Com Jesus nos mares da vida (M 14:27-33)
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INTRODUÇÃO: No dia 18 de junho, foi notícia o submersível de nome Titan que desapareceu enquanto estavam indo rumo aos os destroços do navio Titanic que está no fundo do mar. Nele estavam o piloto e mais quatro passageiros. Um dos integrantes era o próprio presidente da empresa dona do submersível. Para participar desta viagem, seria necessário desembolsar 250 mil dólares, o que daria mais de 1 milhão de reais.
Grande era a confiança deles, visto que havia sido feita esta expedição outras 37 vezes. Mas, para eles, aquela seria a última de suas vidas, uma viagem sem volta. A notícia da morte deles foi confirmada no dia 22.
Irmãos, por maior que seja a confiança do ser humano de que nada de mal vai acontecer, nos mares ainda existe muita coisa incerta, no profundo dos mares há lugares de dificílimo acesso e que podem ser fatais para qualquer um que tenta r chegar até lá.
Se hoje ainda é assim, imagine como era nos tempos de Jesus. Barcos e navios construídos com materiais simples eram os únicos meios de navegação da época, não havia submarino ou submersível, não havia equipamentos capazes de levar o homem às profundezas.
O homem possuía muito medo das grandes águas, dos mares, e até mesmo com os inimigos eram comparados:
12 Ai do bramido dos grandes povos que bramam como bramam os mares, e do rugido das nações que rugem como rugem as impetuosas águas! 13 Rugirão as nações, como rugem as muitas águas, mas Deus as repreenderá, e fugirão para longe; serão afugentadas como a palha dos montes diante do vento e como pó levado pelo tufão.
As circunstâncias ruins são como os mares que rugem e assustam. Quem somos nós, se não tivermos a Jesus para nos socorrer? Como estaremos quando nos encontrarmos nos grandes mares da vida, que são as dificuldades, os problemas do dia a dia?
Queridos irmãos, o tema desta noite é: COM JESUS NOS MARES DA VIDA. O que precisamos para confiar que Ele está conosco?
1. CORAGEM PARA SAIR DA ZONA DE CONFORTO (v. 27-28)
1. CORAGEM PARA SAIR DA ZONA DE CONFORTO (v. 27-28)
27 Mas Jesus imediatamente lhes disse: Tende bom ânimo! Sou eu. Não temais! 28 Respondendo-lhe Pedro, disse: Se és tu, Senhor, manda-me ir ter contigo, por sobre as águas.
Explicação: Não queremos entrar no desconhecido, temos medo. Assim é Pedro, muitas vezes, impulsivo, mas é encorajado a descer do barco. Ele faz o mais difícil, é levado à decisão de sair.
Jesus começa dizendo para ele ter bom ânimo e não temer. Se formos procurar na Bíblia, em especial no Antigo Testamento, podemos encontrar passagens onde Deus encoraja Seu povo, principalmente quando o contexto é uma batalha e eles estão caminhando rumo à vitória, como por exemplo:
15 e disse: Dai ouvidos, todo o Judá e vós, moradores de Jerusalém, e tu, ó rei Josafá, ao que vos diz o Senhor. Não temais, nem vos assusteis por causa desta grande multidão, pois a peleja não é vossa, mas de Deus.
O povo de Israel vivia em guerra com muita frequência, mas sempre precisava se lembrar de que a guerra era vencida não pelo numeroso exército, visto que, em muitas situações, eles eram o menor dos povos, pelas armas, pelos grandes guerreiros, pelos cavalos ou pelos carros. Eles venciam quando Deus estava no meio deles para a conquista da vitória.
Como eu disse anteriormente, os inimigos são para o povo de Israel como as grandes águas do mar. Então faz todo o sentido que o mar seja enxergado como um inimigo a ser vencido nesta situação, e que basta iniciar. No texto que estamos lendo, Jesus, que anteriormente fora confundido com um fantasma, demonstra ser um encorajador de discípulos medrosos.
