AVIVAMENTO E ESCATOLOGIA - 1Ts 5.1-11

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INTRODUÇÃO

Tem um filme que marcou minha adolescência/juventude. É um filme ralativamente antigo mas bem interessante - Armagedom (1998). Nesse filme um asteróide gigante é descoberto em rota de colisão com a Terra. Os cientistas estimam que o impacto resultaria em uma extinção em massa, ameaçando toda a vida no planeta. É o típico roteiro apocalíptico que costuma mexer com nossas emoções e os produtores de cinema sabem bem disso. Diante dessa iminente catástrofe, a NASA e o governo dos Estados Unidos (pra variar) se unem para encontrar uma solução para evitar a extinção da humanidade. Eles percebem que a única maneira possível de evitar o impacto é perfurando o asteróide e implantando um dispositivo nuclear para explodi-lo de dentro para fora. Para isso, recrutam a ajuda de um experiente perfurador de petróleo Harry Stamper (interpretado por Bruce Willis) e sua equipe de perfuradores altamente qualificados. A equipe é treinada para se tornarem astronautas e é enviada ao espaço a bordo da nave espacial "Freedom" em direção ao asteróide, apelidado de "Destruidor". Daí, com todo aquele roteiro emocionante que a gente já conhece, eles conseguem, por muito pouco, salvar a humanidade.
Bem, eu inicio contando essa historinha, por que contém algo muito interessante e que tem a ver com o que vamos falar aqui hoje, que é justamente sobre essa ideia de final dos tempos, do mundo acabar, etc, e que geralmente mexe muito com as pessoas em geral, e pode gerar as mais variadas loucuras, superstições, teorias de conspiração, etc… A Bíblia vai chamar esse final dos tempos de Escatologia. Ele é real, ele existe e é bíblico. Mas não se assuste que eu não vim aqui fazer cálculos mirabolantes nem apresentar para vocês a ultima teoria da conspiração sobre a volta de Jesus e o fim do mundo. Entretanto, eu creio que o Espírito Santo deseja despertar em nós um sentimento bíblico sobre a segunda vinda de Cristo e que molda o nosso comportamento à luz das Escrituras.
O texto que vai embasar a nossa reflexão aqui é o de 1Ts 5.1-11
1Tessalonicenses 5.1–11 NAA
1 Irmãos, no que se refere aos tempos e às épocas, não há necessidade de que eu lhes escreva. 2 Porque vocês sabem perfeitamente que o Dia do Senhor vem como ladrão à noite. 3 Quando andarem dizendo: “Paz e segurança”, eis que lhes sobrevirá repentina destruição, como vêm as dores de parto à mulher que está para dar à luz; e de modo nenhum escaparão. 4 Mas vocês, irmãos, não estão em trevas, para que esse Dia os apanhe de surpresa como ladrão. 5 Porque vocês todos são filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite, nem das trevas. 6 Assim, pois, não durmamos como os demais; pelo contrário, vigiemos e sejamos sóbrios. 7 Ora, os que dormem é de noite que dormem, e os que se embriagam é de noite que se embriagam. 8 Nós, porém, que somos do dia, sejamos sóbrios, revestindo-nos da couraça da fé e do amor e tomando como capacete a esperança da salvação. 9 Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para alcançar a salvação mediante nosso Senhor Jesus Cristo, 10 que morreu por nós para que, quer vigiemos, quer durmamos, vivamos em união com ele. 11 Portanto, consolem uns aos outros e edifiquem-se mutuamente, como vocês têm feito até agora.
Antes de entrar no texto propriamente dito, eu quero destacar aqui algo que acredito que a gente percebe facilmente quando se trata desse assunto. É que as pessoas geralmente tendem a dois extremos:
1. Curiosidade superficial. É aquela curiosidade altamente especulativa, que quer descrever detalhes que a Bíblia não se preocupa em descrever, e que não são essenciais para desenvolvermos uma atitude bíblica, pelo contrário, geralmente essas especulações geram emoções totalmente desnecessárias, como medo e falsas espectativas.
2. Incredulidade. É aquela postura de viver totalmente indiferente à segunda vinda de Cristo, como se isso não fosse algo central, e que exige que estejamos sóbrios e preparados.
A Bíblia nos convida a uma postura coerente com o que Ela mesmo afirma sobre o assunto. E é nessa linha que vamos meditar agora.

ALGUNS DESTAQUES

O objetivo aqui não é expor uma exegese detalhada do texto, mas é destacar alguns pontos importantes que são relevantes pra gente compreender o que esse texto tem a nos dizer, e qual a postura que o texto nos propõe em relação a segunda vinda de Jesus.
Em primeiro lugar (vs.1), Paulo declara que ele já havia ensinado o essencial sobre essa questão de tempos ou épocas (crónos e kairós). O próprio Jesus já havia faado sobre isso (At 1.6,7), deixando bem claro que as especificidades de tempo não cabem a nós, mas somente a Deus (Mt 24.36).
Paulo então segue dizendo que a vinda de Cristo será repentina (vs. 2), e usa essa metáfora do ladrão à noite (Mt 24.43; Lc 12.39, 2Pe 3.10). E não só isso. Essa vinda é inesperada, como um ladrão que chega sem avisar quando não se espera.
Depois Paulo afirma que essa vinda chega num tempo de apartente paz e segurança (vs. 3). Interessante que a mensagem de paz e tranquilidade encontra eco também no antigo testamento como a mensagem dos falsos profetas (Jr 6.14; 8.11; Ez 13.10; Mq 3.5), e que agora aparece no formato de um mundo pecaminoso que se consola pensando que nada de mais irá acontecer (2Pe 3.3,4). Além disso, fica bem claro no texto que ninguém pode escapar desse dia.
Interessante também é que fica nítido um contraste entre salvos e ímpios em relação a esse evento escatológico. Enquanto o salvo tem conhecimento, está instruído, o ímpio é ignorante (vs. 1,2). Enquanto o salvo tem expectativa, o ímpio será pego de surpresa (vs 3-5). Enquanto o salvo vive sóbrio, o ímpio vive embriagado (vs. 6-8). E enquanto para o salvo está destinada a salvação, para o ímpio está destinado o julgamento.
Então, diante desse cenário, qual deve ser a nossa postura como igreja?

PROFUNDA VIGILÂNCIA (vs. 4-8)

Como a igreja tem instrução/conhecimento a cerca da vinda, ela não será pega de surpresa, pois está vigiando no aguardo desse dia. Enquanto os filhos das trevas dormem desprevenidos, os filhos da luz permanecem com suas lamparinas cheias de azeite aguardando vigilantes. Não vivem de aparencia como as virgens néscias deixando para se preparar na última hora. Estão constantemente engajados em preparar-se.
Essa vigilância é constante, não abre espaço para uma vida de sonolência e embriaguez. Os filhos da luz devem estar com seus olhos constantemente abertos (vs. 6), sempre engajados numa vida de santidade.
Além disso, os filhos da luz são sóbrios, têm plena consciência da realidade espiritual em que vivem e da necessidade de busca e da santificação.
Por fim, nossa postura de vigilância se mostra de três formas:
Não somos espectadores passivos, mas soldados militantes;
Protegemos nossa mente e coração em Cristo;
Nos revestimos de fé, amor e esperança.

SÓLIDA CONFIANÇA

A segunda vinda não nos inspira medo, antes inspira confiança. Porque?
Somos eleitos de Deus (vs. 9);
Fomos redimidos (vs. 9,10)
Temos a garantia de comunhão eterna com Deus (vs. 10)
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