Eu sou o terceiro (2)
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Introdução
Introdução
Marcos 12.28-34
Nós vivemos em uma cultura de comparação, que importa o que é maior, quem tem mais… Quem é a pessoa mais rica do mundo, quem é o maior jogador de todos os tempos (Pelé para a infelicidade dos argentinos, mesmo que na atualidade German Cano seja o melhor, não estou falando de Messi). Qual foi o maior império da história mundial: o grego? Romano? Otomano? Americano? Quem foi o maior líder: Jesus? Maomé? Moisés? Augusto César?
As perguntas continuam: carros, filmes, livros, músicos. Queremos saber quem ou o que é o maior. E o interesse por essas “mega” questões não é novo. Isso remonta até ao tempo de Jesus, quando um líder religioso perguntou ao nosso Senhor sobre “o mais importante” dos mandamentos. Nosso Senhor não lhe deu um. Ele deu-lhe dois, e veremos isso nos versículos 28 a 34 de Marcos 12.
Jesus então apresenta não um grande mandamento, mas dois. Ambos os mandamentos são baseados em nossa responsabilidade de amar. Devemos amar a Deus supremamente e amar nossos semelhantes genuinamente. No quesito amar, nós somos os terceiros...
Nossa resposta a esses dois mandamentos expõe nosso coração, desnuda nossa alma e revela o que é mais importante para nós. O que você aprecia? O que é de valor supremo em sua vida?
Somos ordenados a amar a Deus supremamente
Somos ordenados a amar a Deus supremamente
Marcos 12:28-30
Marcos 12:28-30
O escriba, que era uma espécie de advogado religioso, tinha vindo a Jesus. Ele ouviu as disputas de nosso Senhor com os outros líderes judeus e viu que Jesus “respondeu-lhes bem”. Assim, sem malícia, esse homem fez a Jesus uma pergunta que era frequentemente discutida nos círculos religiosos: “Qual mandamento é o mais importante de todos?” Isso não é tão fácil quanto parece.. A tradição rabínica identificou 613 mandamentos nos primeiros cinco livros da Bíblia. Destes, 365 foram negativos e 248 foram positivos. Alguns eram “leves”, exigindo menos, enquanto outros eram vistos como “pesados”, com graves repercussões pela desobediência. Portanto, este escriba pediu a Jesus que “se declarasse”. Jesus então expõe a essência da devoção ao contraste da religiosidade pecadora do coração humano. Nós queremos regras, somente isso. Pegamos princípios da palavra de Deus e tentamos criar uma regra específica, e geralmente nos agarramos a aquelas que apreciamos ou temos uma certa facilidade em cumprir e assim alimentamos o nosso orgulho espiritual. E mesmo com uma aparência de piedade, estamos tirando o amor a Deus do centro e estamos nos colocando como nossos próprios salvadores.
Amar a Deus por Quem Ele É (Marcos 12:29)
Amar a Deus por Quem Ele É (Marcos 12:29)
Jesus cita o que Israel chamou de “Shema” (Escute), encontrado em Deuteronômio 6:4-5 “4 — Escute, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. 5 Portanto, ame o Senhor, seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e com toda a sua força.”
Esta confissão foi recitada por todo judeu devoto de manhã e à noite. Mark Edwards explica: “Foi e é tão importante para o judaísmo quanto é a Oração do Pai Nosso ou o Credo dos Apóstolos para o Cristianismo”.
“O Senhor [Yahweh] nosso Deus [Elohim], o Senhor [Yahweh] é Um.” Aqui está o coração e a alma da fé hebraica, sim, do cristianismo. Yahweh é o nome da aliança de Deus declarado ao Seu povo. O Senhor é o nosso Deus e o nosso único Deus. Jeová é Um. Ele é unificado e único em essência e existência. Ele sozinho é Deus; não há outro.
Esta é uma declaração poderosa de singularidade e exclusividade. Nosso Deus é somente Deus, e nossa adoração, amor, devoção e fidelidade devem ser exclusivamente a Deus ou Ele não aceitará. Professores e teólogos poderiam debater o quanto quisessem, mas Jesus começa trazendo-os de volta aos fundamentos, aos inegociáveis da fé. Devemos amar este Deus por causa de quem Ele é: Ele é o nosso Deus.
