Igreja, uma Família que Cuida (Gl 6.1-10)
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· 11 viewsIgreja é uma família em que seus membros cuidam uns dos outros
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Introdução
Introdução
Já assistiu o filme Senhor dos Anéis? Uma história que reúne seres dos povos mais diversos - até mesmo inimigos - para vencer o mal que pretende dominar a todos e destruir o mundo conhecido.
Sauron procura seu anel.
Um hobbit o encontra por acaso.
Um sábio mago indica que o anel deve ser destruído, o que só poderia acontecer na montanha de Mordor, terra do QG de Sauron.
Para que o anel chegasse na montanha, foi criada a Sociedade do Anel, reunindo humanos, elfos, magos, anões e hobbits para auxiliar nessa quase impossível missão.
Havia muitas dificuldades de convivência, mas o objetivo comum era maior que as diferenças.
Cada personagem teve um momento-chave em que sua ajuda foi indispensável.
Quando pararam de brigar e se uniram em torno do objetivo supremo, eles se superaram como uma equipe.
Esse filme representa um pouco a ideia do que é a igreja. Somos pessoas diferentes. Às vezes entramos em conflito. Contudo, nosso objetivo maior nos une.
A prática do amor entre irmãos na fé é recomendada dezenas de vezes no NT.
Ao reunir todos esses textos, fica bem claro o que Deus quer de nós: Deus está nos chamando para ter um elevado grau de compromisso uns com os outros.
Gl 6.1-10 é um desses textos. Nessa passagem, encontramos algumas formas de manifestar esse cuidado.
Devemos entender que uma vida cheia do ES não consiste simplesmente em encontros poderosos, milagres ou experiências místicas, mas em cristãos fiéis vivendo uma vida de amor a Jesus e aos outros.
Meditemos em algumas formas de manifestar o cuidado ao irmão registradas em Gl:
1. Restaurando (v. 1).
1. Restaurando (v. 1).
1 Irmãos, se alguém for surpreendido em alguma falta, vocês, que são espirituais, restaurem essa pessoa com espírito de brandura. E que cada um tenha cuidado para que não seja também tentado.
a. Repreender o irmão em pecado é necessário.
a. Repreender o irmão em pecado é necessário.
Às vezes, algum membro da família cai em pecado. Então, essa pessoa pede ajuda a outros irmãos da igreja para socorrê-la. Esse é o ministério de restauração.
Verbo “restaurar” também pode significar “colocar um osso deslocado em seu lugar”. Isso é doloroso, mas é uma dor que restaura aquele membro do corpo. Todo confronto precisa ter o objetivo de “restaurar” o irmão em pecado (colocado no lugar certo).
Responsabilidade de todos os irmãos da igreja. Jesus ensinou sobre restauração em Mt 18. Lá, o propósito é o mesmo: restaurar o irmão caído.
“Os espirituais” devem repreender. Quem são? Os irmãos mais experimentados na fé. Os que se parecem mais com Jesus.
b. A repreensão deve ser feita com mansidão.
b. A repreensão deve ser feita com mansidão.
Algumas pessoas entendem que “repreender o irmão em pecado” é uma atitude julgadora, arrogante e enxerida. Só se a repreensão for feita da forma errada. Não é essa repreensão que Jesus ensinou. O irmão em pecado deve ser restaurado com “espírito de brandura”.
Por que temos tanta facilidade em repreender com ira ou dureza? [rápido]
Porque agimos no furor do momento;
Porque reagimos ao pecado conforme os nossos interesses, e não os de Cristo;
Porque nos esquecemos de que nosso objetivo é a restauração, e não a condenação do pecador;
Porque nos esquecemos de que também somos sujeitos a cair;
Porque nos esquecemos de que devemos tratar os pecadores como Cristo os trata.
Jesus sempre tratou os pecadores com mansidão: Zaqueu. Mulher samaritana. Nicodemos. Pedro. A pecadora que ungiu os pés de Jesus. A mulher pega em adultério.
Jesus ficou indignado apenas com os líderes religiosos (que se achavam melhor do que as outras pessoas) e com os “mercadores da fé” (que enriqueciam às custas da fé das pessoas).
Esse trabalho não é exclusivo dos pastores. É responsabilidade de cada irmão.
Uma pessoa movida pelo amor de Deus irá procura oportunidades para restaurar os irmãos caídos com mansidão.
2. Carregando as cargas uns dos outros (v. 2-5).
2. Carregando as cargas uns dos outros (v. 2-5).
2 Levem as cargas uns dos outros e, assim, estarão cumprindo a lei de Cristo.
Às vezes estamos carregando cargas pesadas demais.
Há alguns obstáculos naturais para isso.
Um deles é o orgulho.
3 Porque, se alguém julga ser alguma coisa, não sendo nada, engana a si mesmo.
Se eu me considero melhor que meu irmão, dificilmente vou ajudá-lo. Já percebeu que quem mais ajuda é que mais sabe o que é passar aquela dificuldade?
É por isso que Jesus compreende o nosso sofrimento.
Um coração orgulhoso se recusa a servir à família da fé.
Nesses casos, precisamos pedir ajuda aos irmãos. Em outras palavras, parte de ser uma comunidade bíblica é contar nossos fardos uns aos outros. Para isso, é preciso transparência. Mas também precisamos de humildade para ajudar os necessitados.
4 Mas que cada um examine o que está fazendo e, então, terá motivo de gloriar-se unicamente em si e não em outro.
Ditado: “Quem se espelha no outro, se espelha suavemente.”
