CIDADES AMALDIÇOADAS
Fé, Arrependimento e Confissão • Sermon • Submitted • Presented
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CIDADES AMALDIÇOADAS
Texto – Mt 11.20-24; Lc 10.
INTRODUÇÃO
Você tem medo de assombração? Ficaria sozinho em uma casa onde alguém foi assassinado e se tem rumores de que é amaldiçoada?
Em Mateus 11.20-24, está o relato de que Jesus amaldiçoou Corazim, Betsaida e Cafarnaum. Como entender isso? Não teria Jesus sido severo demais com essas cidades?
II – MOTIVO DA REPREENSSÃO
O verso 20 indica a razão pela qual Jesus “increpou” (repreendeu com energia) as cidades de Corazim, Betsaida e Cafarnaum: a despeito dos “numerosos milagres” ali realizados, elas “não se arrependeram”. Eis a maldição de Cristo pronunciada contra essas cidades, vamos ler Mateus 11.21-24.
A denúncia de Jesus é forte. Uma recriminação. Jesus as tinha favorecido mais que todas as outras cidades. Fez nelas a maior parte de Seus milagres. E os milagres para o povo constituem uma linguagem muito mais convincente que meras palavras. Jesus nunca reprova sem ter esgotado todos os métodos suaves de comunicação e serviço. Agora pergunto: Mereciam a recriminação? Por quê? Porque não se arrependeram. Estranho! Não tinham rejeitado os milagres.
Cada vez que Jesus aparecia, as pessoas se amontoavam ao Seu lado, levando todo tipo de doentes para que fossem curados. Queriam os milagres. Não O rejeitaram. Não há registro de que tenham atentado contra a Sua vida, como aconteceu em Nazaré ou Jerusalém. O problema delas não era receber. Estavam dispostas a continuar recebendo-O, o problema era dar. Nada queriam dar de si; nem seus pecados. Não se arrependeram.
Essas três cidades ficam próximas do mar da Galileia em Israel.
III – CORAZIM
Corazim está situada cerca de quatro quilômetros a nordeste de Cafarnaum. Talvez seja a Karazayîm mencionada no Talmude. Hoje, suas ruínas são identificadas com Khirbet Kerâzeh.
Em Corazim existem as ruínas de uma sinagoga, com sua “cadeira de Moisés” – assento de pedra, onde se assentavam os escribas e fariseus para explicar as Escrituras (Mt 23:2). É possível que em uma cadeira dessa Jesus tenha se sentado e teria explicado como as Escrituras profetizaram sobre Ele e Sua obra de salvação? Não sabemos se isso ocorreu ali, nem que milagres teriam sido realizados por Jesus nessa cidade. O certo é que Mateus 11:20 deixa claro que Jesus fez ali “numerosos milagres” (confira João 20:30 e 21:25 sobre outros milagres realizados por Jesus que não constam nos Evangelhos). E qual foi o resultado? Corazim não se arrependeu. Deixou passar a oportunidade de salvação, cujo convite fora feito pelos lábios do próprio Jesus – “Deus conosco”.
Nesta cidade as “obras poderosas” de nosso Senhor foram feitas, porém não provocou nenhuma mudança em seus moradores. Ela estava condenada à desgraça por causa de privilégios notáveis negligenciados (Mateus 11:21; Lucas 10:13).
IV - BETSAIDA, A CASA DO PEIXE
E o que dizer de Betsaida, a “Casa do Peixe”? Suas ruínas estão situadas a 1,5 km a nordeste do mar da Galileia, entre Corazim e Cafarnaum. Betsaida era a cidade natal de três dos discípulos de Cristo: Filipe, André e Pedro (Jo 1.44). Dos “numerosos milagres” operados ali por Jesus, somos informados de dois: o da cura de um homem cego (Mc 8:22-26) e o milagre da primeira multiplicação dos pães e peixes (Lc 9:10-17). Mas veja os paradoxos: (1) um cego dessa localidade quis enxergar e foi curado de sua cegueira, ao passo que os demais habitantes preferiram continuar cegos quanto a Jesus e Sua obra; (2) uma multidão de mais de cinco mil pessoas, provavelmente de outras localidades, foi alimentada pelo divino Mestre, ao passo que os habitantes de Betsaida preferiram seguir o caminho da incredulidade e continuar famintos do Pão da Vida, Jesus Cristo.
Hoje, entre as coisas que mais chamam a atenção nas ruínas de Betsaida está a estela de um deus, com corpo de homem e cabeça de touro (que pode ser uma representação de Baal) junto ao portão dessa cidade (uma réplica, visto que a estela original está no Museu de Israel, em Jerusalém). Ao ver aquele deus, fiquei pensando: de que época seria ele? Quem sabe, do tempo dos cananeus, antes que Josué conquistasse a terra de Canaã? Ou seria do tempo do rei Acabe, quando sua esposa fenícia importou e implantou o culto de Baal em Israel? O paradoxo é que seja justamente a figura em pedra de um deus pagão que chama a atenção dos visitantes, quando poderia ser de algo relacionado a Cristo e à Igreja Cristã. Semelhantemente a Corazim, Betsaida deixou passar a oportunidade de salvação e disso será cobrada no Dia do Juízo.
