparado com o estar com Cristo. Esse deve ser o desejo do Cristão.
O morrer não pode ser um medo, por mais que não é algo natural, porém sabemos o que nos espera depois dessa vida. A vida do Crente é firmada na esperança da Glória, que é Jesus. Não vivemos aqui a mercê. A nossa identidade é que somos filhos de Deus, fomos comprados e lavados pelo Sangue de Cristo e aguardamos com expectativa para estarmos eternamente com Deus. A morte nos relembra que foi o pecado em Gênesis que trouxe isso para nós, mas nos lembra que no calvário o Filho do homem morreu para nos salvar.
Não há vida eterna sem Jesus, não há salvação sem o derramamento de sangue, e não há nada neste mundo que se compara com a glória eterna nos céus.
Paulo nos ensina que na vida ou na morte, é para glória de Deus. Ele estava preso, sofrendo, aparentemente estar com Cristo seria o melhor, porém tem algo que Paulo não se esquece, que enquanto estamos vivendo, é para a Glória de Deus..
(transição) Por isso, agora Paulo ensina
II- Viver e dar frutos (v.24-26)
II- Viver e dar frutos (v.24-26)
Por mais que ele sabe que estar com Cristo é incomparavelmente melhor, ele se convece, que o propósito dele é levar a causa de Cristo adiante, ensinando e pregando o Evangelho. Parece que não tem tempo ruim de Paulo em servir a Deus, a ponto de falar isso em 2Tm 4.2 “prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina.” A nossa vida é muito curta para vivermos para nós mesmo. Quem vai viver até os 50 anos? ou até os 60 anos? Não sabemos, porém, sabemos que devemos dar frutos para Deus.
*Ilustração* Dia 15 de Julho de 1925, o Pr. Takeo Monobe chegou ao Brasil. Não foi fácil ele chegar lá. Foi na morte do seu amigo que ele procurou resposta para a Vida; buscou no budismo e não encontrou, mas encontrou no Evangelho. Foi expulso de casa porque seu pai era sacerdote budista e foi uma vergonha para a família. Pr. Takeo fez seminário, pastoreou a Holiness em Hokkaido, pastoreou outra igreja em Tóquio. Depois disso, viu que muitos irmãos japoneses estavam indo para o Brasil e com isso, sentiu o desejo de ir junto. Em 1925, depois de 2 meses no navio, chegou no Brasil. A família Tanaami que ele acompanhava no Japão, pode reencontrar e caminhar com ela no Brasil. Ele foi um pregador intinerante. Em 5 anos, fez 98 viagens missionárias, em 35 cidades, ao todo 1200km e 250km fez a pé. Em 1930, depois de problemas de saúde, faleceu.
Esse homem nos mostra que viver para Deus é ir muito além, é dar frutos, deve ser para a glória de Deus. O motivo que Paulo tinha para ficar vivo (permanecer na carne) era para o progresso e alegria da fé, para que os irmãos em Filipenses tivessem a cada dia mais um motivo para gloriar em Jesus, através da vida de Paulo. É como se eu pensasse, eu vou ensinar, eu vou me esforçar para que aquela pessoa dê fruto e aumente mais a sua glória em Jesus, porque eu tenho sido um vaso de barro nas mãos de Deus. Enquanto tivermos fôlego, devemos dar frutos. O Pr. Takeo, nos seus últimos dias, terminou de pregar deitado, pois estava tão fragilizado que não conseguia ficar de pé, mas não foi um motivo para parar, ele continuou o trabalho do Senhor. 1Co 15.58 “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão.” Quando fazemos no Senhor, sabemos que valerá a pena!
(transição) Finalmente Paulo termina nos ensinando que
III- A nossa vida é para a glória de Deus (v.19-20)
III- A nossa vida é para a glória de Deus (v.19-20)
Quero voltar nesses versículos. Paulo traz a oração dos santos e a ação do Espírito sendo o motivo da sua libertação. A provisão dessa ação de Deus é pela sua bondade e também por causa, dos irmãos que oram pela vida de Paulo. Por isso precisamos orar uns pelos outros. A nossa súplica deve ser verdadeira, sabendo que Ele nos ouve.
A expectativa de Paulo era de não falhar na sua missão, por isso, vivia para Deus, com ousadia.
Podemos nos perguntar, como estamos lidando com a nossa vida? Para quem estamos vivendo? Para nós mesmo? Ou para que os nossos filhos tenham um futuro bem-sucedido? Ou para alcançarmos a glória de Deus por meio das nossas ações?
A família é prioridade, o trabalho é importante, mas a Glória de Deus é essencial. Os nossos filhos serão bem-sucedidos se forem fiéis a Deus, teremos um trabalho de sucesso, se conseguirmos ter o sustento e ainda levarmos a luz de Cristo. Não podemos separar o sagrado do profano, ou o domingo da segunda-feira. Todos os dias devem ser para Deus!
Paulo finaliza o versículo com essa certeza, Cristo deve ser glorificado, quer pela vida ou pela morte. Isso quer dizer que vamos precisar ter ação. Mudar a nossa forma de enxergar a vida cristã e praticar. Estamos no mês de missões, que seja apenas um início para Deus. Deus não chama todos os cristãos para irem do outro lado do mundo, apesar que, os brasileiros aqui já estão do outro lado do mundo, mas onde estivermos devemos iluminar a Luz de Cristo. Nós somos a luz do mundo, e não se pode esconder uma cidade edificada no monte. Que saíamos hoje com a única certeza em nossos corações, que as nossas vidas não sejam apenas mais uma, mas que sejamos arautos do Rei, assim como foi o Pr. Takeo. As pessoas lá foram precisam do Evangelho, que a nossa resposta seja, Eis me-aqui, me use!
Conclusão
Conclusão
Quero finalizar relembrando que mesmo que a morte vier, estaremos com Cristo que é incomparavelmente melhor, porém enquanto estamos aqui, que Deus nos encontre com as mãos no Arado, pois toda a nossa vida é para a Glória de Deus! Louvado seja Deus.