Aplicação: Por vezes, precisamos sair do barco, sair da zona de conforto, Jesus está chamando para vivermos provando do poder sobrenatural dEle em nossas vidas, e continuamos com medo. Quantas vezes Ele te encorajou a recomeçar a caminhada para enfrentar a dificuldade com disposição e fé de que venceria?
Teve vezes que fugiu, mas teve vezes que foi até o fim, não é mesmo? Mas precisou de uma confirmação de que era a voz de Jesus no seu coração. Não estou falando em decisões tomadas por impulso, estou falando de um coração obediente à voz do Senhor, que aguarda a resposta dEle para prosseguir.
Teve vezes que, por ter fugido, você se arrependeu depois ao ver que era de fato Jesus quem te chamava. Jamais ignore o convite, pois é o mais gracioso e mais maravilhoso dos convites! Ainda que pareça loucura para seus amigos, sua família, ainda que as pessoas mais próximas não creiam, se é Jesus te chamando, vá até Ele!
O primeiro passo de fé pode ser o mais desafiador por estarmos indo de encontro ao mar, ao desconhecido, de encontro ao local onde nossos pés, sozinhos, não conseguem caminhar. Mas é Jesus quem estará lá do outro lado, então não há o que temer!
Dobradiça: Jesus encoraja e convida para não temermos e caminharmos sobre as águas, mas aí precisamos continuar. Com os pés fora do barco, há um caminho a ser percorrido pela fé. Assim, o que é necessário em segundo lugar:
2. OLHOS FIXOS EM JESUS PARA TERMOS FÉ (v. 30-32)
2. OLHOS FIXOS EM JESUS PARA TERMOS FÉ (v. 30-32)
30 Reparando, porém, na força do vento, teve medo; e, começando a submergir, gritou: Salva-me, Senhor!
Explicação: Pedro começa a caminhar, mas também começa a ser influenciado pelo que está vendo. Inicialmente está olhando para Jesus, mas com as ondas e o vento fortes, ele desvia seu olhar e se importa com o que vê com os olhos carnais, materiais. O texto fala que ele repara na força do vento e tem medo. É instantâneo!
Certa vez, no Seminário, ouvi de um colega que leu o comentário de um teólogo liberal que afirma que Pedro começa a afundar porque lhe faltou fé em si mesmo, o que não faz sentido algum! Irmãos, tenham cuidado com o leem, ouvem e veem para não caírem no erro de interpretarem incorretamente os textos bíblicos!
31 E, prontamente, Jesus, estendendo a mão, tomou-o e lhe disse: Homem de pequena fé, por que duvidaste?
Pedro começa a afundar quando confia em si mesmo e percebe que seu corpo não tem poder suficiente para continuar acima da água. A fé de Pedro não é pequena no sentido de quantidade, mas em quem ele está olhando para confiar, para ter fé. Confiar nas circunstâncias deste mundo é pensar pequeno, é confiar no instável, confiar naquilo que não pode oferecer verdadeira solução.
É só recordarmos o que Jesus diz a respeito do tamanho da nossa fé, quando os discípulos não estão conseguindo expulsar o demônio do filho de um homem que pediu ajuda:
20 E ele lhes respondeu: Por causa da pequenez da vossa fé. Pois em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele passará. Nada vos será impossível.
O grão de mostarda, naquela época, é considerado o menor dos grãos. E o que significa? Que, ainda que nossa fé seja mínima, Jesus pode nos fazer grandes coisas! Não é o tamanho da fé, mas sim em quem o ser humano olha para confiar!
Aplicação: Pode ser que Jesus não te tire das tempestades no momento em que você deseja, mas pode ter certeza de que Ele estará contigo em todas elas. Ter fé é dar o próximo passo olhando pra Jesus sabendo que embaixo dos pés está o mar. Enquanto seus olhos estão fitos em Jesus, você caminha seguro e não se preocupa, as tempestades não podem te influenciar!
