Modelo de Comportamento Cristão Baseado em Daniel (2)

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Introdução

Leitura Inicial: Dn 1:8 “8 Resolveu Daniel, firmemente, não contaminar-se com as finas iguarias do rei.”
O padrão de Daniel - um modelo de comportamento cristão.
O livro de Daniel apresenta alguns eventos de destaque na vida de Daniel na Babilônia. Ao vermos o testemunho e a história de Daniel nós podemos olhar para esse testemunho e essa história e termos um modelo de caráter. Um Modelo de comportamento Cristão.
Ao olharmos para o que Daniel passou, ao olharmos para o que Daniel enfrentou e com ele reagiu, nós podemos aprender como ser crentes mais fiéis ao nosso Deus agindo da mesma maneira que Daniel agiu.
Esse é o propósito da mensagem neste noite: Observar um modelo no comportamento de Daniel e aplicar esse modelo em nossas vidas.

Panorama de Daniel

Autor

Daniel, em hebraico significa Deus é meu juíz.
Daniel foi citado cinco vezes fora do seu livro. Três vezes no antigo testamento Ez 14:14, Ez: 14:20, Ez: 28:3 e duas vezes novo Mt 24:15 e Mc 13:4.
Nas duas primeiras referências Daniel é associado a Noé e a Jó como exemplo de retidão. Na terceira como exemplo de sabedoria. Essas três primeiras menções a Daniel já nos dão uma ideia do caráter de Daniel (Ezequiel foi contemporaneo de Daniel).

Divisão do livro e Gênero

O livro de Daniel apresenta tanto uma literatura histórica/narrativa como literatura apocalíptica.
De maneira bem simplística podemos dividir o livro de Daniel em duas grandes partes:
Capítulo 1 ao 6 - narrativa histórica.
Capítulos 7 as 12: literatura apocalíptica em parte profética.
Dos capítulos 1 ao 6 nós temos narrativas relacionadas às atividades de Daniel na Babilônia durante o império neobabilônico e o estabelecimento da Medo-Pérsia como poder dominante no Oriente médio.
O capítulo 7 inaugura a parte apocalíptica do livro e não será o foco da mensagem de hoje. Muitos consideram o livro de Daniel, principalmente a segunda parte como o Apocalipse do Antigo Testamento.

Contexto histórico

Os eventos históricos apresentados no livro de Daniel aconteceram num tempo difícil para Israel. Devido a desobediência de Israel, Deus os puniu.
Em Dt 28:1-14 Deus disse que Israel prosperaria sobre sua benção, se eles fossem fiéis.
Dt 28:1 “1 Se atentamente ouvires a voz do Senhor, teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que hoje te ordeno, o Senhor, teu Deus, te exaltará sobre todas as nações da terra.”
Mas no restante do capítulo 28 também disse que sofreria uma punição dolorosa se fossem infiés.
Dt 28:15 “15 Será, porém, que, se não deres ouvidos à voz do Senhor, teu Deus, não cuidando em cumprir todos os seus mandamentos e os seus estatutos que, hoje, te ordeno, então, virão todas estas maldições sobre ti e te alcançarão:”
E por não terem dado ouvidos à voz do Senhor eles foram punidos. Diante desse contexto de desobediência e punição divina é que o livro de Daniel se encontra.
2Rs 25:1-21 Em 586 a.C Jerusalém foi destruída e se tornou parte da Babilônia. Onze anos antes no entanto (597 a.C), alguns israelitas (cerca de 10mil) já tinham sido conduzidas ao cativeiro quando um rei chamado Jeoaquim reinava (2Rs 24:11-16).
Cerca de oito anos antes, Daniel e seus três amigos (além de outros jovens) haviam sido levados a força. O cativeiro de Daniel na Babilônia é o interesse central do livro de Daniel.
Ezequiel, que foi levado para a Babilonia oito anos após Daniel, provavelmente ficou impressionado com o testemunho de Daniel.
É bem provável que Daniel foi levado para a Babilônia ainda adolescente.
Daniel 1:1-2 “1 No ano terceiro do reinado de Jeoaquim, rei de Judá, veio Nabucodonosor, rei da Babilônia, a Jerusalém e a sitiou. 2 O Senhor lhe entregou nas mãos a Jeoaquim, rei de Judá, e alguns dos utensílios da Casa de Deus; a estes, levou-os para a terra de Sinar, para a casa do seu deus, e os pôs na casa do tesouro do seu deus.”

