(Rm 1:1-7) O Evangelho e a nossa Identidade em Cristo

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INTRODUÇÃO

Demi Lovato...
“Alguém, por favor me mande alguém Senhor, tem alguém? Eu preciso de alguém”
Paulo não havia conhecido ainda os romanos. Foi a igreja cuja origem é desconhecida. Possivelmente alguém que havia se convertido com a pregação no Pentecostes em Atos 2 tenha levado o Evangelho para Roma e disso surgira uma igreja.
Maioria gentios.
Essa é maior saudação de Paulo entre todas as suas cartas. Ele se identifica com muitas características: seu nome, seu ofício e vocação, seu objetivo, sua relação com Cristo; então apresenta um resumo do tema e fundamento de sua carta: o Evangelho; depois ele se dirige aos destinatórios também com muitas caracteríticas.
Dentre tantos temas abordados na carta, o principal tema é a justificação pela fé somente - é um combate à salvação pelas obras e uma promoção das doutrinas da graça.
1-4 >> O Evangelho: (1) De Deus; (2) Prometido…; (3) Sobre o Filho: (a) descendente de Davi; (b) ressurreto dentre os mortos… Senhor.
5 >>
Por meio dele. Calvino: “O objetivo especial do apóstolo era mostrar que todas as bênçãos divinas nos advêm da mediação de Cristo”
Murray: “A mediação de Cristo é algo que o apóstolo haverá de considerar, muitas e muitas vezes, ao longo desta carta”
Graça e apostolado. Grant Osborne: “Ele recebe duas coisas do Senhor — “graça e apostolado” — que podem ser combinados para afirmar que a missão apostólica de Paulo foi um presente imerecido da parte de Cristo. O apóstolo sempre se maravilhou por Cristo tê-lo escolhido, o pior dos pecadores (1 Tm 1.15–16), como seu instrumento aos gentios.”
Por amor do seu nome. Calvino: “que eu possa fazer conhecido o caráter de Cristo.”
Murray: “O que mais importa na promoção do evangelho não é o benefício das nações, e sim a honra e a glória de Cristo. E os embaixadores de Cristo precisam ter o seu próprio alvo, ao promover o evangelho, orientado por essa preocupação suprema, que é antecedente e objetiva, ou seja, o próprio desígnio de Deus.”
John Stott: “Por que Paulo desejava levar as nações à obediência da fé? Era por causa da glória e honra do nome de Cristo. O mais importante de todos os motivos missionários não é obediência à Grande Comissão (por mais importante que seja) nem amor por pecadores alienados que perecem (por mais forte que seja esse incentivo, especialmente quando contemplamos a ira de Deus), mas o zelo ardente e apaixonado pela glória de Jesus Cristo. Diante desse objetivo supremo da missão cristã, todos os motivos sem valor murcham e morrem
Obediência da fé. HDL: “O ato de fé é a submissão a Deus. Assim, a causa da salvação é a graça. O instrumento da salvação é a fé. A evidência da salvação é a obediência.”
Hendriksen: “Tal obediência está baseada na fé e emana da fé. De fato, tão estreitamente fé e obediência estão conectadas que podem ser comparadas a gêmeos idênticos inseparáveis. Quando você um, vê o outro. Uma pessoa não pode possuir fé genuína sem possuir obediência, nem vice-versa”.
Rm 1:8 “Primeiramente, dou graças a meu Deus, mediante Jesus Cristo, no tocante a todos vós, porque, em todo o mundo, é proclamada a vossa fé.”
Rm 16:19 “Pois a vossa obediência é conhecida por todos; por isso, me alegro a vosso respeito; e quero que sejais sábios para o bem e símplices para o mal.”
Calvino: “os que irreverente e desdenhosamente rejeitam a pregação do evangelho, cujo propósito é conduzir-nos à obediência a Deus, estão obstinadamente resistindo ao poder de Deus e pervertendo sua ordem como um todo. É preciso que observemos também, aqui, a natureza da fé. Ela é descrita como obediência, visto que o Senhor nos chama através do evangelho e respondemos através da fé Àquele que nos chama. Portanto, em contrapartida, a incredulidade é a fonte de toda nossa intencional desobediência a Deus.”
Calvino: “Fé é propriamente aquele elemento por meio do qual obedecemos ao evangelho”
6 >>
Chamados. R. C. Sproul: “Paulo parte rapidamente de seu próprio chamado como apóstolo para o chamado compartilhado por todo cristão na igreja de Roma e por todo cristão em todas as igrejas, em todos os tempos. A Bíblia os chama eleitos, “aqueles que são chamados”. A igreja é a ekklesia, uma palavra grega derivada do verbo kaleo, que significa “chamar”, e o prefixo ek, significando “para fora de”.
Para pertencerem. Serem súditos dele; escravos. Entenda chamado como “comprados”. Cristo é o nosso Dono. Somos sua posse. Propriedade peculiar; povo exclusivo de Deus.
