Marcos 9:2-13

Exposição de Marcos  •  Sermon  •  Submitted   •  Presented
0 ratings
· 17 views
Notes
Transcript

Marcos 9:2-13

A transfiguração e A vinda de Elias:

Introdução
OBSERVAÇÕES DO TEXTO
v.2a: Passados seis dias após o ensinamento destas palavras, Jesus levou para orar com ele três discípulos: Pedro, Tiago e João. Eles foram os únicos a fazerem companhia a Jesus naquele monte. O propósito ali era orar.
v.2b-3: Jesus foi transfigurado diante deles. O que significa isso? Enquanto ele orava o mestre teve sua face transformada, e suas vestes também. Elas ficaram tão brancas que “nenhum lavandeiro na terra as poderia alvejar”. Daquela forma não.
v.4: Apareceu-lhes Elias com Moisés, e estavam falando com Jesus. Moisés e Elias, duas figuras importantes para os judeus. Um representando a Lei, outro os Profetas. A Lei que Cristo cumpriu/completou (Mt 5:17) e as Profecias que seriam cumpridas. Mas eles “falavam” com Jesus. Em Lc 9:31, nos é comunicado que eles “falavam da sua partida, que ele estava para cumprir em Jerusalém”. Partida aqui que envolvia as etapas que veremos mais à frente: humilhação e exaltação; morte e ressurreição. Estavam aqui Moisés e Elias, diante daqu’Ele que pessoalmente cuidou deles e os serviu enquanto peregrinaram aqui na terra. Eles tiveram encontros com o “Anjo do Senhor” (o Cristo pré-figurado) e agora encontraram-se com o mesmo encarnado. Um encontro com aqu’Ele que tem toda a majestade. Jesus, o Cristo.
v.5-6: Eles estavam “aterrados”. Com o mesmo terror que estavam quando o viram andar sobre as águas e pensaram ser um fantasma. Os textos paralelos (Mt e Lc) associam o medo dos discípulos a toda a cena, que inclui a nuvem que os envolve e a voz no meio dela. Marcos nos leva a compreensão de que o terror fora pela transfiguração e pelo encontro. Eu acredito que Mateus e Lucas nos ajudam a compreender o medo deles mais claramente. Pois eles testemunharam a transfiguração de Jesus, o “encontro”, e depois de Simão dar a ideia, uma nuvem os envolve e dela a voz declara as palavras que se encontram no verso 7.
Os três encontravam-se nesta situação. Mas Pedro, tomando a palavra, disse ao Senhor: “Mestre, é bom estarmos aqui. Façamos três tendas: uma para ti, uma para Moisés e uma para Elias” (v.5, NVI). Eles não sabiam o que dizer (v.6a). Alguns acreditam que Simão fazia referência a fazer uma tenda naquele lugar pois fora marcado pela presença destas figuras importantes. Outros acreditam que ele queria fazer a tenda para eles descansarem, demonstrando uma reverente preocupação.
Bom, segundo Lc 9:32 eles estavam com muito sono, tentando manter-se acordados. Imagine esta cena: eles morrendo de sono, lutando para não dormir e são surpreendidos por este “encontro”. As palavras de Pedro, quando as condições em que se encontravam são expostas, sugerem que ele “não sabia realmente o que falar”. Segundo Hendriksen, são aqueles tipos de circunstâncias em que geralmente é melhor não dizer nada. Por isso acredito que não há tão claro o propósito da tenda, mas sim de onde estava o seu coração.
v.7-8: Segundo Marcos, “a seguir” veio uma nuvem que os envolveu. Eles estavam testemunhando aquele momento e Simão faz a oferta de sua brilhante ideia. O Senhor Jesus não responde a mesma, mas Deus o Pai. Assim, uma nuvem os envolve e dela uma voz dizia: “Este é o meu Filho amado; a ele ouvi”. Pedro havia feito uma profissão de fé e depois eles haviam passado pelo fato relatado em Mc 8:33, onde Pedro reprova o Senhor Jesus por anunciar-lhes o que lhe aconteceria.
