Deus mostra Sua misericórdia para nós
Eu só quero é ser feliz • Sermon • Submitted • Presented
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Texto:
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Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
Introdução
Introdução
Vocês hoje perdoaram alguém? Nesta semana aconteceu alguma situação em que tiveram que perdoar alguém? Há alguém que fez algum mal que vocês precisariam perdoar?
São questões que parecem simples em nossas vidas. E sabemos que o perdão faz parte da vida do crente, mas perdoar não é fácil.
Perdoar significa olhar ou lembrar da pessoa que fez mal a você e dizer, ou pensar: “Já passou” ou “Não foi nada”. E realmente não é nada mais. Porque o que antes doía, não dói mais. O que antes incomodava, não incomoda mais. Porque você já perdoou.
Um livro clássico conta uma história de vingança. Um jovem de 19 anos é preso em uma intriga armada por 3 pessoas que conhecia para conseguir poder, a mulher de quem ele era noivo e para serem aceitos por todos. Um procurador corrupto aceita a ordem de prisão para se proteger de uma possível intriga política que o jovem poderia trazer consigo, sem saber.
O resultado é que o jovem fica 14 anos preso em uma ilha, isolado do mundo, sem direito de defesa e, durante este tempo, perde a mulher que amava que casa-se com um dos que o botaram na prisão, sem o pai, sem os amigos, ou seja perde a vida.
Em um lance de puro acaso, consegue fugir, fica rico e dedica-se à vingança contra os que fizeram mal.
A única razão de sua vida passa a ser a vingança. Move suas riquezas e influência para se vingar de tudo o que aconteceu, sem perceber que o mundo mudou, gente nova surgiu e uma vida nova poderia ser vivida.
A vingança era mais importante. Vamos voltar a isso depois.
Na bem-aventurança em que refletiremos hoje, diz que os misericordiosos, que são os que perdoam são felizes e abençoados, pois alcançarão misericórdia.
É a misericórdia contra a lei da retribuição, que nada mais é que vingança. E que, por vezes, até parece justa. Principalmente quando nós estamos na posição de perdoar ou de retribuir.
Mas e quando estamos na posição de sermos perdoados ou de sofrer a retribuição?
Neste caso, é sempre injusto ou exagerado. Afinal, sempre encontramos justificativas para eles, e quando não temos, pedimos perdão, exigindo receber o perdão que algumas vezes negamos a outros.
Os pecados que cometem contra nós são mais importantes que os pecados que cometemos contra os outros.
Os pecados que cometem contra nós são mais importantes que os pecados que cometemos contra os outros.
Jesus contou uma parábola a este respeito:
Texto
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Por isso, o reino dos céus é semelhante a um rei que resolveu ajustar contas com os seus servos. E, passando a fazê-lo, trouxeram-lhe um que lhe devia dez mil talentos. Não tendo ele, porém, com que pagar, ordenou o senhor que fosse vendido ele, a mulher, os filhos e tudo quanto possuía e que a dívida fosse paga. Então, o servo, prostrando-se reverente, rogou: Sê paciente comigo, e tudo te pagarei. E o senhor daquele servo, compadecendo-se, mandou-o embora e perdoou-lhe a dívida.
Jesus conta esta parábola aos discípulos em resposta a Pedro que o perguntou quantas vezes deveria se perdoar um irmão. Todos sabemos que são 70 x 7 vezes, ou seja, 490 vezes. E que esta quantidade é um símbolo de que o perdão deve ser concedido sempre.
Mas Jesus prossegue com a parábola, para que não haja nenhum tipo de dúvida.
Na época de Jesus, era normal que uma pessoa se tornasse escrava para pagar uma dívida impagável.
E impagável é a dívida do homem ao rei: Um talento é o peso do metal utilizado na moeda da época. Dez mil talentos não seriam menos que 270 toneladas de metal.
Dependendo do metal, um talento equivalia a 6000 denários, ou seja, 6000 dias de trabalho.
Um talento. O servo da parábola devia 10000! Em uma matemática simples, podemos concluir que o homem precisaria de 164000 anos para pagar sua dívida com o rei.
Por isso o rei ordena que ele e sua família sejam vendidos, assim como seus bens. E provavelmente ainda assim, ele ainda vai continuar devendo.
Mas o rei perdoa a dívida, diante do pedido de perdão do homem. Ele manda o homem embora e diz que não há mais dívida!
Perdão! Compaixão pelo homem que perderia tudo e promete pagar tudo! Mas o Rei perdoa tudo!
Misericórdia!
Misere, que significa ter ou demonstrar compaixão, Cordis, que significa coração.