Que tipo de Deus Ele é? Êxodo 34:6-7 O descreve como perfeito em Seu gracioso amor e Sua pura justiça.
Além disso, o contexto do Shemá é instrutivo. Amar a Deus é obedecer aos Seus mandamentos e estatutos “todos os dias da tua vida” (Dt 6:2). Amar a Deus significa que você ensinará esses mandamentos a seus filhos e netos (Dt 6:2), ao sentar, andar, deitar e levantar ao longo do dia (Dt 6:7), lembrando que Ele é o Deus “que te tirei da terra do Egito, do lugar da servidão” (Dt 6:12). Amar a Deus supremamente significa que você “não deve seguir outros deuses, os deuses dos povos ao seu redor, pois o Senhor, seu Deus [Yahweh, seu Elohim], que está no meio de vocês, [porque o Senhor] é um Deus zeloso” (Dt 6: 14-15).
Ame a Deus com tudo o que você é (Marcos 12:30)
A repetição da palavra “todos” (quatro vezes em Marcos 12:30) enfatiza a natureza abrangente de como devemos amar o Senhor nosso Elohim, o Senhor nosso Deus. Exige uma resposta total de amor e devoção a Deus. Na verdade, coração, alma, mente e força não pretendem ser uma “análise psicológica da personalidade humana”, mas um chamado para amar a Deus total e completamente. Não é preciso muito de um homem para ser um crente, mas é preciso tudo o que há dele!
O que a bíblia está ensinando é que devemos amar a Deus com tudo que temos, emoções, consciencia, intelecto, pensamento, força e vontade. Como Sinclair Ferguson diz: “Deus nunca está satisfeito com nada menos do que a devoção de toda a nossa vida por toda a duração de nossas vidas” (Mark, 200).
Por isso, devemos avaliar nosso amor a Deus constantemente. O Senhor é a paixão que abrange tudo na minha vida? Tenho uma afeição profunda, intensa e permanente por meu Senhor? Sou leal ao meu Deus com um amor exclusivo? Eu resisto e até mesmo me oponho a qualquer coisa ou pessoa que procura se opor meu Senhor? Sou zeloso em defender, com graça, o nome do meu Senhor? Eu gosto de gastar tempo com meu Senhor? Procuro viver de uma forma que agrada o meu Senhor? Eu submento ao senhorio de Deus todas as áreas da minha vida? Eu falo com meu Senhor o máximo que posso?
Lembre-se, essas não são coisas que faço para que Deus me ame. São coisas que faço porque sou amado por Ele e porque O amo. Eu O amo porque Ele me amou primeiro (1 João 4:10).
Aplicação Prática: Demonstramos nosso amor supremo a Deus através de nossa devoção contínua e vigilância. Isso pode se traduzir em tempo dedicado à oração, estudo da Bíblia, e participação na comunidade de fé. Em um mundo onde há tantas distrações e exigências de nosso tempo e atenção, devemos intencionalmente fazer de Deus a prioridade em nossas vidas.
Aplicação Prática: Outra maneira que demonstramos amar a Deus supremamente é através de nossa obediência. A obediência aos mandamentos de Deus, mesmo quando são difíceis ou incompreendidos, demonstra um amor que é supremo, porque coloca Deus e Sua vontade acima de nossos próprios desejos e compreensões.
Somos ordenados a amar os outros genuinamente
Somos ordenados a amar os outros genuinamente
Marcos 12:31-34
Marcos 12:31-34
Como costuma acontecer, Jesus nos dá mais do que pedimos! O advogado religioso pergunta qual mandamento é o mais importante. Jesus diz a ele que há dois que andam juntos. Como você responde ao primeiro (amar a Deus) determinará como você responde ao segundo (amar o próximo). Quando você obedece ao segundo, isso mostra que você abraçou o primeiro.
Quando Jesus diz que todas as leis se resumem a “amar a Deus e ao próximo”, Ele está dizendo que não cumprimos uma lei simplesmente evitando o que a lei proíbe, mas também devemos fazer e ser o que a lei realmente busca – ou seja, amar.