Comparar-se com os outros não traz nenhum resultado positivo. É pura vaidade!
Quando nos comparamos com as pessoas, na verdade, nosso coração está buscando motivos para nos considerar superiores. Esse tipo de comparação é pecaminosa e não acaba bem. Se vemos que nossa vida está melhor do que a dos outros, nós nos orgulhamos. Se vemos que nossa vida está pior, acabamos murmurando com Deus.
Paulo aqui está dizendo o seguinte: não se compare com seu próximo, mas com Cristo. Ao se espelhar em Cristo, você terá apenas uma glória, e dirá: “eu sou um pecador salvo por Jesus”. Então, poderá gloriar-se em si mesmo, ou, em outras palavras, gloriar-se no que Jesus fez em sua própria vida, e não por se comparar a alguma outra pessoa e se achado melhor.
5 Porque cada um levará o seu próprio fardo.
Parece uma contradição com v. 2.
Há certas coisas que devemos lidar pessoalmente. Há questões intransferíveis. Por exemplo: chegar pontualmente no trabalho é responsabilidade individual. Contudo, se o irmão desempregar a igreja ajudará.
Cada um de nós tem o chamado de cuidar uns dos outros.
3. Compartilhando com generosidade (v. 6).
3. Compartilhando com generosidade (v. 6).
6 Mas aquele que está sendo instruído na palavra compartilhe todas as coisas boas com aquele que o instrui.
Paulo muda o assunto. Em outras palavras, a igreja deve ajudar financeiramente aqueles que ensinam. Em certas situações, Paulo trabalhou para se sustentar. Em outras, aceitou a oferta das igrejas.
O princípio: a igreja deve sustentar materialmente os ministros da Palavra. Daí a importância da contribuição financeira.
Não podemos ser cristãos consumistas, que vão aos cultos para acumular benefícios sem nada em troca. Jesus nos ensinou a generosidade.
Mas devemos contribuir financeiramente com os pastores não apenas por generosidade, mas também para que o evangelho avance. Seria muito mais difícil para os pastores se eles tivessem que lutar pelo sustento.
Quando a igreja sustenta os pastores, é como se ela dissesse: “queremos que a Palavra de Deus seja pregada o máximo possível, e para isso iremos prover o necessário”.
4. Vivendo em santidade pessoal (vv. 7-8).
4. Vivendo em santidade pessoal (vv. 7-8).
7 Não se enganem: de Deus não se zomba. Pois aquilo que a pessoa semear, isso também colherá. 8 Quem semeia para a sua própria carne, da carne colherá corrupção; mas quem semeia para o Espírito, do Espírito colherá vida eterna.
Uma igreja cheia do ES busca a santidade.
Precisamos ter em mente que nossa vida pessoal impacta nossa vida comunitária. Quando mortifico o pecado em minha vida, isso vai abençoar outros. Quando me deixo vencer pelo pecado, isso impactará negativamente aos que estão à minha volta. Vida individual e coletiva são inseparáveis.
Paulo diz que colheremos o que semeamos. Se plantarmos no ES, colheremos do ES. Se semearmos na carne, colheremos da carne. Se você plantar carne, não colherá santidade.
Semear na carne significa ceder e desistir de lutar por santidade, deixando de crucificá-la. Alguns cristãos semeiam na carne todos os dias e se perguntam por que não colhem santidade e bênçãos.
“De Deus não se zomba”. Não importa quem você seja: você colhe o que planta. Essa é uma lei universal. Por isso, escolha onde vai plantar com sabedoria.
Com quem você anda, o que você lê, o que faz no lazer, o que pensa - essas coisas você são para a carne ou para o Espírito?
Quando semeamos para o Espírito, colhemos uma vida madura espiritualmente e assim somos capazes de amar e cuidar uns dos outros como Deus deseja.
5. Sendo bondosos na prática (vv. 9-10).
5. Sendo bondosos na prática (vv. 9-10).
9 E não nos cansemos de fazer o bem, porque no tempo certo faremos a colheita, se não desanimarmos.
Cuidar dá trabalho! Por isso o apóstolo nos encoraja a continuar firmes. Todo cristão pode desanimar de fazer boas obras. Cuidar dos outros é cansativo, toma tempo, e nem sempre nosso cuidado é aceito. Paulo está nos dizendo: “continuem semeando; continuem amando uns aos outros; continuem firmes no evangelho...”. Jesus é digno disso tudo!
10 Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé.
Nosso cuidado deve ser manifesto a todos, mas especialmente aos irmãos em Cristo.
Mas Paulo diz para procurarmos oportunidades de abençoar o irmão. Nós nunca cuidaremos uns dos outros por acidente. É algo planejado, intencional. Exige atenção e sensibilidade ao outro.
Atos de amor devem ser reais e práticos.
16 Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; portanto, também nós devemos dar a nossa vida pelos irmãos.
Considerações finais
Considerações finais
Vimos que cuidar do irmão significa restaurar, carregar os fardos, compartilhar o que é bom com os líderes, viver em santidade pessoal e praticar atos de bondade.
Aplicações:
1. Tome a decisão de cuidar dos irmãos. Se alguém veio à sua mente, aja em favor dessa pessoa.
2. Reconheça que cuidar do irmão é responsabilidade de toda a igreja.
3. Lembre-se de que sua vida pessoal sempre afeta a vida da sua igreja.
4. Busque oportunidades de fazer o bem aos irmãos.
5. Ore por sua família da fé.
Apelo
Apelo
Seja agente de expressão do amor de Deus ao irmão.