JESUS, MORTE E RESSUREIÇÃO (GRAÇA)
JESUS CRISTO, ONTEM E HOJE: SEGUINDO AS PEGADAS DO MESTRE • Sermon • Submitted • Presented
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· 10 viewsA ressurreição é o evento marcante da história da redenção. Apesar de sua importância apologética a ressurreição é a metáfora da presença de Deus nas questões mais corriqueiras da vida. É sobre isso que esta mensagem quer falar.
Notes
Transcript
Introdução
Introdução
O evento ressurreição pode ser estudado, analisado e pregado na perspectiva principalmente da apologética.
Buscamos defender a ressurreição de Cristo já que cremos que este foi um fato histórico.
Mas hoje a noite gostaria de abordar este tema numa perspectiva mais ordinária, a ressurreição apontando para as questões das experiências da vida.
Após a sua ressurreição são vários os momentos em que Jesus esteve com seus discípulos, a Bíblia registra várias situações em que sua presença é marcada.
O que é mais interessante é que estas aparições se dão nos momentos mais ordinários da vida.
Isso é muito interessante, já que nossa mente evangélica limita-se a um loop entre o início da fé (conversão) e ir para o céu.
Este é sem dúvida um trágico modo de viver a espiritualidade, uma vez que deixamos de lado da nossa espiritualidade aquilo que faz parte da maior parte de nossas vidas.
A ressurreição tem muito o que nos ensinar, já que os evangelistas a retrata dentro do cotidiano, das experiências corriqueiras da vida.
Mas é exatamente no meio desse turbilhão as vezes no meio do olho do furacão que precisamos ter a certeza de quem somos e do que nos espera. Termos a certeza que somos amados no meio de nossas vulnerabilidades.
Gostaria de fazer isso a partir da leitura de João 21.1-14, temos neste texto um momento ordinário, café da manhã, uma frustração, os discípulos pescando, e Cristo partindo o pão.
Vamos Pescar...
Vamos Pescar...
Imagine uma vida intensa ao lado de Cristo, aí de repente tudo se esvai, aquele que parecia ser a esperança estava inerte em um túmulo.
A morte de Jesus é também um metáfora de como é a nossa vida, uma hora tudo parece estar bem, aí de repente o céu escurece o sol fica encoberto, o medo e a frustração nos toma.
Diante da perda da esperança nos lançamos na ordinariedade da vida, damos um passo para atrás.
Foi o que Pedro fez e arrasta consigo seus amigos de caminhada. Vamos Pescar, pois não há mais nada o que fazer.
É Paulo que Diz:
1Coríntios 15.14 (NVI)
e, se Cristo não ressuscitou, é inútil a nossa pregação, como também é inútil a fé que vocês têm.
Como também:
1Coríntios 15.32 (NVI)
Se foi por meras razões humanas que lutei com feras em Éfeso, que ganhei com isso? Se os mortos não ressuscitam,
“comamos e bebamos, porque amanhã morreremos”.
O medo, a frustração ante a crise, nos faz olhar para as coisas comuns da vida como ausência da espiritualidade, como ausência de Deus.
Ir pescar é o que resta quando nos é tirado aquilo em que depositamos as nossas esperanças e até aquilo que parece uma virtude (o trabalho) não rende.
Existe um vácuo que sufoca a alma na frustração.
Até que na beira da praia aparece alguém, não conseguimos decifrar a sua imagem, mas a algo de reconhecível em sua voz.
Tem Algo Para Tomar Café?
Tem Algo Para Tomar Café?
Jesus faz uma pergunta, tem algo para comer? Mas, em meio a frustração e de uma noite de trabalho improdutiva, a resposta é seca: Não!!
Existe uma voz que é irreconhecível, já lhe ocorreu o que fez aqueles homens frustrados obedecerem o comando daquele homem na beira da praia?
Então João decifrou a voz, é o Senhor!! Pedro veste a capa e se lança ao mar para ir ao encontro do seu Senhor.
Agora perceba o extraordinário em meio ao ordinário. Jesus poderia ter promovido um espetáculo por ocasião da sua ressurreição, mas não tudo muito simples.
Ao chegarem na praia, o café já estava pronto, em nossas vidas Jesus sempre será o anfitrião. Não conseguimos dar conta, não temos forças, não temos coragem, apenas sobrevivemos.
Está é uma das cenas mais espetaculares que podemos ver. Na refeição a manifestação da ressurreição é praticada, o Cristo ressurreto é a inauguração da esperança que já é!!
Extasiados se quer tiveram coragem de perguntar quem era, mas já sabiam do que se tratava. Veja, no ministério todo de Cristo ele falou da sua ressurreição, mas somente ali eles puderam constatar que de fato era real.
Alguns verbos são refletores que identificam uma pessoa, “Tomou” e “Deu”, são as marcas de Jesus. Em outros momentos após a ressurreição o Mestre, Tomou o pão, Deus graças, o Partiu e deu a eles.
Na mesa da vida Jesus é aquele que toma, que dá graças, que parte e que entrega. Esta é a verdadeira amizade, Cristo nos convida para sua presença no cotidiano, não apenas no extraordinário. Não apenas andando sobre as águas, mas acima de tudo em um café da manhã ao redor da mesa.
Depois de toda fadiga, frustração e desespero somos convidados a descer do barco e tomar café com o Mestre.
Conclusão
Conclusão
Existe algo que penso ser fundamental para entendermos a nossa relação com a espiritualidade e a fé: As principais preciosidades da vida cristã são encontradas nas coisas mais ordinárias da vida.
Para quem vive em busca de um evento para todos os dias essa pode ser uma má notícia, Cristo é encontrado nas experiências mais simples da vida.
Lembro de uma irmã que dizia que em dias de dor e sofrimento conseguia perceber a graça e bondade de Deus contemplando o mar.
Em dias como os nossos onde somos tomados por uma carga excessiva de trabalho, uma demanda por alto desempenho e para poder suprir o vazio deixado pelos exageros da vida buscamos respostas nas experiências mais fúteis da vida, talvez devamos olhar para a praia e mesmo que não reconheçamos de primeira mão o Senhor, possamos reconhecer a sua voz dizendo: Tem algo para tomarmos um café?
Então meu irmão e irmã, amigo e amiga, onde você está nesta parte da sua história?
No barco? Já ouviu a voz que vem de uma nova vida? A voz da ressurreição?
Que possamos encontrar estes dias de refrigério em nosso Mestre.