Esse amor é legitimamente egoísta (Marcos 12:31)
Esse amor é legitimamente egoísta (Marcos 12:31)
Jesus acrescenta Levítico 19:18 para complementar Deuteronômio 6:4-5. Crescendo a partir do meu amor por Deus, eu amo aqueles que foram criados por Deus à Sua imagem. “Próximo” não é usado aqui em sentido restritivo (só quem eu amo, só minha família, só quem eu me identifico, só com quem pode me trazer algum benefício ou contribuir para os meus objetivos) . Toda a humanidade, até mesmo meus inimigos, todos que estão à vista (quem é o próximo - veja Lucas 10:25-29 - Parábola do Bom Samaritano).
Atualmente, alguns de forma completamente errada sugerem que Jesus está ensinando um amor egoísta ao falar em amar o próximo como a si mesmo. De forma alguma, mas como podemos entender isso? (1) Existe um tipo saudável de amor próprio que reconhece que somos objetos tanto do amor "criador" quanto do amor "redentor" de nosso Deus. Odiar a mim mesmo é uma ofensa a Deus e questiona Sua sabedoria e bondade. (2) O amor que uma pessoa naturalmente tem por si mesmo é agora "deslocado" para os outros (cf. Fp 2:3-5 - Jesus abre mão dos seus direitos).
3 Não façam nada por interesse pessoal ou vaidade, mas por humildade, cada um considerando os outros superiores a si mesmo, 4 não tendo em vista somente os seus próprios interesses, mas também os dos outros.
5 Tenham entre vocês o mesmo modo de pensar de Cristo Jesus,
(3) O fato de ser um mandamento deixa claro que o foco principal está em nossas ações e não em nossos sentimentos. (4) Há certamente um paradoxo misterioso, pois o mesmo Jesus que nos diz para nos amarmos também nos diz para negarmos a nós mesmos e morrermos para nós mesmos (Marcos 8:34). Quanto mais me amo corretamente, mais me negarei e amarei os outros. Vou atender mais às necessidades dos outros com toda a energia, paixão e zelo com que tento atender às minhas próprias necessidades. No entanto, somente amando meu Deus de forma suprema poderei amar os outros — todos os outros — genuinamente.
E ao fazê-lo, demonstro que amo meu Deus acima de tudo. Não é de admirar que Jesus tenha dito: “Não há outro mandamento maior do que estes”.
Quando Jesus fala em amor ao próximo, Ele está citando Levítico 19:18, e analisando o contexto dessa passagem do Antigo Testamento, temos uma visão clara como o amor ao próximo significa na prática.
10 Não seja rigoroso demais ao fazer a colheita da sua vinha, nem volte para recolher as uvas que tiverem caído no chão; deixe-as para os pobres e estrangeiros. Eu sou o Senhor, o Deus de vocês.
11 — Não furtem, não mintam, nem usem de falsidade uns com os outros. 12 Não façam juramentos falsos pelo meu nome, pois vocês estariam profanando o nome do seu Deus. Eu sou o Senhor.
13 — Não oprima nem roube o seu próximo. Que o pagamento do trabalhador diarista não fique com você até a manhã seguinte.
14 — Não amaldiçoe o surdo, nem ponha tropeço diante do cego, mas tema o seu Deus. Eu sou o Senhor.
15 — Não seja injusto ao julgar uma causa, nem favorecendo o pobre, nem agradando o rico; julgue o seu próximo com justiça.
16 — Não ande como mexeriqueiro no meio do seu povo, nem atente contra a vida do seu próximo. Eu sou o Senhor.
17 — Não guarde ódio no coração contra o seu próximo, mas repreenda-o e não incorra em pecado por causa dele.
18 — Não procure vingança, nem guarde ira contra os filhos do seu povo, mas ame o seu próximo como você ama a si mesmo. Eu sou o Senhor.
Olhando para o texto que Jesus citou, amar ao próximo significa:
cuidar de forma generosa dos pobres e dos imigrantes (19:10),
não roubar (19:11),
não mentiraos outros (19:11),
ser justo nos negócios (19:14),
cuidar das pessoas com necessidades especiais - "cegos e surdos" (19:14),
tratar todos com justiça independente da sua condição social (19:15),
não caluniar (19:16), não atentar contra a vida do próximo (19:16),
não “guarde ódio contra seu irmão” (19:17), repreenda seu próximo quando necessário para o bem dele e seu (19:17),
e não se vingar ou guardar rancor contra os outros (19:18).