Uma vida em santidade

Daniel 1:1-4: Daniel e seus amigos foram sequestrados e exilados de sua pátria pelo Rei da Babilônia.
v2 - "O senhor lhe entregou nas mãos..." A derrota era consequencia da desobediencia de israel.
v2 - "seu deus" - aqui uma referência a um dues pagão, um dos deuses dos babilônicos.
Daniel e seus amigos foram levados para a babilônia. Note as características desses jovens. Daniel 1:4.
v4 - O caráter de Daniel já estava formado. Daniel já era temente a Deus antes de ir para a Babilônia.
Logo de início eles devia se envolver na cultura e aprender a língua dos caldeus. (Daniel 1:4-5)
A Babilônia era uma cidade esplêndida, feita para dar orgulho aos seus cidadãos. Não é a toa, por exemplo, que os seus jardins suspensos são contados entre as sete maravilhas do mundo antigo. Ela possuía 36km de fosso ao redor de toda a cidade e muralhas duplas de 93m de altura e de 26m de largura além de 100 portões de bronze maciço.
Havia um sistema de ensino e este incluía botânica, geometria, química, astronomia, medicina, matemática, leis e religião. Somente os melhores estudavam na universade Imperial da Babilônia.
Conhecer a cultura dos caldeus implicava em estudar os manuscritos antigos, conhecer astrologia, magia, advinhação… afinal eles seriam enquadrados como “magos”.
Certamente um grande desafio estava a frente de Daniel.
Daniel estava saindo de sua terra, indo para uma terra estranha, pagã.
Perceba que o rei queria controlar tudo.
v5 - "Determinou a ração diária" … "o vinho que bebia" e até o tempo "três anos".
v7 - "lhe pôs outros nomes" - Mudar o nome de alguém era uma forma de exercer autoridade. Um dos objetivos do rei era a assimilação da cultura Babilônica por Daniel.
Daniel: Deus é meu Juíz
Ananias:: O senhor é gracioso
Misael: Quem é como Deus
Azarias: o Senhor é ajudador.
Os novos nomes invocavam a ajuda dos deuses babilônicos Marduque, Bel e Nebo no lugar do Senhor de Israel.
Irmãos, você já pararam para pensar em como está o mundo em que vivemos? minorias , a grande mídia, progressistas, ideologias políticas literalmente querem e estão tentando fazer algo semelhante ao que Nabucodonososr estava fazendo. Um processo de assimilação de uma nova cultura, um processo de reprogramação, em prol de novos valores, de novos deuses.
Talvez você pense que é muito difícil hoje, mas no tempo de Daniel era mais difícil.
No versículo 5 inclusive já vimos qual foi o primeiro desafio! Certamente as “finas iguarias do rei” eram comidas sacrificadas a ídolos, além de conter itens que a dieta judaica não permitia. No entanto, a atitude de Daniel foi muito além disso (Afinal ele eventualmente comeu as comidas da Babilonia) , a postura de Daniel era uma resistência a tentativa de assimilação da cultura babilônica.
E qual foi a postura de Daniel? Daniel 1:8.
Daniel foi ousado e confiou em Deus! E Deus o concedeu graça Daniel 1:9. Mesmo sem a comida aparentemente necessária para dar a “sustância”, Daniel e seus amigos foram bem nutridos sem as finas iguarias do rei (Daniel 1:15-16).
Após isso, Daniel também precisou fazer uma prova oral (Dn 1:18). E sua nota foi dez! Aprovado com louvor (Dn 1:19-20).
Daniel superou até os melhores da babilônia. Será que foi sorte? Aqui vemos a equação: “Graça divina + total dependência em Deus + profunda dedicação ao estudos = excelência no que se faz”
Mesmo não gostando de estudar os textos babilônicos, pois seu prazer se encontrava na lei de Deus, Daniel não envergonhou o nome do Senhor.
Daniel vivia numa época em que o mínimo sinal de desobediência poderia resultar em morte, mas mesmo assim ele se manteve firme e não desonrou a nosso Deus.
Pergunta para reflexão:
Será que temos vivido assim? ou será que no primeiro sinal de desfavor em nosso trabalho, escola, no dia dia, nós negamos ao nosso Senhor?
Assim que chegou na Babilônia, Daniel tomou uma decisão, ele decidiu por uma vida em santidade. Ele decidiu continuar uma vida em santidade.

Uma vida dependente de Deus (Cap 2)

No capítulo 2 de Daniel, Nabucodonosor teve um sonho, e foi algo tão pertubador que logo os sábios foram convocados. O rei, não era ingênuo, e para evitar que qualquer um dissesse qualquer interpretação pediu que os sábios primeiro contassem o sonho e depois a sua interpretação, sem o rei contar. Dn 2:1-2
Obviamente ninguém conseguiu fazer isso. Dn 2:10
Daniel 2.10 BEARA
Responderam os caldeus na presença do rei e disseram: Não há mortal sobre a terra que possa revelar o que o rei exige; pois jamais houve rei, por grande e poderoso que tivesse sido, que exigisse semelhante coisa de algum mago, encantador ou caldeu.
A resposta do rei era uma sentença de morte (Dn 2:5).
O que Daniel fez então? Pediu um prazo para cumprir a ordem do Rei. Daniel respondeu com sabedoria e fé. Dn 2:14-16
Daniel não tinha certeza nenhuma, mas ele ia apelar para a graça e misericordias divinas (Dn 2:17-18).
Deus então concedeu a resposta do sonho numa visão a noite. O resultado de tudo isso é que Nabucodonosor conheceu que o Senhor é Deus e o Senhor dos reis. (Dn 2:26-28).
Deus resolveu ir além. Dn 2:48
Daniel 2.48 (BEARA)
Então, o rei engrandeceu a Daniel, e lhe deu muitos e grandes presentes, e o pôs por governador de toda a província da Babilônia, como também o fez chefe supremo de todos os sábios da Babilônia.
Provérbios 22.29 BEARA
Vês a um homem perito na sua obra? Perante reis será posto; não entre a plebe.