Aqui ele vê o Senhor, agora conversando com estas duas figuras importantes para os judeus (eles) e Deus o Pai silencia os discípulos ali, chamando a atenção deles para o que era realmente importante: Jesus, o Cristo.
De relance então eles não viram mais ninguém, senão Jesus. Esse versículo nos mostra como o fato da nuvem envolve-los e as palavras que partiram dela terem prendido sua atenção. Eles não perceberam quando a conversa entre Jesus, Moisés e Elias fora concluída.
v.9-10: Ao descerem do monte, Jesus lhes ordenou que não divulgassem o que testemunharam, até o dia em que o Filho do Homem, Jesus, o Cristo ressuscitaria. A partir dali sim eles poderiam falar para os demais. Nos evangelhos então, temos o testemunho daqueles que ouviram posteriormente ao acontecido.
Eles então guardaram a recomendação. Obedeceram o Senhor. Lucas afirma que eles “mantiveram o silêncio e não contaram a ninguém”. Mas entre si eles perguntavam: “o que seria o ressuscitar dentre os mortos”? Hendriksen coloca o seguinte ponto sobre o que eles perguntavam entre si:
Eles estavam totalmente confusos. Como se a própria ideia de o Messias sendo atormentado e mesmo levado à morte não fosse suficientemente exasperadora, suas mentes agora estavam lidando com mais este enigma: o mesmo Messias ressuscitando! Talvez suas perguntas fossem mais ou menos desta natureza: “Pedro, o que você acha que o Mestre quis dizer?” “João, você acha que ele estava se referindo à ressurreição do último dia?” “Tiago, por que o Mestre morrerá, se ele vai ressuscitar?” Outra pergunta pode ter sido: “Ele estava se referindo a uma ressurreição física?”
Mas isso são meras conjecturas. Fato é que eles compreenderam posteriormente o que isso significou, pois até o momento em que testemunharam Jesus, o Cristo, ressurreto eles titubeavam na fé.
v.11-13: Eles interrogaram Jesus a respeito de uma crença dos escribas. Eles acreditavam que Elias antecederia o Messias. Como essas coisas se encaixavam? Era o que eles queriam entender. Um questionamento justo, pois era ensinamento comum entre os judeus de que Elias, o tesbita deveria reaparecer na cena da história e restaurar todas as coisas (Ml 4:5-6). Se as profecias eram compreendidas assim, como então Jesus, o Cristo, o Messias esperado iria morrer?
Jesus os respondeu. Ele afirma que a profecia está correta, Elias virá primeiro, e que também o Messias (Filho do Homem) será rejeitado; lembrando de alguns Sl 22:1-18; Sl 69:8-9, 11, 20-21; Sl 118:22a e Is 53:3.
Mas sobre Elias, Jesus afirma no verso 13 algo mais esclarecedor: “Elias já veio”. E mais, fizeram com ele tudo o que quiseram. Este Elias é João Batista, como Jesus afirma em Mt 11:14b: “ele mesmo é Elias, que estava para vir”; que fora profetizado em Ml 4:5: “Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível Dia do Senhor;” e cumprido em Lc 1:17: “E irá adiante do Senhor no espírito e poder de Elias, para converter o coração dos pais aos filhos, converter os desobedientes à prudência dos justos e habilitar para o Senhor um povo preparado”. Isto Jesus ensinou para os três ali.
Mas, porque os escribas não conseguiam ver isto? A profecia que o anjo Gabriel comunica a Zacarias esclarece em Lc 1:16 que ele converterá muitos dos filhos de Israel ao Senhor, seu Deus. Não todos. Por isso eles não compreendiam.
TRANSIÇÃO: .
------------------------
O nosso texto é cheio de detalhes e certamente nos levaria a fazer várias considerações sobre diversos assuntos teológicos, mas eu quero destacar para os irmãos um problema que surge, aplicado aos nossos dias:
------------------------
PROBLEMA (O PECADO): A DISTRAÇÃO DOS DISCÍPULOS:
Os três discípulos são convidados à orar, mas parecem não acompanhar da maneira certa esse “movimento” que Jesus faz em alguns momentos: o distanciar-se dos demais, afastando-se para silenciar as “vozes” ao redor e então orar.