Observe, Deus não deixa para nossa imaginação o que Ele quer dizer quando nos diz para amarmos nosso próximo como a nós mesmos.
Esse amor é um verdadeiro sacrifício (Marcos 12:32-33)
Esse amor é um verdadeiro sacrifício (Marcos 12:32-33)
O escriba responde com prazer. Ele afirma a confissão do credo de Jesus sobre um único, e verdadeiro Deus, afirma o amor abrangente, a devoção e a adoração que nosso Deus é digno de receber e acrescenta uma visão que atraiu o louvor e o aplauso de Jesus.
Amar a Deus supremamente e ao próximo genuinamente “é muito mais importante do que todos os holocaustos e sacrifícios”. A verdadeira religião, em última análise, é uma questão do coração. Os rituais religiosos sempre devem dar lugar à superioridade de um relacionamento correto com Deus e com os outros. Na verdade, os rituais não têm nenhum significado real, a menos que sejam expressões de nosso amor por Jesus e pelos outros. Essa visão espiritual encontra seu eco no Antigo Testamento em vários pontos.
Então Samuel disse: 1Samuel 15.22
22 Porém Samuel disse:
— Será que o Senhor tem mais prazer em holocaustos e sacrifícios do que no obedecer à sua palavra? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o ouvir é melhor do que a gordura de carneiros.
3 Fazer justiça e julgar com retidão
é mais aceitável ao Senhor
do que oferecer sacrifícios.
6 Pois quero misericórdia, e não sacrifício;
conhecimento de Deus,
mais do que holocaustos.”
Esse amor é crucial para a salvação (Marcos 12:34)
Esse amor é crucial para a salvação (Marcos 12:34)
Jesus ficou satisfeito com a resposta do escriba. Ele disse ao homem: “Você não está longe do reino de Deus”. O que Jesus quis dizer com isso? Não é: “Você está perto, então tente mais!” Em vez disso, o homem passou a ver que entrar no reino de Deus é uma questão de devoção de coração e não de esforço próprio. Obedecer às regras e regulamentos nunca me levará ao reino porque nunca poderei estar à altura do padrão perfeito de Deus (o desejor por regras). Isso quer dizer então que os mandamentos da Lei moral de Deus foram abolidas? De forma alguma, o que Jesus está dizendo que toda a Lei se resume nesses dois mandamentos. Se eu obedeço o mandamento de não matar, simplesmente por causa do mandamento, mas odeio e calunio pessoas eu já desobedeci esse mandamento. Se eu não roubo por conta de uma proibição e não porque eu amo a Deus e sei que aquele ato ofende a santidade Dele e prejudica meu próximo, a minha obediência é vã.
Nós não precisamos somente de regras, precisamos de um novo eu. Preciso de um novo coração. Eu preciso da graça e misericórdia do meu Deus que pode fazer de mim uma nova criação em Cristo. Eu preciso me aproximar de Jesus, que trouxe o reino de Deus para perto. Alguém se aproxima e entra no reino não pela religião, mas por um relacionamento com Jesus, um relacionamento que resulta em amar a Deus supremamente e aos outros genuinamente. Por isso, considerando esse mandamento de Jesus a luz do que ele cita em Levítico e o que o Apóstolo Paulo fala em Filipenses 2, como se dá de forma prática o amor ao próximo, uma vez que Deus não deixou a cargo da nossa imaginação como obedecer a Ele nesse mandamento?
Interação com estranhos: Uma forma de viver essa verdade em nossa vida diária é como nos relacionamos com estranhos ou pessoas que encontramos ocasionalmente. Pode ser a pessoa que senta ao nosso lado no transporte público, o funcionário do caixa no supermercado ou o morador de rua com quem cruzamos no caminho para o trabalho. Em vez de ignorá-los ou tratar essas interações como meros trâmites, podemos nos esforçar para mostrar genuíno interesse por eles. Perguntar como está o dia deles, oferecer uma palavra amigável ou simplesmente ouvir pode ter um grande impacto. Esse tipo de atitude é muito mais espiritual do que você imagina.
