Cresça na disposição de não revidar as ofensas
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Perdão
Perdão
Perdão parece ser um assunto que gera muitas duvidas:
Devo perdoar alguém só depois que tal pessoa confessar?
E quando o ofensor não parece arrependido, mas pede perdão, devo perdoar mesmo assim?
Devo perdoar mesmo quando eu não sinto que perdoei no coração?
Como eu sei que perdoei alguém, se os meus sentimentos acerca da ofensa ainda são confusoso?
Tudo isso só reforçar que perdão sempre foi alvo de questionamento!
Parte da nossa duvida decorre do fato de que perdoar não é facil!
Talvez você ainda nutra amargura em relação a essa pessoa.
Olhamos para o perdão mais como sentimento do que como uma declaração relacional.
Perdão é dever, somos ordenados a perdoar!
Lucas 17.3 “Acautelai-vos. Se teu irmão pecar contra ti, repreende-o; se ele se arrepender, perdoa-lhe.”
Efesio 4.32 “Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou.”
Cl 3.13 “Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós;”
Perdão é não é primeiramente sentimento é promessa!
Perdão é prometer nunca mais trazer a ofensa a tona. Inclussive nosso crescimento se dá quando apreendemos a manter nosso compromisso de perdoar. Portanto, o ato de perdoar é fortemnete uma declaração reconciliatória, antes de um sentimento.
Se o nosso coração não for inclinado a perdoar, o dever de fazê-lo sera mecanico, legalista e desonrará o evangelho. Portanto precissamos refletir sobre a condição de nosso coração para sermos movidos a perdoar os que nós ofendem, a promover a paz, a não revidar ofensas.
Pedro teve que apreender sobre o que move o nosso dever de perdoar o ofensor, e o poder que temos para fazê-lo. Esse é mais um assunto no qual ele primeiro demostrou imaturidade em seu entendimento de relações horizontais, mas depois cresceu a ponto de nos ensinar ricamente sobre um espirito amoroso.
A Primeira Carta de Pedro é uma fonte de consolo para os dias sombrios, um bálsamo do céu para os que caminham pelos vales escuros da vida e um tônico espiritual para os que sofrem injustiças e são fuzilados pelo vendaval da perseguição. Pedro escreve para os cristãos perseguidos, desterrados e espoliados da Ásia Menor. Mesmo perdendo suas casas, suas terras, seus bens e sua liberdade, esse povo caminhava com os pés no vale, mas com o coração no céu. Mesmo suportando o fogo da perseguição, esse povo era inundado por uma alegria indizível e cheia de glória.
“Esta epístola nos oferece uma ilustração esplêndida de como Pedro cumpriu a missão que lhe foi dada pelo Senhor.
Lc 22.32 “Eu, porém, roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; tu, pois, quando te converteres, fortalece os teus irmãos.”
Vocês lembram de que Pedro perguntou a Jesus: Até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdõe?
Essa pergunta vem no contexto do ensino de Jesus sobre ganhar um irmão em pecado. Mt. 18.
O interresse de Pedro, portanto era mensurar quantas vezes se deve ter uma atitude compassiva para com o ofensor.
Como consenso do ensino rabínico era perdoar até tres vezes um pecado repetido, Pedro deve ter pensando que fez muito quando sugeriu até sete vezes.
Mt. 18.21 “Então, Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes?”
Jesus surpreende Pedro com o famoso “Setenta Vezes sete” o qual extrapola em muito a proposta petrina.
O interresante aqui:
Gn4.24 “Sete vezes se tomará vingança de Caim, de Lameque, porém, setenta vezes sete.”
Cristo redimiu essa expressão essa expresão vingativa em uma expressão de perdão.
Não há um limite de Perdão, Jesus não está estabelencendo um limite.
Pois o Espirito genuino do Perdão não conhece fronteiras.
Eis a conclusão de Pedro ao tópico da submissão, o qual ele introduziu em 2.13. Nessa conclusão, ele discorre sobre como o cristão deve viver, e, assim, dá-lhes um modelo de conduta cristã.
Pedro estava falando sobre relacionamentos entre governantes e governados, patrões e empregados, e maridos e esposas.
Agora, fecha o assunto mostrando princípios gerais que devem governar o relacionamento relação com nossos irmãos.
1Pe. 3 8-12 “Finalmente, sede todos de igual ânimo, compadecidos, fraternalmente amigos, misericordiosos, humildes, não pagando mal por mal ou injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo, pois para isto mesmo fostes chamados, a fim de receberdes bênção por herança. Pois quem quer amar a vida e ver dias felizes refreie a língua do mal e evite que os seus lábios falem dolosamente; aparte-se do mal, pratique o que é bom, busque a paz e empenhe-se por alcançá-la. Porque os olhos do Senhor repousam sobre os justos, e os seus ouvidos estão abertos às suas súplicas, mas o rosto do Senhor está contra aqueles que praticam males.”
O apóstolo deixa de falar a grupos específicos dentro da igreja para falar a todo o povo da igreja.
Aqui, Pedro oferece cinco instruções para a saúde e o bem-estar da igreja, e elas não se aplicam apenas à igreja do século 1º., mas às igrejas de todos os tempos e lugares.