Uma vida de coragem (cap 6)

Daniel viveu até o reinado de Dario, rei medo-persa. Já na sua velhice, teve que enfrentar novamente uma prova de fé.
A ascensão de Daniel trouxe algumas conseguências infelizes para Daniel. Ele atraiu a inveja dos outros presidentes. Por causa disso um plano foi arquitetado para pegar Daniel.
Primeiro tentaram achar uma falha em sua administração, mas foi um esforço em vão, pois ele era fiel. Dai tiveram que atacar a fé que Daniel tinha em Deus. O plano consistia em fazer o rei aprovar um decreto impedindo a devoção a qualquer outro Deus.
v10 - O que Daniel fez ao saber que seria colocado na cova dos leões?
v16 - Daniel pagou o preço e foi parar na cova dos leões.
Deus não tinha que salvar daniel. Na verdade, muitos homens e mulheres morrem em nome de de Deus. Mas, Deus resolveu ser glorificado com a sobrevivência de Daniel (Dn 6:22-23). Já os acusadores… Dn 6:24).
A história nos mostra o que o próprio rei o Dario escreve no v26:
“Faço um decreto pelo qual, em todo o domínio do meu reino, os homens tremam e temam perante o Deus de Daniel, porque ele é o Deus vivo e que permanece para sempre… Ele livra e salva, e faz sinais e maravilhas no ceu e na terra; foi ele quem livrou a Daniel do poder dos leões”.

Conclusão: A excelência na fé como um estilo de vida.

Daniel mostrou sua fé em várias ocasiões de sua vida, o seu estilo de vida era pautado numa fé excelente.
Isso não quer dizer que Daniel fosse um super crente. Ele era igual a nós e tinha o mesmo Deus que nós temos.
No entando, havia algo que o diferenciava: a sua ousadia em confiar em Deus.
Você pode estar pensando consigo mesmo: "mas como eu posso ser como Daniel uma vez que Deus não tem operado os sinais e milagres da época de Daniel"
Os sinais e milagres podem não acontecer, mas o Deus imutável de Daniel é o também o nosso Deus e ele está no controle de tudo. Ele tem soberania divina.
O livro de Daniel, falva sobre Daniel, mas o propósito principal é a soberania divina. Perceba que em todas as narrativas fica claro o agir de Deus:
Foi Deus que entregou o povo ao cativeiro
Foi Deus que concedeu compreensão da parte do chefe dos eunucos no capítulo 1. (Dn 1:9)
Foi Deus que conecedeu o conhecimento e a inteligêmcia em toda a cultura e sabedoria. A a inteligência de visões e sonhos a Daniel (Dn 1:17)
Foi Deus que revelou o sonho do rei a danial
Foi Deus que preservou Daniel na cova dos leões.
Rm 8:13 “13 Porque, se viverdes segundo a carne, caminhais para a morte; mas, se, pelo Espírito, mortificardes os feitos do corpo, certamente, vivereis.”

Aplicações

1. Deus é soberano

Estudos Bíblicos Expositivos em Daniel A Fé de Daniel, a Fidelidade de Deus

Ainda que tivesse que enfrentar circunstâncias adversas, Daniel não entrou em pânico. Ele entendeu que, a despeito de tudo apontar em contrário, esse evento bizarro estava sobre o controle soberano de Deus, que tinha um propósito para tudo aquilo

2. Nós somos estrangeiros nesse mundo, assim com Daniel na babilônia

Estudos Bíblicos Expositivos em Daniel (A Experiência do Exílio)
Como cidadãos dos céus, os cristãos vivem como estrangeiros e peregrinos em uma terra que não é deles mesmos, e há tempos em que a inimizade do mundo contra o povo de Deus se torna evidente. A hostilidade do mundo é frequentemente demonstrada em seus esforços de nos forçar a entrar no seu molde. Ele quer que nos conformemos aos seus valores e padrões para não ficarmos fora da multidão. A pressão está sobre nós na escola e no trabalho, para sermos como os demais na maneira como nos vestimos, na linguagem que usamos

3. Deus é fiel

O foco do livro de Daniel não é na fidelidade de Danil e seus amigos para com Deus, mas a fidelidade de Deus para com eles.
Deus é fiel para com seus filhos!
As babilônias vão continuar existindo em nossas vidas, a questão é como vamos viver nelas.
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