Existe uma moça chamada Elizabeth Mutz nasceu com uma doença chamada catarata congênita que a deixou com a visão muito limitada, quase cega. Ela vivia isolada de tudo e de todos, não tinha amigos, sofria muito com isso.
Mas, aos 15 anos, provou do poder de Deus que converteu seu coração e, mesmo diante de muitas tempestades e do mar que se revoltava nas dificuldades, ela entendeu que Deus a amava e que Jesus morreu por ela.
Seu problema de visão não a impediu de fazer faculdade de Administração e Pós graduação em Gestão Estratégica de Pessoas. Algum tempo depois, assumiu a presidência do Instituto Braille do Espírito Santo. Neste local, ela pôde testemunhar da grande obra de Deus em sua vida. Ela confiou que Deus estaria com ela sempre, pela fé creu que, mesmo que todos a abandonassem, Deus Se faria presente em sua vida.
Ela podia até não enxergar bem com seus olhos materiais, mas Deus abriu seus olhos espirituais e ela podia viver uma vida com Deus de forma plena.
Existe problema muito difícil para Deus resolver em sua vida? Olhe fixamente para o Senhor, Ele conhece seu coração e, no devido tempo, as coisas estarão sob controle. Pode ser que não aconteça exatamente da maneira que você imagina, mas será da maneira que Deus planeja, e a vontade dEle pra mim e pra você é infinitamente melhor!
Tem um ditado que afirma que depois da tempestade vem a calmaria, e é o que observamos no v. 32:
32 Subindo ambos para o barco, cessou o vento.
Dobradiça: Jesus dá coragem para darmos o primeiro passo, assim devemos fixar os olhos nEle para confiarmos, e o que devemos fazer depois que a tempestade já se acalmou?
3. RECONHECER QUE ELE É O MOTIVO DA NOSSA ADORAÇÃO (v. 33)
3. RECONHECER QUE ELE É O MOTIVO DA NOSSA ADORAÇÃO (v. 33)
33 E os que estavam no barco o adoraram, dizendo: Verdadeiramente és Filho de Deus!
Explicação: Quando Pedro volta ao barco, ele e os outros adoram a Jesus e reconhecem a Sua divindade, que Ele é o Filho de Deus. Eles se prostram e demonstram que é Deus quem está ali diante deles.
Eles reconhecem ao verem o poder sobrenatural de Jesus, que não é um homem qualquer, não é simplesmente um profeta, não é um anjo enviado por Deus, mas é o próprio Deus manifestado na Pessoa de Jesus Cristo.
Aplicação: O que nos leva a adorarmos a Deus mesmo diante dos problemas, diante do mar que está em fúria? O que, em sua vida, pôde lhe levar a dizer que era a ação de Jesus? Qual o grande feito que Deus operou? E se ainda não vivenciou nenhum milagre, o que te faz permanecer louvando? Somente quando reconhecemos quem Ele é, é que podemos adorá-Lo de todo o coração.
O hino Sossegai, hino 254 do Hinário do Novo Cântico, foi escrito por uma jovem chamada Mary Ann Baker após duas enormes tempestades que ocorreram com sua família.
Nascida em 16 de setembro de 1832, nos Estados Unidos, veio de uma família que participava frequentemente da sua igreja local. Uma família humilde, que passava por dificuldades financeiras, o que não impedia de que fossem todos felizes e unidos.
Mas veio a primeira grande tempestade: a morte dos pais de Mary por causa de tuberculose. Ela e seus dois irmãos, agora órfãos, foram viver sozinhos, em busca um emprego, sempre firmes com fé em Jesus. Eles moravam em Chicago.
Porém, uma segunda tempestade veio, seu irmão também sofreu com a tuberculose e, mesmo que Mary e sua outra irmã tentassem salvar a vida dele o levando para a Flórida, onde acreditava que o clima seria mais favorável, porém ele não sobreviveu. Elas não possuíam condições financeiras para irem ao seu enterro nem para levá-lo a fim de ser sepultado em Chicago.
