#6 VIVER COMO FILHOS DE DEUS: ROMPER COM O PECADO (1Jo 2.29;3.1-10)

Leitura da 1Jo 2.29 e 1Jo 3.1-10

PALAVRA DO SENHOR. GRAÇAS A DEUS.

Meu querido irmão e minha querida irmã, amados!

Deus é justo, mas, o maior atributo de Deus é a sua infinita misericórdia, pois, Ele:

Salmo 102.9-10 “Não nos trata segundo os nossos pecados, nem nos castiga em proporção de nossas faltas”

Se assim o fizesse, já teria lançado toda a humanidade no abismo do inferno. Mas, em vez disso, o nosso Criador nos enviou o seu Filho único para nos tirar da nossa merecida condição de morte eterna e nos resgatar da escravidão do Pecado.

O Compêndio da Doutrina Social da Igreja diz que: A definição mais clássica de justiça é que «ela consiste na constante e firme vontade de dar a Deus e ao próximo o que lhes é devido.

Nós não somos nossos, mas inteiramente de Nosso Senhor Jesus Cristo, comprados pelo preço infinitamente caro de todo o seu Preciosíssimo Sangue (1Cor 6, 19-20).

No sacramento do batismo, recebemos o germe da filiação divina, tornamo-nos membros do seu corpo místico que é a Igreja e que tem como cabeça Jesus, tornamo-nos propriedade de Cristo, pois é a cabeça que comanda os membros, é isso que significa ser cristão.

Já não devemos viver, trabalhar e morrer senão para Jesus (Rm 7, 4), glorificando-o em nosso corpo (Rm 12, 1) e fazendo-o reinar em nossa alma. Somos, pois sua conquista, seu povo de aquisição e sua herança. Por isso, fazer justiça para com Deus é entregar-se inteiramente à Ele, dar a Deus o que lhe é devido, a nossa vida.

Embora “Batismo marque o cristão com um selo espiritual indelével da sua pertença a Cristo.” como nos diz o Catecismo da Igreja Católica, ele não nos tira o Livre Arbítrio, por isso, nós que somos batizados podemos livremente escolher voltar à condição de escravos de satanás.

Os que ainda não são batizados também têm a liberdade de continuarem na condição de escravos de satanás. Pois, ou somos escravos de Nosso Senhor Jesus Cristo que morreu na Cruz para nos dar Vida Eterna, ou somos escravos do Malígno, que faz de tudo para que tenhamos a Morte Eterna. Não há uma terceira alternativa, pois, não é possível servir a dois senhores.

Sei que palavra escravo, é motivo de escândalo para muitos no nosso país, mas veja como Deus é maravilhoso, diz São João:

1João 3.1 “Considerai com que amor nos amou o Pai, para que sejamos chamados filhos de Deus. E nós o somos de fato. Por isso, o mundo não nos conhece, porque não o conheceu.”

Quando, humildemente, nos colocamos na nossa miserável condição de servos inúteis, aquela graça do Espírito Santo, que nos foi dada pelo batismo, nos conduz ao conhecimento da Verdade, passamos a enxergar a vontade de Deus, e nesse momento Jesus nos eleva da condição de escravos à condição de amigos, disse Ele:

João 15.15 “Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz seu senhor. Mas chamei-vos amigos, pois vos dei a conhecer tudo quanto ouvi de meu Pai.”

E, a partir do momento que conhecendo a vontade do Pai, mansamente passamos a obedecê-Lo, Ele nos eleva ainda mais, passamos à condição de seus filhos, nos tornamos da família Jesus, disse Ele:

Mateus 12.50 “Todo aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”.”

Eis a plenitude da nossa filiação divina, a prática da justiça, ou seja, conhecer e fazer a vontade de Deus, pois foi para amar e servir a Deus que fomos criados. E àqueles que perseverarem como filhos e filhas de Deus até o fim, que maravilha, seremos semelhantes à Nosso Senhor Jesus Cristo na glória do Céu. Uau! Vai valer a pena!

A primeira condição para isso é romper com o Pecado, no Batismo todos os nossos pecados são perdoados, o pecado original e os pecados pessoais, mas Deus sabe que somos fracos, por isso, Jesus também instituiu o Sacramento da Reconciliação, o qual podemos e devemos recorrer todas as vezes que caímos em tentação. Ele sabe que precisamos ser sustentados pela sua graça para permanecermos firmes fazendo a vontade de Deus, e é por isso que Ele instituiu o Sacramento da Eucaristia, o nosso alimento nessa peregrinação terrestre rumo a nossa morada Eterna que é o Céu, o qual devemos nos aproximar apenas em estado de graça, pois como diz São Paulo:

1Coríntios 11.27 “todo aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente será culpável do corpo e do sangue do Senhor.”

Amados, o amor de Deus nos impele, ou seja, descobrir-se amado por Deus dessa maneira que São João com admiração descreve, é encontrar um “tesouro escondido ou uma pérola preciosa de grande valor” como nos diz Jesus nas parábolas sobre o Reino de Deus, o que nos impele a desapegarmos de tudo para tomar posse desse magnífico tesouro. Se ainda não tomamos a firme decisão de romper com o pecado é porque ainda não encontramos esse tesouro.

Infelizmente, nem todos aceitarão se submeter à vontade de Deus, pois, implica em mudança de mentalidade e mudança de vida. E embora deixar Deus reinar em nossas vidas seja um magnífico tesouro que passamos a possuir ainda nessa vida, muitos ainda vão preferir as bijuterias que Satanás oferece, e livremente continuarão servindo a este, escravos que são do pecado. Eles não conhecem a Deus e não nos conhecem, pois, estamos no mundo, mas não somos do mundo, por isso ocorrem as perseguições, pois das trevas do pecado eles não conseguem enxergar a Verdade.

No entanto, assim como Deus não nos tratou com a justiça que merecíamos segundo os nossos pecados, mas teve misericórdia de nós, de toda a humanidade, nós também devemos ser misericordiosos para com nossos irmãos e irmãs que vivem no erro. Devemos amá-los assim como Jesus nos amou quando éramos seus inimigos, e pregar o Evangelho e dar a vida para levá-los também para o Céu. Amém.

SEJA LOUVADO NOSSO SENHOR JESUS CRISTO,

PARA SEMPRE SEJA LOUVADO! AMÉM.