(Êx 15:22-27) Uma Queixa amarga

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INTRODUÇÃO

O que acontece em seguida, quando o povo escravizado finalmente deixa o Império que os escravizada? Quando um pecador se volta para Cristo à procura de salvação, o que acontece em seguida? A resposta é a santificação - “o processo longo , duro e difícil de ser conformado à santidade de Deus”. Deus havia tira Israel do Egito. Agora precisa tirar o Egito de Israel.
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Eles chegam primeiro ao deserto de Sur, onde não havia água, depois seguem pra Mara, que sigifica “amarga”, pois as ásguas era amargas, impossível de beber. Foram três dias sem água.
Aqui percebemos como o “deserto” é importante para santifiacação. E no deserto há muitos desafios. Ninguém pode reclamar do deserto, porque é o deserto. E já está clara que é a intenção de Deus fazer o povo caminhar pelo deserto. Essa é a teologia do deserto. O Novo Testamento ensina assim: At 14:22 “fortalecendo a alma dos discípulos, exortando-os a permanecer firmes na fé; e mostrando que, através de muitas tribulações, nos importa entrar no reino de Deus.”
O povo murmurou. A murmuração representa muitas coisas. Durante essa caminhada vamos aprender muito sobre murmuração.
Imaturidade. Murmuração faz do adulto uma criança que choraminga. Os murmuradores ainda tem muito o que aprender.
Ingratidão. Murmuração é a memória fraca da alma, que logo se esquece dos benefícios e só foca nas dificuldades. Sl 106:7 “Nossos pais, no Egito, não atentaram às tuas maravilhas; não se lembraram da multidão das tuas misericórdias e foram rebeldes junto ao mar, o mar Vermelho.”
Egoísmo. A preocupação primárias deles era o que Deus poderia fazer por eles.
Incredulidade. Essa é a mãe de todos os pecados. Eles simplesmente não acreditavam que Deus cuidaria deles. Não confiavam na fidelidade de Deus.
O Apóstolo exorta, 1Co 10:10 “Nem murmureis, como alguns deles murmuraram e foram destruídos pelo exterminador.”
P.R.: “Não é pecado a gente levar os nossos problemas a Deus. Ele nos convida a conversarmos sobre eles em oração. É, porém, um pecado ter um espírito murmurador, que envenena a nossa comunhão com Cristo e, assim, nos priva da alegria de servir a Deus”.
Vivemos numa cultura de gratificação instantânea. Nós somos uma geração de murmuradores, ingratos e descontentes.
P.H.: “Estamos sempre pensando sobre aquilo que não temos e crendo que, se tivéssemos, estaríamos satisfeitos. Mas fazer isso significa identificar o problema no lado de fora, quando na verdade, ele está do lado de dentro. O problema real é a nossa própria insatisfação, a queixa de um coração murmurador. Muitos cristãos se queixam de coisas pequenas. Não gostamos de como um ministério está sendo administrado, ou discordamos de algo no culto de adoração, ou temos um problema com um dos nossos líderes espirituais. Então murmuramos. Fazemos o mesmo em casa. Queixamo-nos da marca dos produtos que compram, ou das tarefas que não foram feitas ou da qualidade dos móveis da sala. Todas essas queixas perturbam os nossos relacionamentos e impedem nosso testemunho. E há então as coisas grandes das quais nos queixamos: falta de dinheiro, deficiência, decepções com os filhos, insatisfação no emprego, infelicidade no amor, dores no corpo. Estes são os pontos amargos da vida. Aconteceu - ou não aconteceu - algo em sua vida que se tornou uma fonte de queixa constante? Houve algo que se colocou entre você e o Senhor, algo que prejudica as suas orações e limita a eficácia do seu serviço a Deus?”
Richard Sibbes: “Satanás tem mais vantagem das pessoas descontentes, como as mais agradáveis à sua disposição, sendo a criatura mais descontente sob o céu. Ele martela todas as suas tramas sombrias em seus cérebros.”
Jeremiah Burroughs: "O contentamento não acontece pela adição, mas pela subtração: adicionar coisas não [te] trará contentamento. Em vez disso, subtrair de seus desejos até que você esteja satisfeito apenas com Cristo [é o que] traz contentamento."
P.H.: “O que sofremos pode ser amargo em si mesmo, mas, por mais amargo que seja, não precisa nos amargurar. O problema em Mara não foi a água, por mais amarga que tenha sido, mas a margura no coração do povo de Deus. João Calvino ressaltou que Deus ‘poderia ter lhes dado água doce desde o início, mas ele queria, por meio da água amarga, evidenciar a amargura que se escondia em seu coração’. Amargura não ocorre nas circunstâncias externas, mas na reação interna. Somos chamados não a murmurar, mas a crer na bondade de Deus, mesmo quando ele nos levar para águas amargas.”
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Deus faz um milagre a partir de um pedaço de madeira. Tirou o amargo das águas.
Ele já havia feito antes, no jardim Éden, com a árvore da vida, e fará no final, com uma árvore na Nova Jerusalém. Mas o mais notável madeira pelo qual Deus operou um milagre, foi o madeiro da cruz, que cura a amargura do pecado.
Calvino: “Nisso transpareceu a inestimável misericórdia de Deus, que se dignou a mudar a natureza da água para o propósito de prover para esses homens ímpios, rebeldes e ingratos”.
O notável não é que Deus foi capaz de realizar o milagre em Mara, mas que ele esteve disposto a realizá-lo em benefício desse bando de murmuradores.
No deserto Deus testou o seu povo. Apesar de lei ainda não ter sido entregue no Sinai, Deus já tinha sua vontade revelado no coração do seu povo. Eles já sabiam em parte o que fazer. E Deus falava através do seu profeta, Moisés.
Uma coisa interessante é que a vontade de Deus aqui está intimidade ligada ao deserto. O teste era ser fiel no deserto.
Martinho Lutero disse que seus melhores professores foram a Palavra, a oração, e a provação.
É aqui, no deserto, onde manifestaremos nossa fidelidade ao Senhor. É no deserto onde a alinça deverá ser cumprida. É no deserto onde Deus deverá ser honrado.
É difícil, mas temos uma boa notícia. É que o nosso Senhor Jesus foi provado no deserto, por 40 dias; foi tentado por Satanás e passou, foi aprovado! Ele não murmurou, não se queixou do que o Pai não havia mandado pra ele, mas confiou que Ele O sustentaria. E é por isso que e através que O Senhor é aquele que cura. Verso 26, “Eu sou o Senhor, aquele que cura vocês”. Parte da identidade de Deus está nisso, em que ele cura, e ele cura especialmente os nossos pecados: Sl 103:3 “Ele é quem perdoa todas as tuas iniquidades; quem sara todas as tuas enfermidades”.
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Victor Hamilton: “Normalmente, depois dos testes e provações de um lugar como Mara, Deus prepara um lugar como Elim para o seu povo. Entretanto, se todos os lugares fossem como Mara, ou todos como Eli, isso não nos faria bem. Lidar apenas com a situação de Mara todos os dias sugaria nossa vida. Lidar apenas com a situação de Elim todos os dias nos amoleceria e relaxaria. Uma saudável combinação é, por um lado, ficar contra a parede para aprender a confiar em Deus e, por outro, ter dias em que nos sentimos “vivendo na montanha, debaixo de um céu azul”
É em Cristo onde encontramos água que jorra para vida eterna. Deus faz provisão abundante para nós em Cristo Jesus. Fp 4:19 “E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades.” Jo 7:37-38 “...Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva.” E ele convida: Ap 22:17 “...Aquele que tem sede venha, e quem quiser receba de graça a água da vida.”
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