Vida Comunitária: Dentro da comunidade cristã, há muitas vezes uma variedade de pessoas, algumas das quais podem parecer não ter nada tangível para oferecer. Pode ser o idoso que precisa de companhia, o recém-convertido buscando orientação, ou o jovem tímido que luta para se encaixar. Amar essas pessoas sem buscar interesse próprio significa investir tempo, energia e recursos nelas sem a expectativa de algo em troca. Pode significar convidar alguém para jantar, dedicar um tempo para orar com alguém ou oferecer ajuda de maneiras práticas.
Conexões Profissionais: No ambiente de trabalho, pode ser tentador formar relacionamentos e conexões com base no que alguém pode oferecer em termos de avanço na carreira ou oportunidades. No entanto, o desafio para o cristão é formar relacionamentos autênticos com colegas, independentemente de sua posição ou influência. Isso pode significar ajudar um colega com uma tarefa sem esperar crédito ou elogios ou mostrar bondade e paciência mesmo quando não é vantajoso.
Postura Interior: O coração da passagem de Filipenses 2, por exemplo, Deus nos fala que devemos ter uma postura interior de humildade e auto-sacrifício. Devemos pedir regularmente ao Senhor para examinar nossos corações e revelar áreas em que estamos buscando nosso próprio interesse em detrimento dos outros.
Aplicação Prática: Amar os outros genuinamente pode significar atender às suas necessidades físicas e emocionais. Isso pode envolver ações como alimentar os famintos, visitar os doentes ou encarcerados, confortar os que estão de luto, ou simplesmente ouvir alguém que está passando por um momento difícil.
Aplicação Prática: Outra forma de amar os outros genuinamente é através da demonstração de graça e perdão. Todos nós falhamos e erramos, mas somos chamados a amar uns aos outros apesar de nossas falhas. Isso pode ser difícil, mas é uma poderosa expressão de amor genuíno.
Lembre-se, no entanto, que amar a Deus supremamente e amar os outros genuinamente não são tarefas que podemos realizar por nossos próprios esforços. Precisamos da graça de Deus e do poder do Espírito Santo em nossas vidas para vivermos de acordo com esses mandamentos.
Conclusão
Conclusão
Imagine que você está em uma grande orquestra. Cada membro da orquestra tem um papel único a desempenhar, cada um com seu próprio instrumento e parte na música. O maestro, claro, é quem dirige a orquestra, mantendo todos os músicos em harmonia e ritmo. Sem o maestro, a música se tornaria caótica, os músicos ficariam confusos e a beleza da peça se perderia.
Amar a Deus supremamente é como reconhecer que Deus é nosso maestro. É Ele quem nos conduz, quem nos dá o ritmo e a melodia para a música de nossas vidas. Ele está constantemente presente, guiando-nos e direcionando-nos. Quando damos a Deus o primeiro lugar em nossas vidas, quando O colocamos no pódio e seguimos a sua batuta, nossa vida se torna uma música harmoniosa, por mais complexa que seja a peça.
Agora, imagine que você é o primeiro violinista. Há uma seção da música onde você tem um solo. Este é o seu momento para brilhar, para demonstrar a sua habilidade. Mas em vez de tocar o solo para o seu próprio louvor, você escolhe tocar o solo para encorajar o resto da orquestra, para ajudá-los a encontrar o ritmo, para tornar a peça musical ainda mais bonita.
Amar os outros genuinamente é como esse primeiro violinista. Todos nós temos nossos "solos", nossos momentos de destaque. Mas esses momentos não são para nosso próprio louvor ou benefício, mas para o benefício dos outros, para ajudar a trazer a beleza da música da vida deles à tona.
Amar a Deus supremamente e amar os outros genuinamente são como tocar em uma orquestra sob a condução de um maestro. Quando reconhecemos Deus como nosso maestro e vivemos nossas vidas em harmonia com os outros, nossa vida se torna uma música que agrada ao ouvido de Deus e enriquece a vida das pessoas ao nosso redor.
A cruz nos diz que Jesus ama a Deus supremamente. Isso nos diz que Ele nos ama genuinamente. É por isso que o Espírito Santo moveu João a escrever: "…que o amor procede de Deus, quem não ama não conhece a Deus e que nisso somos conhecidos como filhos de Deus, quando amamos uns aos outros...
Amar a Deus e amar os outros. Uma coisa evidencia a outra, sao desassociáveis. Dois grandes mandamentos. Dois grandes amores.