Os Evangelhos retratam os habitantes da cidade como inconstantes e narcisistas; Embora tenham testemunhado os milagres de Jesus e recebido sua bênção, a maioria das pessoas não se comprometeu com ele (Mt 11: 14–24).
V – CAFARNAUM, A VILA DE NAUM
E o que falar sobre Cafarnaum, a “Vila de Naum”, mas essa não é uma referência ao profeta Naum do Antigo Testamento. Suas ruínas estão junto ao mar da Galileia, a noroeste dele, e são identificadas com Tell Hûm.
Nos dias de Cristo, Cafarnaum era a cidade mais importante das que circundavam o mar da Galileia. Por sua localização, era um lugar de cobrança de impostos, sendo o local em que o publicano Levi Mateus tinha sua coletoria, de onde foi chamado a se tornar discípulo de Jesus (Mc 2.1, 14). Era também conhecida como a “cidade de Jesus” (Mt 9:1, 9), seu lugar-base, de onde saía a pregar o Evangelho por toda a Galileia, Samaria e Judeia. Ali Jesus também realizou “numerosos milagres”.
Dois edifícios chamam a atenção nas ruínas de Cafarnaum: a “Casa de Pedro”– ruínas de uma casa, talvez do primeiro século d.C., onde foram encontradas 131 inscrições, muitas das quais mencionam os nomes de Jesus e Pedro; e a sinagoga dessa cidade, construída por volta de 400 d.C., mas sobre os alicerces da sinagoga dos dias de Cristo, ainda hoje visíveis. Mas, mesmo havendo Jesus morado nessa cidade e ali realizado tantos milagres, Cafarnaum disse “não” ao convite do divino Mestre e também deixou passar o momento oportuno, o dia da salvação.
VI – MILAGRES NÃO CONVERTE NINGUÉM
As principais lições que podem ser tiradas da atitude rebelde dessas três cidades são: 1° Lição – Milagres, por si sós, não convertem ninguém (nos acostumamos a eles), e assim os milagres acabam se tornando um show de mágica.
Muitos pedem sinais impossíveis, e assim tentam provar suas teorias, vivem buscando respostas, perdendo tempo nesta procura incessante, de um lado para outro tentam encontra explicações. Muitos clamam por novos milagres, Querem ver e tocar para crer, pedem provas que sejam visíveis, Algo mais para enfim os convencer, Mas esquecem de olhar o passado, E lembrar o que aqui revelado está na bíblia.
VI – A OPORTUNIDADE DE SALVAÇÃO NÃO DURA PARA SEMPRE
2° Lição – A oportunidade de salvação não dura para sempre. “Hoje é o dia da salvação” (2Co 6:2). Mas o Espírito Santo não agirá para sempre no homem Gn 6.3, muitos tem ouvido os mais fervorosos apelos do Santo Espírito, porém parecer ter os ouvidos moucos, entupidos. Jesus ainda tem feito o convide, vinde a mim todos, quem tem ouvidos para ouvir ouça, eis que estou a porta e bato, (Mt 11.28; 11.15; Ap 3.20; ) mas ele não baterá para sempre.
V – COLHEMOS O QUE PLANTAMOS
3° Lição – Colhemos o que plantamos: No Dia do Juízo cada um dará contas a Deus das oportunidades que teve. Jesus no dia do Juízo dirá: será que poderia ter feito algo mais por esse povo?
Em Isaias 5.3 e 4 tem um vislumbre deste grande dia, ali conta a parábola da vinha, onde Deus deseja ensinar sobre o Juízo. Há nestas passagens uma finalidade terrível. Quando o SENHOR diz que não há mais nada que Ele possa fazer, isso indica um esforço de recuperação que está muito além da nossa capacidade de captar ou de compreender.
CONCLUSÃO
Jesus compara essas cidades a outras cidades pagãs e algumas que foram destruidas. Se os mesmos milagres tivessem sido feitos em Tiro e Sidom, há muito que essas cidades teriam se arrependido. Possivelmente, a mesma experiência de Nínive depois da pregação de Jonas. O que acontece aqui? Por que aparentemente os mais afastados de Deus têm mais disposição ao arrependimento que os mais próximos? Será que os mais religiosos se sentem orgulhosos de sua religiosidade ou de sua religião? Será que a pessoa religiosa se torna insensível na rotina de uma piedade formal sem raízes profundas que a revitalizem cada dia, no poder do Espírito Santo?
Agora analisa comigo. As muitas coisas que sabemos e não praticamos, as verdades que estão totalmente escancaradas aos nossos olhos, mas fechamos eles e ficamos criando duvidas: “Será que é assim mesmo?” Devo para de comer carne, chocolates e guloseimas ou beber café e refrigerante? Devo parar de usar joias, roupas que não são modestas e cristãs? Devo devolver meu dízimo e oferta? Não poderia entregar em cestas básicas? Será que no dia do juízo Deus não vai relevar algumas situações? Como casar novamente sem os motivos bíblicos? Uma masturbação e pornografia?
APELO
Você já disse “sim” ao convite de salvação que Jesus hoje lhe faz por meio do Seu Espírito?