O rei tem um coração que demonstra compaixão e perdoa o homem, que, segundo a Lei e de acordo com qualquer princípio humano, não merece, pois está devendo.
Mas o rei age com misericórdia.
O homem sai dali exultando de alegria, você pode pensar…
Vai pra casa e dá uma festa com a mulher e os filhos para comemorar a dívida perdoada?
Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos que lhe devia cem denários; e, agarrando-o, o sufocava, dizendo: Paga-me o que me deves. Então, o seu conservo, caindo-lhe aos pés, lhe implorava: Sê paciente comigo, e te pagarei. Ele, entretanto, não quis; antes, indo-se, o lançou na prisão, até que saldasse a dívida.
O mesmo homem que se humilhou diante do rei, prometendo pagar tudo o que devia, uma vez perdoada a sua dívida, acredita que está livre para cobrar um colega servo, como ele, que lhe deve um milésimo do que ele devia ao rei.
Enquanto o rei lhe perdoou a dívida, ele não atende nem ao pedido do colega de um adiamento no pagamento. Manda o homem para a prisão.
Sua dívida com o Rei merecia ser perdoada, mas a dívida do outro servo, não podia nem mesmo ser renegociada.
Nossas falhas, pecados e dívidas merecem o perdão, renegociação, amortização, ou seja lá o que for para aliviar nossa carga.
Mas quando estamos na posição de perdoar, somos implacáveis.
O que temos que o outro não tem para merecermos mais o perdão que aquele a quem devemos perdoar?
Simples: nós nos achamos mais importantes. Estamos no centro de nossas vidas. Tudo gira à nossa volta.
E se pedimos perdão por um soco, exigimos punição por um peteleco.
Se achamos que merecemos perdão por uma agressão, que consideramos, talvez, justa, não admitimos um xingamento, que consideramos injusto.
E por aí vai...
Diante da atitude do homem, a resposta do Rei é igualmente implacável.
Vendo os seus companheiros o que se havia passado, entristeceram-se muito e foram relatar ao seu senhor tudo que acontecera. Então, o seu senhor, chamando-o, lhe disse: Servo malvado, perdoei-te aquela dívida toda porque me suplicaste; não devias tu, igualmente, compadecer-te do teu conservo, como também eu me compadeci de ti? E, indignando-se, o seu senhor o entregou aos verdugos, até que lhe pagasse toda a dívida. Assim também meu Pai celeste vos fará, se do íntimo não perdoardes cada um a seu irmão.
Nossos pecados merecem mais perdão que o pecado que cometem contra nós, porque não somos humildes, não somos mansos.
Porque Jesus não está no centro de nossas vidas.
Porque Ele age com perdão, apesar de nós!
Estávamos como o servo, diante de Deus, com uma dívida impagável, merecendo a cobrança por esta dívida.
Se não há pagamento. E não haverá, pois a dívida é impagável, cadeia! Castigo! Justiça!
Mas Deus perdoou nossa dívida na cruz. Nossos pecados, nossas transgressões, tudo o que nos afastava de Deus foi lavado com o sangue do cordeiro, Jesus, quando Ele morreu na cruz. Exatamente para que não houvesse nenhuma dívida. Nada para atrapalhar nossa ligação com Deus, que agora, é feita através de Jesus!
Deus, como o Rei, perdoou nossa dívida! Ele rasgou as promissórias que nos impediam de ter comunhão com Ele.
Se Ele é misericordioso conosco, precisamos também ser misericordiosos com o nosso próximo, que também pode ter a mesma dívida perdoada na mesma cruz!
O mundo necessita de misericórdia
O mundo necessita de misericórdia
Nosso mundo precisa de coração capaz de demonstrar compaixão. Precisa de misericórdia.
Tanta gente necessitada, passando fome, em situação de saúde precária, e nós muitas vezes passamos no meio disso tudo como se não víssemos.
Novamente, Jesus foi confrontado com inúmeras dessas situações.
E os que iam na frente o repreendiam para que se calasse; ele, porém, cada vez gritava mais: Filho de Davi, tem misericórdia de mim! Então, parou Jesus e mandou que lho trouxessem. E, tendo ele chegado, perguntou-lhe: Que queres que eu te faça? Respondeu ele: Senhor, que eu torne a ver. Então, Jesus lhe disse: Recupera a tua vista; a tua fé te salvou. Imediatamente, tornou a ver e seguia-o glorificando a Deus. Também todo o povo, vendo isto, dava louvores a Deus.
Na entrada de Jericó, um cego de nascença vivia clamando por misericórdia enquanto o povo passava por ele, igualmente cego às necessidades do homem.
Mas Jesus não era cego.