7 >>
Amados. Hendriksen: “essas palavras indicam não só que Deus agora ama os crentes de Roma, mas também que ele os amou desde toda a eternidade (cf. Jr 31.3) e jamais parou de amá-los (Rm 8.31–39). Sabemos que essa é a visão do apóstolo, pois, da forma como ele o vê, a preocupação de Deus por seus filhos é uma corrente inquebrável (Rm 8.29–30). Ele abrange de uma eternidade à seguinte. É um amor que antecede, acompanha e segue o amor deles por Deus.
Santos. Hendriksen: “Ele está informando aos cristãos romanos o que, pela graça, eles são precisamente agora. Está afirmando que algo lhes aconteceu: foram eficazmente chamados. Por essa vocação interior ou eficaz ele se refere àquela operação do Espírito Santo por meio da qual ele aplica o evangelho às mentes e os corações dos pecadores para que se tornem cônscios de sua culpabilidade, comecem a entender sua carência de Jesus Cristo e o abracem como seu Senhor e Salvador. E, assim, essas pessoas tornam-se santas, ou seja, pessoas que foram “separadas” a fim de viverem para a glória do Deus Triúno como revelado em Cristo Jesus.”
Hendriksen: “Um santo é alguém cuja culpa foi apagada com base na expiação substitutiva de Cristo e que, consequentemente, pelo poder do Espírito que nele habita, se esforça por viver para a glória de Deus. Ele foi alguém separado e consagrado para servir.”
Hendriksen: “São santos em virtude de haverem sido eficazmente chamados.”
Hendriksen: “uma pessoa que, pela graça e poder do Deus soberano, tornou-se santa não pode descansar em seus lauréis. Ao contrário, sendo agora santa, deve, dia após dia, diligenciar por viver como um santo deve viver. Isso é plenamente verdadeiro, porque, enquanto viver neste mundo, ela continua sendo pecadora. Tal pessoa deve fazer o máximo – não por seu próprio poder, porquanto ela não possui nenhum, mas pelo poder do Espírito Santo – para ser “santa e sem mácula diante dele” (Ef 1.4)”
Graça. Hendriksen: “Graça, como usada aqui, é o favor em ação, espontâneo, imerecido, de Deus, sua benignidade em operação, gratuitamente outorgada, que concede salvação aos pecadores sobrecarregados de culpa que se voltam para ele em busca de refúgio. É, por assim dizer, o arco-íris que circula o próprio trono do qual saem relâmpagos, sons e estrondos de trovão (Ap 4.3, 5). Pensamos no Juiz que não só remite a pena, mas também cancela a culpa do ofensor e ainda o adota como seu próprio filho.”
Paz. Hendriksen: “A graça traz paz. A paz é tanto um estado, o de reconciliação com Deus, quanto uma condição, a convicção interior de que, consequentemente, tudo está bem. É a grande bênção que Cristo, por seu sacrifício expiatório, concedeu à igreja (Jo 14.27) e que excede toda compreensão (Fp 4.7). Não é o reflexo de um céu sem nuvem nas águas serenas de um maravilhoso lago, mas, antes, a fenda na rocha na qual o Senhor oculta seus filhos quando a tormenta é violenta, ou, é o esconderijo sob as asas, onde a galinha ajunta sua ninhada, de modo que os pintinhos ficam a salvo enquanto a tempestade, em avalanche, se precipita com toda fúria sobre ela.
Ora, essa graça e essa paz têm sua origem em Deus, nosso Pai, e foram por ele merecidas para os crentes, ele que é o grande Dono-Proprietário-Vencedor (“Senhor”), Salvador (“Jesus”) e Detentor de Cargo Oficial (“Cristo”) e que, em virtude de sua tríplice unção, “pode salvar totalmente os que por ele chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles” (Hb 7.25).”
Calvino: “Paulo quer expressar o desejo de que os crentes possuam a soma de toda a felicidade, e portanto se dirige, como fez anteriormente, à própria fonte, ou, seja, a graça de Deus. Isso não só nos traz eterna bem-aventurança, mas é também a causa de todas as coisas boas nesta vida.”
APLICAÇÃO
Fé e obediência são realidades inseparáveis. Uma pessoa que de fato crê em Jesus, vive uma vida santa. Faz o que Cristo ordena. Você não pode chamar Cristo de Senhor se não faz o que ele manda. Pare de zombar de Cristo, tratá-lo como um Deus fraco, como uma mansidão efeminado que suporta tudo o que você faz como se fosse um pai medonho que mima o filho o tempo todo. Deus é um Pai perfeito, que perdoa, mas ele deu o sangue do seu precioso Filho que pra que seus filhos adotados tivessem uma vida diferente, e ele tem além disso instrumentos para aplicar a correção e para aulixiar você a viver essa vida. Você não tem desculpas. Apenas obedeça!
Você é muito amado por Deus, se você está em Cristo Jesus. Não há o que temer. Todas as promessas que Ele fez são suas. O céu é seu. O Espírito age em seu favor. Ele jamais vai te abandonar. Descanse apesar das aflições e das tentações. Lembre-se do que ele fez por você. Quem faria algo assim por um inimigo?! Deus fez. Ele deu seu bem mais precioso, o ser mais valioso do universo, seu Filho Unigênito… por você. Você pode acreditar nisso?! Ele fez!
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