Há uma diferença entre provação e tentação; mas, apesar disso, elas aparecem aqui como dois aspectos da mesma operação. A estreita inter-relação se reflete até mesmo no uso de palavras idênticas para provar e tentar, tanto no hebraico como no grego. Podemos dizer que o que, do ponto de vista de Deus, era uma provação, foi usado pelo poder do mal para injetar nele o elemento de tentação. A diferença consiste nisto: por trás da provação existe um desígnio bom, enquanto que por trás da tentação existe um desígnio mau; mas ambos trabalham com o mesmo material. É necessário manter Deus isento de tentar alguém com um intento maligno, é claro [cf. Tg 1.13].