As pessoas em situação de incapacidade física, cegos, coxos, aleijados e outros eram visto como pessoas amaldiçoadas que entendiam que precisavam de perdão, misericórdia de Deus.
Por isso o cego clama por misericórdia. Devia pedir sempre, mas ninguém via. Jesus vê e cura o homem.
Jesus demonstra misericórdia ao cego que não podia ver, enquanto os cegos que não queriam ver passavam por ele ignorando.
Na parábola do bom samaritano, um levita e um sacerdote passam por um homem agonizando como se aquilo não incomodasse.
E provavelmente não incomodava. O que incomoda é o que eles têm de fazer. É a pressa para chegar ao Templo.
Quem demonstra misericórdia é o samaritano, considerado idólatra e inimigo.
Andamos nas ruas fingindo que não vemos as pessoas clamando por ajuda. Fingimos que não vemos os nossos irmãos da igreja que precisam de ajuda.
E às vezes ainda pensamos que merecem estar passando por aquela situação!
Sabem quem passava por esta situação de miséria, de necessidade?
Eu e você.
Mortos nos nossos delitos e pecados. Com nossa vida comprometida, às vezes com problemas de saúde, ou de dinheiro, ou de trabalho.
Deus estendeu Sua mão e nos livrou dos males do mundo espiritual e continua nos livrando dos males deste mundo material em que vivemos!
E desde o momento em que vivemos com Ele tem nos guardado e sustentado.
Porque Ele é misericordioso.
Porque Ele se compadece, ou seja tem compaixão de nós.
Precisamos de Sua misericórdia para viver cada dia.
A misericórdia é a atitude que impede que recebamos o castigo que deveríamos ter por causa de nosso pecado.
Mas não recebemos este castigo.
E se buscamos na Bíblia podemos ver que Deus sempre foi misericordioso.
Apesar do pecado do homem, estabeleceu aliança com Abraão, formou um povo, fez este povo atravessar um deserto.
Apesar da rebeldia do povo fez com que ele entrasse na Terra Prometida.
Deu-lhes um rei quando o povo rejeitou ser governado por Deus.
Restaurou o povo em sua terra após 70 anos de exílio e finalmente enviou Seu filho para morrer pelos pecados daqueles que o condenaram e de todos os que viriam depois.
E estes somos eu e vocês!
Que continuamos pecando. Que continuamos desobedecendo a Deus.
E este pecado seria o suficiente para sermos consumidos, mas Deus é rico em misericórdia.
E meu irmão, minha irmã, se você acha que abusou demais da misericórdia de Deus hoje, tem uma excelente notícia: ela se renova amanhã. E depois de amanhã também! E depois… E na semana que vem!
Porque o grande amor do Senhor nunca cessa! Suas misericórdias não chegam ao fim!
Ele olha para nós como Jesus olhou para o cego em Jericó e nos atende em nossa necessidade!
Ele nos salvou para vivermos com Ele!
Conclusão
Conclusão
Deus é misericordioso conosco. Quem não é misericordioso com os outros, nunca vai entender o alcance, o tamanho do sacrifício de Jesus na cruz!
Os misericordiosos alcançam misericórdia, pois o ambiente em que vivem é de misericórdia.
Por oposição lógica, quem não vive neste ambiente de misericórdia, não alcançará misericórdia, pois a misericórdia é algo estranho a eles.
Precisamos ser misericordiosos na medida em que Deus é misericordioso conosco:
Perdoando os que não conhecem a Deus (A vingança virá do Senhor)
Perdoando os que conhecem a Deus (Seu pecado já está pago na cruz)
Precisamos olhar em volta para atender aos necessitados, pois também somos necessitados da graça e da misericórdia de Deus.
Na história que comecei a contar no início dessa mensagem, o homem que dedicou sua vida à vingar-se daqueles que o puseram injustamente na cadeia por 14 anos, em um determinado momento viu que tinha ido longe demais em sua vingança.
Viu que perdeu parte da sua vida se dedicando ao ódio e que os anos perdidos não retornariam mesmo com a vingança.
E que não havia justiça em sua vingança.
E no final do livro entende que a sabedoria humana se resume a ter fé e esperar, pois Deus cuida de tudo.
Que não tem fim, pois se renovam a cada manhã.
Em nossas vidas, quando estivermos diante de injustiças ou mesmo falhas que foram cometidas contra nós, não olhe para quem cometeu a falha. Olhe primeiro para Deus. Entregue a Ele, que é misericordioso o suficiente para ter dado o Seu filho para morrer na cruz para que tenhamos a vida eterna com Ele.
Confie e espere. Ele agirá.
Deus demonstra misericórdia a quem é misericordioso!