Mary e sua irmã estavam arrasadas. Mary registrou sua experiência dizendo: “Embora nosso choro não fosse ‘como outros que não têm esperança’ e embora tivesse crido em Cristo desde menina e desejasse sempre viver uma vida consagrada e obediente, tornei me terrivelmente rebelde a esse desígnio da divina providência. Disse no meu coração que Deus não amava a mim, nem aos meus. Mas a própria voz do meu Mestre veio aclamar a tempestade no meu coração rebelde e me trouxe a calma de uma fé mais profunda e uma confiança mais perfeita.”
Foi aí que o professor Horatio Richmond Palmer, da Igreja onde congregavam, solicitou que Mary escolhesse hinos para a Escola Bíblica Dominical.
O professor pediu que os hinos fossem relacionados aos temas que estavam sendo estudados. Mary teve seu coração foi tocado por Deus ao ver o tema de uma das lições: “Cristo Acalmando a Tempestade”.
Ela se identificou tanto com a mensagem do estudo que percebeu que expressava tão bem a sua experiência de vida, assim ela escreveu o hino “Sossegai” como uma poesia. O professor, ao ver isto, imediatamente, compôs a música para que pudesse ser um hino cantado.
Ela viveu experiências terríveis, mas continuou com sua fé em Jesus. Ela foi usada, mesmo em meio às dificuldades, ao escrever a letra de um hino que marcou gerações até o dia de hoje. Que história de vida inspiradora para todos nós!
PONTE CRISTOCÊNTRICA: Sabe por que nós podemos sobreviver às tempestades quando temos a Jesus em nossas vidas? Porque Ele, primeiramente, sofreu a maior das tempestades a fim de recebermos perdão, graça e misericórdia do nosso Deus:
33 Chegada a hora sexta, houve trevas sobre toda a terra até a hora nona. 34 À hora nona, clamou Jesus em alta voz: Eloí, Eloí, lamá sabactâni? Que quer dizer: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? 35 Alguns dos que ali estavam, ouvindo isto, diziam: Vede, chama por Elias! 36 E um deles correu a embeber uma esponja em vinagre e, pondo-a na ponta de um caniço, deu-lhe de beber, dizendo: Deixai, vejamos se Elias vem tirá-lo! 37 Mas Jesus, dando um grande brado, expirou. 38 E o véu do santuário rasgou-se em duas partes, de alto a baixo. 39 O centurião que estava em frente dele, vendo que assim expirara, disse: Verdadeiramente, este homem era o Filho de Deus.
CONCLUSÃO: Quais são as tempestades, os ventos, e os mares que tem afligido o seu coração? Qual é o grande problema a ser resolvido?
O desconhecido do mar pertence a Deus, homem nenhum consegue controlá-lo totalmente, ainda que tenha o maior conhecimento e a melhor tecnologia. Deus é quem controla todas as coisas, Ele é soberano!
Cristo te encoraja, hoje, a caminhar sobre as águas não se importando com as circunstâncias adversas. Ele te chama a olhar fixamente para Ele, pois assim a sua fé estará bem firmada naquilo que não é inconstante, instável, mas olhará para Aquele que é o Dono de todas as coisas, que tem o poder sobre o vento, o mar, a tempestade, enfim, toda a natureza.
Adore ao Senhor em gratidão por tudo o que Ele tem feito, adore pelo que Ele ainda fará, e principalmente, adore por quem Ele é na sua vida! Tantas são as bênçãos, incontáveis, em gratidão, aqui louvamos, em gratidão, servimos e cantamos. Em gratidão, pregamos e testemunhamos os Seus grandes feitos!
Que o Senhor nos abençoe e nos sustente. Com Jesus nos mares da vida nós sempre estaremos seguros! Que Jesus abençoe a todos!