Em primeiro lugar, o relacionamento com os irmãos (3.8). São as virtudes horizontais
A prova de nosso amor a Deus é nosso amor aos irmãos. Pedro destaca alguns aspectos desse relacionamento fraternal.
A unidade de pensamento. Finalmente, sede de igual ânimo… (3.8).
A palavra “finalmente” aqui não significa que Pedro está concluindo sua epístola. Até agora, ele falou a várias classes de indivíduos, como servos, esposas e maridos. Agora, chegando ao clímax de seu argumento, dirige a palavra a todos os cristãos.
Portanto, a palavra “finalmente” neste ponto tem o sentido de “em resumo”. Assim como a Lei toda se resume ao amor (Rm 13.8–10), também os relacionamentos humanos, como um todo, se cumprem no amor.
A ideia básica é de “unanimidade” (At 4.32; Fp 2.2). A unidade da igreja não é sinônimo de uniformidade, mas de cooperação em meio à diversidade.
Entre os membros da igreja de Deus não deve existir partidarismo nem vanglória. Em vez de pensar apenas no que é propriamente seu, cada irmão deve pensar no que é do outro, em como honrá-lo.
Certamente o que Pedro está dizendo é que, com respeito a Cristo e sua obra, devemos ter a mesma convicção.
Essa convicção nos é dada pela Palavra de Deus.
Pedro, porém, quer que os cristãos sejam governados pela mente de Cristo, de modo que as diferenças não dividam, mas enriqueçam a igreja.
Assim, ele exorta os crentes a “viver em harmonia”.Jesus orou pela unidade da igreja (Jo 17.21–23).
Sua oração foi atendida, pois todos os que creram tinham um só coração e uma só alma (At 4.32).
Paulo diz que embora sejamos muitos membros, temos um só corpo (Rm 12.4).
O mesmo apóstolo exortou os coríntios a terem uma só mente (1Co 1.10). Na verdade, em Cristo Jesus, as paredes divisórias são demolidas e tanto judeus como gregos são um (Ef 2.13,14).
A compaixão. … compadecidos… (3.8). Compaixão é ver a vida com os olhos do outro e sentir as dores do outro latejando debaixo de sua própria pele.
É mais que estar do lado; é estar dentro. A Palavra de Deus ensina a nos alegrarmos com os que se alegram e a chorarmos com os que choram (Rm 12.15). Diz ainda: De maneira que, se um membro sofre, todos sofrem com ele; e, se um deles é honrado, com ele todos se regozijam (1Co 12.26).
O amor fraternal. … fraternalmente amigos (3.8).
A expressão “fraternalmente amigos” no grego é uma palavra só, que significa “amor entre irmãos”. O amor entre os membros da igreja deve ser o mesmo amor que existe entre os irmãos de sangue.
Amamos nossos irmãos não por causa de suas virtudes, mas apesar de suas fraquezas. Não os amamos por causa de seus méritos, mas apesar de seus deméritos. A figura mais vívida da igreja que temos nas Escrituras é a da família. Todos temos Deus como nosso Pai, e Jesus como nosso irmão mais velho. Por isso, somos todos irmãos uns dos outros.
A misericórdia. … misericordiosos… (3.8). Misericórdia é inclinar o coração diante da miséria de outra pessoa, mesmo quando ela é desprovida de qualquer merecimento. Jesus tratou os publicanos e pecadores com gentileza. Não esmagou a cana quebrada nem apagou a torcida que fumega. Tocou os leprosos, abraçou as crianças, comeu com os pecadores. Não há cristianismo onde não existe misericórdia.
A humildade. … humildes (3.8). Humildade é descer do pódio da vaidade e honrar o irmão, considerando-o superior a si mesmo. Humildade não é ser pequeno, mas considerar-se como tal. O apóstolo Paulo escreve: que não pense de si mesmo além do que convém (Rm 12.3).
1Pe 3.9 “não pagando mal por mal ou injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo, pois para isto mesmo fostes chamados, a fim de receberdes bênção por herança.”
2. Razão do nosso chamado
Os cristãos dispersos da Ásia Menor estavam sendo perseguidos e espoliados. Seus inimigos falavam mal deles e lhes faziam mal. Em vez de pagarem na mesma moeda, os cristãos deveriam pagar o mal com o bem; em vez de responder as afrontas com injúria, deveriam abençoar seus inimigos e bendizer a Deus pelo sofrimento.
No AT quem abençoava eram os patriarcas e sacerdotes; eles eram incumbidos e dotados por Deus para abençoar.
No NT cada pessoa renascida é um sacerdote (1 Pe 2:9) e por isso chamada a abençoar. Jesus ordenou que abençoássemos os inimigos (Lc 6:28).
Paulo escreve: “Quando nos insultam, abençoamos” (1 Co 4:12). Isso pode ocorrer de forma silenciosa como oração de intercessão, como voto de bênção ou também como anúncio do favor divino (At 16:28-31).
Creio que as vistudes levantdas no Verso 8 sejam a alavanca das atitudes do verso 9.