Eles ficaram com sono, lutando contra as pálpebras. Mas daí são despertados por algo aterrador. Um momento extraordinário, é óbvio. Um encontro de Jesus, Moisés e Elias. Incrível!
As primeiras palavras diante deste momento, mesmo com medo e surpresa são: preocupações inúteis. Fazer uma tenda para eles, por qualquer motivo que seja é algo desprezível. Considere aqui Moisés e Elias. Eles não tem o cansaço como os discípulos ali, se for uma tenda para descansarem; e muito menos a autoridade que Jesus tem, como noutro momento Pedro declarou: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”! Quem seriam estes diante daqu’Ele que tem toda autoridade nos céus e na terra?
Este mesmo que declarou a mulher samaritana que a adoração à Ele: “não será no templo, nem no monte… mas em espírito e em verdade”. Pois o nosso Senhor não pode ser contido num templo/tenda/tabernáculo, feito por mãos humanas.
Neste encontro, que na verdade fora dos discípulos com o Senhor Jesus Cristo transfigurado, eles se distraíram daquele que era o centro de tudo ali. O Filho do Homem, Jesus Cristo.
O cansaço os levou a distração? Talvez não fora determinante, mas colaborou. Mas o fato é que o coração deles não estava ali, naquele momento com Jesus.
TRANSIÇÃO:… :
------------------------
RESOLUÇÃO (A GRAÇA): DAR ATENÇÃO AS PALAVRAS DE JESUS:
Deus o Pai os exorta: “a ele ouvi”. Escutem-no!
Bom, não sei se eles perceberam depois que desceram do monte, mas a atitude deles em perguntarem ao Senhor Jesus sobre a profecia mostra que eles seguiram o que Deus o Pai declarou para eles: escutem-no.
Jesus responde de forma esclarecedora em que momento da história eles estavam ali; e que nós estamos hoje. A resposta clara que traz esperança.
Desde o início, eles escutaram Jesus: eles os chamou para segui-lo, ele os ensinava o Evangelho e os chamava para orar com ele. Ensinando-os tanto as palavras, como o que fazer. Silenciando as vozes, mas não somente as exteriores; as interiores também. Eles estavam sozinhos aqui, mas se distraíram.
As palavras de Jesus trazem esclarecimento e esperança. É a graça de Deus entre os discípulos. Eles ouviram sobre o que o filho do homem passaria: a humilhação e exaltação. Mas o momento de humilhação os chocou. Porque? Os escribas ensinavam algo, Jesus ensinava diferente.
Quando as tribulações nos distraem, como podemos vencer? Lembrando o nosso coração das palavras do Senhor Jesus.
Temos como exemplo:
“Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (Jo 16:33).
“Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim” (Jo 14:1).
“E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século”. (Mt 28:20b).
TRANSIÇÃO:… :
------------------------
RESPOSTA (O EVANGELHO): CONFIAR NO SENHOR:
A situação desde quando estavam no monte até descerem mostrou como os discípulos estavam sob o governo do Senhor.
No monte, Jesus se apresenta da forma como João o veria na ilha de patmos, na visão apocalíptica.
O assunto que circundava toda a conversa desde o momento em Jesus conversou com Moisés e Elias, até descerem eles e os discípulos, era algo que não estava na alçada de Pedro, Tiago e João, mas sim na do Senhor.
Eles começaram a perceber que a resolução das suas dúvidas não era como eles ansiavam. Isso começou desde que Jesus comunicou à eles a humilhação pela qual passaria.
As vezes, as tribulações irão nos distrair, mas ouvir as palavras de Jesus, será de grande ajuda nessa batalha. E com certeza nos ajudará a esperarmos pelo dia em que definitivamente estes “problemas” serão resolvidos definitivamente. Ouvi-Lo constantemente nos ajudará a confiar.
TRANSIÇÃO:… :
------------------------
CONCLUSÃO:
?
Related Media
See more
Related Sermons
See more